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Os Impactos Decorrentes Da Pandemia Ocasionada Pela COVID-19 No Gerenciamento Das Finanças Pessoais

RC: 78061
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/administracao/pandemia-ocasionada

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

RIBEIRO, Claudete Fogliato [1], PRELELUÉ, Fernanda Vitt [2]

RIBEIRO, Claudete Fogliato. PRELELUÉ, Fernanda Vitt. Os Impactos Decorrentes Da Pandemia Ocasionada Pela COVID-19 No Gerenciamento Das Finanças Pessoais. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 03, Vol. 05, pp. 58-88. Março de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/pandemia-ocasionada, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/administracao/pandemia-ocasionada

RESUMO

A recessão econômica que se iniciou em 2014, traz reflexos negativos com taxas de desempregos elevados e redução de poder de compra da população global. Diante disso, é de suma importância a procura por soluções emergenciais de como sobressair aos desafios, dividas e imprevistos impostos, nas atividades financeiras que tem sido fator prioritário na conjuntura atual. A partir deste cenário, tem-se como objetivo geral: Analisar os impactos decorrentes da pandemia ocasionado pela COVID-19 no gerenciamento das finanças pessoais dos estudantes de Ensino Superior Privado na cidade de Santa Maria/RS. Para realização do estudo quanto aos aspectos metodológicos, este caracteriza-se como sendo um estudo de caso, como forma de abordagem trata-se de uma pesquisa descritiva de natureza quantitativa. Para o levantamento dos dados foram enviados os questionários através da ferramenta Google Forms, composto por perguntas fechadas. Para análise dos dados foi utilizado o software denominado Excel®. Assim, após o levantamento e análise dos dados concluiu-se que, de forma geral, as pessoas não estão preparadas financeiramente para imprevisto ou até mesmo a perda repentina de suas rendas, muitos têm dificuldades em manter suas obrigações em dia, observou-se que as pessoas não têm o hábito de gerir suas finanças pessoais e acabam vivendo o momento, não estando preparadas para os imprevisto e contingências.

Palavras-Chave: COVID-19, Gerenciamento,  Planejamento Financeiro.

1. INTRODUÇÃO

As empresas e as pessoas enfrentam uma realidade muito desafiadora, principalmente, pela insegurança nas áreas da saúde e econômica, na qual observa-se uma crescente disputa de mercado e redução da demanda. Sabe-se que, além da recessão econômica, que se iniciou em 2014 e ainda traz reflexos negativos, com elevada taxa de desemprego e redução do poder de compra. A população passa por mudanças bruscas e de forma apreensiva decorrente da pandemia provocada pela COVID-19, que iniciou na China no final do ano 2019, que assola e corrobora com essa situação.

É importante ressaltar que a COVID-19 acarretou uma crise tanto na área da saúde quanto na área econômica. O que ocasionou um impacto de gravidade incomum nas atividades em âmbito global. Foi possível observar que grande parte da população, teve mudanças em seus hábitos e, até mesmo, a adesão em massa ao isolamento social, com o intuito de postergar a pandemia.

Segundo informou a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2020), em 30 de janeiro de 2020, o surto da doença causada pela nova COVID-19 se constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, e em 11 de março de 2020 foi caracterizada como uma pandemia.

O Ministério da Saúde (MS, 2020), salienta que a COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, e apresenta sintomas clínicos que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a predominância dos pacientes com COVID-19 (cerca de 80%) pode ser assintomática e cerca de 20% dos casos exigem atendimento hospitalar, por apresentarem dificuldade respiratórias e por ser de fácil contágio.

Ao tratar sobre os aspectos econômicos, o Fundo Monetário Internacional (FMI, 2020) projeta que, em virtude da COVID-19, a economia mundial se contrairá 3% em 2020, uma mudança preocupante após encerrar 2019 com crescimento de 2,9%. Em se tratando de nível mundial, os Estados Unidos, segundo indicações dos resultados em virtude da COVID-19 e o agravo produzido pelas medidas de distanciamento, mais de 16 milhões de pessoas estão desempregadas, 1 em cada 10 trabalhadores no país, solicitaram subsídios social de desemprego. Dessa forma, com esses dados, os especialistas preveem que outros milhões entrem com o pedido do benefício como consequência da COVID-19.

Atrelado ao isolamento social, acarretou consequências econômicas e financeiras para os diferentes setores da sociedade. Em vista disso, no Brasil, dados publicados pelo IBGE (2020), a COVID-19 contribuiu para que 4,9 milhões de posto de trabalho fossem perdidos no Brasil no trimestre encerrado em abril, sendo que 3,7 milhões postos de trabalho informais foram perdidos. O comércio foi o setor que mais sentiu a queda na população ocupada, com 1,2 milhão de postos de trabalho perdidos, contra 885 mil da construção e 727 mil de serviços domésticos. Foi o maior impacto nas atividades por motivado de dispensa dos trabalhadores domésticos devido ao isolamento estipulado.

Outro aspecto apresentado, foi taxa de desemprego que atingiu a 12,6% no trimestre encerrado em abril, primeiro mês após as medidas de isolamento social impostas no país como forma de prevenção ao avanço da COVID-19, sendo que o total de trabalhadores ocupados, 17,2% foram afastados e 13,2% trabalharam remotamente.

O IBGE (2020), ressalta também que os 17,7 milhões de brasileiros que não tinham emprego em final de maio, junto aos desempregados, somatizou cerca de 28,6 milhões de pessoas sem renda fixa no Brasil devido a COVID-19. Muitos deles se depararam com algum tipo de restrição para realocar-se no mercado, tanto por medo de adquirir a doença quanto por falta de oportunidades.

Nesse cenário de incertezas, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC, 2020) divulgou que o número de famílias com dívidas e endividadas alcançou 66,6 % na primeira pesquisa realizada após a COVID-19 no Brasil, os motivos principais são do cartão de crédito, cheque especial e carnes de lojas, sendo assim batendo o recorde em abril de 2020. Isso se deu em virtude da ampliação do crédito ao consumidor, pois com a crise agravada pela covid-19 impõe ao governo a adoção de medidas de estímulo ao crédito, na tentativa de movimentar o mercado e manter algum poder de compra dos consumidores.

Em âmbito local, a Prefeitura Municipal de Santa Maria (PMSM, 2020) divulgou a real situação da economia do Poder Executivo. No mês de abril de 2020, confrontando com o mesmo período do ano anterior, a arrecadação municipal teve queda de 39% em receitas próprias e 17% em receitas vinculadas. O impacto direto nas duas fontes é de cerca de R$ 10,1 milhões abaixo quando comparado ao mesmo período em 2019.

Por conseguinte, a Câmara de Comércio e Indústria de Santa Maria (CACISM, 2020), obteve dados que em três meses de isolamento no município, pelo menos 10 mil pessoas tiveram seus contratos de empregos rescindidos, e isso poderá provocar um agravo na economia em longo prazo, pois consideravelmente as pessoas desempregadas hoje, provavelmente, demorarão para conseguir emprego novamente, gerando assim uma “bola de neve” na economia.

Sabe-se que a vida das pessoas, de forma geral, é afetada de alguma forma diante de qualquer alteração ou crise econômica e isso proporciona reflexo diretamente à gestão financeira pessoal. Uma vez identificada as necessidades e a intenção de se ter um controle na gestão financeira pessoal, que preconiza o equilíbrio entre receitas e despesas na vida cotidiana, torna-se um facilitador para a tomada de decisão relativas as às compras, aos investimentos e, até mesmo, à busca por entretenimento e melhoria no padrão de vida.

Diante desse contexto, muitas pessoas não têm o conhecimento da importância de se ter um planejamento e o controle de suas finanças pessoais e os impactos que uma crise ou uma situação inesperada pode gerar. Diante disso, surge a seguinte indagação como problema de pesquisa: Quais foram os impactos decorrentes da pandemia ocasionada pela COVID-19 no gerenciamento das finanças pessoais?

Como objetivo geral buscou-se analisar os impactos decorrentes da pandemia ocasionada pela COVID-19 no gerenciamento das finanças pessoais. Os objetivos específicos deste estudo são: a) diagnosticar quais as principais dificuldades enfrentadas no período de quarentena; b) levantar se houve, e quais, oportunidades foram utilizadas no período de quarentena; c) verificar qual a conduta realizada no planejamento das finanças pessoais para evitar o endividamento, e d) propor ações que minimizem impacto do gerenciamento das finanças pessoais, em caso de crise econômica ou pandemia.

O presente estudo trata de um assunto emergente e por sua vez de suma importância pelo atual cenário que se vive. Assim, a procura por soluções emergenciais e de como sobressair aos desafios, dívidas e imprevistos impostos, nas atividades financeiras tem sido fator prioritário na conjuntura atual.

Nesse sentido, sabe-se que o gerenciamento das finanças através de planejamento financeiro pessoal, de certa forma, pode colaborar com a eficiência dos controles financeiros e no padrão de vida das pessoas e das famílias. Dessa forma, pode-se dizer que a implantação dessa prática passa a ser fator chave para uma vida financeira equilibrada e que visa ao melhor desempenho no uso dos recursos financeiros pessoais. Em resumo, conhecer o impacto de uma situação imposta pelo ambiente proporciona a visibilidade e possibilidade de orientar na busca de meios de controle, do início ao fim de todas as atividades operacionais, imprevisíveis do cotidiano.

Diante disso, Pires (2020) argumenta que, os efeitos das medidas de combate da atual crise sobre segmentos mais vulneráveis da população é tema que vem recebendo atenção especial, tanto no plano nacional quanto internacional, principalmente no que se refere ao do apoio econômico a cidadãos e empresas.

A partir dessa perspectiva, nasceu o interesse da realização do presente estudo, proporcionando à acadêmica um senso investigativo, dentre outras qualidades, na oportunidade de aplicar, na prática, os saberes e conhecimentos adquiridos ao longo do curso de Administração. Logo, acredita que os resultados obtidos possam servir de subsídios para que as pessoas, como um todo, possam ter consciência de desfrutar da estrutura de gestão financeira, em nível estratégico e operacional, de forma que tenham ganhos significativos de qualidade e satisfação na vida pessoal financeira.

2. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO

Entende-se que os indivíduos e as organizações, de certa forma, estão atrelados a alguma prática de gestão financeira. As finanças referem-se as às técnicas utilizadas para gerenciar, planejar, captar recursos e de análise de investimentos.

Vale mencionar que Gitman (2012, p 4) conceitua finanças como sendo a “arte e ciência da administração do dinheiro”, que sensibiliza diretamente a vida de todas as pessoas e empresas. O campo de finanças é amplo e dinâmico, encontram-se inúmeras ofertas de prestação de serviços financeiros em bancos e instituições afins, planejamento financeiro pessoal e investimentos.

O mesmo autor reforça que, os princípios e técnicas aplicadas pelo administrador financeiro nas empresas, organizações públicas e outras sem fins lucrativos, pode também ser sobreposta a tomada decisões pessoais.

Finanças diz respeito ao processo, às instituições, aos mercados e aos instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre pessoas, empresas e órgãos governamentais. A maioria dos adultos se beneficiará ao compreender esse termo, pois isto lhes dará condições de tomar melhores decisões financeiras pessoais. (GITMAN, 2012, p.3).

Os administradores necessitam ter conhecimentos sobre os princípios econômicos, adotando técnicas estatísticas confiáveis e funcionais que preveem a demanda e o momento em que ocorrem mudanças direcionais as vendas. Sabendo assim o momento exato de aumentar ou diminuir os preços dos produtos, lidando com situações difíceis de modo eficaz. Cabe também salientar que o administrador financeiro necessita ter uma visão ampla para tomada de decisões assertivas no atual ambiente de globalização. Isso tudo tendo em vista um maior grau de conhecimento e especialização, assumindo um nível elevado de responsabilidades dentro das organizações (GROPPELLI E NIKBAKHT, 2002; ASSAF NETO E LIMA, 2010).

Os mesmos autores ressaltam que os administradores devem adquirir um vasto conhecimento como técnicas estatísticas para estabelecer o prazo, quanto possível nas mudanças dos fatores micro e macroeconômico básicos. Além disso, devem ter ligação próxima com os contadores que preparam os demonstrativos financeiros, possibilitando, assim, ao administrador monitorar e avaliar acerca de riscos e retorno na tomada de decisão.

Para Assaf Neto e Lima (2010), a responsabilidade da administração financeira está em grande evolução, no atual ambiente de globalização. A gestão financeira tende de assumir uma dimensão, além de um campo de estudo teórico e prático, que auxilia nos melhores resultados no processo empresarial de captação e alocação de recursos de capital.  Dessa forma, apropria-se da complexibilidade que o mercado e os negócios vêm apresentando, lidando com a diversidade e oscilação das atividades globais da empresa, além de planejar suas ações no presente com sinergia em relação ao futuro dos negócios.

A propósito, Massaro (2015) assinala que para ter objetivos pretendidos na administração financeira, independentemente de se tratar de finanças pessoais ou de empresa, é preciso ter várias atividades desempenhadas no processo, como: planejamento, organização, liderança e controle. Para atingir a efetividade dos resultados é preciso ter uma visão ampla dos fatores no campo interno e externo que podem afetar as organizações e até mesmo a vida pessoal. Por sua vez, os fatores internos da empresa e indivíduo não deixam de ser similares, podem ser definidos como particularidades em se tratando de sua estrutura, cultura, recursos e processos, independentemente de ser tangíveis ou intangíveis. Fatores externos são associados ao ambiente, podendo haver interferências por motivos políticos, econômicos e sociais e a influência desses fatores costuma ser limitada ou inexistente.

Gitman (2012, p.9) enfatiza que “a função de administração financeira pode ser genericamente descrita por meio de seu papel na organização, de sua relação com a teoria econômica e as ciências contábeis e das principais atividades do administrador financeiro”.

Uma das atividades essenciais para o equilíbrio financeiro tanto pessoal quanto empresarial é o planejamento financeiro que, para Hoji (2004), consiste em moldar a quantidade de recursos exigidos para executar as atividades operacionais da empresa, avaliando as possíveis fontes de recursos. Nessa conjuntura, a análise de disposição de capital é essencial, pois as despesas podem impactar diretamente no lucro da empresa. Um planejamento financeiro adequado e eficaz deve levar em consideração as premissas básicas da administração, que são o planejar, controlar e analisar devidamente as operações, além de compreender sua natureza e seu mecanismo, para potencializar os recursos financeiros postos à disposição da empresa.

Para Gitman (2012), o processo de planejamento financeiro é um aspecto importante para sustentação da empresa, uma vez que auxilia na orientação, coordenação e monitoramento das suas operações, resultando assim, em melhores escolhas para atingir seus objetivos. Dois aspectos fundamentais do processo de planejamento financeiro são o planejamento de caixa e de lucros. O primeiro envolve o controle completo das finanças, projetando as entradas e saídas futuras das empresas, já o planejamento de lucros normalmente visa as às projeções dos demonstrativos financeiro, que são os relatórios contábeis da empresa. De forma geral, o processo dos planos financeiros começa pelos de longo prazo ou estratégicos, contudo, orientam na elaboração de seus planos e orçamentos de curto prazo ou operacionais.

Outro aspecto importante na administração financeira são as técnicas de valor do dinheiro no tempo, as quais são muito usadas no planejamento financeiro pessoal. Válido reforçar que elas possibilitam a aplicação do cálculo do valor de sua poupança em certa data futura, assim como estimar a quantia que precisa hoje para acumular um montante determinado, também em data futura. É possível verificar à a avaliação de quantias únicas ou séries de fluxos de caixa periódicos e a taxa de juros ou o tempo necessário para atingir uma determinada meta financeira (GITMAN, 2012).

Já, para Groppelli e Nikbakht (2006), é o processo pelo qual identifica as necessidades futuras de financiamento para dar continuidade as operações de uma corporação, para estabelecer quando e como a necessidade de fundos será financiada. No entanto, sem um processo confiável para estimar as necessidades de financiamento, pode ocasionar o não cumprimento de suas obrigações como: juros sobre empréstimos, duplicatas a pagar, despesas de aluguel e despesas gerais. Dessa forma, a ausência de planejamento financeiro pode acarretar falta de liquidez e resultar a falência, mesmo quando ativos totais integrados com os ativos não líquidos, estoque, instalações e equipamentos, forem maiores que os passivos.

2.1 FINANÇAS PESSOAIS

Ao referir-se sobre finanças pessoais, Gitman (2012) considera que muitos dos princípios de administração financeira são relevantes na tomada de decisão na vida pessoal, pois, em um determinado momento da vida, depara-se com algum tipo de transação, sendo de compra, venda ou receita, adquirir empréstimos ou até mesmo de poupar e investir para atingir objetivos financeiros. Obter o conhecimento dos fundamentos da administração financeira pode auxiliar melhor no planejamento das finanças pessoais.

Assim, quando gerenciar suas finanças, tanto as pessoas quanto a sociedade devem concentrar suas ações segundo Gitman (2012) nos fluxos de caixa, no planejamento e monitoramento de suas finanças, estabelecendo metas financeiras de curto e longo prazo, para chegar na direção certa e obtenção dos objetivos estimados. Salientando assim, a importância dos fluxos de caixa e os planos financeiros, para todos.

Ao referir-se aos planos financeiros, Gitman (2012) afirma que é o aspecto mais importante para funcionamento da empresa, contribui para direções de suas ações com proposito de atingir objetivos imediatos e de longo prazo. Os planos financeiros estratégicos, a longo prazo, fazem parte de um planejamento integrado juntamente com os planos de produção e de marketing para ajudar no alcance dos objetivos desejados. Sendo assim, auxiliar nas ações de planejamento futuro tendo como base de dois a dez anos. Quanto as às ações de curto prazo ou operacionais, os impactos previstos acontecem no período de um a dois anos.

Gitman (2012) evidencia que, ao tomar decisões financeiras pessoais de longo prazo, o risco estará sempre presente, dessa forma quanto maior o risco, maior o retorno que se deve exigir. Deixar de aderir ao risco, as ações de tomada de decisões financeiras possivelmente resultarão em escolhas equivocadas e a perda de dinheiro.

Isso vem ao encontro de Cerbasi (2003), que reforça que a rentabilidade está atrelada a grandes riscos. Ressalta a importância de ter o domínio e prática de selecionar melhor o investimento de risco, estando ciente dos seus reais atos, para estar preparado para correr riscos quando estiver pronto para administrar esses riscos e minimizar seus efeitos.

De modo geral, as metas pessoais podem ser de curto prazo (um ano), médio prazo (dois a cinco anos), ou longo prazo (seis anos ou mais). As metas de curto e médio prazos sustentam as de longo prazo. Evidentemente, os tipos de metas pessoais de longo prazo dependem da idade da pessoa ou da família e mudarão junto com a situação individual. Você deve estabelecer suas metas financeiras pessoais de maneira cautelosa e realista. Cada meta deve ser bem definida e contar com nível de prioridade, prazo e estimativa de custo (GITMAN, 2012, p. 132).

Pode-se fazer uma analogia entre os indivíduos e empresas quanto ao planejamento financeiro, ambos estão suscetíveis a alguma prática financeira bastante similar, seus objetivos e ações vão de encontro. Massaro (2015, p. 9), enfatiza que, “Indivíduos e empresas são obrigados a fazer aquilo que se chama de “gestão do fluxo de caixa”, que é organizar os recebimentos e pagamentos em determinada sequência que assegure que haja dinheiro para pagar aquilo que deve ser pago”.

Nesse contexto, Massaro (2015) argumenta que as pessoas e empresas geralmente estão suscetíveis a imprevistos financeiros, consequentemente tendo que se preparar e precaver. Devem adotar práticas de gerenciamento de riscos para que não ocorra o perigo do não cumprimento de suas obrigações. Convém lembrar que o planejamento financeiro de uma empresa e a dos indivíduos são semelhantes, mas o autor comenta que para o mercado financeiro esses assuntos estão diretamente relacionados as às empresas, por apresentarem operações de dinheiro em maior volume, transações financeiras numerosas e complexas.

Para Massaro (2015), a avaliação de desempenho do não cumprimento de obrigações das pessoas, pode-se dizer que é mundo moderno que vivemos nos tempos atuais. O consumismo vem tomando proporções consideráveis no cotidiano das pessoas, no que diz respeito ao consumo, é um dos assuntos básicos em relação as às finanças pessoais. Teoricamente, o consumo é um assunto bem popular, em se tratando, de certa forma, que os indivíduos em algum momento se depararam com ato de consumir, independente de classe, idade ou gênero.

Massaro (2015, p. 19) nota que “as pessoas procuram ganhar dinheiro para poder consumir e, como via de regra, almejam consumir mais e com maior qualidade. Poucas pessoas procuram acumular dinheiro apenas para “ter dinheiro”. O mesmo autor diz que é preciso observar que o consumismo por sua vez é um dos grandes fatores para o aquecimento e contribuição de crescimento da economia global, sendo um dos grandes geradores de emprego, produção de indústrias, vendas, riquezas e oportunidades. Dessa maneira, é um dos responsáveis pela sobrevivência de inúmeras famílias.

O planejamento financeiro diz respeito ao controle e conhecimento de entradas e saídas de dinheiro, ao alinhamento dos recursos financeiros e desenvolvimento de planos financeiros pessoais, para atingir o alcance dos objetivos dos indivíduos ou familiar. O planejamento financeiro conta com quatro conceitos fundamentais que são: o patrimônio, as receitas, despesas e fluxo de caixa, para melhor compreensão e desenvolvimento de uma gestão financeira eficaz. Sendo que o patrimônio se refere ao dinheiro, bens e dívidas que possa ter, receitas é a entrada de dinheiro já as despesas é a saída de dinheiro podendo ser classificadas de despesas fixas ou variáveis (MASSARO, 2015).

Ressalta-se que, as despesas de gastos pontuais se repetem periodicamente ou mais de três meses em seu orçamento, são consideradas como despesas fixas como exemplo, luz, água e telefone. Já as despesas eventuais ou variáveis são gastos não planejados que ocorrem em um ou em poucos meses do ano, como médico, manutenção de carro, presentes entre outros. Logo, as despesas variáveis têm um efeito significativo para estimativas de gastos e permitem uma visão antecipada de picos de consumo e ajustes prévio dos gastos fixos mensais para comportá-los. (CERBASI, 2012).

Gitman (2012) salienta que para se ter planejamento financeiro pessoal eficaz, o primeiro passo é determinar as metas. Enquanto uma empresa objetiva maximizar a riqueza dos acionistas, isso se entende como medida pelo preço de suas ações, por sua vez, as pessoas normalmente têm diversas metas impostas, como adquirir bens ou produtos necessários para sua sobrevivência e bem-estar e realizar sonhos em curto, médio e longo prazo. Como faz notar Macedo (2013), a funcionalidade do planejamento financeiro nada mais é que possíveis diretrizes para chegar a à vida financeira, tendo o domínio de onde você está, onde quer chegar e que caminhos percorrer para ser bem-sucedido.

Para Macedo (2013), o planejamento financeiro é o processo de controlar e administrar o dinheiro no presente e no futuro de modo consciente e sistemático, gastando de acordo com suas possibilidades, a fim de atingir a satisfação financeira pessoal. Sendo assim, um facilitador no controle da situação financeira para atender necessidades e alcançar objetivos no decorrer da vida. O que se percebe então, é que, um planejamento financeiro bem estruturado, ocasiona várias vantagens na vida das pessoas, separando sonhadores de realizadores, inclusive na tomada de caminhos mais agradáveis e confiáveis. Isso tanto nas organizações de suas finanças, quanto em fazer reservas, podendo assim, trabalhar também por querer, e não somente por precisar, podendo almejar a independência financeira ao longo da vida. (MACEDO, 2013).

2.1.1 ENDIVIDAMENTO                                              

No âmbito global, a relação entre finanças pessoais e endividamento é de suma importância nos tempos atuais, devido a inúmeras crises e períodos de inflações que o país enfrenta. A adaptação à nova realidade refere-se a fazer mudanças na maneira de como gerenciar o dinheiro. (VERDINELLI; LIZOTE, 2014).

Macedo (2013) enfatiza que o maior erro das pessoas é não desfrutar de um planejamento financeiro antes de que suas finanças já estejam comprometidas ou até mesmo endividadas. Nessa situação, o planejamento ocorre impactos, como aplicabilidade de cortes em ações financeiras e gerar, desgastes familiar e social no cotidiano.

Acerca da flexibilidade e da facilidade da obtenção de crédito, contribuindo para que os dados evidenciados pela PEIC (Pesquisa do Endividamento e Inadimplência do Consumidor) realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC, 2020), destacam em relação aos tipos de dívida, o cartão de crédito continua sendo o mais apontado pelos brasileiros como a principal modalidade de endividamento de 76,7% das famílias endividadas.

Ainda dados da mesma pesquisa apontaram em segundo lugar no ranking dos tipos de dívida os carnês de lojas, com 18%, e, em terceiro, financiamento de carro, com 11,1% de apontamento. Um destaque importante foram os resultados obtidos com a taxa de famílias que declararam não ter condições de pagar cumprir com suas obrigações ou dívidas em atraso, obtendo um aumento passando de 9,9% do total em abril para 10,6% em maio, sendo a maior taxa de famílias que continuarão na inadimplência para um mês de maio desde o início da realização da PEIC, em janeiro de 2010 sendo a mais elevada desde abril de 2018.

Diante disto, a linha de crédito mais usada nos tempos da COVID-19 está sendo o cartão de crédito, segundo a Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS, 2020).

Os índices indicam que foram movimentados R$ 297,7 bilhões (+14,1%) com cartões de crédito, R$ 170,8 bilhões (+12,5%) com cartões de débito e R$ 7,1 bilhões (+78,9%) com cartões pré-pagos, o que representou um crescimento de 15,3% em comparação ao mesmo período do ano 2019. As transações mais expressivas no início do isolamento social foram registradas no primeiro seguimento que é a educação e saúde (+35,3%), segundo varejo alimentício (+29,6%), terceiro os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos com (+21,8%).  Por conseguinte, foram os setores como tecidos, vestuários e calçados com (-20,5%) e turismo e entretenimento (-17,9%), evidenciando assim, os setores mais afetados durante a COVID-19, conforme os dados da Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS, 2020).

Para Franco (2010), o fator do superendividamento está atrelado à expansão de crédito ao consumidor, à facilidade de adquirir crédito para as classes mais favorecidas e para os mais pobres, porém essa acessibilidade para classes desfavorecidas acaba evidenciando a falta de conhecimento ao consumo adequado. Acredita-se que o crédito é elemento essencial para a adquirir produtos e serviços, mas, por outro lado, evidencia que com recursos publicitários agressivos e formadores de hábitos e opiniões ocasiona a precipitação do consumo desnecessário, tornando o consumidor mais vulnerável e por desejos de aumentar o bem-estar próprio e familiar.

Isso vem ao encontro de Amâncio (2014, p. 7), “em geral, levantam as possíveis causas do endividamento, como o pleno emprego, a ascensão econômica das populações de classes menos favorecidas e a disponibilidade fácil do crédito.”

Massaro (2015), enfatiza que a publicidade moderna, mesmo que seja muito importante para economia, acaba influenciando de forma negativa as pessoas, fazendo-as consumirem mais pelas propagandas e publicidades atrativas, isso acarreta ao consumidor a tomada de decisões impulsivas que se voltam contra si mesmas. Podendo, assim, perder a noção do que é desejo ou necessidade.

Conforme dados citados, os maiores gastos da população são com gastos pontuais como a saúde e alimentação. Cerbasi (2012) evidência um roteiro de melhoria nas escolhas na hora efetuar as compra, possibilitando uma evolução em seu controle financeiro. No Quadro 1, cabe apresentar alguns itens do mapeamento antes de efetuar compras no cotidiano:

Quadro 1 – Mapeamento antes de efetuar compras no cotidiano

 A lista: Aderir o hábito de fazer uma lista dos itens que deseja comprar antes de sair de casa, auxilia a focar na pesquisa de preços e permite a economizar tempo para outras atividades.
Renda: Saber quando se tem disponível para ser gasto antes de sair de casa, evitando dívidas desnecessárias.
Quando a renda é baixa: Sabendo que não se tem o recurso para pagar, faça as contas em casa e tenha em mente os limites para um possível financiamento prestação máxima a pagar do limite, analisar a taxa de juros que pode assumir e prazo máximo para o contrato de financiamento.
Barriga cheia: Já deve ter escutado essa expressão que ocasiona um grande efeito no que se refere as às compras alimentícias e pode levar em consideração a compra de roupas. Não ir ao mercado com fome é uma grande tática que serve também para as roupas, rever o estoque pessoal antes de sairmos de casa, isso ajuda a evitar a compra de itens que já temos.
Pesquisar sempre: Praticar o hábito de analisar os preços daquilo que você costuma comprar ou que gostaria de comprar, auxilia em diminuir gastos do cotidiano.
Preparar-se para compras de grande valor: As compras de grande valor, como eletrodomésticos, automóveis, casa própria e outros sonhos de consumo acabam exigindo um planejamento mais cuidadoso. A fim de evitar o risco do não cumprimento de suas dívidas e a utilização de financiamentos e ter sua renda comprometida.

Fonte: adaptado de Cerbasi (2012).

Por fim, pode-se afirmar que o conhecimento e o cuidado perante os planejamentos financeiros acabam ficando em segundo plano na vida das pessoas, não tendo consciência de que isso poderá proporcionar uma rotina mais tranquila e uma vida financeira e social mais saudáveis. Principalmente nos tempos atuais, as pessoas poderão se dar conta da importância de se ter o controle e planejamento de suas finanças nos tempos de crise, passando por restrições, imprevistos em suas rendas.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Nesse item será descrita a metodologia já foi desenvolvida de forma didática para atingir o objetivo proposto. Marconi e Lakatos (2003) salientam que a utilização de métodos científicos não é de domínio exclusivo da ciência, mas toda via não a ciência sem o emprego de métodos científicos. Dessa forma, o método pode ser definido com o conjunto das atividades sistemáticas e racionais, que visa o conhecimento verdadeiro e autêntico demostrado assim, com maior segurança, o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando nas decisões dos cientistas.

A construção deste estudo necessitou de adoção de critérios metodológicos para atingir os objetivos pré-estabelecidos. Inicialmente, foi realizada uma pesquisa de ordem bibliográfica, objetivando a revisão da literatura acerca dos conceitos, definições e demais aspectos que dizem respeito a Administração Financeira e a importância do planejamento, finanças pessoais e os fatores que contribuem para inadimplência e o endividamento.

Na sequência, caracterizou-se, quanto ao seu objetivo do estudo, como uma pesquisa descritiva, pois, de acordo com Gil (2008), tem como objetivo descrever e registrar as características de um determinado grupo tanto população, fenômeno ou até mesmo a relação estabelecida entre variáveis. Isso para  obter o levantamento de informações como, opiniões, atitudes e crenças de uma população.

Quanto ao procedimento técnico será utilizado como a estratégia o estudo de caso, definida por Gil (2008) como uma investigação profunda de um caso particular para a coleta de dados. Essa investigação permite o conhecimento amplo e detalhado para sua análise.

Por fim, quanto à forma de abordagem do problema de pesquisa, é classificada como pesquisa quantitativa, pois ela emprega a quantificação na coleta de informações e no tratamento delas por meio estatístico para descrever e reduzir os dados coletados. Tudo através de técnicas de porcentagem, média, coeficiente de correlação entre outras, havendo representações simples a fim de constatar se essas verificações têm relações entre si (MARCONI e LAKATOS, 2003).

No presente estudo foram utilizados como grupo a ser analisado, os alunos matriculados em dois cursos de graduação presenciais da Faculdade SOBRESP. A população em estudo é constituída por 127 alunos do Curso de Administração, 92 alunos do Curso de Psicologia. Como amostra obteve-se dos 41 respondentes.

Então pode-se dizer que a amostragem utilizada para o estudo foi a amostragem por conveniência. De acordo Anderson, Sweeney e Williams (2008) amostras por conveniência têm o benefício de permitir que a escolha de amostras e a coleta de dados sejam mais fáceis; entretanto, é impossível avaliar a importância da amostra em termos de sua representatividade da população.

Sendo uma pesquisa descritiva e quantitativa, o instrumento para coleta dos dados sendo utilizado um questionário composto por 26 perguntas fechadas. Esse adaptado do modelo proposto por Klein et al. (2020). O instrumento foi dividido em duas partes: a primeira teve a intenção de identificar aspectos do perfil dos respondentes (idade, gênero, estado civil, e etc.); a segunda parte visa levantar as dificuldades, meios de controle utilizados, as mudanças e oportunidades e a conduta no planejamento financeiro pessoal diante da pandemia.

Para a coleta de dados foi solicitada autorização às coordenações de curso. Depois de autorizado, foi enviado o link do questionário via WhatsApp para os alunos a fim de obter as possíveis respostas na coleta de dados, todo esse processo foi realizado de forma on-line.

Na análise dos dados obtidos, foi utilizado o software denominado Excel®. Após a coleta, os dados foram organizados em planilha eletrônica, criando, assim, tabelas para, posteriormente, compor a análise dos dados e as considerações finais.

Por conseguinte, a escolha dos procedimentos metodológicos justifica-se pela importância de confrontar o conhecimento adquirido em sala de aula, com a possibilidade de se ter experiência prática através da pesquisa. Somado a isso, proporcionar o conhecimento da realidade de um grupo sobre os fatores quanto suas dificuldades, oportunidades, condutas, e os impactos no gerenciamento das finanças pessoais acarretados pela pandemia da COVID -19.

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Apresenta-se os resultados do presente estudo considerando os objetivos propostos inicialmente. Busca-se também, contribuir com a discussão de tais resultados, baseada na literatura científica.

Nesta etapa, apresenta-se o resultado e a análise dos dados coletados da pesquisa realizada através de perguntas fechadas e perguntas de múltipla escolha, onde os respondentes optarão por uma das alternativas, ou por determinado número permitido de opções, considerando os objetivos propostos inicialmente. Busca-se também, contribuir com a discussão de tais resultados, baseada na revisão da literatura apresentada. É importante ressaltar que o estudo não possibilitou fazer inferências sobre a opinião dos alunos por curso, ou seja, foram analisadas as respostas do curso de administração e psicologia conjuntamente.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DOS RESPONDENTES

A fim de responder aos objetivos da pesquisa, primeiramente apresenta-se uma breve caracterização do perfil pessoal e ocupacional dos sujeitos participantes. Responderam à pesquisa um total de 41 alunos dos cursos de Administração e Psicologia da Faculdade Sobresp.

Na Tabela 1, apresenta o perfil dos entrevistados, quanto a faixa etária, gênero e estado civil.

Tabela 1- Perfil dos Entrevistados

Fonte: dados da pesquisa

Observa-se que os sujeitos pesquisados se encontra entre 19 a 25 anos, representada por 46,3%, seguido 31,7% com idades 26 a 35 anos, 14,6% com idades 36 a 45 anos, 4,9% até 18 anos e 2,5% com 46 ou mais. Quanto ao gênero 51,2% dos respondentes são do gênero feminino enquanto 48,8% são do gênero masculino. A respeito do estado civil, a maior parte dos alunos, 63,4%, são solteiros, já 31,7% são casados e 4,9% dos respondentes tem união estável. No que diz respeito quanto ao fato de possuir filhos ou não, 75,6% dizem que não possuem e 24,4% dizem possuir filhos.

Ao serem questionados se estão exercendo algum tipo de atividade remunerada no momento, verificou-se que 95,1% dos respondentes exercem alguma atividade remunerada e apenas 4,9% não exercessem atividade remunerada. Dos trinta e nove alunos que exercem algum tipo de atividade remunerada, 39% apresentam uma renda entre R$ 1040,00 a R$ 1.800,00, 34,2% acima de R$ 2.800,00, 14,6% até R$ 1040,00 e 12,2% R$ 1.800,00 até R$ 2.800,00.

4.2 ANÁLISE DOS IMPACTOS OCASIONADOS PELA COVID -19 NO GERENCIAMENTO DAS FINANÇAS PESSOAIS

Para melhor compreensão da pesquisa realizada serão apresentados os dados obtidos quanto aos impactos decorrentes da pandemia ocasionada pela COVID-19 no gerenciamento das finanças pessoais dos sujeitos participantes:

A Tabela 2, trata a respeito dos dados apresentados diante da COVID-19, com relação ao planejamento financeiro e dificuldade no cumprimento das obrigações. Quando questionados sobre o grau de responsabilidade pela manutenção financeira da família obteve-se que 29,3% dos respondentes dividem igualmente as responsabilidades com outra pessoa, 26,7% contribui apenas com uma pequena parte, 22% apresentou-se como único responsável, 12,2% como sendo o principal responsável, mas recebe ajuda de outra pessoa e 9,8% não tem nenhuma responsabilidade financeira.

Quanto ao dinheiro que se tem disponível no mês, foi questionado se é suficiente para arcar com os gastos, na qual a maioria dos respondentes, 61%, afirmaram que o dinheiro do mês é o suficiente para cumprir com seus compromissos financeiros, 34,1% afirmam que algumas vezes o dinheiro não é suficiente e 4,9% raramente o dinheiro do mês é o suficiente.

Ao questionar se obtiveram dificuldades durante esse período da pandemia em cumprir com suas obrigações, na qual a maioria dos respondentes afirmou que algumas vezes teve dificuldades de arcar com seus gastos, registrando 41,5%, seguidos por aqueles que nunca tiveram nenhuma dificuldade, respondido por 29,3%, já 24,3% respondentes, informaram que raramente encontraram dificuldades e 4,9% tiveram dificuldades todo o tempo para conseguir cumprir suas obrigações.

Como faz notar Massaro (2015, p. 22), “o consumidor consciente se “obriga” a pensar e a refletir antes de executar uma compra. Ao fazer isso, ele avalia, com clareza e objetividade, se aquela compra é uma necessidade ou um desejo, e também evita armadilhas de compras por impulso”. O autor ressalva que, o consumidor consciente avalia a sua capacidade financeira para saber se aquela compra está condizente com a sua renda e as suas possibilidades, avaliando assim, se aquele dinheiro gasto poderia ser investido em algo melhor e evitando possível endividamento, especialmente se for para adquirir itens que se enquadrem como “desejos” e não “necessidades”.

Tabela 2 – Planejamento Financeiro e Dificuldade no Cumprimento das Obrigações

Fonte: Dados da pesquisa

Quanto as despesas, foi questionado se conseguiram mantê-las pagas em dia, observou-se que uma parte significativa, 78,1% conseguiram pagar suas contas em dia, seguido de 14,6% respondentes afirmaram que algumas vezes não conseguiram mantê-las em dia e quanto 4,9%, raramente conseguiram pagá-las em dia e 2,4% nenhum momento da pandemia teve suas despesas em dia.

A Tabela 3, apresenta a respeito dos dados diante da pandemia com relação ao planejamento financeiro e a sua conduta.

Quanto ao controle financeiro pessoal utilizado durante o período pesquisado, verificou-se que 48,8% dos respondentes dizem que sempre tiveram um controle de suas finanças pessoais, já 26,8% utilizaram algum tipo de controle de suas finanças, enquanto 14,6% responderam raramente controlam suas finanças e 9,8% nunca teve nenhum tipo de controle.

Tabela 3 – Planejamento financeiro e conduta na pandemia

Fonte: Dados da pesquisa

Ao serem questionados se quando você decide comprar algo, se efetua a compra na hora, obteve-se que 41,5% respondentes raramente efetuam a compra na hora, 36,6% algumas vezes acabam comprando na hora, 17% sempre acabam comprando algo na hora e 4,9% dos respondentes informaram que nunca decidem na hora.

Com relação de ter o hábito de fazer algum tipo de investimento diagnosticou-se que 29,2% dos respondentes sempre fazem algum tipo de investimento, 24,4% algumas vezes fizeram algum tipo de investimento, também 24,4% responderam que raramente se dispõem a fazer algum investimento e 22% nunca realizaram algum investimento.

Quanto ao que se refere a organização dos gastos, foi constatado que 58,6% dos respondentes organizaram seus gastos nesse período de pandemia, 34,1% alegaram terem feito algum tipo de controle de seus gastos, enquanto 7,3% raramente utilizaram de uma organização em seus gastos. Quando questionados se acham ser relevante ter um planejamento financeiro, quase que unanimemente, 95,1%, responderam que é fundamental ter um planejamento financeiro pessoal, quanto 4,9% relataram que algumas vezes sim, é necessário.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM,2019), salienta que planejamento financeiro é um processo que auxilia as pessoas e as famílias a organizarem a sua vida financeira, por meio da elaboração de estratégias, a fim de atingir objetivos de vida, portanto a gestão financeira é o primeiro passo de um planejamento financeiro pessoal eficaz. Porém, ressalva que as pessoas não têm o hábito de analisar gastos, investimentos e objetivos futuros. As evidências indicam que a maioria das pessoas nunca fez esse exercício ou fez há muito tempo atrás.

Na Tabela 4, demonstra o perfil de controle e gasto dos pesquisados, quanto à relação ao gastar mais do que sua renda, obteve-se que 48,8% dos respondentes nunca se excedem nos seus gastos, 24,4% algumas vezes acabam excedendo seus gastos perante a sua renda, 19,5% raramente ocorre de gastar mais do que sua renda e apenas 7,3% sua renda nunca comporta seus gastos.

Ao questionados se consideram endividados, diagnosticou-se que a grande maioria, 85,4%, declarou-se que não se considera endividado, já 14,6% afirmaram que se consideram endividados.

Com relação a independência financeira, 61% diz que o conceito de independência financeira é ter dinheiro para viver bem o dia a dia, enquanto 26,8% considera trabalhar por prazer e não por necessidade e 12,2% acreditam que seja aproveitar a vida sem se preocupar como futuro.

Diante da pandemia provocada pela COVID-19, foi questionado em relação ao controle financeiro, como se comportou durante esse período e 56,1% dos respondentes, dizem ter feito o reconhecimento de suas finanças, registrando o que ganhou e o que gastou, além dos seus investimentos e dívidas caso tivesse, 36,6% declararam terem cortados as despesas e gastos desnecessários e 7,3% não soube o que fazer e nem por onde começar e teriam medo do futuro.

Com relação a quanto tempo os respondentes conseguiriam manter seu padrão de vida, caso não tivesse mais disponível sua renda do mês, obteve-se que 56,1% não conseguiriam manter-se nem por alguns meses, na sequência 31,7% conseguiriam manter o seu padrão de vida por no máximo um ano e 12,2% dos respondentes conseguiriam manter o padrão que vive hoje por dois anos ou mais.

Tabela 4 – Perfil de Controle e Gasto

Fonte: Dados da pesquisa

Para Cerbasi (2003), não saber onde se quer chegar é um dos grandes erros que as pessoas cometem para adquirir um planejamento financeiro de sucesso e eficaz. Pois, muitas pessoas não conseguem ter respostas quanto aos seus objetivos, no que se refere ao planejamento ou de quanto de sua renda planeja poupar ou investir, ou até mesmo em quanto tempo irá se aposentar. O autor salienta que não importa o tamanho de sua ambição, não importa quanto você pretende se esforçar para atingir seus objetivos, mas sim, os meios de atingi-los precisam estar claramente definidos, para alcançar o padrão de vida desejável.

Massaro (2015) diz que, ser financeiramente educado não é apenas “entender de dinheiro”, é saber tomar melhores decisões e aplicar os recursos financeiros de forma a maximizar seus benefícios para si mesmo, para sua família e para a sociedade como um todo.

Na Tabela 5, foi diagnosticado quanto as dificuldades, oportunidades, conduta e impactos na vida dos pesquisados no decorrer da COVID-19.

Quanto as dificuldades enfrentadas nesse período 39% dos respondentes tiveram o sentimento de estarem apenas sobrevivendo financeiramente, 31,7% tiveram dificuldades em manter as despesas em dia, 26,8% obtiveram dificuldades em controlar suas dívidas, 19,5% não estavam preparados financeiramente para imprevistos, 14,6% dificuldades quanto a realocação no mercado de trabalho, 14,6% tiveram outras dificuldade não citadas e apenas 4,9% não conseguiram parar de comprar mesmo sabendo que não haveria recurso para  cumprir suas obrigações.

Quando questionados se houve mudanças ou oportunidades em sua renda no período da COVID-19, foi constatado que a grande maioria, 58,5%, a renda permaneceu a mesma, 14,6% reduziu pelo menos 20% sua renda, 12,2% a renda/salário aumentou nesse período, enquanto 9,8% houve uma redução na renda de 20% à 50%, seguida de 4,9% subiram de cargo, outros 4,9% a empresa que trabalhava encerrou suas atividades, 2,4 % teve perda total da renda e adquiriu subsídio do governo e 2,4/% também ocorreu perda total da renda, porém encontrou dificuldades em conseguir algum tipo de auxílio.

Com relação, quanto a conduta realizada no gerenciamento das finanças pessoais para evitar o endividamento nesse período, 65,9% dos respondentes afirmaram que a renda do trabalho foi suficiente, 24,4% constatou que sobrou dinheiro, já 9,8% utilizou subsidio do governo, enquanto 9,8% adquiriu dinheiro emprestado com a família ou amigos, 7,3% utilizou-se do cheque especial e 4,9% utilizou-se de empréstimo.

No que se refere, quanto aos impacto que os respondentes pontuaram no seu gerenciamento financeiro no decorrer da crise econômica/pandemia, 63,4% se sentem tranquilas em conseguirem arcar com suas obrigações, 26,8% sente ansioso por causa de sua situação financeira, 17,1% admite se sentir inseguro com sua situação financeira, 7,3% se sentiu irritado pela situação financeira, enquanto 4,9% tem dificuldade em se concentrar na escola/trabalho por causa da minha situação financeira e 2,9% tem dificuldade em controlar a preocupação com a  situação financeira.

Tabela 5 – Fatores quanto as dificuldades, oportunidades, conduta e impactos.

Fonte: Dados da pesquisa

Na presente pesquisa, em relação aos dados obtidos, decorrente do momento vivido em âmbito global, constata-se que, ter conhecimento de finanças tornaram-se imprescindível e importante na vida das pessoas. Para Novais (2018), os conhecimentos financeiros não se restringem somente às pessoas ligadas ao cenário de finanças e economia. Pelo contrário, são ferramentas fundamentais na vida de qualquer cidadão e tem por objetivo fazer com que as pessoas se conscientizem e saibam planejar, de acordo com a própria realidade financeira, para atingir as metas traçadas por elas ao longo da vida e atingir uma saúde financeira continua.

A finalidade em gerenciar melhor suas finanças não se limitam somente a auxiliar as pessoas na tarefa de gerir o dinheiro, simplesmente por gerir. Ela permite que todos tenham mais conhecimento e consciência sobre as próprias receitas e despesas, mais confiança para investir e que consiga agir com cautela para a prevenção de problemas de curto, médio e longo prazo. Além disso, traz melhorias nas relações pessoais e profissionais e, por conseguinte, saúde financeira equilibrada e uma qualidade de vida mais saudável (NOVAIS, 2018).

Conforme Filho (2003), com o planejamento financeiro é possível construir uma independência financeira que garanta, na aposentadoria, renda suficiente para uma vida tranquila, confiável e equilibrada. Desse modo, o planejamento financeiro e o controle de gastos são fatores essenciais para alcançar a independência financeira e uma qualidade de vida melhor e segura.

“Se você já perdeu dinheiro no passado, considere essa perda um investimento no aprendizado financeiro. E explore ao máximo essa lição para não perder de novo”. (CERBASI, 2003, p.91).

Portanto antes de gastar, reflita se quanto ao item que você deseja consumir vale a quantidade que você precisa despender para comprá-lo, faço o exercício de pegar o seu salário e de fazer os cálculos, divida o que ganha cada mês por suas horas de trabalho e depois calcule, quanto certo objeto de desejo custa em termos de horas. O autor ressalva que ter um planejamento financeiro é um processo de gerenciar o dinheiro com o objetivo de atingir a satisfação pessoal. Permitindo assim o controle da situação financeira para atender necessidades e alcançar objetivos no decorrer da vida (MACEDO, 2013).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho buscou-se analisar os impactos decorrentes da pandemia ocasionada pela COVID-19 no gerenciamento das finanças pessoais. Sabendo que é notório que tanto as empresas quanto as pessoas enfrentam uma realidade muito desafiadora, principalmente, pela insegurança nas áreas da saúde e econômica, na qual observa-se uma crescente disputa de mercado e redução da demanda e consequentemente da renda. Através dessa temática, procurou-se identificar elementos que ajudem na compreensão do complexo momento vivido pela grande maioria da sociedade e que engloba diferentes enfoques do conhecimento, como principalmente a área da econômica e da saúde.

Sobre o objetivo geral analisou-se os impactos decorrentes da pandemia ocasionada pela COVID-19 no gerenciamento das finanças pessoais, respondendo fielmente esse objetivo e em relação aos objetivos específicos pode-se destacar que os mesmos foram atingidos e relatados, na análise e no desenvolvimento do trabalho, possibilitando o diagnóstico e as recomendações abaixo apresentadas.

Quanto ao objetivo específico de diagnosticar quais as principais dificuldades enfrentadas no período de quarentena constataram-se que, as pessoas não estão preparadas financeiramente para imprevisto ou até mesmo para a perda repentina de suas rendas, muitos têm dificuldades em manter suas obrigações em dia, observou-se, também, que as pessoas não têm o hábito de gerir suas finanças pessoais e acabam vivendo o momento, sem estarem preparadas para os imprevistos e contingências.

Quanto ao levantamento se houve e quais oportunidades foram utilizadas no período de quarentena diagnosticou-se que, muitas das pessoas não tiveram evolução em sua renda, pelo contrário, tiveram que se adaptar diante da diminuição da mesma ou até a perda de seus rendimentos nesses últimos meses decorrente da COVID-19, sem nenhum preparo financeiro.

A revista Exame (2020), corrobora com a notícia quando reforça que de janeiro a julho, houve 36% de aumento das conversas relacionadas a ajuda de divulgação de trabalho e perfis de pessoas buscando emprego ou complemento de renda. Já em uma pesquisa específica do Twitter, com uma amostra de usuários, uma em cada quatro pessoas disse ter sido impactada financeiramente pela pandemia, de alguma forma. Isso, com corte de salários ou até a perda do emprego. E uma em cada seis pessoas se sentem insegura com suas finanças pessoais nos próximos seis meses.

Assim, de forma geral a situação desde o início da pandemia mostrou-se desafiadora, contribuindo com que as pessoas reflitam mais sobre suas finanças. Pois com relação a conduta realizada no planejamento das finanças pessoais para evitar o endividamento observou-se que a grande maioria não gastou.

Fim de suprir o objetivo específico que se propõem ações que minimizem impacto do gerenciamento das finanças pessoais, sugere-se inúmeras condutas e ações:

a) Faça o levantamento de suas receitas e despesas;

b) Trace suas metas;

c) Crie reserva emergencial;

d) Fuja das compras por impulso;

e) Habitue-se a pontuar suas despesas principais como, moradia, transporte, alimentação, saúde, serviços, educação, lazer e dívidas;

f) Utilize planilhas Excel ou até mesmo planilhas de aplicativos para smartphone ou tablet, que surgem como forma alternativa interessante, proporcionando em tempo real o controle de suas finanças, como MoneyWise, Finance Plus, Toshl Financ, entre outros, e

g) Monte um orçamento das finanças pessoais.

Portanto, espera-se que este trabalho possa ser útil, aos gestores e estudantes, como subsídio para novos estudos e que possam reconhecer a importância do planejamento e gerenciamento das finanças pessoais. Os assuntos tratados não tiveram a pretensão de cobrir todas as necessidades, pelo contrário, devem servir de incentivo ao aprofundamento para a descoberta de melhores caminhos que levam a uma gestão financeira pessoal sustentável.

Por fim, sugere-se para trabalhos futuros o desenvolvimento da temática em
outros públicos, assim como a ampliação da temática trazendo o tema qualidade de vida afim de buscar novos dados a serem explorados, proporcionar novos
resultado e a possibilidade de apresentar novas estratégias de gestão financeira pessoal.

REFERÊNCIAS

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Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-05/compras-com-cartoes-crescem-141-no-primeiro-trimestre-diz-abecs>. Acesso em: 06 jul. 2020.

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[1] Mestrado em Engenharia de Produção.

[2] Graduada em Administração.

Enviado: Fevereiro, 2021.

Aprovado: Março, 2021.

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