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Como era o cenário da faculdade antigamente? O contexto da faculdade mudou?

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Em nosso post de hoje iremos discutir sobre os aspectos que atribuem forma às universidades brasileiras, concentrando-nos no que mudou e no que permaneceu ao longo dos anos. Muitos têm dúvidas quanto ao ensino superior e, ao longo deste post, iremos responder as principais delas.

Se você não sabe o que considerar antes de fazer uma graduação ou mesmo uma especialização, mestrado ou doutorado, este post é para você. Nesse contexto, é visível que muitos adolescentes têm ficado cada vez mais preocupados quanto ao ingresso rápido no mercado de trabalho, contudo, ao menos conhecem este universo, o que os deixam aflitos e preocupados.

Sendo assim, embora os nossos posts se concentrem no universo da pós-graduação, temos em mente que é essencial que nos concentremos nas dúvidas desses jovens que desejam ingressar na educação superior e não sabem como se preparar para isso. Vamos lá!

O complexo contexto da educação superior

Há uma série de variáveis que qualificam o cenário da educação superior que podem ajudar o aluno a ingressar nesse cenário de uma forma mais efetiva. Para tanto, iniciaremos esta discussão hoje, mas o tema não será esgotado neste único assunto, então fique atento, pois as dicas dialogam entre si.

Se você é pai ou mãe de um aluno que está nesta etapa; se você é um adolescente que não conhece a educação superior; se você é um educador que deseja instruir melhor o seu aluno; e outros, este post é para você. O nosso intuito aqui é desmistificar alguns mitos e esclarecer algumas dúvidas a respeito do cenário da faculdade.

O complexo contexto da educação superior

É muito comum ver algumas pessoas afirmando que a faculdade não é algo necessário e prometendo que é possível alcançar o sucesso e a riqueza sem a realização de um curso superior.

Também não são raros os casos de adolescentes que não conseguem ingressar no curso que querem e são obrigados a cursarem algo que não gostam por conta da falta de informação a respeito do assunto.

Desse modo, para que possamos refletir a respeito desses assuntos e te ajudar a entender melhor sobre o contexto da faculdade, primeiro precisamos esclarecer a forma com que as faculdades têm sido compreendidas nos últimos anos.

Como a educação superior tem sido compreendida?

Ao longo dos anos, a educação superior foi compreendida de formas muito diferentes. Assim sendo, com o passar dos anos, diversas percepções passaram a ser disseminadas e, então, deu-se forma às instituições que conhecemos hoje.

Como a educação superior tem sido compreendida

A fim de que possamos pensar nesse contexto, é preciso que retomemos os aspectos históricos. No começo, vivíamos um quadro marcado pela escassez de universidades.

O ingresso nelas não era nada fácil. Até 1995, eram poucas as pessoas que conseguiam ingressar nesses espaços.

Além disso, eram mais comuns as universidades particulares e as mensalidades eram muito caras, de modo que poucos poderiam pagar. As públicas também eram escassas e bastante concorridas. Em virtude das poucas opções, ingressar nessas instituições era algo bem difícil, porém, esse cenário começou a ser modificado ao longo dos anos.

A dificuldade do acesso às universidades

Até mesmo antes de 1995, eram raras as instituições de educação superior. Contudo, apesar da existência de algumas, até o início dos anos 2000 esse ingresso era bastante complexo.

Como as universidades públicas eram muito concorridas, essas pessoas tinham que se preparar durante muitos anos para que conseguissem ingressar e, no caso das privadas, precisavam ter dinheiro para custearem as mensalidades altas.

Nesse sentido, como eram poucas as pessoas que tinham acesso, havia uma baixa oferta, pois havia uma baixa demanda. Assim sendo, até os anos 2000, havia, além de poucas instituições, poucos cursos, sendo esses os mais tradicionais: Administração, Pedagogia, Direito, Enfermagem, Medicina e Engenharia.

Atendia-se, com isso, as demandas de um nicho de mercado muito específico. Além disso, as pessoas que faziam esses cursos na época eram aquelas que tinham dinheiro e eram bem-vistas pela sociedade.

O olhar da sociedade quanto aos acadêmicos

Como poucas pessoas conseguiam chegar até o ensino superior, a sociedade as via com bons olhos, visto que significava prestígio social. No caso das pessoas que cursavam Direito, por exemplo, frases como “esta pessoa já tem a vida feita” eram muito comuns.

O olhar da sociedade quanto aos acadêmicos

Esses cursos eram invejados, porque eram pouquíssimos os indivíduos que conseguiam ingressar nas instituições que os ofereciam.

As pessoas com menos recursos apenas conseguiam (e ainda assim eram poucas) fazer cursos técnicos. Os cursos técnicos em Contabilidade e Enfermagem eram os mais comuns.

Cursos que introduziam as pessoas na carreira do Magistério também eram muito comuns e muito procurados. Contudo, recentemente, esta tendência começou a ser modificada. Afirmamos que se trata de um cenário recente porque há menos de 20 anos o ensino superior se tornou mais acessível para pessoas que não têm tantos recursos financeiros.

O que mudou ao longo dos anos?

Ao longo dos anos, o ensino superior brasileiro se tornou muito mais acessível para pessoas que até então apenas sonhavam com um diploma. Contudo, até chegarmos à situação na qual nos encontramos hoje houve uma longa jornada rumo à acessibilização. Antes, como demonstramos, havia poucos cursos e poucas instituições, logo, voltavam-se a cenários muito específicos e tradicionais.

As pessoas que conseguiam fazer esse tipo de curso já estavam com a vida “ganha”, porque havia poucos profissionais no mercado, especialmente na área do Direito e das Engenharias.

Todavia, esse cenário começou a ser modificado, uma vez que, no ano de 1995, o Brasil fez um acordo relacionado à expansão do ensino superior. O acordo foi feito em razão de uma necessidade identificada pelo país: precisava-se de mão-de-obra qualificada para que ocupassem os cargos diversos no mercado de trabalho.

Consequências do acordo firmado em 1995

Com este acordo, uma quantidade muito maior de pessoas passou a ter acesso ao ensino superior, muitas de forma gratuita. O acordo foi feito porque, a partir dessa mão-de-obra, o país seria capaz de se desenvolver. Iniciou-se, com isso, a elaboração e promulgação de uma série de Leis voltadas à expansão e acesso ao ensino superior.

Uma dessas consequências foi o fortalecimento das parcerias público-privadas. Nesse sentido, diversos órgãos forneceram recursos, públicos e privados, para que esta acessibilização fosse concretizada. As instituições privadas tiveram um amplo crescimento.

Com isso, houve a ampliação na oferta, visto que havia mais opções de curso e também de instituições. Contudo, após os anos 2000, esse ensino foi ainda mais ampliado, visto que surgiram as parcerias com órgãos internacionais que impulsionaram ainda mais este acesso por meio do fornecimento de recursos.

A criação dos cursos de educação superior à distância

Além das parcerias firmadas com órgãos internacionais, houve um outro marco que deve ser mencionado. O ensino superior foi expandido, também, por meio da introdução do ensino à distância.

A criação dos cursos de educação superior à distância

Posto isso, devemos chamar a sua atenção para o fato de que, embora a educação à distância não seja um fenômeno recente, no ensino superior esta se mostrou como uma modalidade nova.

Com esta ampliação, mais cursos foram ofertados e, com isso, houve uma procura muito maior, visto que nem todos têm condições para cursarem um curso de forma presencial.

Nesse contexto, um outro fenômeno que também foi responsável por impulsionar a criação de novos cursos e possibilidades foi a própria dinâmica do mercado. Como este está em constante ebulição, surgem, a cada dia, novas necessidades, o que implica formar mão-de-obra qualificada.

A mentalidade das gerações mais velhas

A ebulição do mercado e o ensino superior mais acessível são dois fenômenos que potencializaram a procura por cursos cada vez mais diferenciados. Hoje esse ingresso é muito mais fácil. Entretanto, reconhecemos que as pessoas mais velhas têm uma outra mentalidade quanto ao ensino superior.

Há pais que obrigam os seus filhos a se adequarem a um curso mais conteudista e, dessa forma, acabam impondo um curso que, do seu ponto de vista, é “ideal” porque emprega mais fácil e paga melhor, o que nem sempre é verdade.

O desconhecimento impulsiona essas imposições!

Dessa forma, algo que esses pais podem não compreender ou ver com maus olhos é o ensino online. Não entendem que esse tipo de ensino é tão válido quanto qualquer outro, desde que seja reconhecido pelo MEC.

Essa realidade é bastante nova, logo, os pais que possuem mais de trinta e cinco anos podem não entender esta questão, pois ainda se encontram presos a um modelo de ensino mais antigo e que consideram como o meio correto de aprendizagem.

Quais foram os principais aspectos que mudaram após os anos 2000?

Após os anos 2000, uma série de cursos, formatos e possibilidades de ensino foram incluídas para que o projeto de expansão e acessibilização do ensino superior fosse não apenas criado, mas também consolidado.

Posto isso, tenha em mente que as mudanças são constantes em todo e qualquer contexto, porém, em certos períodos, elas são mais frequentes e até mesmo notórias. Além disso, as pessoas que se formaram em qualquer área nas décadas de 1980 e 1990, sobretudo em áreas que envolvem a tecnologia, perceberão que grande parte desse conteúdo aprendido já caiu em desuso, visto que o ensino já é outro e as necessidades do mercado também são outras.

Podemos citar como exceção os casos de pessoas que após o término dessa graduação ingressaram no mercado, mas nunca pararam de estudar, sempre procurando, portanto, por uma especialização. O aprendizado constante é de suma importância.

Por que devo procurar sempre pelo conhecimento?

A constante busca pelo conhecimento é algo que pode fazer uma grande diferença para os profissionais de todas as áreas, uma vez que o conhecimento com o qual tivemos contato ontem pode não ser mais tão eficaz hoje, sobretudo em áreas muito mutáveis.

Nesse sentido, é essencial que nunca paremos de estudar, mesmo após o ingresso no mercado de trabalho, pois, à medida em que nos permitimos estagnar, não somos capazes de atender e suprir as demandas do mercado, o que pode fazer com que percamos uma série de oportunidades.

O próprio exercício docente perpassou por uma série de mudanças, visto que, antes, era muito comum o ensino presencial, hoje, há uma série de plataformas, aplicativos e softwares que permitem que uma mesma aula seja acessada por uma quantidade enorme de interessados no tema. As próprias formas de avaliar o aprendizado de um aluno foram alteradas, visto que o interesse não é mais que este aluno decore fórmulas.

O desafio do ensino contemporâneo

Um dos desafios mais comuns impostos aos docentes de todas as áreas do saber, em qualquer nível, diz respeito ao fato de que é necessário verificar se esse aluno é capaz de colocar em prática todo o conhecimento aprendido em um certo nível.

O desafio do ensino contemporâneoPensemos como exemplo no campo da Medicina, hoje, espera-se muito mais que um médico seja capaz de reconhecer não apenas as partes do corpo ou do organismo, mas sim a lógica por detrás disso.

Apenas decorar essas partes e órgãos não é suficiente à resolução de um problema. Apenas decorar os nomes de ossos específicos também não tem sido mais tão indicado, como era comum nessa área anos atrás.

A inversão da lógica aconteceu porque foram desenvolvidos inúmeros aplicativos que facilitam o dia a dia desse profissional, de modo que pode consultar de forma rápida e eficiente esse tipo de informação.

As mudanças rápidas provocadas pelo mercado

Todas as áreas devem se adaptar muito rapidamente às exigências do nicho de mercado no qual operam, sendo que essas, por sua vez, mudam a cada dia. Assim sendo, novos métodos, tecnologias e instrumentos que facilitam o dia a dia de um profissional são desenvolvidos a cada dia.

Contudo, nem sempre os cursos conseguem se adequar a essas mudanças na mesma velocidade em que o mercado exige, pois há toda uma burocracia que deve ser respeitada para que essas mudanças sejam incluídas no currículo e na condução da própria disciplina. Hoje, por exemplo, há dois tipos de linguagem destinadas à programação muito comuns, sendo eles o HTML e o PHP.

Se essa linguagem fosse substituída de um dia para o outro, o profissional, ainda dentro da faculdade, teria que se adequar a essas mudanças para conseguir acompanhar o mercado de trabalho e suas exigências, entretanto, como a burocratização leva tempo, é bem possível que o estudante se formasse antes que essa alteração pudesse ser realizada em sua grade de aulas.

Desse modo, o principal desafio enfrentado pelas faculdades nesse contexto é treinar a mão-de-obra que está formando para que sejam capazes de se adaptar ao cenário do qual fazem parte a cada dia.

A adequação das profissões ao mercado moderno

Além do desafio das faculdades de acompanhar a mudança do mercado de trabalho, também é pertinente que você saiba que muitas profissões têm sido criadas e que diversas outras têm sido substituídas ou totalmente modificadas para poderem atender as demandas do mercado moderno.

Cursos mais tradicionais, como, por exemplo, o de ciências contábeis, vêm perdendo o seu espaço em virtude da modernização e robotização de processos que antes eram manuais. O avanço da tecnologia proporcionou uma menor necessidade de especialização por parte do profissional, uma vez que a máquina é encarregada de realizar a maior parte do trabalho, ou seja, também diminuiu a demanda pelo próprio profissional, que às vezes acaba sendo totalmente substituído pelo técnico.

Dessa forma, para que o profissional de hoje em dia possa se sobressair e possa competir com a mão de obra robotizada, é preciso que ele se mantenha atualizado das necessidades e exigências do mercado de trabalho atual, pois assim ele poderá ter uma noção das áreas que estão em expansão e poderá focar seus esforços em desenvolver as habilidades necessárias para o campo de trabalho desejado.

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