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Autocuidado do idoso durante sua hospitalização por insuficiência cardíaca: Revisão integrativa

RC: 69610
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/autocuidado-do-idoso

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

GOMES, Lara Alves [1], ANTONÁCCIO, Renata [2], ALMEIDA, Geovana Brandão Santana de [3], FARIA, Luciane Ribeiro de [4]

GOMES, Lara Alves. Et al. Autocuidado do idoso durante sua hospitalização por insuficiência cardíaca: Revisão integrativa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 12, Vol. 06, pp. 73-84. Dezembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/autocuidado-do-idoso, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/autocuidado-do-idoso

RESUMO

A insuficiência cardíaca é um importante fator relacionado ao aumento da dependência funcional, e, quando associada a frequentes internações pode piorar este quadro. Neste contexto, o comportamento de autocuidado associa-se a um menor número de internações por descompensações do quadro clínico, associado a uma melhor qualidade de vida. O objetivo central deste trabalho é compreender como se dá o autocuidado do idoso hospitalizado, além de identificar quais ações de enfermagem contribuem para a manutenção do autocuidado. Trata-se de uma revisão integrativa, que buscou analisar de forma crítica e objetiva, 7 artigos que foram selecionados por abarcar o autocuidado do idoso no contexto hospitalar. O papel do enfermeiro enquanto educador para estimular o autocuidado foi um fator importante e apontado nas discussões. Além disso, deve ser incorporado no processo de enfermagem planejamento de ações que estimulem o autocuidado do paciente durante sua hospitalização. Conclui-se que existe uma lacuna da literatura com enfoque no autocuidado durante a hospitalização do idoso, além da necessidade de novas pesquisas que incorporem a teoria do autocuidado no contexto da insuficiência cardíaca.

Palavras-chave: Autocuidado, insuficiência cardíaca, idoso, hospitalização, enfermagem.

1. INTRODUÇÃO

O autocuidado tal qual concebido pela teorista Dorothea Orem, envolve todas as atividades para a manutenção da vida e seu bem-estar; pressuposto isso, orem fundamenta o autocuidado como uma forma assistencial holística com enfoque predominante na observação e ação sobre a necessidade do outro (COSTA, 2013).

Essa teoria baseia-se fundamentalmente em três pilares: sistema totalmente compensatório, sistema parcialmente compensatório, e sistema de apoio-educação. Nesse ínterim, o sistema apoio-educação é uma das ferramentas principais do enfermeiro para empoderar o paciente, melhorando assim a qualidade assistencial (NICOLATO, 2016).

No contexto das doenças crônicas não transmissíveis, o autocuidado correlata-se à manutenção do bem-estar do usuário em todas as esferas da sua vida (físicas, biopsicossociais, dentre outras), inclusive reduzindo a morbimortalidade, sempre visando autonomia e melhora da qualidade de vida (CONCEIÇÃO et al, 2015).

A insuficiência cardíaca (IC) é uma disfunção com etiologia em alterações funcionais ou estruturais, com sinais e sintomas específicos – sendo os principais: dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna, fadiga, intolerância ao exercício, tosse noturna, ganho de peso, dor abdominal, perda de apetite associada a perda de peso, noctúria, oligúria, edema periférico, hepatomegalia e ascite, extremidades frias e taquicardia – resultantes da alteração no débito cardíaco e/ou elevadas pressões de enchimento em quadros de esforço ou repouso (Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC, 2018).

Essa cardiopatia é a primeira causa de readmissões hospitalares em pacientes idosos – especialmente no primeiro mês após a alta em decorrência de internação por IC aguda. Na literatura encontramos várias referências que abordam o prognóstico a longo prazo da IC crônica, mas, nota-se uma escassez de estudos voltados aos pacientes descompensados, independentemente se a etiologia for IC crônica ou aguda (DELGADO et al, 2016).

No Brasil, o estudo Brazilian Registry of Acute Heart Failure (BREATHE), demonstrou que a principal causa de reinternações hospitalares é a deficiência na adesão ao tratamento da IC, apontando que o Brasil possui uma das maiores taxas de mortalidade intra-hospitalar em decorrência de IC descompensada. (ALBUQUERQUE et al, 2015).

De acordo com dados epidemiológicos provenientes do DataSUS, nos meses de julho de 2019 a julho de 2020, ocorreram 85.836 internações em decorrência da insuficiência cardíaca apenas na região sudeste do Brasil, resultando em uma média de 7.153 internações ao mês (SIH/SUS, 2020).

Sabendo que a IC é o desfecho final de todas as doenças cardíacas, e sendo um problema de saúde pública devido seus elevados índices de incidência e prevalência associados ao elevado custo ao sistema de saúde, a promoção do autocuidado nesses pacientes vem como um encorajamento para a tomada de decisão, com o objetivo de que o paciente mantenha a estabilidade do seu processo saúde-doença (MESQUITA et al, 2017; PEDRÃO et al, 2018).

No Brasil, o comportamento do autocuidado como um todo é pouco estudado, além disso, fatores individuais que influenciam esse contexto são pouco investigados na população com IC (CONCEIÇÃO, 2015), ao passo que no exterior, a educação para o autocuidado é estimulada e realizada por enfermeiros, (ROSS, 2015).

Sabe-se que a hospitalização se associa ao aumento da dependência funcional dos pacientes, corrobora-se ainda que a IC naturalmente é um preditor de dependência funcional em idosos, uma vez que pode afetar todas as suas atividades de vida diárias (XAVIER et al, 2015).

Logo, estudar o autocuidado no contexto da IC com enfoque em idosos hospitalizados, faz-se extremamente necessário – uma vez que há carência desses estudos no Brasil, somado ao índice epidemiológico do nosso país.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Compreender o autocuidado do idoso hospitalizado.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Identificar quais ações de enfermagem contribuem para a manutenção do autocuidado.

3. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, com análise de publicações que trazem à luz discussões sobre métodos e os resultados da pesquisa (MENDES, 2008), para discorrer sobre o autocuidado focado no idoso portador de insuficiência cardíaca durante sua hospitalização.

A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, BVS, Bireme – BDENF, e Periódicos CAPES. Os descritores utilizados em inglês foram “self care”, “aged”, “heart failure”, “hospitalization”, “nursing”, com delimitação temporária de publicações entre 2015 e 2020, e o operador booleano AND.

O critério de inclusão para leitura dos artigos foi incluir no título e no resumo, o autocuidado no ambiente hospitalar em pacientes com insuficiência cardíaca, além de artigos em inglês e em português. Foram excluídos, estudos de revisão e estudos em que a população alvo não fosse composta por idosos.

Tabela 1 – artigos encontrados em cada base de dados

Artigos encontrados em cada base de dados
Base de dados Quantidade de artigos encontrados em cada uma
PubMed 91 artigos
BVS 90 artigos
Bireme – BDENF 24 artigos e 8 teses
Periódicos CAPES 7 artigos

Fonte: Própria autora, 2020.

Na pesquisa inicial, foram encontrados 230 artigos, estando associados aos descritores. Após a leitura do título e do resumo, foram selecionados 38 artigos para análise, sendo que cada artigo foi contabilizado apenas uma vez. Depois de uma leitura do artigo como um todo, foram identificados apenas 7 artigos elegíveis para análise.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a leitura dos artigos, foi criado e preenchido um instrumento que abarca autores e o ano de publicação, objetivos e metodologia.

Tabela 2 – Publicações analisadas:

Estudo Autores e ano de publicação Objetivos Principais ações de enfermagem Metodologia
R1 Reeder, K. M., Ercole, P. M., Peek, G. M., & Smith, C. E. (2015). Explorar as percepções dos pacientes sobre os sintomas e comportamentos de autocuidado para o alívio dos sintomas, e o tempo que levou à hospitalização por insuficiência cardíaca. Neste artigo, vemos que a educação e o grau de instrução afetam o autocuidado; porém, não traz ações específicas da equipe de enfermagem. Estudo transversal exploratório
R2 Ferreira, V. M. P., Silva, L. N., Furuya, R. K., Schmidt, A., Rossi, L. A., & Dantas, R. A. S. (2015) Avaliar os comportamentos de autocuidado em pacientes hospitalizados com insuficiência cardíaca descompensada, considerando sexo, sintomas depressivos e senso de coerência; além de comparar as medidas de depressão e senso de coerência segundo o sexo dos pacientes hospitalizados por insuficiência cardíaca descompensada O planejamento da assistência de enfermagem deve ser feito com o objetivo de promover o autocuidado, além de medidas educacionais visando o conhecimento da doença. Estudo correlacional de corte transversal
R3 Linn, A. C., Azzolin, K., & Souza, E. N. D. (2016) Verificar a associação entre o número de internações e o comportamento de autocuidado em pacientes hospitalizados em decorrência de insuficiência cardíaca descompensada, e testar a aplicabilidade de dois instrumentos de avaliação de autocuidado Educação em saúde por parte da equipe de enfermagem é uma importante ação com resultados expressivos. Além disso, a prática assistencial deve ser holística, levando em conta o biopsicossocial do indivíduo. Longitudinal retrospectivo, quantitativo
R4 Sposito, N. P. B., & Kobayashi, R. M. (2016). Caracterizar o perfil das mulheres adultas internadas em enfermarias de um hospital público cardiológico localizado na cidade de São Paulo (Brasil), que tinham como diagnóstico médico de internação a  insuficiência cardíaca; identificar o conhecimento dessas pacientes sobre a doença e seu tratamento; e descrever os diagnósticos de enfermagem e as prescrições de enfermagem relacionadas à  insuficiência cardíaca durante sua internação Planejamento da assistência de enfermagem e medidas de comunicação entre a equipe de saúde, que sejam efetivas e consigam transmitir as informações ao paciente de forma clara e objetiva, adequando às suas necessidades educacionais. Exploratório e descritivo
R5 Medeiros, J., & Medeiros, C. D. A. (2017). Caracterizar o perfil clínico e sociodemográfico dos portadores de insuficiência cardíaca e descrever o comportamento de autocuidado de pacientes adultos com insuficiência cardíaca, por meio da escala Self-Care of Heart Failure Index – SCHFI, versão brasileira. Principais ações de enfermagem apontadas neste artigo foram de cunho educativo (educação em saúde direcionada ao autocuidado) e assistencial (planejamento assistencial a fim de abarcar hospitalização e alta. Estudo observacional transversal
R6 Mlynarska, A., Golba, K. S., & Mlynarski, R. (2018) Avaliar o efeito do método terapêutico da insuficiência cardíaca, o grau de aceitação da doença e a ocorrência da síndrome da fragilidade na adesão às recomendações terapêuticas e no autocuidado em pacientes com insuficiência cardíaca. Ações voltadas à educação em saúde com enfoque na abordagem não farmacológica do tratamento da insuficiência cardíaca. Estudo transversal quantitativo
R7 Born, M. C., Azzolin, K. D. O., & Souza, E. N. D. (2019) Identificar os sinais e sintomas de descompensação da insuficiência cardíaca e o tempo de duração até a admissão na emergência hospitalar. As ações de enfermagem apontadas foram de cunho educativo, direcionadas a identificação dos sinais e sintomas de piora e melhora do seu estado de saúde. Estudo transversal quantitativo

Fonte: própria autora, 2020.

Apesar da carência em referenciais teóricos no Brasil, a maioria dos artigos (R2, R3, R4, R5 e R7) são nacionais; um (R1) foi publicado nos EUA e um (R6) publicado na Polônia. O comportamento do autocuidado no ambiente intra-hospitalar é um aspecto pouco estudado como demonstrado pelo número baixo de publicações encontradas que dissertam sobre o assunto. A maioria dos artigos encontrados antes da pré-análise, foram pesquisas realizadas em ambiente ambulatorial ou em um contexto comparativo – durante a internação e após a alta, o que não era o foco da pesquisa, o que reforça a percepção de que há uma lacuna bibliográfica em estudos com enfoque exclusivo durante a hospitalização.

O perfil sociodemográfico foi bastante variado: apenas um estudo estipulou como pré-requisito pacientes acima de 60 anos (R6), os demais, realizaram entrevistas e analisaram todos os pacientes hospitalizados durante o período de coleta de dados, gerando uma variância de idade maior; apesar disso, a maioria dos hospitalizados estava na faixa etária acima de 60 anos, o que permitiu que os estudos fossem analisados. Apenas um estudo (R4) focou sua coleta de dados em mulheres, os demais entrevistaram ambos os sexos.

Todos os artigos analisados chegaram à conclusão de que o conhecimento sobre a doença afeta o autocuidado, e, que quanto maior a escolaridade, melhor é o índice de autocuidado. Muitos pacientes não têm conhecimento sobre a doença nem sobre os fatores de exacerbação e piora da insuficiência cardíaca (R1, R2, R3 R4, R5, R6 e R7).

Outro ponto amplamente citado entre os autores, são as ações de enfermagem que auxiliam na manutenção do autocuidado (R2, R3, R4, R5 e R7). O planejamento da assistência visando a promoção do autocuidado contribui para melhorar o estado de saúde e foi apontado como importante estratégia para os enfermeiros durante a prestação da assistência (R2).

O planejamento da assistência de enfermagem atesta o compromisso junto ao paciente, haja visto os diagnósticos e prescrições dos cuidados de enfermagem. No contexto da hospitalização, é fundamental que o planejamento contemple a alta hospitalar e as orientações que vão ser repassadas ao paciente naquele momento. Para que suas carências sejam supridas, as ações assistenciais devem estar de acordo com sua visão biopsicossocial (CARNEIRO et al, 2020).

Além disso, ações educativas foram constantemente apontadas e frisadas pelos autores como importante estratégias na promoção do autocuidado (R3, R5 e R7), mostrando o relevante papel na educação em saúde que cabe aos enfermeiros – em especial na atenção especializada. As ações educativas atuam como ferramentas imprescindíveis na promoção do autocuidado, em especial se tratando da saúde do idoso, uma vez que ampliam sua independência, além de melhorar a sua qualidade de vida (DE LIMA et al, 2017).

A comunicação efetiva entre equipe de saúde e paciente também foi um aspecto assistencial que merece atenção (R4). Quando tratamos de abordagens metodológicas educacionais, a comunicação deve se adequar ao paciente em todos os aspectos: sua idade, cultura, grau de instrução, devendo o profissional estar atento em como o cliente está absorvendo a informação repassada, uma vez que para o seu empoderamento e autocuidado, as orientações devem e necessitam ser absorvidas (BRAGA et al, 2020).

No tocante ao binômio paciente e enfermeiro, é impreterível o acolhimento e orientação direcionadas à situação e demanda, ao passo que promovemos o acesso à educação em saúde de forma eficaz, é notório uma adaptação do paciente às dificuldades além de uma melhora no seu índice de autocuidado (FARIAS 2019).

Apesar dos artigos não destacarem o autocuidado durante a hospitalização, foi avaliado o autocuidado dos pacientes na maioria destes (R2, R3, R5 e R6). Em pacientes com insuficiência cardíaca, a manutenção do autocuidado em especial, o conhecimento da sua  doença bem como suas descompensações, está relacionado com redução do número de readmissões hospitalares em um curto período de tempo, fomentando a tese de que a educação em saúde no âmbito hospitalar focada no autocuidado possui resultados positivos (AWOKE et al, 2019).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devido aos índices crescentes de diagnósticos de insuficiência cardíaca atrelados ao envelhecimento populacional, pesquisas relacionadas a tal temática são relevantes. O enfermeiro tem um papel fundamental neste contexto, uma vez que suas atividades assistenciais e educativas voltadas a este público, podem reduzir o índice de internações além de proporcionar melhora do estado de saúde.

Dentre os objetivos traçados, nos deparamos com dificuldade em encontrar artigos que avaliassem o autocuidado dos idosos durante a sua internação; os artigos encontrados que  realizaram a avaliação do autocuidado por meio de escalas, não avaliaram apenas sua hospitalização. Além disso, há uma carência em publicações que explorem como a internação afeta o autocuidado do idoso com base nas suas percepções individuais, levando em conta que no ambiente hospitalar estes estão expostos a cuidados integrais por meio da equipe de enfermagem.

A metodologia de pesquisa foi adequada para a busca e análise de artigos que trouxessem o autocuidado de idosos durante sua internação, como o foco principal. A análise dos artigos encontrados foi feita de forma criteriosa, sempre buscando um ponto em comum entre eles, além de buscar diferenças e aspectos únicos, mas que respondem o questionamento principal: como se dá o autocuidado do idoso portador de insuficiência cardíaca.

Os resultados foram ao encontro do que atualmente encontra-se publicado na literatura, em especial no que tange o papel do enfermeiro enquanto educador de saúde. Além disso, muitos artigos não foram incluídos na análise por se tratar de pesquisas comparativas – durante a hospitalização e no acompanhamento pós-alta, ressaltando a carência de estudos apenas sob a ótica hospitalar. Apenas um estudo analisado focou nos idosos, os demais incluíram todos os indivíduos hospitalizados – apesar da maioria participante ser idosa, esta foi uma limitação encontrada durante a coleta e análise dos dados.

Um importante resultado encontrado, foi sobre como a comunicação entre a equipe de saúde afeta as percepções do paciente sobre sua saúde, apontando para possibilidades posteriores de estudos e pesquisas, no contexto do idoso portador de insuficiência cardíaca. Ressalta-se que o profissional deve estar atento em como repassar as informações para o paciente, sempre se adequando às suas necessidades, para que o objetivo da educação para o autocuidado seja atingido.

Recomenda-se que novas pesquisas sejam realizadas para avaliar o autocuidado durante a hospitalização em portadores de insuficiência cardíaca, a fim de contribuir para ampliar o conhecimento do tema proposto.

6. REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Denilson Campos de; NETO, João David de Souza; BACAL, Fernando; ROHDE, Luiz Eduardo Paim; BERNARDEZ-PEREIRA, Sabrina; BERWANGER, Otavio; ALMEIDA, Dirceu Rodrigues. I Brazilian registry of heart failure (BREATHE) – clinical aspects, care quality and hospitalization outcomes. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2015. p. 433-442.

AWOKE, Martha S.; BAPTISTE, Diana-Lyn; DAVIDSON, Patricia; ROBERTS, Allen; DENNISON-HIMMELFARB, Cheryl. A quasi-experimental study examining a nurse-led education program to improve knowledge, self-care, and reduce readmission for individuals with heart failure. Contemporary Nurse, [S.L.], v. 55, n. 1, p. 15-26, 2 jan. 2019. Informa UK Limited. http://dx.doi.org/10.1080/10376178.2019.1568198.

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[1] Graduanda em Enfermagem.

[2] Doutora em Enfermagem.

[3] Doutora em Enfermagem.

[4] Doutora em Enfermagem.

Enviado: Novembro, 2020.

Aprovado: Dezembro, 2020.

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