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Aluno especial pode publicar um artigo científico sem estar matriculado em um programa de mestrado? Com quem você pode publicar um artigo científico estando dentro ou não de um programa de pós-graduação?

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O que é um aluno especial e quais são os benefícios de ingressar em uma instituição dessa forma? Curiosidades sobre ingresso no mestradoO que é um aluno especial e quais são os benefícios de ingressar em uma instituição dessa forma? Curiosidades sobre ingresso no mestrado

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre questões que você deve levar em consideração antes de ingressar em um programa de mestrado. Como sabemos, nem sempre continuamos com o mesmo orientador durante toda a nossa trajetória acadêmica, bem como nem sempre permanecemos em uma mesma instituição. É bastante normal, contudo, ao migrarmos de uma instituição para outra torna-se necessária a adesão a algumas estratégias. Nem sempre as instituições e os seus respectivos orientadores aceitam com muita facilidade alunos que nunca estudaram na “casa”, o que torna essa discussão ainda mais relevante para você que se encontra nessa situação. É nesse sentido que muitos alunos têm ingressado nessas instituições enquanto alunos especiais. Os alunos especiais nada mais são do que alunos que ainda não estão matriculados em um programa da casa, mas têm pretensão de integrá-la.

Afinal, qualquer pessoa pode publicar um material científico?Afinal, qualquer pessoa pode publicar um material científico?

Dentre as muitas dúvidas que afetam aqueles que desejam ingressar em um programa de mestrado temos uma questão fundamental: quem pode publicar materiais científicos, sobretudo artigos? A fim de que respondamos a esta questão, partiremos de uma questão norteadora: é possível que um aluno especial publique um artigo científico com um professor sem que ele pertença ainda ao programa no qual está cursando as disciplinas como aluno especial? A pessoa que nos fez este questionamento é aluna especial de um programa e gostaria de publicar um artigo científico para deixar o currículo mais competitivo, uma vez que tem a pretensão de participar do próximo processo seletivo a ser lançado pela instituição. O primeiro ponto que não poderíamos deixar de frisar é os nossos parabéns. Esta é uma estratégia muito inteligente e iremos esclarecer o porquê.

Por que ingressar como aluno especial é importante em um momento de transição?

Especialmente aqueles alunos que desejam fazer parte de um programa de mestrado ou de doutorado em uma instituição pública (municipal, estadual ou federal), o ingresso como aluno especial nessa instituição é algo que recomendamos, sobretudo se você está migrando de uma universidade para outra. Como os professores não te conhecem, é a chance que têm de conhecer melhor você e a sua trajetória acadêmica antes de tomarem uma decisão. Quem não realizou um curso de graduação nessa instituição e não faz parte de grupos de pesquisa, é preciso se equiparar aos alunos da casa. É difícil conseguir integrar essa nova casa de primeira. Os professores têm poucas vagas e também querem conhecer o aluno antes de aceitarem ou não. Nesse sentido, o ingresso como aluno especial pode ser bastante vantajoso para a sua carreira. Vamos apresentar algumas técnicas.

Primeiro contato com o orientadorPrimeiro contato com o orientador

Antes de qualquer coisa, recomendamos que você envie um e-mail para o professor responsável pela disciplina que deseja cursar como aluno especial. Antes de escolher esse professor, verifique qual é a linha de pesquisa com a qual ele trabalha e analise se os seus interesses de pesquisa são semelhantes. Pergunte se ele lhe aceita como aluno especial e fique atento à abertura do edital para aluno especial. Com a aprovação, poderá frequentar as aulas de forma regular. Você saberá como esse professor costuma trabalhar e orientar. Você irá cumprir as mesmas responsabilidades que os alunos regulares. As exigências são as mesmas porque quando você ingressar oficialmente neste programa de mestrado terá que cumprir os conhecidos créditos acadêmicos e, ao ser aprovado nesta disciplina, poderá eliminar este crédito, isto é, não precisará fazer a disciplina novamente.

O desconto de créditos acadêmicos

Dentre os inúmeros benefícios impulsionados pelo ingresso como aluno especial, temos o desconto de certos tipos de créditos acadêmicos voltados às disciplinas específicas a uma dada formação (linha de pesquisa). A quantidade de créditos que precisam ser cumpridos varia muito de uma instituição para outra. Contudo, independentemente desta quantidade, descontar alguns dos créditos é algo positivo, pois ganhará mais tempo para desenvolver sua dissertação ou tese quando ingressar neste programa. Em relação a publicação de materiais científicos com o professor sem estar vinculado a instituição caímos em uma questão relativa. Entretanto, via de regra, você pode sim publicar esse material com os professores. Na verdade, você pode publicar com qualquer pessoa. Essa questão está ligada com uma outra: é possível publicar um artigo sem a presença de um orientador?

É possível publicar um artigo sem a presença do orientador?

Uma outra pergunta que nos foi feita é quanto a exigência ou não da presença de um orientador para que o aluno-pesquisador possa publicar um artigo. A pesquisadora em questão está com dificuldades para publicar um artigo desde o término de sua graduação, sobretudo em virtude de não saber como o processo funciona. Um ponto que devemos destacar é que se o seu material não está desatualizado e coerente com o contexto que estamos vivendo você pode publicá-lo a qualquer momento. Contudo, é indicado que você publique este material com aqueles que ajudaram no processo de desenvolvimento. É por esse motivo que em diversos materiais encontramos diversos autores. Todos eles assinaram esta produção. Todos aqueles que assinaram a produção contribuíram de alguma forma com o artigo. Por exemplo, o fato de eu manusear o seu material já posso entrar como colaborador do artigo.

O papel da revisão/orientação de um artigo

O fato de uma pessoa revisar o seu material e/ou de sugerir algumas indicações e observações já faz dela a sua colaboradora. O fato de uma pessoa comentar e sugerir o que deve ser feito em seu material já faz dela a sua parceira. Nesse sentido, é preciso que você tenha em mente que esse material não está sendo escrito de forma individual, mas faz parte de um exercício coletivo. Geralmente, a lógica brasileira é a seguinte: aquele que elaborou a maior parte do material aparece em primeiro lugar, seguido pelos demais colaboradores. A ordem respeita o quanto o pesquisador colaborou com este material. O mais comum é que o nome do orientador apareça em último lugar. No exterior é muito mais comum que o nome do orientador apareça em primeiro lugar. Não é necessário ter um vínculo com o professor ou com a instituição para que a publicação seja legítima.

Publicar sozinho ou com coautores: qual o melhor?

Tudo depende. Você pode publicar sozinho um material, porém, para isso, é necessário que o artigo atenda a todos os critérios mínimos para que possa ser publicado. É preciso que você compreenda quais são as etapas pelas quais um artigo passa até que seja aprovado. Quando você envia um artigo a uma revista científica é feita uma análise da porcentagem de plágio (em relação ao quanto ele é parecido com outros que já se encontram publicados na internet). Na sequência, é feita uma revisão técnica do material (coesão e coerência textual, gramática, erros de digitação, dentre outros aspectos semelhantes). Analisa-se, também, se as citações foram feitas da maneira correta e se o material está de acordo com as especificações normativas determinadas pela revista. Por último, o seu material irá ser analisado pelos professores da área. Eles apontarão o que deve ser feito para que o material seja aprovado.

Por que a figura do professor é muito importante?

Se o seu material atendeu a todas as exigências que elencamos ele pode ser aprovado, independentemente da quantidade de autores que estão assinando este material, porém, devemos destacar que a figura do orientador é muito importante. Isso se dá devido ao fato de que o professor responsável pela sua pesquisa lhe acompanha durante todo o processo, o que aumenta as chances de aprovação do material. Não é o nome do professor que aumenta as suas chances, mas sim o fato de que atua como o seu instrutor, como alguém que tem experiência na área. A experiência do professor é fundamental para a aprovação de um artigo. As suas orientações fazem com que o seu material esteja o mais coerente possível. A coautoria como um todo é bastante vantajosa. Suponhamos que além do orientador você tenha realizado esse material com outros alunos pesquisadores, recomendamos que você assine junto a eles.

Por que devemos considerar a coautoria?

A coautoria é bastante vantajosa para quem deseja se consolidar no contexto acadêmico. A coautoria aponta que esse material é resultado de um trabalho de equipe, de um esforço coletivo em prol da ciência. Além disso, esta questão está ligada aos aspectos éticos e morais que afetam o fazer científico. Nesse sentido, devemos partir do pressuposto de que o conhecimento científico deve contribuir com a sociedade, fazer com que esta evolua. É uma questão para além do currículo, mas sim ligada à construção de uma consciência em prol do bem-estar coletivo. O nosso compromisso é fazer com que a sociedade tenha acesso a um conhecimento de qualidade. É o nosso dever enquanto cientistas fazer com que as pessoas se informem de forma correta para que a sociedade realmente seja transformada. Hoje temos acesso a uma infinidade de informações, porém, nem sempre elas são seguras.

O fluxo da informação na era contemporâneaO fluxo da informação na era contemporânea

Embora tenhamos acesso a uma infinidade de informações, muitas delas não contribuem em nada e só confundem aqueles que as acessam. Muitas delas partem de achismos, estereótipos e do senso comum. São informações que geram uma certa polarização do conhecimento e posicionamentos vazios e sem fundamentos. É por esse motivo que a ciência de qualidade é capaz de reverter esse tipo de situação. Nesse sentido, é nosso dever produzir conteúdos que sejam capazes de transformar a vida das pessoas no bom sentido. Devemos ajudar a todos, desde a sociedade em geral até professores, profissionais de mercado, profissionais da saúde, outros cientistas, alunos desde o ensino fundamental e médio até a graduação e pós-graduação, dentre muitos outros. Todos nós precisamos de informações todos os dias para que possamos melhorar e evoluir enquanto pessoas.

O viés quantitativo e qualitativo da produção científica

Na academia, somos incentivados a publicar cada vez mais artigos científicos para que construamos um legado, sobretudo porque o nosso currículo é bastante decisivo em uma série de processos seletivos que podemos vir a participar ao longo de nossa trajetória. Quanto mais o seu currículo for reconhecido, mais você será respeitado neste meio. Assim, pouco a pouco, você constrói a sua própria autonomia, de modo que as pessoas passam a depositar a sua credibilidade naquilo que você tem a dizer. Retomando a nossa primeira pergunta, se um aluno especial pode vir a publicar um artigo, afirmamos que sim. Pergunte ao professor responsável pela disciplina se ele tem interesse em publicar junto com você as suas descobertas ao longo da disciplina. É interessante esse diálogo pois muitos professores já têm as revistas com as quais sentem mais afinidade e preferem publicar. Eles sabem qual é este trâmite.

A importância do diálogoA importância do diálogo

É muito importante que você escute o que o professor tem a dizer. Embora seja muito comum que os professores publiquem junto aos seus alunos e colegas de núcleo/grupo de estudos, há aqueles que não gostam de publicar junto a outros pesquisadores. É uma realidade triste, porque muitos desses auxiliam os alunos ao longo da produção desse material, apresentam sugestões, indicam revistas, mas não assinam junto. Não querem, portanto, ter o nome vinculado ao do aluno. Cada ser humano possui as suas próprias ideologias e visões de mundo, logo, não é algo que conseguimos refutar. Nesse sentido, procure por professores que não se importam em vincular o seu nome ao do aluno.

As relações humanas como um todo são bastante complexas. Para evitar esse tipo de problema recomendamos que você dialogue com esse professor para saber se você pode ou não publicar junto a esse orientador. O mais correto é que ele assine esse material, já que contribuiu com essa elaboração. Se o professor não aceitar, não tem problema. Publique mesmo assim esse material. Caso queira, pergunte a um colega da mesma área que tenha interesse nessa coautoria. Você também poderá chamar um professor de outro grupo para contribuir com o material. Você pode, também, unir esforços junto a pessoas de outras instituições para publicar o artigo. Seja humilde e aceite a ajuda daqueles que querem contribuir.

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