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Doenças Iatrogênicas Cometidas pela Equipe de Enfermagem na Unidade de Tratamento Intensivo: Revisão Integrativa [1]

RC: 13995
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CONTEÚDO

JULIANI, Joseane do Nascimento [2]

JULIANI, Joseane do Nascimento. Doenças Iatrogênicas Cometidas pela Equipe de Enfermagem na Unidade de Tratamento Intensivo: Revisão Integrativa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 03, Vol. 01, pp. 46-56, Março de 2018. ISSN:2448-0959

RESUMO

O objetivo do presente estudo foi avaliar a produção científica a cerca das doenças iatrogênicas que acontecem dentro da unidade de terapia intensiva. O método utilizado consistiu em uma revisão integrativa da literatura com intuito de reunir, avaliar e sintetizar os estudos existentes sobre a temática proposta. A base de dados foi o LILACS, com os descritores doença iatrogênica, unidade de terapia intensiva e segurança do paciente. Os resultados evidenciaram que existe um número alto de erros relacionado à assistência da enfermagem em uma unidade de terapia intensiva por motivo de sobrecarga de trabalho, baixa remuneração, falta de conhecimento e habilidade para exercer certos procedimentos. Concluir que a equipe de enfermagem deve realizar capacitação de forma frequente, ser mais bem remunerado, melhorar o dimensionamento e alocação do profissional, assim irá melhorar a assistência tendo uma diminuição dos erros.

Palavras-Chave: Enfermagem, UTI, Iatrogênia, Evento Adverso.

1. INTRODUÇÃO

O interesse em pesquisar sobre doenças iatrogênicas que acontecem na UTI (unidade de terapia intensiva), sendo estas de responsabilidade da enfermagem, surgiu ao se observar a quantidade de erros que são apresentadas nas nossas mídias, onde leva medo e preocupação a todos, pois onde deveria ser um lugar seguro e de tratamento, começa a ser um lugar duvidoso. Isso ocorre, provavelmente, devido a carga horárias exaustivas, falta de treinamento periódicos, falta de comprometimento e responsabilidade pelo certo ou ainda pelo quadro reduzido de funcionários nas unidades.

Eventos adversos é qualquer prejuízo ou agravamento gerado no paciente através do cuidado prestado e que não tem relação a sua patologia inicial (VENTURA; ALVES MENESES, 2012).

Segundo Pedreira, Brandão, Reis (2013) o evento adverso teve um maior acometimento em paciente com idade superior a 60 anos, tendo um percentual de 77,7% dos pacientes dessa faixa etária com algum prejuízo da assistência prestada.

Frente a esses desafios e, na tentativa de reduzir os índices de infecção que é considerado um evento adverso grave que acontece dentro da unidade de terapia intensiva o autor Chaves, Moraes (2015) relata a importância de estratégias de melhoria no cuidado prestado pela enfermagem por meio de capacitações regulares e discussões de casos através de um comitê dentro da unidade.

Segundo o COFEN (2017) é dever do enfermeiro assegurar ao paciente uma assistência de enfermagem livre dos riscos decorrestes a imperícia, negligência e imprudência, sendo dever também proteger o cliente contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da equipe de saúde.

Apesar de estar no código de ética da classe e sendo do conhecimento de todos que devemos assegurar uma assistência sem erros, os erros continuam acontecendo nas unidades de terapia intensiva assim prejudicando ou retardando a melhora do paciente.

Espero alcançar com este estudo a conscientização dos profissionais de saúde, em especial da equipe de enfermagem. É de grande contribuição para a equipe ter conhecimento dos principais eventos adversos que acontecem em uma unidade de terapia intensiva, pois com este conhecimento os mesmos terão um maior cuidado ao realizar tais procedimentos.

Acredito que para diminuir os eventos adversos cometidos pela enfermagem precisamos mudar alguns pontos, como remuneração, oportunidades de aprimoramento e condições de trabalho.

Coloco a remuneração sendo um dos pontos mais importantes para o acontecimento desses eventos, pois com baixa remuneração o profissional precisa muitas vezes de mais um emprego, isso causa um aumento na carga de trabalho, cansaço e estress. Sendo que podemos colocar também que com a baixa remuneração dificilmente o profissional conseguirá investir em seu aprimoramento.

A condição de trabalho é extremamente importante, pois com boas condições (materiais/pessoas/estrutura) o profissional consegue realizar uma melhor assistência e ele em si se sentirá mais confortável em seu local de trabalho.

2. OBJETIVOS

Geral

Identificar as evidências científicas relacionadas aos eventos adversos presentes na UTI relacionado a assistência da enfermagem.

Específicos

  • Analisar e descrever os eventos adversos.
  • Analisar e descrever quais são os motivos que leva o profissional dar espaço ao erro.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente artigo científico segue os moldes de uma pesquisa bibliográfica, com análise integrativa, visando fazer uma ilustração geral sobre doenças iatrogênicas dentro da UTI.

A análise integrativa é realizada em 5 etapas, sendo que assim conseguimos estabelecer os critérios da coleta de dados, análise e apresentação dos resultados bem definidos. As etapas seguem na seguinte ordem: estabelecimento do problema; seleção da amostra; caracterização dos; análise dos e apresentação e discussão dos achados. (GARUZI, et al, 2014).

A revisão integrativa compreende cinco etapas: 1) estabelecimento do problema, ou seja, definição do tema da revisão em forma de questão ou hipótese primária; 2) seleção da amostra (após definição dos critérios de inclusão); 3) caracterização dos estudos (definem-se as características ou informações a serem coletadas dos estudos, por meio de critérios claros, norteados por instrumento); 4) análise dos resultados (identificando similaridades e conflitos); e 5) apresentação e discussão dos achados.

Após a definição do tema foi feita uma busca em bases de dados virtuais em saúde, especificamente na Biblioteca Virtual de Saúde – Bireme. Foram utilizados os descritores: Doença iatrogênica, unidade de terapia intensiva e segurança do paciente.

O passo seguinte foi uma leitura exploratória das publicações apresentadas no Sistema Latino-Americano e do Caribe de informação em Ciências da Saúde – LILACS, National Library of Medicine – MEDLINE e Bancos de Dados em Enfermagem – BDENF, Scientific Electronic Library online – Scielo, banco de teses USP. Os critérios de inclusão foram: serem publicados nos últimos cinco anos, em português, textos disponíveis, revista da USP, revista Brasileira de Enfermagem, revista Latina Americana de Enfermagem e responderem aos objetivos do estudo. Foram excluídos os anteriores a 2012 ou que não respondiam aos objetivos.

Realizada a leitura exploratória e seleção do material, principiou a leitura analítica, por meio da leitura das obras selecionadas, que possibilitou a organização das ideias por ordem de importância e a sintetização destas que visou a fixação das ideias essenciais para a solução do problema da pesquisa.

Após a leitura analítica, iniciou-se a leitura interpretativa que tratou do comentário feito pela ligação dos dados obtidos nas fontes ao problema da pesquisa e conhecimentos prévios. Na leitura interpretativa houve uma busca mais ampla de resultados, pois ajustaram o problema da pesquisa a possíveis soluções. Feita a leitura interpretativa se iniciou a tomada de apontamentos que se referiram a anotações que consideravam o problema da pesquisa, ressalvando as ideias principais e dados mais importantes.

A partir das anotações da tomada de apontamentos, foram confeccionados fichamentos, em fichas estruturadas em um documento do Microsoft word, que objetivaram a identificação das obras consultadas, o registro do conteúdo das obras, o registro dos comentários acerca das obras e ordenação dos registros. Os fichamentos propiciaram a construção lógica do trabalho, que consistiram na coordenação das ideias que acataram os objetivos da pesquisa.

As ideias mais importantes dos estudos foram inseridas em um quadro sinóptico, que consistiu na desconstrução dos estudos, dividido em quatro colunas: 1) numeração dos estudos, 2) resultados das pesquisas e suas referências. A leitura repetida dos resultados, em busca dos pontos comuns entre eles resultou em uma terceira coluna: 3) pontos comuns entre os resultados das pesquisas, onde se descreveu em que os autores concordaram. O último passo foi a construção das categorias, que consistiu na síntese de cada ponto comum.

Para a discussão dos resultados encontrados, iniciou-se a reconstrução do conjunto dos estudos em sete etapas: 1) Uso da categoria como subtítulo de resultados e discussão; 2) introdução e quantificação dos pontos comuns; 3) exposição dos resultados dos estudos comuns, com argumentação lógica e defesa do tema; 4) interpretação e discussão da síntese dos resultados dos estudos; 5) conclusão da categoria, respondendo aos objetivos; 6) construção do paradoxo, demonstrando que toda tese tem sua antítese; 7) fundamentação da antítese; 8) conclusão geral da categoria.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nos últimos dez anos ao se buscar as Bases de Dados Virtuais em Saúde, tais como a LILACS, MEDLINE e SCIELO, pubmed, banco de teses da CAPES, os artigos mais citados e revistas tais como Revista Escola de Enfermagem, Revista Brasileira de Enfermagem e Revista Latino Americano de Enfermagem utilizando-se as palavras-chave enfermagem, UTI, iatrogenia e evento adverso, encontrou-se 10.567 artigos publicados entre 2012 e 2015.

Foram excluídos artigos inferiores a 2012 e artigos que não corresponderam ao assunto estudado, sendo, portanto, incluídos neste estudo 05 publicações.

Após a leitura exploratória dos mesmos, foi possível identificar a visão de diversos autores a respeito dos eventos adversos que acontecem dentro de uma unidade de terapia intensiva cometidas pela equipe de enfermagem.

4.1. Quadro: Demonstração dos artigos estudados

Ordem Autor, título, ano. Objetivo: Resultado: Iatrogênia x Enfermagem x UTI.
01 VENTURA, C. M. U., et al. Eventos adversos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, 2012. Determinar a incidência de eventos adversos (EAs) em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Distúrbios da termorregulação (29%), distúrbios da glicemia (17,1%) e Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) de origem hospitalar (13,5%) foram os mais frequentes. A incidência de EAs em UTIN é elevada entre os recém-nascidos de muito baixo peso. O artigo presente aponta eventos adversos que a equipe de enfermagem e outras equipes de saúde poderiam prevenir com ações básicas, em um setor que necessita de mais atenção e cuidado.
02 GONÇALVES, L. A. Alocação da equipe de enfermagem e ocorrência de eventos adversos/incidentes em unidade de terapia intensiva, 2012. Verificar a adequação entre a alocação da equipe de enfermagem e as horas de cuidado requeridas pelos pacientes, bem como identificar a relação entre essa alocação com eventos adversos/incidentes. Concluiu-se que, quanto maior a diferença entre as horas disponíveis e requeridas de cuidado nas alocações de enfermagem, menor a frequência de eventos adversos/incidentes. Percebe-se claramente ao ler o artigo como é importante e necessário para a diminuição da ocorrência de eventos adversos e incidentes a correta distribuição da equipe de enfermagem para a prestação de serviço, pois o fator apontado no artigo que aumenta a possibilidade e ocorrer esses eventos é a falta de colaboradores  suficientes e distribuídos corretamente.
03 BELO, M. P. M. et al. Conhecimento de enfermeiros de Neonatologia acerca do Cateter Venoso Central de Inserção Periférica, 2012.

 

Descrever o conhecimento e prática dos enfermeiros das cinco unidades públicas de Terapia Intensiva Neonatal, de Recife-PE, sobre a utilização do PICC. Verificou-se que 64,8% dos enfermeiros não possuíam habilitação para inserção do PICC. É necessário maior incentivo à capacitação dos enfermeiros para utilização do PICC. A falta de capacitação e habilidade de um profissional realizar um procedimento, abre oportunidades para execução errada, manutenção inadequada, podendo ter prejuízos ou não benefícios para o paciente.
04 LISBOA, C. D. Investigação da técnica de preparo de medicamentos para administração por cateteres pela enfermagem na terapia intensiva, 2013. Identificar a forma farmacêutica dos medicamentos preparados para serem

administrados por cateteres e o perfil dos erros cometidos durante o preparo.

Concluiu-se que: a trituração indevida pode ter comprometido o resultado terapêutico em comprimidos revestidos e de liberação controlada; não diluir xaropes pode ter contribuído para a obstrução de cateteres; misturar medicações ao triturá-las pode aumentar o risco de interações farmacêuticas. Percebe-se a falta de conhecimento de realizar os procedimentos que envolvem medicamentos de forma correta, mesmo sendo algo rotineiro é realizada de forma errônea. Sendo necessário que a equipe de enfermagem passem pro reciclagem e realizem o processo em parceria com a equipe da farmácia que tem um conhecimento maior sobre medicamentos e seu preparo.
05 NOVARETTI, M. C. Z. et al. Sobrecarga de trabalho de enfermagem e incidentes e eventos adversos em pacientes internados em UTI, 2014. Identificar a influência da sobrecarga de trabalho da Enfermagem na ocorrência de incidentes sem lesão e eventos adversos em 399 pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Aproximadamente 78% dos incidentes sem lesão e eventos adversos em pacientes foram relacionados à esfera da Enfermagem. A taxa alta de incidentes sem lesão e eventos adversos em pacientes relacionados à enfermagem esta diretamente ligada à sobrecarga de trabalho, não somente no local, como colaboradores que acumulam mais de um emprego para aumentar sua remuneração no final do mês.

 

Eventos adversos (EAs) segundo Venture et al (2012) são as complicações indesejadas  apresentadas pelo paciente durante sua internação, sendo que os EAs acontecem por causa da incorreta ou não assistência ao paciente e não esta relacionado à evolução natural da doença.

Além disso, o autor supracitado afirma que as EAs acarretam em uma taxa de morbimortalidade mais alta; aumento do tempo de internação; sendo que com o aumento do tempo de internação, aumenta a chance de eventos adversos em 6% a cada dia, principalmente em unidade de terapia intensiva – UTI, pois neste setor o número de procedimentos invasivos são maiores e aumento dos gastos para tratamento.

Neste estudo participaram 218 recém-nascidos, sendo que desses, 183 (84%) recém-nascidos tiveram eventos adversos. Foram identificados no total 579 EAs ocorridos, sendo os mais frequentes o distúrbio da termorregulação (29%), distúrbio da glicemia (17,1%), infecção relacionada à assistência à saúde (13,5%) e extubação não programada (10%), sendo que a extubação ocorreu ou por forma acidental (62%) ou por formação de rolha (38%) (VENTURE et al, 2012).

Gonçalves et al (2012) realizou um estudo onde o mesmo apontou que os EAs tem maior incidência quando o tempo de assistência é menor que o ideal e quando as alocações da equipe são inadequadas, sendo assim necessário um melhor dimensionamento e alocação adequada por paciente. O autor relata que os aspectos estruturais da unidade e processo de trabalho são fatores que colaboram muitas vezes para os erros.

Concomitante a isso o autor alude que o enfermeiro tem grande responsabilidade para a equipe de enfermagem no quesito de assistência ao paciente, pois é ele que planeja, delega ou executa ações, capacita sua equipe tanto no teórico quanto no prático, orienta o cuidado ao paciente, prevê e provê recursos, sejam eles humanos ou materiais, assim favorecendo uma melhor e adequada assistência, evitando ao máximo os erros.

Novaretti et al (2014) complementa o estudo anterior, reforçando que os profissionais da enfermagem estão sobrecarregados, sendo que os mesmos acumulam mais de um emprego, não são bem remunerados, elevado nível de estresse e condições de trabalhos inadequadas.

O autor a cima ainda fala que a sobrecarga de trabalho está relacionada diretamente com o aumento do índice de EAs e incidentes sem lesão. Neste estudo o autor aponta que dos 399 admitidos 394 foram afetados ou por EAs (296 admissões) ou incidentes sem lesão (391 admissões).

Em relação a EAs foram: Dermatites, assaduras, úlceras por pressão; Problemas na contenção física de pacientes; Flebite; Falhas da enfermagem na manipulação de cateteres e sondas e quedas de pacientes. Os incidentes sem lesão foram: Falhas no seguimento da prescrição de enfermagem; Falhas no preparo e administração de medicações; Problemas da Enfermagem a manipulação de sondas e cateteres; Problemas na coleta e no encaminhamento de exames; Falhas no registro de dados nos prontuários pela Enfermagem; Problemas na administração de dietas enterais e falhas no seguimento da prescrição médica não medicamentosa pela Enfermagem (NOVARETTI et al, 2014).

Belo et al (2012), avaliou em seu estudo sobre o conhecimento e habilidade do enfermeiro realizar a inserção e manutenção do cateter central de inserção periférica (PICC), sendo uma opção de acesso venoso estável e eficaz para neonatos para a administração de soluções hipermolares, vesicantes e irritantes.

Foi constatado no estudo do autor supracitado que 64,8% dos profissionais não possuíam habilidade para realizar o PICC, porém realizavam com frequência. Além disso, muitos desconheciam o protocolo instituído na unidade para PICC, assim não padronizando seu serviço e podendo acarretar erros (BELO et al, 2012).

O autor Lisboa et al (2013) estudou sobre os medicamentos que são administrados através de cateteres na unidade de terapia intensiva e quais seriam os erros mais frequente nesse procedimento.

O mesmo constatou que 67,71% das doses de medicamentos que foram preparadas, foram realizadas de forma incorreta. Sendo que os erros foram divididos em trituração de medicamento (45,47%), mistura de medicamentos (39,25%) e diluição de medicamentos (67,85%).

Podemos perceber que os autores desde estudo apontam alguns eventos adversos, como erros de medicação e falhas em manipulação de cateteres. Os autores expõem também as possíveis justificativas dos erros (ex. sobrecarga e condições de trabalhos), assim podemos perceber que os estudos se complementam, dando mais força aos achados.

Conclusão

Conclui-se que o enfermeiro é responsável por grande parte da assistência e cuidado do paciente internado em uma unidade de terapia intensiva, por este motivo é o profissional que necessidade de um conhecimento atualizada, habilidade e realizar somente procedimento que estiver capacitado e treinado para execução e manutenção.

O estudo nos mostra alguns erros que são acometidos pela equipe de enfermagem, podemos citar como exemplo o erro de preparo e administração de medicamentos, sendo que esse e os outros citados anteriormente a equipe consegue prevenir o aparecimento se oferecer uma assistência adequada.

Precisamos como profissionais da área da saúde nos responsabilizar pelas ações incorretas oferecidas para o paciente e ter a consciência que necessitamos sempre nos aperfeiçoar, treinar e estudar.

Em contrapartida o empregador tem que oferecer remunerações justa e dimensionamento adequado, assim evitando sobrecarga de trabalho, oferecer uma estrutura adequada e materiais suficientes para atender o paciente e incentivar e realizar treinamentos dentro ou fora da unidade.

REFERÊNCIAS

BELO, M. P. M. B. et al. Conhecimento de enfermeiros de neonatologia acerca do cateter venoso central de inserção periférica. Rev. Brasileira de Enfermagem, Brasília – DF, n. 01, v. 65, janeiro – fevereiro, 2012.

CHAVES, N. M. O., MORAES, C. L. K. .Controle de infecção em cateterismo vesical de demora em unidade de terapia intensiva. Rev. Brasileira de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro, Florianópolis-SC, n. 05, v. 02, p. 1650-1657, maio- agosto, 2015.

COFEN – Conselho Federal de Enfermagem. Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Rio de Janeiro: COFEN; 2007.

GARUZI, M. ET AL. Acolhimento na Estratégia Saúde da Família: revisão integrativa. Rev. Panam salud publíca, Florianópolis-SC, n. 35, v. 02, 2014.

GONÇALVES L. A. et al. Alocação da equipe de enfermagem e ocorrência de eventos adversos/ incidentes em unidade de terapia intensiva. Rev. da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, n. 00, v. 46, 2012.

LISBOA, C. D.; SILVA L. D. ; MATOS, G. C. Investigação da técnica de preparo de medicamentos para administração por cateteres pela enfermagem na terapia intensiva. Rev. da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, n. 01, v. 47, 2013.

NOVARETTI, M. C. Z. et al. Sobrecarda de trabalho da enfermagem e incidentes e eventos adversos em pacientes internados em UTI. Rev. Brasileira de Enfermagem, Brasília – DF, n. 05, v. 67, setembro -outubro, 2014.

PEDREIRA, L. C.; BRANDÃO, A. S.; REIS, A. M. .Evento adverso no idoso em Unidade de Terapia Intensiva. Rev. Brasileira de Enfermagem, Brasília – DF, n. 66, v. 03, p. 429-36, maio- junho, 2013.

VENTURA, C. M. U. ; ALVES, J. G. B.; MENESES, J. A..Eventos adversos em Unidade de Terapia Intensiva  neonatal. Rev. Brasileira de Enfermagem, Brasília – DF, n. 65, v. 01, p. 49-55, janeiro- fevereiro, 2012.

VENTURE, C. M. U.; ALVES, J. G. B; MENESES J. A. Eventos adversos em unidade de terapia intensiva neonatal. Rev. Brasileira de Enfermagem, Brasília – DF, n. 01, v. 65, janeiro-fevereiro, 2012.

[1] Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Enfermagem, do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição, em Chancela com a Pontifícia Universidade Católica de Goiás, para obtenção do título de Especialista em Unidade de Tratamento Intensivo sob orientação do (a) Professor (a) Marislei de Sousa Espíndula Brasileiro.

[2] Pós-Graduação Lato Sensu em Enfermagem, do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição, em Chancela com a Pontifícia Universidade Católica de Goiás

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Joseane do Nascimento Juliani

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