REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

A importância da adesão ao autocuidado no tratamento dos portadores de diabetes mellitus tipo 2

RC: 19870
183
3/5 - (2 votes)
DOI: ESTE ARTIGO AINDA NÃO POSSUI DOI
SOLICITAR AGORA!

CONTEÚDO

FERNANDES, Adriana Barbosa

ADRIANA, Barbosa Fernandes. A importância da adesão ao autocuidado no tratamento dos portadores de diabetes mellitus tipo 2. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 06, pp. 152-171, Agosto de 2018. ISSN:2448-0959

RESUMO

O diabetes mellitus é um problema grave de saúde pública no mundo. A falta de adesão ao tratamento medicamentoso ou terapêutico é um desafio que os profissionais de saúde enfrentam. O objetivo desse trabalho, foi compreender os aspectos que interferem na adesão ao tratamento pelos pacientes. Foi realizado através de revisão bibliográfica, objetivando refletir sobre o papel do enfermeiro no tratamento de pacientes com diabetes melitus tipo 2. Procurando buscar orientações embasadas em fontes cientificas para direcionar um conhecimento teórico-prático estruturado e sistematizado. Em relação ao procedimento para a coleta dos dados, foram selecionados artigos científicos, utilizando o Google Acadêmico, artigos publicados em revistas, livros, manuais da Sociedade Brasileira de Diabetes, Caderno de Atenção Básica Do Ministério Da Saúde, entre outros. Os artigos foram selecionados e lidos através de seus títulos e resumos no período entre o mês de fevereiro a março de 2017. Foram excluídos da revisão artigos que não estavam relacionados com o DM2 especificamente ou que, cujo os títulos, não estavam relacionados com o objetivo da revisão. A partir do estudo foi possível compreender os fatores que influenciam na não adesão ao tratamento

Palavras-chave: Diabetes mellitus 2, Adesão ao tratamento, Intervenções de enfermagem, Atenção primária, Tratamento do diabetes.

INTRODUÇÃO

Diabetes mellitus (DM), é considerada um grande problema de saúde pública em qualquer lugar do mundo, por ser frequente e por estar associada a complicações que comprometem a vida do indivíduo como um todo. Além disso, é um desafio para os sistemas de saúde mundiais.

Existem dois tipos de diabetes, o tipo 1 e o tipo 2. O DM1(diabetes mélittus 1), é uma doença crônica caracterizada pela destruição parcial ou total das células β das ilhotas de Langherans pancreáticas, resultando na incapacidade progressiva de produzir insulina. Esse processo pode levar meses ou anos, mas somente aparece clinicamente após a destruição de pelo menos 80% da massa de ilhotas. Inúmeros fatores genéticos e ambientais contribuem para a ativação imunológica que desencadeia esse processo destrutivo. Já o DM2, ocorre ao longo de um período de tempo variável, passando por estágios intermediários que recebem a denominação de glicemia de jejum alterada e tolerância à glicose diminuída.

Tais estágios seriam decorrentes de uma combinação de resistência à ação insulínica e disfunção de célula beta, provocada por alimentação inadequada, obesidade e sedentarismo sendo uma doença responsável por milhares de óbitos no ano e que apresenta consequências humanas, sociais e econômicas devastadoras. Levando em conta as mortes por complicações do diabetes, tem também as consequências das complicações como a doença cardiovascular, as cirurgias para amputações de membros, diálise por insuficiência renal crônica, cegueira e o grande impacto econômico que ocorre notadamente nos serviços de saúde público. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2003).

A ideia de desenvolver este trabalho surgiu, através dos ensinos clínicos, no estágio supervisionado em enfermagem onde, foi constatado inúmeros pacientes portadores de diabetes com os níveis de glicose sanguíneos descompensados, bem como a presença de complicações, como, por exemplo: pé diabético, amputações entre outras alterações. Cabe aos profissionais da área de saúde estarem atentos na identificação

dos indivíduos com risco para o DM2 e avivar as práticas acionistas para promover o seu comedimento, entre os já diagnosticados com a doença.

Como incentivar a adesão ao autocuidado no tratamento dos portadores de DM2? Mediante o problema priorizado, objetivou-se de modo geral, realizar uma

revisão bibliográfica acerca da patologia e seus seguimentos. Especificamente objetivou-se conceituar a doença, apontar as dificuldades que interferem no autocuidado do paciente com DM2 e descrever as ações intervencionistas de educação realizadas pelo enfermeiro na acolhida ao indivíduo portador de diabetes mellitus.

Este trabalho foi realizado através de revisão bibliográfica, priorizando refletir sobre o papel do enfermeiro no tratamento de pacientes com DM2. Procurando buscar orientações embasadas em fontes cientificas para direcionar um conhecimento teórico-prático estruturado e sistematizado sobre o autocuidado.

Em relação ao procedimento para a coleta dos dados, foram selecionados artigos científicos, utilizando o Google Acadêmico, artigos publicados em revistas, livros, manuais da Sociedade Brasileira de Diabetes, Caderno De Atenção Básica Do Ministério Da Saúde, entre outros. Os artigos foram selecionados e lidos através de seus títulos e resumos no período entre o mês de fevereiro a março de 2017. Foram excluídos da revisão artigos que não estavam relacionados com o propósito do trabalho especificamente ou que, cujo os títulos, não estavam relacionados com o objetivo da revisão. Os descritores utilizados para a pesquisa dos artigos selecionados foram: enfermagem na adesão do indivíduo ao autocuidado no tratamento ao DM2; diabetes mellitus; tipos de diabetes.

As obras apresentadas, compreendem o período de 1992 a 2017, abordando o conceito da patologia, a adesão ao tratamento e a atuação da equipe de enfermagem frente à doença.

1. DIABETES MELLITUS TIPO 2

O diabetes é uma doença crônica, considerada perigosa e silenciosa, levando em conta distúrbios significantes provocados no metabolismo de lipídeos. O diabetes mellitus é uma síndrome de comprometimento do metabolismo dos carboidratos, das gorduras e das proteínas, provocada pela ausência de secreção de insulina ou por redução da sensibilidade dos tecidos à insulina. Um fator importante característico do DM, implica na resposta secretora defeituosa ou deficiente de insulina, que aparece devido a utilização inadequada ou exagerada dos carboidratos (glicose), resultando em hiperglicemia e em consequência, complicações graves. (COTRAN; KUMAR; ROBBINS, 1994).

Considerada uma doença crônica, degenerativa que acontece em extensões endêmicas em todo o mundo, é um dos maiores problemas de saúde pública nos dias de hoje, tanto em proporções de indivíduos afetados, incapacitações e mortalidade prematura, como dos altos custos comprometidos no seu tratamento e controle das complicações. Calcula-se que no Brasil existem cinco milhões de indivíduos com diabéticos, dos quais metade desconhece seu diagnóstico (BRASIL, 1996). Entre aqueles que têm conhecimento da doença, cerca de 20% não fazem tratamento (OLIVEIRA, 2000).

O DM2 é mais comum em adultos após os 40 anos, principalmente se estes portadores, estão com sobrepeso ou já desenvolveram obesidade. Mesmo sendo uma doença que costuma se desenvolver nesta faixa de idade, crianças e adolescentes acima do peso ou que sofrem de obesidade, também podem adquirir este tipo de diabetes. O DM2, é mais comum do que o tipo 1 e é apresentado como diabetes independente de insulina. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2006).

De acordo com Macedo (2001) mencionado por Portero e Cattalini (2005), os indivíduos com DM2 são frequentemente assintomáticos, à taxa glicêmica e mencionam hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, desenvolvendo dessa forma, complicações crônicas. Entre os motivos dessa prática nos indivíduos com DM2, são consideráveis a falta de sintomas e distúrbios em geral bem como a dificuldade de receber e aceitar as informações sobre o tratamento da doença que poderiam precaver ou pelo menos atrasar o aparecimento das complicações.

O DM2 é provocado pela diminuição da sensibilidade dos tecidos-alvo ao efeito da insulina. Essa sensibilidade diminuída à insulina é referida como resistência à insulina. Para vencer a resistência à insulina e prevenir o acúmulo de glicose no sangue, precisa haver um aumento na quantidade de insulina secretada. Apesar de do DM2 estar relacionado a alimentação desregrada, ter uma ligação com a obesidade, nem todas as pessoas obesas terão necessariamente DM2. (COTRAN; KUMAR; COLLINS, 2000).

1.1 SINTOMAS DO DM2

Os primeiros sintomas do DM2 estão associados aos efeitos da concentração sérica alta de glicose. Quando esta é superior a 160 a 180 mg/dl, a glicose passa para a urina. Quando esta concentração que já está alta, aumenta ainda mais, os rins excretam uma quantidade significativa de água para diluir a enorme quantidade de glicose perdida. Como os rins fornecem uma quantidade de urina em demasia, o portador de diabetes excreta grandes volumes de urina (poliúria), o que provoca uma sede anormal (polidipsia). Neste processo o organismo tem uma perda excessiva de calorias pela urina, em consequência o portador de DM perde peso. Para equilibrar o indivíduo geralmente sente uma fome excessiva (polifagia). Entre outros sintomas estão, visão borrada, sonolência, náusea e a diminuição da resistência durante o exercício (OLIVEIRA; ZANETTI, 2011).

Os portadores com DM2, podem continuar assintomáticos por anos ou décadas. Quando a carência de insulina avança, os sintomas podem aparecer. No começo, os aumentos da micção e da sede são imperceptíveis e pioram gradualmente ao decorrer dos dias, semanas ou meses (BELTRAME, 2012).

1.2 COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS TIPO 2

Com o passar do tempo e a falta de tratamento, a concentração sérica elevada de glicose lesiona os vasos sanguíneos, os nervos e outras estruturas internas. Substâncias complexas provenientes do açúcar agrupam-se nas paredes dos pequenos vasos sanguíneos, ocasionando concentração e ruptura dos mesmos. Ao concentrarem, esses vasos levam cada vez menos sangue, principalmente para a pele e os nervos. O não controle da concentração sérica de glicose favorece o aumento da concentração sérica de substâncias gordurosas (lipídeos), provocando uma aterosclerose (formação de placas nos vasos sanguíneos) precipitada. A aterosclerose é 2 a 6 vezes mais comum nos indivíduos diabéticos que nos não diabéticos e acontece da mesma forma em homens e mulheres (GUYTON; HALL, 1997).

É sabido há muito tempo que, os portadores de DM, tanto como o DM1 e o DM2, têm maior perspectiva de adquirirem doenças cardiovasculares e morrerem em consequência desta complicação. A maioria dos estudos importantes relacionados a doenças cardiovasculares têm evidenciado que os indivíduos com DM2 adquiri significativamente maior probabilidade de apresentarem cardiopatia coronariana, e acrescentando também doenças vasculares encefálicas e as vasculopatias dos membros inferiores. É muito comum indivíduos portadores tanto de DM1 como de DM2, desenvolverem doença vascular periférica e, é a causa de quase metade das amputações por doença vascular. (ORCHARD, 1997).

Sartorelli e Franco (2003), relataram que, em consequência de o diabetes estar associado a grandes taxas de hospitalizações, à falta de cuidados médicos, há maior ocorrência de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, insuficiência renal, cegueira, acetosidose diabética, neuropatia diabética, disfunções sexuais, amputações de membros inferiores e coma hiperosmolar. Com isso, a grande maioria dos sistemas de saúde ainda se encontra com grandes dificuldades no controle de doenças infecciosas.

A circulação deficiente, seja através dos pequenos vasos sanguíneos, seja através dos grandes, pode prejudicar o coração, o cérebro, os membros inferiores, os olhos, os rins, os nervos e a pele e, também, dificultar a cicatrização e consequência, a cura das lesões. Por tudo, os indivíduos com DM2, podem apresentar várias complicações graves a longo prazo. Os infartos do miocárdio e os acidentes vasculares cerebrais são as mais comuns (SMELTZER; BARE, 2002).

O suprimento sanguíneo deficiente para a pele também pode ocasionar a formação de úlceras e feridas que cicatrizam vagarosamente. As úlceras dos pés podem torna-se tão profundas e infectadas que a cicatrização não acontece, podendo assim, ser necessária a amputação de uma parte do membro inferior. Comprovações atuais revelam que, as complicações do diabetes podem ser evitadas ou postergadas se, houver controle da concentração sérica de glicose. (LEHNINGER; NELSON; COX, 1995).

Gouvêa (2004) relata que a nefropatia diabética é uma síndrome clínica que acontece em função do aparecimento de micro angiopatia, atacando tanto pacientes com DM1 quanto os de DM2, estes com probabilidades de evoluir ao longo do tempo, de maneira rápida e irreversível, minimizando a perspectiva de vida dos portadores afetados. Na nefropatia diabética, o comprometimento renal em consequência do diabetes mellitus se dá no nível do glomérulo, sendo que a glomerulipatia diabética é um fator considerável para a morbimortalidade dos indivíduos diabéticos.

A ocorrência no DM2 acontece em cerca de 20%. Estes indivíduos tendem ser assintomáticos no que diz respeito às doenças renais, entretanto já apresentam uma glomerulopatia evoluída que acometem os rins significativamente em poucos anos. Outros indivíduos, antes de progredirem para insuficiência renal avançada, tem possibilidade de desenvolverem proteinúrias na faixa nefrótica, possivelmente com desenvolvimento de síndrome nefrótica. (ENGEL, 2003).

A principal causa de cegueira em pacientes diabéticos com idade entre 20 e 74 anos, está relacionada a retinopatia diabética. Esta é provocada por modificações nos pequenos vasos sanguíneos da retina. A retina é a área do olho que aufere as imagens e remete as informações para o cérebro. É bastante irrigada por vasos sanguíneos de múltiplas espécies, pequenas artérias e veias, arteríolas, vênulas e capilares. (SMELTZER; BARE, 2002).

A neuropatia diabética faz referência a um conjunto de doenças que acometem todos os tipos de nervos, abrangendo nervos periféricos autonômicos e espinhais. Os distúrbios mostram ser clinicamente vários e precisa da localização das células nervosas afetada. A predominância aumenta com a idade do paciente e permanência da doença. Os níveis sanguíneos alterados para mais de glicose durante um período de anos implicou-se na etiologia da neuropatia. A patogenia da neuropatia pode ser conferida a um mecanismo vascular e ou metabólico. A concentração da membrana basal capilar e o fechamento capilar podem estar presentes. Pode haver desmielinizarão dos nervos, o que está associado a hipoglicemia. A ligação nervosa é rompida quando acontecem aberrações das bainhas de mielina. (SMELTZER; BARE, 2002).

A cetoacidose diabética é provocada pelo conglomerado excessivo de corpos cetônicos no sangue por carência de insulina aliado ao excesso de glucagon e especialmente pela ascendência dos hormônios como epinefrina, norepinefrina, cortisol e hormônio do crescimento, provocando desvios metabólicos como hiperglicemia, acetonemia e cetonúria. Tais alterações metabólicas acontecem por uma taxa de produção hepática acelerada. Com o nível alterado de ácido acético os hidroxibutírico (por serem ácido forte), resultam na acidose metabólica, gerando alto risco de morte para o indivíduo (GUYTON; HALL, 2002).

O coma hiperosmolar, é muito comum em DM2, é uma perda urinária de água, de glicose e de eletrólitos, como cloreto, potássio e sódio diminuindo o volume sanguíneo circulante, decorrente na liberação de hormônio que complicam a resistência à insulina e a hiperglicemia. Deve-se fazer como terapia a recomposição de água, do balanço de eletrólitos e redução da hiperglicemia com a insulina. Acontece uma mortalidade maior nessa síndrome associada à cetoacidose diabética. (SMELTZER; BARE, 2002).

1.3 FATORES MODIFICÁVEIS NO DIABETES MELLITUS TIPO 2

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes de (2006), pesquisas evidenciam que a alteração do modo de vida é aproximadamente duas vezes mais eficaz que o tratamento com fármacos específicos. Também, as políticas de prevenção da doença que evidenciam modificações no modo de vida, especialmente perda de peso e atividade física constante, demonstram benefícios adicionais significativos para a saúde, essencialmente no que diz respeito à redução do risco cardiovascular. Estas alterações precisam levar em conta objetivos que permitam ser adicionadas no dia a dia dos indivíduos com DM2 de forma mais acessível. O crescimento dos casos de sobrepeso e obesidade relacionados às modificações do estilo de vida e ao envelhecimento da população, são os principais motivos que revelam o aumento da prevalência do DM2.

O consumo alimentar desregrado da população brasileira, o pouco consumo de alimentos ricos em fibras, aumento da quantidade de carboidratos na dieta alimentar, inserido a um modo de vida sedentário, faz parte de um dos principais fatores desencadeadores da obesidade, DM2 e outras doenças crônicas. A prevenção do DM2, são desenvolvidas através de políticas públicas em vários países, cujos resultados comprovam um embate positivo no que diz respeito a qualidade de vida da população. (SARTORELLI; FRANCO, 2003).

Costa e Almeida Neto (1992), evidenciaram que, o DM2 é uma doença em que a responsabilidade e a cooperação do indivíduo acometido do diabetes no processo de comedimento da sua patologia são essenciais. Geralmente, os medicamentos são utilizados em segundo plano na intervenção terapêutica para o DM2, não havendo a possibilidade de controlar os níveis glicêmicos através da prática de dieta e atividade físicos (se possível).

1.3.1 ATIVIDADE FÍSICA

A atividade física é considerada um adendo a terapia do DM2, e não como único objetivo terapêutico. Precisará ser desenvolvida sob indicação de profissional preparado, pertinente as expectativas e as limitações do indivíduo, de maneira frequente e progressiva. A fim de prevenir picos de hipoglicemia nos indivíduos com Dm2, estes deverão antes do exercício físico, alimentar-se de carboidratos de rápida absorção. (BRASIL, 1993).

De acordo com Engel (2003), a atividade física frequente é primordial para os DM2 por ajudar na reparação da obesidade e da hipertensão arterial, além de diminuir a probabilidade de desenvolver doença cardiovascular.

O exercício físico é prescrito aos DM2 por auxiliar no tratamento, sendo capaz de controlar a glicemia de maneira positiva, pois, o exercício faz com que o organismo a utilize grandes quantidades de glicose, beneficiando assim a relação glicose – insulina – tecidos, pelo do aumento da sensibilidade dos tecidos à insulina, minimizando, a obrigação de insulina no carregamento de glicose para dentro do tecido. (RAMOS, 1999). Esta prática regular de atividade física pode resultar na redução do uso de insulina. (OLIVEIRA, 1995).

1.3.2 Dieta alimentar como forma de tratamento

Sartorelli e Franco (2003), relataram que à obesidade é um predominante fator de risco para o DM2. Estudos mostram que entre 80 e 90% dos portadores de DM2 são obesos e o risco está ligado aumento do índice de massa corporal.

No que se refere ao plano alimentar, a requisição de uma dieta balanceada tem por intenção sustentar as situações energéticas indispensáveis ao organismo para estabelecer o peso certo, propiciar saúde e bem-estar, diminuindo assim as complicações do diabetes. O auxílio nutricional precisa ser realizado por profissional competente da área. (FIGUEIREDO, 2005).

1.3.3 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

A terapia inicial para o DM2, poderá ou não ser medicamentoso. Esta terapia evidencia-se pelo uso de hipoglicemiantes orais, vez que a dieta não seja satisfatória no controle da doença. A insulina só é indicada caso o DM2 não possa ser controlado (FIGUEIREDO, 2005).

A terapia prossegue desde a educação até a introdução de critérios para o modo de vida saudável, que engloba o indivíduo parar de fumar, exercício físico regular, adquirir hábitos alimentares saudáveis e, o uso de medicamentos caso seja prescrito pelo médico. O indivíduo com DM2 onde não foi prescrito pelo profissional de saúde que o acompanha e, não obteve níveis satisfatórios da glicemia, precisa fazer uso de medicamento oral. A escolha do tratamento medicamentoso precisa levar em conta o nível de e hemoglobina glicosilada e glicemia do indivíduo, o efeito anti-hiperglicemiante do medicamento, levando em consideração a idade, o peso, doenças, possíveis interações medicamentosas, efeitos colaterais e contraindicações. (VIGGIANO, 2003).

2. ADESÃO AO TRATAMENTO PELO PORTADOR DE DM2

A adesão a terapia para o DM2, implica no grau em que o indivíduo é capaz de assimilar a terapia e introduzir no dia a dia, voluntariamente, as orientações dos profissionais de saúde, envolvidos no seu tratamento, praticando assim o autocuidado. A adesão consiste em como o paciente aceita o aconselhamento dado pelo profissional de saúde, onde contempla três estágios (TORRES, 2011).

  • Concordância: Quando o paciente, inicialmente, concorda com a terapia, seguindo as recomendações dadas pelos profissionais da saúde. Existe, frequentemente, uma boa supervisão, assim como uma elevada eficiência na terapia;
  • Adesão: fase de transição entre os cuidados prestados pelos profissionais de saúde e o autocuidado, no qual, com uma vigilância limitada, o doente continua com o seu tratamento, o que implica uma grande participação e controle da sua parte; e
  • Manutenção: quando, já sem vigilância (ou vigilância limitada), o doente incorpora o tratamento no seu estilo de vida, possuindo um determinado nível de autocontrole sobre os novos comportamentos.

Porém, a falta de adesão do paciente em seguir as orientações dadas pelos profissionais de saúde, é um problema sempre presente na prática clínica identificado pela equipe multidisciplinar. (FARIA; HELOISA, 2008).

O desafio para os profissionais de saúde que cuidam de pacientes portadores de doenças crônicas é a manutenção contínua e obediência fidedigna às condutas prescritas. Isto se denomina adesão ao tratamento, que não é muito diferente em países desenvolvidos ou subdesenvolvidos e não parece estar associado a fatores, tais como conhecimento do paciente sobre a patologia ou aquisição de medicações gratuitamente (PIERIN, 2000).

Vários estudiosos concordam que a melhor palavra que representa o seguimento de tratamento proposto seja “adesão”, que se refere à situação na qual o paciente atende e aceita às orientações do médico e ao regime medicamentoso proposto. Reconhecendo que a adesão envolve outros aspectos além dos médicos, tais como programas de prevenção e mudanças de estilo de vida, exigindo dos profissionais uma abordagem mais abrangente (PIERIN, 2001).

Segundo Pierin (2001), o assunto adesão e diabetes, deu início na década de 1990, quando passou a ser abordado com mais frequência, principalmente no que diz respeito aos aspectos educacionais, em que os termos “paciente, adesão e complicações” passaram a ser usados para definir a relação do paciente com os profissionais de saúde visando o autocuidado e a manutenção do tratamento proposto.

De acordo com Rodrigues (2003), o tratamento é algo mais complexo do que apenas seguir protocolos. É algo que inclui vários fatores que influenciam simultaneamente esse processo, e não seria viável entrar em contato com esses componentes que permeiam o viver humano sem passar pela subjetividade de cada pessoa. Este mesmo autor, porém, considera que as mudanças de hábitos não são imediatas, principalmente quando o diagnóstico da doença é recente, pois ocorre todo um processo, que pode ser vivenciado pela pessoa em diferentes etapas, iniciando com o entendimento doença e como proceder com essa nova situação, até as mudanças de alguns hábitos e a manutenção das ações almejadas. As mudanças, para serem efetivas, devem partir de uma compreensão pessoal, de uma noção da necessidade e de uma tomada de decisão por parte da pessoa. Portanto, só o recebimento de informações sobre o que deve e o que não deve fazer, sobre o que é nocivo ou não, não é suficiente para produzir no paciente as ações importantes para o sucesso do processo de adesão ao tratamento.

Apesar de ser uma patologia com processo diagnóstico especificados o DM, exige um controle complexo, vez que, seu tratamento além de medicamentoso abraça uma sucessão de mudanças saudáveis no modo de vida (ASSUNÇÃO; SANTOS; COSTA, 2002).

Segundo a Organização Mundial De Saúde (OMS), a adesão ao tratamento é determinante para o êxito na terapia (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003). No que diz respeito a adesão ao tratamento do DM2, este vem se modificando no decorrer dos anos. Para Leite e Vasconcellos (2003), adesão ao tratamento está relacionado, ao emprego dos medicamentos receitados, obedecendo dose, horário e tempo de tratamento. A falta de motivação e a não adesão a terapia para o tratamento do DM2 estabelecem certamente, as mais importantes causas de abortamento do tratamento aumentando a morbimortalidade nesses indivíduos.

A OMS identifica adesão como o estágio que o indivíduo segue as orientações das equipes multidisciplinares de saúde, conforme mudança no modo de comportamento, entendida como, tomar a medicação, seguir a dieta e/ou mudar o estilo de vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003). Autores de bibliografias corroboram, ao revelar que o indivíduo não mais apenas segue um protocolo de cuidados para si e sim, começou a ser corresponsável pelo processo de cuidado com a saúde, favorecendo a vinculação entre a equipe multidisciplinar de saúde e o paciente. Beneficiando assim a determinante das estratégias de manuseio da doença (KAREN et al., 1999).

Segundo pesquisa elaborada pela Organização Mundial de Saúde, a estimativa de indivíduos com doenças crônicas, que aderem ao tratamento é de 50% nos países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento este problema dispõe relevância e impacto significativo, levando em conta a falta de recursos e a pouca ou nenhuma disponibilidade de acesso aos serviços de saúde. A não ou a baixa adesão tem resultados negativos diretos, tanto para o indivíduo como para o sistema de saúde. Para os pacientes com DM2, a baixa ou nenhuma adesão a terapia implica em sofrimento para os indivíduos com DM2 e custos financeiros elevados para o sistema de saúde. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003).

O entendimento por parte dos pacientes de que o tratamento cursará no decorrer de suas vidas e que este não quer dizer cura, implica ao surgimento de vários sentimentos negativos aos indivíduos com DM2. Ferreira et al. (2013) relataram em suas bibliografias a dificuldade que os indivíduos com DM2 encaram com relação a confirmação do diagnóstico de DM e com o percurso terapêutico, bem como as habilidades utilizadas para conviver com a doença. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003)

Timm, Rodrigues e Machado (2013) evidenciam, que o diabetes é um problema plurifacetado, vez que, abrange características psicossociais, de autocuidado, entendimento a respeito dos cuidados essências, a angústia relacionada com a doença. Também, é importante para o meio de adesão ao tratamento, fatores como a compreensão do indivíduo sobre a doença, a condição socioeconômica, a exigência alimentar vinculada a dieta, a qualidade dos suportes oferecidos em instituições de saúde, entre outros. Outro fator essencial para o sucesso da adesão ao tratamento do DM, o envolvimento e a colaboração da família na administração do cuidado com o paciente (TIMM; RODRIGUES; MACHADO, 2013).

Segundo a OMS há comprovação da intervenção de alguns fatores sobre a adesão, tais como, cultura, analfabetismo, posição socioeconômico, desemprego, baixo nível de escolarização, falta de redes de apoio social, centros de tratamento distantes da população, alto custo da medicação, falta de apoio dentro da família, entre outros. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003).

São vários os resultados negativos decorrentes da não adesão a terapia ao DM2. Entre eles vale citar a redução da expectativa de vida em 5 a 7 anos para o DM2, prevalência de 2 a 4 vezes maior de desenvolver doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais. É também a explicação para amputação de membros e pode levar a partos prematuros. Podemos relatar também as complicações crônicas do diabetes como a nefropatia diabética e a retinopatia (BRASIL, 2006).

Vale salientar também alterações agudas como cetoacidose diabética, síndrome hiperosmolar não-cetótica e hipoglicemia, que são complicações associadas à infecção, a falta do uso da insulina, erros na quantidade das doses da insulina, de alimentação inadequada, entre outras. Geralmente essas complicações podem ser fatais para o indivíduo, pois a cetoacidose e a síndrome hiperosmolar não-cetótica, são complicações responsáveis por índices de mortalidade entre 5 a 15% (BRASIL, 2007).

Segundo publicação da Organização Pan-americana de Saúde (2004), a OMS salientou vários fatores que interferem na adesão do autocuidado pelos indivíduos com diabetes e podem ser expressados reunidos em cinco proporções relacionadas a:

1- Pessoa: Envolve aspectos associados ao entendimento sobre a doença, atitudes, crenças, percepções, expectativas. Determinação para adquirir o autocuidado, possibilidade de se incluir em comportamentos de adesão. Pode-se sobrelevar a convivência com pessoas próximas. Neste caso, o auxílio e estímulo das pessoas próximas são essenciais;

2- Doença: Diz respeito aos fatores relacionados à magnitude dos sinais e sintomas da doença, ou mesmo a inexistência deles (pacientes assintomáticos), à rapidez com que a doença avança, à disponibilidade de tratamentos efetivos, à compreensão dos riscos da doença, a importância e à prioridade do tratamento;

3- Tratamento: fatores relacionados à dificuldade do tratamento, o tempo do tratamento que, no caso, é para toda vida, ao fracasso de tratamentos anteriores, às alterações sucessivas de tratamento, aos efeitos colaterais dos medicamentos, e à disponibilidade dos profissionais para elucidação de dúvidas;

4- Sistemas e/ou equipe de saúde: Estes estão associados à relação com a equipe de saúde. Alguns fatores podem atuar de forma negativa como, sistema falho de disposição de medicamentos, falta de profissionais treinados para atendimento no controle de doenças crônicas, sobrecarga da equipe de saúde, consultas curtas, falta de valorização dos profissionais de saúde relacionado a adesão e carência de serviços de educação em saúde;

5- Suporte social/econômico: Este fator está ligado à baixa renda, analfabetismo, desemprego, falta de rede de apoio familiar e social efetivos, condições de vida instáveis e disponibilidade da medicação.

Segundo a Organização Mundial De Saúde (2003), vários fatores podem contribuir para a adesão ao tratamento, achados mostram fatores como escolaridade, renda, apoio social e idade. É incerto dizer que alguns desses achados exerçam sozinhos a favor da adesão, sendo comum a relação de mais de um fator, que resultam em distintos níveis de adesão a terapia.

Vale sobrelevar, ainda, que o diagnóstico da doença provoca na maioria das vezes um transtorno de estresse agudo para o indivíduo, que não está pronto para lidar com as imposições decorrentes da doença. Assim, o estado do indivíduo doente, muitas vezes, acaba implicando na vida familiar e social como um todo, abalando seu universo de relações. O fato de ter que alterar hábitos de vida que já estão consistentes e abraçar um cotidiano que compreende um condicionamento rigoroso da elaboração alimentar, da introdução, ou melhora da atividade física, e o uso constante de medicamentos muitas vezes por toda vida, determina a importância de conectar-se com sentimentos, desejos, crenças e atitudes. A mudança do modo de vida não se insere de uma hora para outra, demanda um percurso lento e paciente que envolve refletir o projeto de vida e reavaliar suas expectativas de futuro. (ZANETTI et al., 2006).

As alterações necessárias no modo de vida dos portadores de DM2, é um processo lento e difícil. Sobretudo no que se refere à alimentação. Os hábitos alimentares estão associados pelo menos a três condições: culturais, que são passados de geração a geração ou pela sociedade que o envolve; econômicos, relacionado ao custo e à disponibilidade de alimentos e, aos sociais, associados à aceitação ou rejeição de padrões alimentares delimitados. Outros fatores também contribuem negativamente o indivíduo a seguir muitas vezes padrões inapropriados de conduta, tais como repulsa a certos alimentos, crenças associadas a supostas atitudes prejudicais e receios ou proibições ao uso e consumo de determinados produtos. (SANTANA, 1998)

No que diz respeito ao seguimento do tratamento medicamentoso, os principais impedimentos da adesão, se associam ao número de medicamentos utilizados pelos indivíduos diabéticos, que normalmente manifestam comorbidades, aos efeitos colaterais, ao custo elevado, aos mitos e crenças construídos, ao grau de instrução dos pacientes, que delimita o acesso a informações e ao entendimento e o fato da doença muitas vezes ser assintomática, que faz com que os indivíduos portadores de DM2, na maioria das vezes, não identifiquem a importância do tratamento medicamentoso. (SANTOS et al., 2005)

Neste contexto, vale ressaltar que o viver com uma condição crônica de saúde como o DM2, pede percepção sobre a natureza da doença, tanto quanto capacidades específicas para o autocuidado. Assim, se faz essencial colher estratégias para educação efetiva dos pacientes e familiares, bem como para os próprios profissionais de saúde, vez que as ocorrências de descompensação aguda ou crônica estão frequentemente associados à falta de adesão para a administração do diabetes, a ausência de compreensão e autocuidado relacionada à doença (FARIA, 2014).

3 ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM A FRENTE DO INDIVÍDUO COM DM2

A oferta da educação em saúde materializa-se como estratégia de modificação nos padrões assistenciais, contribuindo para que os indivíduos possam tem uma melhor compreensão no que diz respeito a saúde-doença, sinalizando a composição de outras viabilidades e a estruturação de novos entendimentos, aperfeiçoando a qualidade de saúde populacional. Sendo assim, os profissionais da saúde sendo importantes nesse processo de incremento de instrução do indivíduo irão colaborar com mecanismos para que os mesmos se tornem também responsáveis no processo e assim diminuir os agravos relacionados ao diabetes mellitus (SILVA, et al., 2009).

Vasconcelos e outros (2000) relatam que o profissional de enfermagem precisa ser decisivo e atuante, exercendo sua posição juntamente com os outros membros da equipe de saúde para prover ao cliente o que precisa, seja a respeito da recuperação, orientações, bem como orientar no controle de complicações. Colabora com o diabético a ganhar melhor qualidade de vida é um desafio para a equipe de saúde.

Os trabalhos que norteiam a educação oferecem orientações, entendimento, noção crítica a respeito do estado de saúde, mediante a compreensão da doença e assim os portadores de DM2 estarão aptos a fazerem suas próprias escolhas e usarem para benefício próprio. (GIMENES; ZANETTI, HAAS 2009).

Pereira et al. (2012) relatam que os profissionais, devem traçar um plano de cuidados observando as particularidades de cada indivíduo, buscando obter informações pessoais através da consulta e de uma apreciação criteriosa. Para que as atitudes de autocuidado possam ser compreendidas e colocada em prática pelos pacientes a fim de assegurar uma manutenção eficaz do tratamento.

Os trabalhos voltados para a educação relacionado ao autocuidado no diabetes mellitus, quando orientadas por profissionais de saúde preparados, com suas aptidões estabelecidas no processo de conhecimento ajudam para o melhor controle do paciente para com sua doença, vez que são de sua responsabilidade assegurar as situações propícias ao processo de aquisição de conhecimentos sobre a doença, que possam levar a mudanças nos hábitos de vida e tratamento da doença (SANTOS, 2012).

No que compete aos profissionais de saúde relacionado no processo educativo pode ser entendida como a prática que o profissional tem de desempenhar intervenções, além de saber exercer com compromisso seus conhecimentos (VILAS BOAS; FOSS-FREITAS, 2014).

Este conhecimento pode verter ainda como “ter iniciativa” e “assumir responsabilidade”, por parte da pessoa, nas inúmeras ocorrências profissionais, diferenciando-se como um entendimento a prática das condições, sustentando em noções assimiladas na jornada profissional, sujeitas às mudanças de acordo com as eventuais mudanças (MATSUMOTO, 2013).

Também pode ser considerada como destreza de reunir outros profissionais de saúde para atuarem no mesmo contexto, compartilhando a responsabilidades e repercussões de suas ações. Neste sentido transcorrer de três fatores: o saber, conhecimento, o saber-fazer e o saber-se (MACHADO, 2013).

De acordo com Vanzin e Nery (1996), o enfermeiro deve assimilar ao conhecimento, a flexibilidade e habilidade no tratamento de problemas com o cliente no núcleo familiar e no contexto social.

Para Damasceno (1997), há um rico referencial escrito por diferentes classes de profissionais que acercam desde aspectos fisiológicos, epidemiológicos e técnicos, até aqueles associados com o ensino do autocuidado.

Segundo Malaman (2006), os desempenhos na educação em saúde têm um importante papel na terapia das doenças crônicas. Mais do que difundir orientações sobre uma doença com a qual a pessoa precisará lidar por toda a sua vida cabe à equipe auxiliar o paciente na adaptação do seu cotidiano, acionando a família também, a diferentes hábitos de vida, imprescindível para o sucesso do controle da doença.

A enfermagem trabalha no processo educativo que engloba mudanças saudáveis na alimentar, exercício físico, terapia medicamentoso, cuidados com o pé diabético e também como incentivador no processo de relação social. (NASCIMENTO; SILVA, 2005).

A educação em saúde aos portadores de Diabetes ajuda a prevenção das complicações da doença. A realização de estratégia em educação em saúde pede da equipe multidisciplinar de saúde, destrezas, conhecimentos e entrega na intenção de implementar estratégias para o controle do processo doença a qual determina o envolvimento da equipe de saúde especializada, do portador de diabetes e da família a adquirirem a qualidade de vida desejada (CALLIARE, 2012).

A relação terapêutica entre enfermeiro e paciente acontece de várias maneiras: por intermédio do incentivo; de uma conversa eficiente, ou seja, de uma entrevista franca e aberta; de demonstrações de carinho pelo ato de tocar o paciente; através da disponibilidade em receber este indivíduo e sanar suas dúvidas e questionamentos; pelo afago; sorriso, entre outras. (NASCIMENTO; SILVA, 2007).

O trabalho do enfermeiro no confronto de possíveis complicações convergindo-se para a educação em saúde retratou peça essencial para que tais complicações sejam uma intimidação cada vez mais longe na população estudada por Nascimento e Silva (2007). Também, podem ser ainda mais eficazes se a construção dos profissionais responsáveis pela administração dessas atividades abrange as técnicas de tratamento em grupo desde a sua graduação, com abordagens das diferentes técnicas e dinâmicas de condução de grupos.

Segundo Groff, Simões e Fagundes (2011), o enfermeiro precisa reconhecer através de uma entrevista minuciosa as carências do indivíduo com DM2, intervir nos pontos em que necessitam progredir estratégias de educação em saúde para cuidados com a prevenção, intervenção, terapia, controle da doença através diagnóstico precoce, e reabilitação do paciente.

A atenção constante é o relacionamento com o indivíduo que se amplia, vez que, o objetivo é de evitar as complicações do diabetes. O profissional de enfermagem precisa reconhecer os fatores que desanimam os indivíduos a dar prosseguimento ao tratamento. Os fatores que podem interferir na continuação do cuidado podem ser a idade o estado socioeconômico ou complicações existentes que complicam o estado do portador de DM2 (SMELTZER, 2009).

Pace e outros (2006) relatam que a ausência de discernimento é uma condição que impede a melhora e propicia o crescimento da doença. As atuações de prevenção são capazes de contribuir na averiguação para identificar no indivíduo a melhor maneira de implantar a educação em saúde.

É de suma relevância à intervenção do profissional de enfermagem nas consultas do mesmo, amplificando uma educação em saúde, propagando conhecimento indispensável ao indivíduo com diabetes e sendo atenuante na prevenção das complicações do diabetes (VASCONCELOS; LUCYANA, 2000).

O manejo da doença pode ser por meio da transmissão do entendimento da patologia do indivíduo relacionando seu estado de saúde, do autocuidado, das mudanças no modo de vida e a prática de atividade física regular se for possível. A enfermagem precisa estar capacitada, dispor de práticas e ser perito da fisiopatologia do DM2 para que assim possa atuar na prevenção da doença e presumindo complicações do diabetes (SILVA, 2009).

A atenção à saúde do paciente com DM2 que precisa de assistência é empreendida geralmente quando o diabetes está na fase inicial (primária) ou quando já está em sentido (secundária) piorando a saúde e a qualidade de vida do indivíduo (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2009, p. 10): “Prevenção efetiva também significa mais atenção à saúde de forma eficaz. Isso pode ocorrer mediante prevenção do início de DM (prevenção primária) ou de suas complicações agudas ou crônicas (prevenção secundária)”.

Segundo Smeltzer (2009), o cuidado de enfermagem é crescido conforme o diagnóstico do Diabetes Mellitus primário ou secundário. Por meio de uma anamnese da condição de saúde do paciente, o profissional de enfermagem precisa planejar os cuidados de acordo no tratamento e em educação para que o indivíduo adquira os conhecimentos e capacidades indispensáveis na terapia e assim prevenindo complicações do Diabetes Mellitus.

Ainda para os autores, o profissional de enfermagem analisa o entendimento da família e do paciente sobre o Diabete Mellitus. Nesta etapa, o paciente na situação de ser diabético percorre por sentimento de rejeição, então o enfermeiro sistematiza e executa uma educação. Também, na atenção primária, o profissional de enfermagem precisa reconhecer no paciente os fatores de risco para desenvolver o DM2 e planejar uma sistematização com a perspectiva de interceder antecipadamente e encorajá-lo a transformar esse estado de perigo. Estes fatores são suscetíveis de alterações, com a expectativa de adquirir hábitos de vida saudáveis.

No Brasil, as políticas públicas de ajuda ao enfrentamento do Diabetes Mellitus são desenvolvidas e executada pelo Programa de Saúde da Família (PSF) com o intuito de prevenir e controlar a ascensão da doença prevenindo que o paciente desencadeie complicações crônicas pela sua vulnerabilidade. Os portadores de DM2 são assistidos nas consultas ambulatoriais e domiciliares efetuadas por profissionais qualificados. (SANTOS et al., 2008).

Segundo os autores, mesmo com dos medicamentos disponíveis para o controle da glicemia sanguínea, a adesão do indivíduo ainda não atende as orientações para o controle da doença e para prevenção das complicações que geralmente surgem. Neste entendimento, o profissional de enfermagem deve estar capacitado para a assistência deste paciente (SANTOS et al., 2008).

É extremamente importante o controle do Diabetes Mellitus por meio do incentivo às práticas de atividades físicas, uma alimentação equilibrada e o apoio da família neste contexto para estimular a prevenção, o controle e um tratamento mais eficaz. As práticas de exercícios físicos devem começar desde cedo mesmo a pessoa não seja diabética (BRASIL, 2006).

Para Ferreira (2009), a saúde pública prioriza a prevenção dos pacientes com DM que estão em risco a fim de preservar contra a doença e suas complicações. O tratamento é realizado basicamente por meio da assistência e acompanhamento do indivíduo, dando-lhes informações em saúde para encorajar o autocuidado.

Para Silva e outros (2009), é essencial que a terapia seja voltada para as atividades educativas, sendo estas desenvolvidas por profissionais habilitados, assegurando o progresso na saúde do portador de DM2. A equipe multidisciplinar de saúde precisa ter um vínculo de qualidade, buscando aproximação entre o paciente diabético e a equipe multidisciplinar, para exercerem juntos no controle do Diabetes Mellitus.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com a pesquisa e dados obtidos com o presente estudo, foi possível saber que o DM2 é uma doença adquirida por hábitos alimentares desregrados e obesidade. É uma doença crônica e que mesmo sem cura tem tratamento. Podendo o portador de DM2, levar uma vida saudável para o resto da vida, caso o indivíduo leve o tratamento a sério aderindo a terapia. O indivíduo deve levar em consideração a necessidade da mudança de hábitos para o resto vida tendo consciência sobre o autocuidado, que incluem alimentação adequada, atividade física regular e tratamento medicamentoso para o controle dos níveis glicêmicos a fim de retardar ou até mesmo evitar complicações e diminuir a quantidade de internações relacionadas ao diabetes.

No entanto, ficou claro que, alterar hábitos já consolidados não é tarefa fácil. Requer esforço, paciência e disciplina. A situação socioeconômica, a falta de conhecimento da doença, o grau de escolaridade, desemprego, falta de apoio familiar, idade, crenças e mitos, são alguns fatores que interferem na adesão ao tratamento. O paciente com DM2 passa por alterações emocionais negativas, vez que, é uma doença adquirida já com hábitos de vida difíceis de serem modificados, onde os profissionais de saúde, devem ter uma atenção maior. É muito relevante o apoio da família, quando a família se envolve com o problema e toma para si, naquele momento de fragilidade do indivíduo, as chances de obter resultados positivos são bem maiores.

Neste contexto, foi possível identificar que a participação da família, dos amigos e dos profissionais de saúde, orientando, esclarecendo, motivando e oferecendo suporte psicológico é indispensável para a efetivação do tratamento. O trabalho da equipe multidisciplinar deve ser incansável, oferecendo um acolhimento mais humanizado, com práticas que englobam a integração da saúde com o indivíduo para um sucesso terapêutico, nesta equipe de multiprofissionais de saúde está o enfermeiro, envolvido com ações educativas, através de palestras, promovendo a saúde, levando conhecimento, mostrando a importância da adesão ao tratamento.

Para ajudar no tratamento do paciente com DM2, a equipe multidisciplinar deve oferecer uma abordagem de qualidade com o objetivo de desempenhar um papel fundamental na relação com o paciente. A partir disto, faz-se necessário que a equipe preste informações de fácil entendimento ao indivíduo, tanto em relação à percepção dos sintomas provocados pela doença, quanto pela identificação dos benefícios em aderir ao tratamento a fim de conscientiza-lo que complicações decorrentes da sua alteração metabólica, sejam evitadas. Para que ocorra eficácia na introdução aos tratamentos disponíveis, o profissional de saúde deve conhecer as necessidades de cada indivíduo e buscar, juntamente com eles, elaborar meios acessíveis de prevenção e cuidado. Finalmente, cabe ressaltar que apesar do enfermeiro ter um papel fundamental nessa jornada, este deve conscientizar que o indivíduo com DM2, administre seu próprio cuidado, sendo ele o maior responsável da sua condição de saúde-doença.

REFERÊNCIAS

ASSUNÇÃO, M. C. F; SANTOS, I. S; COSTA, J. S. D. Avaliação do processo de atenção médica: adequação do tratamento de pacientes com diabetes mellitus, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Caderno de Saúde Pública, São Paulo, v. 18, n. 1, p. 205-211, jan. /fev. 2002. Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0102311X2002000100021&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 10 ago. 2017.

ASSUNÇÃO, S.T.; URSINE, S.G.P. Estudos de fatores associados à adesão ao tratamento não farmacológico em portadores de diabetes mellitus assistidos pelo Programa Saúde da Família, Ventosa, Belo Horizonte. Ciência e Saúde coletiva, v.13, n. 2, p .2189-2197, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 1996.

BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de diabetes. Brasília: Ministério da Saúde, 1993.

BELTRAME, V. A convivência com Diabetes Mellitus Tipo 2. Saúde e Meio ambiente, v. 1, n. 1, p. 105–116, 2012.

CALLIARI, L. E. Conduta terapêutica no diabetes tipo 2 estável. In: Sociedade Brasileira de Diabetes. Diagnóstico e tratamento do diabetes tipo 2. Atualização 2012 – Posicionamento Oficial SBD no 1 – 2012. [S.I.], nov. 2012. Disponível em: < http://www.diabetes.org.br/images/stories/pdf/diagnostico-e-tratamento-dm-posicionamentoda-sbd-2012.pdf>. Acesso em: 26 set. 2017.

COSTA, A. A. & ALMEIDA NETO, J. S., 1992. Manual de diabetes: alimentação, medicamentos, exercícios. São Paulo: Sarvier.COSTA, A A; ALMEIDA NETO, J.S. Manual De Diabetes: Alimentação, Medicamentos, Exercícios. 3 Ed. São Paulo, Sarvier, 1998.

COTRAN, S. R.; KUMAR, V.; ROBBINS, S. L. Pâncreas. In: Patologia básica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1994. Cap. 17.

DAMASCENO, M. M.C. O existir do diabético: da fenomenologia à enfermagem. Fundação cearense de pesquisa e cultura. Fortaleza, 1997.

ENGEL, Cássio L. Diabetes mellitus. Rio de Janeiro: Frattari, 2003. (Medcurso: Do internato à residência, Endocrinologia, v. 1).

FARIA, HELOISA T. G. Adesão ao tratamento em diabetes mellitus em unidade da Estratégia de Saúde da Família. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 48, n. 2, p. 257–263, abr. 2008.

FERREIRA, C. L. R. A. Características epidemiológicas de pacientes diabéticos da rede pública de saúde – análise a partir do sistema HiperDia. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v. 53, n. 1, p. 80-86, 2009.

FERREIRA, D. S. P. et al. Repercussão emocional diante do diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2. Rev. Enferm. UERJ. Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p.41-46, jan/mar. 2013. Disponível em: <http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/6346/4519>. Acesso em: 14 ago. 2017.

FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de. (Org.). Ensinando a cuidar em saúde pública. São Caetano do Sul: Yendis, 2005. (Práticas de enfermagem).

GIMENES, H. T.; ZANETTI, M. L.; HAAS, V. J. Fatores relacionados à adesão do paciente diabético à terapêutica medicamentosa. Revista Latino-Americana de Enfermagem Online, v. 17, n. 1, 2009. Disponível em: www.eerp.usp.br/rlae. Acesso em: 25 ago 2017.

GOUVÊA, Walter. L. Nefropatia diabética. In OLIVEIRA, José Egídio Paulo de; MILECH, Adolpho. Diabetes mellitus: clínica, diagnóstico e tratamento multidisciplinar. São Paulo: Atheneu, 2004. Cap. 15.2, p. 167-182.

GROFF, D. D. P.; SIMÕES, P. W. T. D. A.; FAGUNDES, A. L. S. C. Adesão ao tratamento dos pacientes diabéticos tipo II. Usuários da estratégia saúde da família situada no bairro Metropol de Criciúma, SC. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 4.

GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Insulina, glucagon e diabetes mellitus. In: Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2002. p. 827-840.

GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Insulina, glucagon e diabetes mellitus. In: Tratado de fisiologia médica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1997. Cap. 78.0, n. 3, p. 43–48, 2011.

KAREN, E. et al. Beyond compliance is adherence improving the prospect of diabetes care. Diabetes Care. Alexandria, v. 22, p. 635–39, 1999. Disponível em: < http://care.diabetesjournals.org/content/22/4/635.full.pdf>. Acesso em: 26 set. 2017.

LEHNINGER, A. L.; NELSON, D. L. COX, M. M. Integração e regulação hormonal do metabolismo dos mamíferos. In: Princípios de bioquímica. 5.ed. São Paulo: Sarvier, 1995. p. Cap. 22.

MACHADO, E. R. et al. DIABETES MELLITUS TIPO II (DMII) Importância da educação em saúde na adesão ao tratamento. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, agrárias e da saúde, v. 17, n. 1, p. 33–42, 2013.

MALAMAN, Lia Bissoli. O processo de adesão dos pacientes diabéticos aos grupos educativos como analisador das relações institucionais nas unidades básicas de saúde. 2006. 162 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Disponível em: <http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000390950>. Acesso em 05 set. 2017.

MATSUMOTO, P. M. A educação em saúde no cuidado de usuários do Programa Auto monitoramento Glicêmico. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 46, n. 3, p. 761–765, 2012.

NASCIMENTO, Luciane. C; SILVA Naldiana C. et al. Diabetes mellitus tipo 2: evidências da literatura para seu manejo adequado. Rev. esc. enferm USP, São Paulo, v.45, n.3, p. 764-769, jun. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v45n3/v45n3a31.pdf> . Acesso em: 15 set. 2017.

NASCIMENTO, Luciana C.; SILVA, Naldiana C. O papel do enfermeiro na adesão ao tratamento diabetes mellitus tipo II. 2007. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/arquivos/arquivos_sala/media/objeto_de_aprendizag em_papel_enfermeiro_adesao_tratamento_diabetes.pdf>. Acesso em: 07 set. 2017.

OLIVEIRA, José Egídio Paulo. Diabetes melito. In: MION, Décio Jr; FERNANDO, Nobre. Risco cardiovascular global da teoria à prática. São Paulo: Lemos Editorial, 2000.p.7-19.

OLIVEIRA, K. C. S.; ZANETTI, M. L. Conhecimento e atitude de usuários com diabetes mellitus em um Serviço de Atenção Básica à Saúde. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 45, n. 4, p. 862 – 868, 2011.

ORCHARD, Trevo J. Diabetes. In PEARSON, Thomas A. et al. Compêndio de cardiologia preventiva. São Paulo: Editora de Publicações Científicas, v. 2. p. 159171, 1997.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Cuidados inovadores para condições crônicas. Componentes estruturais de ação: relatório mundial. Brasília (DF). Organização mundial de saúde; 2003.

PEREIRA, D. A. et al. Efeito de intervenção educativa sobre o conhecimento do Diabetes melitus. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 20, n. 3, p. 1–8, 2012.

PIERIN, Ângela M. G. Fatores de risco cardiovascular e adesão ao tratamento. In: MION JR., Décio; FERNANDO, Nobre. Risco cardiovascular global: da teoria à prática. São Paulo: Lemos Editorial, 2000.p.139-152.

PIERIN, Ângela M. G. Adesão ao tratamento: conceitos. In: NOBRE, Fernando et al. Adesão ao tratamento o grande desafio da hipertensão. São Paulo: Lemos Editorial, 2001.p.21-33.

PORTERO, Kátia Cristina da Cruz, CATTALINI, Marino. Mudança no estilo de vida para prevenção e tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2. Saúde em Revista, Piracicaba, v. 7, n. 16, p. 63-9, 2005. Disponível em: <http://www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/saude16art08.pdf>. Acesso em: 21 abr, 2017.

RAMOS, Alexandre Trindade. Atividade física: diabéticos, gestantes, terceira idade, crianças e obesos. 2. Ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.

RODRIGUES, Márcia Toscano de Medeiros. Caminhos e descaminhos da adesão ao tratamento de doenças crônicas: um estudo com usuários do PACHA do Hospital Universitário Onofre Lopes. 2003. 186 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2003.

SANTANA MG. O corpo do ser diabético, significados e subjetividade. [Tese]. Florianópolis: Centro de Ciências da Saúde/UFSC; 1998.

SANTOS ECB, ZANETTI ML, OTERO LM, SANTOS MA. O cuidado sob a ótica do paciente diabético e de seu principal cuidador. Rev Latino-am Enfermagem 2005 maio-junho; 13(3):397-406.

SANTOS, I. C. R. V. et al. Complicações crônicas do diabético tipo 2 atendidos nas Unidades de Saúde da Família. Recife, Pernambuco, Brasil. Revista Brasileira de Saúde Materna Infantil. Recife, v.8, n. 4, out/dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519- 38292008000400008>. Acesso em: 05 set. 2017.

SARTORELLI, Daniela Saes; FRANCO, Laércio Joel. Tendências do diabetes mellitus no Brasil: o papel da transição nutricional. Cadernos Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, Supl. 1, p. S29-S36, 2003.

SILVA, Terezinha Rodrigues. Controle de diabetes mellitus e hipertensão arterial com grupo de intervenção educacional e terapêutica em segmento ambulatorial de uma Unidade Básica de Saúde. Saúde & Sociedade, São Paulo, v. 15, n. 3, p. 180-189, dez. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010412902006000300015&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 08 set. 2017.

SMELTZER, S. C. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 11ª edição, vol. 2. Editora Guanabara Koogan, 2009. Cap. 41 págs. 1215 a 1264.

SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Histórico e tratamento de pacientes com diabetes mellitus. In: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Cap. 37.

SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. V. 3. 10. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Atualização brasileira sobre diabetes. Rio de Janeiro: Diagraphic, 2006.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Tipos de diabetes. Rio de Janeiro: Diagraphic, 2006

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Consenso Brasileiro sobre Diabetes 2002: Diagnóstico e classificação do diabetes melito e tratamento do diabetes melito do tipo 2. Rio de Janeiro: Diagraphic, 2003.

TIMM, M.; RODRIGUES, M. C. S.; MACHADO, V. B. Adherence to treatment of type 2 diabetes mellitus: a systematic review of randomized clinical essays. J Nurs UFPE on line. Recife, v. 7, n. 4, p.1204-15. Abr. 2013.

TORRES, H. D. C. et al. Intervenção educativa para o autocuidado de indivíduos com diabetes mellitus. Acta Paulisa de Enfermagem. São Paulo, v. 24, n. 4, p. 514–519, 2011.

VASCONCELOS, LUCYANA Bertoso. Consulta de enfermagem como oportunidade de conscientização em diabetes. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v. 2, n. 2, 2000. Disponível em: <http://www.fen.ufg.br/revista2_2/diabete.html>. Acesso em: 05 out. 2017.

VANZIN, A. S; NERY, M. E. da Silva. Consulta de Enfermagem: uma necessidade social. Porto Alegre: RM&L Gráfica, 1996.

VILLAS BOAS, L. C. G.; FOSS-FREITAS, M. C.; PACE, A. E. Adesão de pessoas com diabetes mellitus tipo 2 ao tratamento medicamentoso. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 67, n. 2, p. 268–274, 2014.

VIGGIANO, Celeste Elvira. Prevalência, fatores de risco, complicações e tratamento do diabetes melito. Revista Nutrição Brasil, v. 2, n. 2, 2003. Disponível em:<http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&srcgoogle&base=BDENF&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=7044&indexSearch=ID.

Acesso em: 22 abr, 2017.

ZANETTI ML, OTERO LM, FREITAS MCF, SANTOS MA, GUIMARÃES FPM, COURI CEB, PÉRES DS, FERRONATO AA, DAL SASSO K, BARBIERI AS. Atendimento ao paciente diabético utilizando o protocolo Staged Diabetes Management: relato de experiência. RBPS 2006; 19(4):253-60.

 

3/5 - (2 votes)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POXA QUE TRISTE!😥

Este Artigo ainda não possui registro DOI, sem ele não podemos calcular as Citações!

SOLICITAR REGISTRO
Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita