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Apostilas Acadêmicas e Apostilas Informativas – A importância da citação em qualquer Pesquisa

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Conhecendo o universo da citação nas pesquisas: como citar as apostilas acadêmicas e informativas em um trabalho científico?

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos retomar as nossas discussões sobre o universo das citações. Como temos elencado ao longo de nossas conversas, todo material científico seguro e de qualidade pode e deve ser citado para que sua pesquisa tenha o que chamamos de embasamento. A fim de que as nossas afirmações não sejam meros achismos, podemos recorrer às citações para que atribuam credibilidade àquilo que falamos e defendemos. Hoje iremos falar sobre um tipo de material que você pode desenvolver ou citar. Estamos nos referindo às apostilas. O fato de esta ser um interesse comercial ou requerida para um dado fim também é uma questão primordial. A pauta de hoje surgiu de uma dúvida, em que o pesquisador deseja desenvolver uma apostila para compilar os resumos dos principais temas que caem em um certo concurso público, quer-se saber se ideias próprias podem ser inseridas.

Modelos de apostilas para trabalhos com caráter científico

A fim de que essa discussão fique mais fluida, separamos dois modelos de apostilas que você pode desenvolver. Um desses modelos possui uma inclinação mais prática e o outro é mais teórico (acadêmico). Quando precisamos desenvolver um trabalho final desse tipo, precisamos pensar na finalidade. Nem sempre as apostilas destinam-se aos acadêmicos apenas, mas sim às pessoas que estão se preparando para concursos públicos, por exemplo. A depender do contexto, nem sempre essas apostilas precisam fazer uso de citações. Contudo, todas as vezes que você cita autores em seu material, você atribui a ele mais credibilidade e seriedade. A depender do seu público, caso ele parta de dados embasados, este público conseguirá confiar mais naquilo que está defendendo. Isso decorre do fato de que você está utilizando fontes de professores e pesquisadores que se dedicam de forma integral aos aspectos desse tema.

A importância da compreensão profunda sobre um tema

A importância da compreensão profunda sobre um temaEmbora seja muito comum que tenhamos noções básicas acerca de um dado tema, nem sempre essas ideias são, de fato, profundas, e, por vezes, resultam de achismos. São necessários muitos anos para que construamos um arcabouço teórico acerca de um certo tema. Para construirmos um conhecimento sólido e detalhado é preciso que investiguemos por anos esse assunto. Assim sendo, a forma mais fácil de chegar a essa profundidade é recorrer às citações para que as suas reflexões sejam consideradas como profundas e úteis para o público que está consumindo o material. Entretanto, se você não se encontra em um programa de mestrado ou de doutorado profissional, ou, ainda, se você não irá apresentar esse material como uma exigência posta pela sua instituição de ensino ou pela instituição onde trabalha, essa preocupação acaba sendo mais relativa. Por esse motivo, iremos trabalhar com dois modelos.

A inclinação da apostila a ser desenvolvida

Se a sua inclinação é comercial, em que você apresenta essa apostila para um cliente final, empresa e afins, o trabalho tende a ser mais prático, porém, ele não deixa de ser acadêmico, uma vez que não dispensasse o uso das citações. Assim, separamos um material que é mais prático e simples para o caso de esse ser o seu objetivo. Contudo, algo que gostaríamos de destacar, também, é que você pode trabalhar com esse mesmo material nos dois sentidos (prático e acadêmico). Por exemplo, se você pegar os relatórios da FGV e do próprio INEP, irá perceber que tentam passar uma sensação de confiança, e, em razão dessa necessidade, para que possam apresentar os seus argumentos e mesmo as análises, buscam na literatura correspondente o embasamento necessário para tal. Os dados são buscados em fontes consideradas como consagradas para que não restem dúvidas ao leitor.

As apostilas mais simples e as suas características

O primeiro exemplo que separamos é uma apostila intitulada de “Matemática e as suas tecnologias”. Como ela destina-se aos estudantes do Ensino Médio, possui uma linguagem mais simples. É composta por duzentas e quarenta e quatro páginas, sendo que essa elaboração pode ter inúmeros fins e objetivos. A primeira informação apresentada é a capa. Logo de início, vislumbramos que foi elaborada pelo INEP, apontando-se, inclusive, a cidade e estado em que foi elaborada. Na sequência, podemos visualizar uma quantidade significativa de pessoas envolvidas com essa elaboração, seja com as ilustrações, com os aspectos editoriais, integrando a coordenadoria técnica e os próprios professores da área. Há, ainda, os envolvidos com a apresentação de uma leitura crítica acerca do material para avaliar se este poderia ser disponibilizado e estava de acordo com o público-alvo, dentre outros colaboradores.

Toda apostila tem muitos colaboradores?

Toda apostila tem muitos colaboradores?Não. Geralmente, empresas como INEP possuem diversos envolvidos, mas essa não é uma regra. Se você faz parte de um mestrado ou doutorado profissional, as pessoas que você terá como colaboradoras são os membros que integraram a sua banca de qualificação e de defesa, bem como o seu orientador. São esses os agentes que entrariam como colaboradores que validaram o seu estudo, que o tornaram crível. Contudo, se você não faz parte de um programa desse tipo e o seu objetivo é apresentar uma apostila com outros fins, apenas a menção ao seu nome bastaria. Escolhemos a apostila do INEP como exemplo para que você veja que apostilas têm credibilidade e podem ser citadas. É uma instituição governamental que possui fins específicos. Entretanto, em virtude do seu público-alvo, não é tão rigoroso, mas não deixa de ser sério. Analisemos, agora, a estrutura desse tipo de materiais.

A estrutura de uma apostila simples

Começamos com o sumário. A primeira coisa que gostaríamos de destacar é que cada capítulo foi desenvolvido por um professor. Você irá perceber que cada um deles apresenta um panorama conceitual acerca do que o aluno precisaria aprender em relação ao tema apresentado. Os objetivos da apostila, portanto, aparecem como capítulos nessa apostila. Tem-se, por exemplo, a matemática na construção da humanidade; a lógica e argumentação na prática da matemática; as grandezas no dia a dia etc. Enfim, deve ficar claro que cada professor ficou responsável pela elaboração de um capítulo dessa apostila. Logo na introdução você irá perceber que os objetivos com essa elaboração são apresentados, porém, por outro lado, não há preocupação com um problema de pesquisa ou com métodos. Trata-se de uma construção linguístico-textual bem simples e objetiva, voltada aos estudantes do Ensino Médio.

Os capítulos de uma apostila simples

No capítulo um desta apostila em específico temos a matemática enquanto elemento balizador da construção da humanidade. O objetivo deste capítulo é apresentado logo abaixo do título: compreender a matemática enquanto construção humano, relacionando-a com seu desenvolvimento e com a transformação da sociedade. O nome da professora responsável por conduzir tais discussões é apresentado logo abaixo. Com isso, podemos discutir sobre a organização textual deste capítulo. Em razão do público-alvo, a professora  explorou bastante as figuras, introduzindo-as a todo o momento para a discussão ficar mais clara e atrativa. O material não está nas normas da ABNT, visto que a professora faz uso de normas próprias. O trabalho é direcionado aos estudantes do Ensino Médio, e, devido a isso, houve uma preocupação notória em trazer uma maior ludicidade ao texto. Não segue as normas próprias da academia.

Há rigidez nas apostilas?

Uma vez que as apostilas não precisam passar por qualquer tipo de avaliação, isto é, por uma banca, acaba sendo menos rígido, já que não precisa desse aval para que possa ser disponibilizada. Estamos chamando a atenção para esse ponto porque essa é uma das grandes dúvidas e dificuldades daqueles que desejam desenvolver uma apostila ou, ainda, que, dada a finalidade do curso de mestrado ou doutorado profissional, precisam produzir essa apostila enquanto produto final. Algo que precisamos reiterar, também, é que essa apostila, assim como aquelas desenvolvidas nesses programas, voltam-se ao contexto educacional, direcionada a um perfil de alunos. Contudo, as apostilas em questão divergem em relação às suas preocupações. A linguagem dessa apostila é mais fácil, sem citações, com uso expressivo de recursos visuais. A própria exploração desses recursos visuais não é rígida, visto que as figuras nem são intituladas.

A despreocupação com as normas da ABNT

A despreocupação com as normas da ABNTUm grande diferencial entre os dois tipos de apostila diz respeito à falta de apego às normas da ABNT. A ABNT pede para que toda imagem, quadro, tabela, gráfico e afins recebam uma formatação gráfica-textual específica, porém, não é o que ocorre aqui. Além disso, não mencionasse a fonte da figura. Ainda em relação ao capítulo que estamos desmembrando, a professora discorre um pouco sobre o contexto no qual a matemática está inserida. A linguagem acessível é somada ao uso contínuo de imagens para ilustrar aquilo que foi dito textualmente. Também consideramos esse material como interativo, visto que depois da explicação conceitual do assunto, há uma série de exercícios para que o aluno coloque em prática esse conhecimento aprendido. Tais exercícios funcionam como um quiz. É uma forma, portanto, de induzir e instigar esse aluno a refletir sobre o que está sendo aprendido.

As apostilas simples precisam mencionar fontes?

Um dos aspectos que mais distanciam as apostilas acadêmicas dessas mais simples é a despreocupação quanto ao uso de fontes. É notório que os professores envolvidos não se preocuparam em procurar por essas fontes e mencioná-las enquanto citações diretas e indiretas. Não há quaisquer menções acerca de onde estão retirando essas informações. As explicações costumam ser apresentadas de forma objetiva e breve, de modo que os alunos são estimulados a colocar tais explicações em prática por meio de exercícios. Embora, nesse caso, tenhamos a apostila feita por uma instituição governamental, não há qualquer tipo de preocupação com a linguagem e o embasamento. Além disso, gostaríamos de apresentar um outro exemplo de apostila mais simples. Como produto final de um programa de pós-graduação, nós e nossos parceiros desenvolvemos um produto resultado de nosso grupo de pesquisa.

Livros como produtos finais

Livros como produtos finais

Livros também são produtos finais que podem promover um assunto de uma forma mais simples e didática. O tema é voltado à educação física e à educação profissional tecnológica. É um livro que originou de um produto final desenvolvido em um programa de pós-graduação, porém, foi adaptado a uma nova linguagem. Ele volta-se, aqui, aos profissionais que atuam na pós-graduação ou na educação profissional tecnológica. No primeiro exemplo tínhamos uma apostila que não se vinculava a nenhum programa de pós-graduação e aqui, nesse outro, uma que adveio desse meio. Assim sendo, nossa apostila volta-se aos professores que se enquadram nesses dois contextos acadêmicos. Foram as discussões feitas no grupo de pesquisa envolvido que deram origem a essa apostila. A estrutura é bastante semelhante a do primeiro exemplo, porém, há algumas especificidades que devem ser levadas em consideração.

As apostilas acadêmicas e as suas especificidades

As apostilas acadêmicas e as suas especificidadesComo em nosso primeiro exemplo, essa apostila acadêmica apresenta um sumário que dividiu o assunto em diversos capítulos. A apresentação dos envolvidos com essa elaboração também se deu de uma forma bastante semelhante, porém, a preocupação é outra, já que o público-alvo é diferente, são acadêmicos. Cada capítulo está relacionado com um certo grupo de pesquisadores que se debruçaram na temática específica que está sendo apresentada. Contudo, logo de início, já notamos a presença de citações, sobretudo indiretas, de autores que estão sustentando as afirmações ali colocadas, sendo um texto, portanto, que se preocupa com o embasamento das informações. A citação, por sua vez, é colocada a partir de uma linguagem que ainda é acessível, mas o embasamento não deixa de ser feito em momento algum. Esse material, quando comparado aos artigos, dissertações e teses, é mais fácil de ser lido.

As citações nas apostilas acadêmicas

Embora a linguagem seja notoriamente mais acessível, o texto é composto a partir de citações diretas e indiretas, sendo esse mecanismo empregado para atribuir mais credibilidade às informações ali colocadas. A diferença entre os dois modelos de apostila é que no primeiro exemplo, em virtude de o público-alvo ser estudantes do Ensino Médio, as explicações eram mais práticas e breves, acompanhadas de exercícios para fixar esses conteúdos aprendidos. No segundo exemplo ocorre o contrário, de modo que a ludicidade não é tão evidente, visto que apresenta-se discussões com uma inclinação mais teórica acerca do assunto que está sendo investigado. A ideia, aqui, é a apresentação de algumas alusões relacionadas ao contexto da Educação Física nos cursos profissionalizantes, de modo que todo o contexto da área em questão é apresentado de forma profunda e detalhada.

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