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Hissa, Cassio Eduardo Viana. O primitivo e o moderno: o mito e a ciência. In: A mobilidade das fronteiras: inserções da geografia na crise da modernidade. 1° edição, 1° reimpressão. – Belo Horizonte: UFMG, 2002

RC: 31755
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CONTEÚDO

RESUMO

CRUZ, Uilmer Rodrigues Xavier da [1]

CRUZ, Uilmer Rodrigues Xavier da. Hissa, Cassio Eduardo Viana. O primitivo e o moderno: o mito e a ciência. In: A mobilidade das fronteiras: inserções da geografia na crise da modernidade. 1° edição, 1° reimpressão. – Belo Horizonte: UFMG, 2002. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 06, Vol. 06, pp. 87-89. Junho de 2019. ISSN: 2448-0959

Cássio Eduardo Viana Hissa possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1982), mestrado em Demografia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais (1990), doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999), pós-doutorado em Epistemologia e Sociologia pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (2006). Formação livre: filosofia, piano jazz, artes visuais, fotografia. É Professor Associado da Universidade Federal de Minas Gerais. Trabalha principalmente com os seguintes temas: Teoria do conhecimento; Epistemologia da Geografia; Diálogo entre Saberes; Território, cultura e sociedade.

O autor constrói o texto em quatro partes, que inicia fazendo uma reflexão sobre o que seriam os conceitos de primitivo e moderno e destaca que servem apenas para a interpretação da história. Esclarece, também, o mito enquanto um meio através do qual os povos primitivos buscam explicar a realidade, sem a necessidade de comprovação e se configura como verdade de um grupo. Já o pensamento selvagem calcula com ensinamentos da experiência. Segundo o autor, na sociedade moderna o mito se divide em vários e já não mais representa única fonte de verdade, são referendados pelo senso comum e preenchem os vazios construídos por ansiedade, amargura e insegurança.

Já a ciência é construída no ritmo da abolição da ética dos deuses e, nessa ruptura, a ciência se contrapõe a crença e vai substituindo a fé da crença pela fé na ciência por dias melhores. O autor se propõe a apontar para a necessária reflexão sobre a própria distância que se fez entre os caminhos tomados pela ciência e o discurso que a originou e a justificou e salienta que a ciência foi conduzida pela modernidade e supõe produzir ruptura entre a paixão e objetividade racional, entre desejo e método, entre medo e segurança.

Com a edificação de uma nova sociedade, surge a ciência moderna, referenciada pelo Renascimento e pelo Iluminismo, em que a razão se sobrepõe as crenças e, assim, desenvolve uma concepção filosófica compatível com a realidade em processo de edificação: o positivismo e a validade do conhecimento residiria na objetividade resultante da separação entre a teoria e a prática e entre a ciência e a ética. Porém, não sendo possível o homem despir-se totalmente das suas crenças por estar inserido no meio e fazer parte dele, compreende-se parcialmente o mundo ou suas frações que se articulam mais ou menos intensamente. Tal pensamento torna, dessa forma, a objetividade idealizada pelos fundadores da ciência moderna uma utopia, pois todas as grandes realizações da ciência foram fundamentadas na obstinação e no sonho.

Moderno, segundo o autor, é um tempo móvel, o tempo de uma cultura, de uma ética, de um conjunto de valores e, também, de crise do ambiente da racionalidade e crise da razão, crise da geografia. Esta última em primeiro lugar porque há, aí, a indefinição de um objeto e de um método próprios da disciplina, postos como solicitações dos paradigmas da modernidade. Em segundo lugar está a ausência da geografia dos debates epistemológicos, sendo tomada como uma disciplina eminentemente prática, do concreto e do real.

A partir das últimas décadas do século XX a geografia se redescobre e o mundo se dá conta da importância da disciplina para a compreensão das dinâmicas socioespaciais. Contudo, a geografia vivencia problemas referentes a ausência, especialmente no passado, de reflexões teóricas consistentes.

O texto nos leva a compreender como se deu da crise na modernidade e os impactos que sofreu ao longo dos anos e das mais variadas influências. De maneira acessível, o autor nos apresenta, de maneira clara, os distanciamentos entre a ciência e a mitologia das crenças das Luzes e como estes distanciamentos favoreceram ou não o progresso da ciência.

A leitura que exige conhecimentos prévios para ser entendida, favorece um diálogo com estudantes universitários, pesquisadores, cientistas e profissionais da área para que os mesmos possam refletir, pesquisar, discutir ou se posicionar criticamente sobre o assunto abordado.

REFERÊNCIA

Hissa, Cassio Eduardo Viana. O primitivo e o moderno: o mito e a ciência. In: A mobilidade das fronteiras: inserções da geografia na crise da modernidade. 1° edição, 1° reimpressão. – Belo Horizonte: UFMG, 2002.

[1] Mestrando em Geografia, Licenciado em Geografia.

Enviado: Abril, 2019.

Aprovado: Junho, 2019.

 

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Uilmer Rodrigues Xavier da Cruz

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