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O resumo expandido pode ser usado como base para um artigo científico?

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Variáveis importantes sobre um artigo científico: de que modo possui incluir certos formatos em meu artigo científico sem que ele perca a sua validade? Cuidados em um artigo científicoVariáveis importantes sobre um artigo científico: de que modo possui incluir certos formatos em meu artigo científico sem que ele perca a sua validade? Cuidados em um artigo científico

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre uma questão que afeta os autores que desejam submeter as suas produções a uma revista científica. Como sabemos, a fim de que um artigo possa ser aprovado pela equipe editorial, este precisa atender a uma série de requisitos e, dentre eles, há a própria elaboração do resumo. Nesse sentido, ao longo deste post, iremos esclarecer quais são os cuidados que devem ser tomados pelo autor que deseja submeter a sua produção. Independentemente do formato escolhido, a primeira coisa que você precisa saber sobre os resumos é que esses devem ser produzidos de forma sistematizada. Quando nos referimos a essa necessidade, estamos nos referindo a certos tipos de informações que não podem deixar de constar no resumo, pois, como sempre apontamos, o resumo é o seu cartão de visitas. É a partir dele que o seu leitor irá decidir pela leitura ou não de seu artigo.

O que pode ser utilizado como base em um artigo científico?

Quando falamos em artigos científicos, é fundamental que fique claro que há alguns cuidados essenciais que devem ser tomados para que ele não perca o seu caráter científico. Os cuidados são refletidos na forma de etapas necessárias à produção do material e os resumos integram um desses cuidados. Entretanto, antes de entendermos o que pode e o que não pode ser utilizado como base em um artigo científico, é preciso que compreendamos quais são os cuidados que devem ser tomados em cada uma das etapas. Como estamos falando de um tipo específico de resumo, o expandido, acreditamos que é pertinente iniciar esta discussão com a definição desse tipo de resumo. Como o próprio nome já indica, trata-se de um resumo de algo. Pode tanto fazer um resumo de um livro (ou de um capítulo desta obra) ou de seus próprios trabalhos. Caso queira, também é possível fazer resumos de um trabalho anterior.

Quando posso fazer um resumo?Quando posso fazer um resumo?

Além dos casos já citados, poderá fazer o resumo de um trabalho final apresentado, isto é, de uma monografia, dissertação de mestrado ou tese de doutorado. Nesse sentido, o resumo sempre será um compilado de informações sobre alguma coisa. Pensemos um pouco mais sobre os elementos que caracterizam um resumo. Quando organizamos um resumo, devemos tomar atenção a alguns aspectos essenciais. Tanto as instituições de ensino que requerem um trabalho final quanto às revistas científicas brasileiras costumam seguir as normas da ABNT. Tais normas apontam que um resumo simples deve ter até trezentas e cinquenta palavras. Assim sendo, o resumo a ser integrado a um artigo, dissertação tese ou a qualquer trabalho é um texto pequeno que irá ocupar, mais ou menos, meia página. Pensemos um pouco sobre os dados abarcados pelo resumo.

Quais são os dados gerais de um resumo?

Em virtude da sua finalidade, o resumo, em geral, apresenta em duas linhas o contexto de seu tema, os objetivos, a pergunta e o problema de pesquisa, a metodologia, bem como uma breve justificativa. Os principais resultados também devem ser apresentados. Você tem essa quantidade reduzida de palavras para apresentar todos esses dados. O resumo expandido segue a mesma lógica. Apresenta-se o contexto, seguido da pergunta norteadora e problema, os objetivos e métodos e alguns dos principais resultados identificados ao longo da pesquisa. O que difere os dois tipos de formatos de resumo reside, sobretudo, na quantidade de palavras que terá para explorar todos os dados. O resumo simples permite que você organize todos os dados com poucas palavras. O mesmo não ocorre no resumo expandido, uma vez que abarca entre duas e quatro páginas. Tudo depende das normas da instituição/revista onde será submetido.

Por que os dados são expandidos?Por que os dados são expandidos?

Neste resumo ampliado, os dados são explorados com mais afinco porque aquela que requer este tipo de resumo quer saber do pesquisador um pouco mais sobre a sua pesquisa. O que ocorre é que o leitor, ao invés de ter contato com um artigo de dez/quinze a vinte/trinta páginas, compreende esse tema a partir do resumo expandido. O mesmo ocorre com aqueles trabalhos mais extensos, que é o caso das dissertações de mestrado e teses de doutorado, pois o leitor sabe tudo sobre esta pesquisa a partir do contato com este resumo mais detalhado sobre o seu estudo. O leitor procura por esses materiais porque permitem que compreenda todo o panorama de uma pesquisa de maneira rápida, o que é muito útil, já que nem todos têm tempo suficiente para lerem um trabalho tão extenso como a dissertação e a tese. É essa a função social de um artigo científico e, nesse caso, do resumo expandido.

O resumo expandido é uma forma de artigo?

Não. Muitos têm confundido e acreditado que o resumo expandido é uma das formas de artigos científicos, mas, na verdade, os resumos fazem parte de um artigo, logo, não é um de seus formatos. A confusão se dá porque o resumo mais comum é aquele mais curto e simples, de modo que, ao se depararem com um resumo extenso, passam a acreditar que se trata de um tipo de artigo. Não são raros os casos de professores que fazem essa confusão, de modo que solicitam aos seus alunos um resumo expandido quando, na verdade, querem que ele produza um artigo a ser publicado em uma revista específica. Caso você queira evitar essa confusão, é só pensar no próprio termo, pois ele aponta para a necessidade de resumir os dados de uma forma relativamente mais ampla, porém, sem deixar de considerar que ainda é um resumo. Nesse sentido, frisamos, novamente, que ambos os resumos compilam dados gerais sobre a pesquisa.

Um resumo expandido pode ser incorporado a um artigo?Um resumo expandido pode ser incorporado a um artigo?

Na verdade, esta é uma frase equivocada, pois o que deveria ocorrer é o contrário: o seu artigo, tenha ela dez, quinze, vinte ou até mesmo trinta páginas, é que deve tomar como base o conteúdo do artigo. O artigo deve servir como inspiração para a produção do resumo. Como o resumo é sempre de alguma coisa, ele deve partir de uma base, no caso, do conteúdo do seu artigo. Se você parte do resumo para produzir o seu artigo, já está cometendo um erro. Isto ocorre porque ele perde de vista a sua finalidade, que é a de resumir algo. O seu resumo deixa de ser um resumo e se torna um projeto. O projeto assume um outro tipo de função, pois o intuito não é o de resumir algo. Ambos são confundidos pois o seu processo de sistematização de dados se dá de uma forma muito semelhante: apresenta-se o panorama geral da pesquisa, a pergunta e o problema, os objetivos e os métodos.

A composição de um projeto

Embora o nosso foco seja o resumo expandido, iremos apresentar os aspectos de um projeto para que não confunda as duas propostas. Além da apresentação do panorama de sua pesquisa, do problema e pergunta de pesquisa e dos objetivos, deverá dispensar uma atenção especial aos métodos. Deverá deixar claro em um projeto quais são os caminhos para se chegar aos objetivos. Deverá esclarecer, portanto, quais são as ferramentas consideradas, a natureza e a abordagem da pesquisa, dentre outros cuidados. O intuito é deixar claro ao leitor quais serão as técnicas que levará em consideração para coletar, tratar e analisar os dados necessários ao alcance dos objetivos que permitem responder à sua pergunta de pesquisa. Algumas de suas principais considerações e resultados podem ser apresentadas. Embora o esquema seja o mesmo do resumo expandido, cada proposta tem as suas próprias peculiaridades.

A proposta de um projeto e de um resumo

O resumo tem a função tão somente de resumir os dados sobre algo já pronto. O projeto não tem o mesmo objetivo, uma vez que ele é o documento que permitirá ao pesquisador iniciar a sua pesquisa e, dessa forma, não parte de algo pronto, mas de algo que ainda será executado. Mesmo que haja variações em termos de quantidade de páginas, o projeto tem o objetivo de informar os passos de uma pesquisa que ainda serão colocados em prática. O projeto fornece meios para que um certo material científico possa ser elaborado e publicado. O resumo não tem essa finalidade. Voltemos a pensar sobre o resumo. A partir do momento em que idealizou um texto e produziu, este pode ser resumido, pois, como sabemos, nem sempre conseguimos ler na íntegra todos os materiais que chegam às nossas mãos. Diante deste amplo cenário, é de suma importância que pensemos nas possibilidades de publicação desse material.

Quais os tipos de materiais que podem ser publicados?

Na verdade, desde que faça parte do escopo da revista de seu interesse, qualquer tipo de material pode ser publicado em uma revista científica. Desde as dissertações de mestrado até as teses de doutorados e outros tipos de materiais aprovados e defendidos, até mesmo o projeto que deu origem a essas pesquisas, podem ser publicados, desde que a revista abarque esse tipo de publicação, pois há aquelas que publicam apenas artigos e, na verdade, artigos com formatos específicos. Há aqueles materiais qualificados como peer-review. Eles expressam as primeiras impressões de um pesquisador quanto à pesquisa em processo de produção. Contudo, é essencial que você leve em consideração que tudo aquilo que se encontra disponibilizado na web pode ser rastreado pela inteligência artificial. Tome cuidado! Se o seu material estiver na internet, não poderá publicá-lo em nenhum outro lugar.

Os materiais disponibilizados na internetOs materiais disponibilizados na internet

Como mencionamos, a inteligência artificial é capaz de detectar a semelhança entre os materiais publicados na internet e o seu. Além disso, a cada dia, ela se torna mais moderna e efetiva. Qualquer programa de inteligência artificial irá acusar o seu material de plágio, caso haja a publicação (tentativa, na verdade) em outro lugar. Esta é uma questão muito polêmica e nem todos compreendem como funcionam esses programas. Se o seu texto é semelhante, de nada adianta questionar a revista. A inteligência artificial é precisa, logo, é preciso que façamos as alterações indicadas no texto para que esteja apto a ser publicado. Não é permitido que a sua dissertação seja publicada em um banco de dados específico e que após isso o pesquisador, dono do trabalho, publique, sem qualquer alteração, um dos capítulos, mesmo que tenha sido ele o produtor do trabalho. Esta questão gera até hoje uma série de debates e críticas.

A lógica da inteligência artificial

Embora os questionamentos sejam pertinentes, é preciso que nos atentemos ao fato de que, independentemente das questões éticas, não é possível lutar contra a lógica dos programas de anti-plágio. A primeira coisa que você deve levar em consideração é que a inteligência desse tipo não é conduzida por um ser humano, mas por uma máquina. Ela não consegue abarcar as questões éticas e subjetivas que um ser humano leva em consideração. Nesse sentido, todos nós que temos materiais publicados precisamos tomar cuidados, pois a inteligência fará uma correlação entre aqueles que publicamos e os que desejamos publicar nesse momento. Com base em seus algoritmos, irá entender que esse texto é semelhante, logo, há plágio.

Mesmo que o material em questão seja seu, a inteligência artificial, isto é, a máquina, não é capaz de fazer essa diferenciação. Há uma espécie de “black list” destinada a todos que tentam burlar a lógica desses programas, de modo que tanto o autor que publica um texto com plágio quanto a revista que permite essa situação podem ser punidas. A punição se dá pelo fato de que a revista, base de dados e o próprio autor publicam materiais que não atendem aos critérios da própria ciência, sobretudo aqueles ligados ao ineditismo e originalidade do material. Estamos fazendo esse alerta porque é natural que queiramos aproveitar nossos textos, porém, é preciso que haja um ajuste em sua redação para que você não seja punido.

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