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Vale a pena fazer Faculdade? Fazer Faculdade Pública ou Particular?

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O universo dos cursos de graduação

A pergunta que irá conduzir a nossa conversa é: vale a pena fazer uma faculdade?

E, ainda, iremos nos concentrar nas características das universidades públicas e privadas, pois há um forte estigma social de que uma é melhor do que a outra.

Ao longo dessa conversa, não queremos determinar o que é bom ou ruim, mas sim ressaltar os pontos positivos e negativos de ambas as possibilidades.

Essas dicas são, sobretudo, para você que está em dúvida sobre fazer ou não um curso de graduação e por onde começar a procurar dados sobre as instituições que deseja prestar o vestibular.

Você perceberá que assim como no contexto da pós-graduação, conhecer, em detalhes, a universidade da qual deseja fazer parte é de suma importância.

A pandemia do Coronavírus e a busca por novos planos

A pandemia do Coronavírus e a busca por novos planos

Estamos vivenciando um período delicado, e, com isso, grande parte dos nossos planos traçados no começo do ano precisarão ser postergados em razão da pandemia provocada pelo Novo Coronavírus.

Como é um período em que estamos ficando bastante em casa, é natural que novas possibilidades perpassem pela nossa cabeça.

Assim sendo, grande parte das pessoas estão cogitando fazer um curso de graduação, e, ainda, há aquelas pessoas que desejam mudar de profissão e querem fazer uma segunda graduação.

As pessoas têm se questionado se é melhor investir em uma faculdade pública ou particular e é sobre as características dessas duas possibilidades que iremos discutir.

Existem alguns fatores que impulsionam as pessoas a investirem na educação superior, além das cobranças e pressões advindas dos mais diversos lugares.

Fatores que impulsionam o investimento na educação superior

Fatores que impulsionam o investimento na educação superior

O primeiro ponto que precisamos ressaltar é que para que você possa ingressar em determinados contextos de trabalho, na verdade, na maioria deles, é preciso que você tenha certa qualificação.

Essa qualificação pode ser buscada tanto em cursos técnicos e profissionalizantes quanto na educação superior, sendo que a educação superior propicia melhores cargos e, com isso, salários mais positivos.

Atenção: uma pessoa que apenas fez um curso técnico/profissionalizante pode, sim, exercer uma determinada profissão, contudo, dificilmente essa pessoa conseguirá progredir, uma vez que ter pelo menos uma graduação eleva a posição desse profissional no mercado de trabalho.

Ele passa a ser mais atraente que a pessoa que não possui um curso de graduação, o que impulsiona as pessoas a investirem na educação superior.

Características da graduação brasileira: os cursos técnicos

Os cursos de graduação do nosso país se consolidam a partir de três pilares. Você pode optar por um curso técnico, por um curso de bacharel (sendo que você não está habilitado, oficialmente, para a docência) e por um curso de licenciatura (você é habilitado para lecionar na educação básica, contemplando-se o ensino fundamental II e o ensino médio).

Nesse sentido, cabe apresentarmos algumas características básicas sobre a duração desses cursos.

Sobre a primeira modalidade, isto é, os cursos técnicos, eles duram, pelo menos, dezoito meses, sendo a sua duração máxima de trinta meses.

Contudo, o mais recorrente é que esses cursos duram, em média, vinte e quatro meses.

Os cursos técnicos com inclinação ao ensino superior possuem alguns aspectos que precisam ser considerados antes que você opte por essa modalidade.

A primeira coisa que precisa saber é que esses cursos possuem uma inclinação técnica.

A configuração dos cursos técnicos

A configuração dos cursos técnicos

Os cursos técnicos dão vida à primeira possibilidade de entrada no ensino superior, porém, embora sejam cursos de graduação, a sua inclinação é um pouco diferente daqueles cursos tradicionais de graduação que conhecemos.

A lógica seguida por esses cursos é a mercadológica, e, com isso, prioriza-se disciplinas associadas ao mercado de trabalho, o que não necessariamente ocorre nos outros dois tipos de cursos de graduação, como veremos mais adiante.

No caso de um curso técnico de RH, por exemplo, significa que, ao término do curso, você estará habilitado para trabalhar em uma área específica, que, no caso de nosso exemplo, é a área dos recursos humanos.

Você estará, portanto, graduado em uma área específica, sendo que as possibilidades de atuação são um pouco mais amplas nas outras duas modalidades de graduação.

A especialização costuma ser feita na pós-graduação, em mestrados e doutorados.

Aspectos gerais dos cursos de licenciatura

Temos uma segunda possibilidade de cursos de graduação, são os cursos de licenciatura. Os alunos licenciados, como destacamos no início dessa conversa, podem ministrar aulas no nível básico, isto é, a partir do ensino fundamental II, bem como podem dar aulas, também, nos ensinos médios.

Caso ele deseje lecionar na educação superior, será preciso fazer um curso de mestrado e/ou de doutorado na modalidade acadêmica (o mesmo vale para aqueles que são bacharéis e desejam ministrar aulas nos cursos de graduação e pós-graduação).

Uma vez que a inclinação dos cursos de licenciatura é a prática da sala de aula, é muito comum que os alunos se deparam com disciplinas teóricas e práticas que irão o habilitar para o exercício da docência no nível básico.

Muito provavelmente, para que esses alunos possam estar, de fato, habilitados como professores, precisarão realizar uma certa quantidade de horas de estágio nas escolas.

Quais são as possibilidades de cursos de licenciatura?

Tudo irá depender da sua inclinação.

Por exemplo, caso você deseja ministrar aulas de língua portuguesa, redação e/ou literatura, precisará fazer um curso de licenciatura em Letras, contudo, caso a sua inclinação seja as ciências exatas, precisará procurar por um curso de licenciatura nessa área específica, como é o caso da Matemática, da Física, da Química e da Biologia.

É comum que, a depender da licenciatura, você possa ministrar aulas de mais de uma disciplina, isto é, com uma licenciatura em Matemática você poderá, por exemplo, dar aulas de Física, caso a escola permita em razão, principalmente, da falta de professores habilitados especificamente em Física.

Tudo irá depender da demanda da escola em que deseja ministrar essas aulas.

A maioria desses cursos que fornecem literatura são, também, bacharelados, contudo, deve-se prestar atenção se a universidade oferece uma das modalidades apenas.

Duração dos cursos de licenciatura

Duração dos cursos de licenciatura

Em razão de serem cursos que precisam que o aluno tenha a experiência com a sala de aula antes que se formem, a sua duração costuma ser maior do que a dos cursos técnicos.

Caso o aluno esteja fazendo um curso que ofereça as duas modalidades, isto é, de bacharel e licenciatura, é comum que no terceiro ano ele possa optar pela licenciatura, e, com isso, terá contato com disciplinas e estágios relacionados com a docência.

Caso opte apenas pelo bacharel, continuará apenas com as disciplinas e estágios práticos concernentes ao exercício da profissão escolhida, como de biólogo, por exemplo, não tendo, oficialmente, a habilitação para atuar como professor de biologia, apenas em laboratórios e espaços típicos ao exercício da profissão de biólogo.

Esses cursos de licenciatura, em razão dos motivos que apresentamos, costumam durar de vinte e quatro meses a trinta e seis meses, a depender das suas escolhas.

A duração menor dos cursos

Existem cursos de graduação específicos que habilitam o profissional mais rapidamente, como é o caso, por exemplo, da Educação Física.

Geralmente, duram três anos (o comum é que as licenciaturas durem quatro anos, embora essa quantidade varia de instituição para instituição).

Caso esse profissional de Educação Física deseje atuar como um profissional de academia, ele pode fazer uma formação complementar, o que aumenta o tempo de duração do curso.

Contudo, essa é uma situação opcional, caso esse aluno de Educação Física quisesse atuar apenas como professor dessa disciplina, essa formação complementar poderia ser dispensada, bastando cumprir os créditos apenas da grade obrigatória.

Entretanto, não poderia atuar como instrutor físico em uma academia, pois, em razão desse encurtamento do curso, não se encontra habilitado para o exercício dessa profissão. Isto é válido para todas as áreas do conhecimento.

Características gerais do bacharelado

Os cursos que oferecem a opção de bacharel não possuem uma inclinação para a docência, e, dessa forma, todas as disciplinas relacionadas ao contexto da sala de aula não são contempladas na grade curricular desses cursos, porém, como vimos, após o terceiro ano de curso, você pode optar por essas disciplinas, e, com isso, será tanto um bacharel quanto um professor ao término do curso.

Esses cursos terão duração mínima de trinta e seis meses e duração máxima de sessenta meses, a depender da grade curricular oferecida pela sua instituição.

Alguns exemplos de cursos de bacharelado são o Direito, a Arquitetura, a Engenharia, a Medicina e todas as áreas derivadas, dentre outros.

Muito provavelmente, para que possa exercer efetivamente a profissão, terá que obter a certificação ao término desse curso a partir de uma prova.

No caso do Direito, por exemplo, há a prova da OAB que habilita advogar.

Variáveis a serem analisadas ao optar por fazer uma faculdade

A partir das características que apresentamos até agora, é necessário que você compreenda quais são os seus verdadeiros objetivos com esse curso de educação superior, pois, a depender da sua resposta, uma modalidade será mais interessante do que a outra.

Cursos técnicos, por exemplo, por serem mais curtos, irão o habilitar mais rapidamente para o exercício de uma profissão, contudo, ele possui uma série de limitações justamente por ter uma duração menor.

O mesmo vale para sua inclinação ou não a docência, caso não queira dar aulas na educação básica, basta optar por um curso de bacharel apenas.

Atenção: embora os cursos de graduação habilitam os alunos para o exercício de uma dada profissão, isso não acontecerá em um passo de mágica, pois, a cada dia, a competição se torna mais acirrada, e, com isso, certos alunos tendem a se destacar mais do que outros, sobretudo os que investem em qualificação.

A expansão do ensino superior e o aumento da demanda

A expansão do ensino superior é algo bastante positivo, contudo, o mercado não consegue abarcar todos os alunos que são formados por esses cursos, sejam eles de instituições públicas ou privadas, e, dessa forma, a oferta de cursos é grande, mas aqueles que conseguem exercer exatamente a profissão com a qual mais se identificaram na graduação não são tantos.

Nesse sentido, sobretudo algumas áreas, possuem mais oferta do que demanda, e, com isso, o investimento contínuo em formação complementar para chamar a atenção desse mercado tem sido uma estratégia comum.

Em razão disso, surgiram os cursos de mestrado e doutorado na modalidade profissional, o que é bastante positivo para os profissionais que possuem uma inclinação mais para o mercado do que para a docência.

Essa continuidade da formação é, na verdade, um processo muito natural da vida em sociedade, estamos sempre evoluindo.

Por que ser habilitado em uma área é interessante?

A fim de que você possa exercer toda e qualquer profissão no contexto brasileiro, será preciso que você esteja habilitado, isto é, que possua um diploma capaz de comprovar que você já passou por uma graduação.

Existem concursos públicos, inclusive, que não pedem a graduação em uma área específica, apenas que você tenha como comprovar que é graduado em qualquer uma das mais diversas áreas do conhecimento.

Contudo, há editais mais específicos, e, com isso, você precisará ter feito uma graduação específica para que possa ser admitido no processo de contratação.

No caso de editais que apontam a graduação em uma área específica, como, por exemplo, em ciências médicas, desde técnicos até doutores poderiam ser abarcados nesse mesmo edital.

Sobre as empresas, temos observado que elas, cada vez mais, têm dado preferência aqueles profissionais que já são graduados, o que faz com que eles se destaquem perante os demais.

Por exemplo, há entidades que oferecem vagas no setor de vendas, e, em teses, muitas pessoas, graduadas ou não, encaixar-se-iam nessa área, porém, na prática, são admitidos apenas profissionais que são graduados em áreas que, de alguma forma, aproximam-se desse contexto de vendas.

Assim sendo, sempre que você se deparar com um edital de concurso ou com uma proposta de empresa que admita apenas pessoas com graduação, irão apresentar o termo “educação superior”.

Todas as estruturas sobre as quais conversamos hoje são admitidas, desde os cursos técnicos até as graduações na modalidade de licenciatura e/ou bacharel.

Uma resposta

  1. Bom dia, eu achei ótimo o vídeo, mas gostaria de corrigir um detalhe, o nível técnico não é graduação, são cursos técnicos de nivel médio. Existem no Brasil três tipos de graduação: Bacharelado, licenciatura e tecnológico. A senhora acertou na questão da licenciatura e bacharelado, porém cometeu um equívoco na nomenclatura do técnico, na graduação tecnológica o profissional é chamado de tecnólogo, e o profissional de nível médio, o antigo segundo grau, é chamado de técnico. Ambos têm atuações específicas no mercado de trabalho. Espero que vocês tenham um ótimo dia, e fiquem com Deus.

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