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Desempenho do capim brachiaria brizantha cv. Marandu á adubação química e orgânica sob área de cerrado

RC: 23873
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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

SOUZA, Dérica Barreto [1], ALVES, Dyego Kasagrande Rebello [2], SANTOS, Gabriel Andrade [3], BRITO, Hélio Aparecido [4], ROCHA, Kelvin Sodré [5], SANTOS, Lucas Mariano Neri [6], ANDRIGUETTI, Miguel Dos Anjos [7]

SOUZA, Dérica Barreto. Et al. Desempenho do capim brachiaria brizantha cv. Marandu á adubação química e orgânica sob área de cerrado. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 12, Vol. 04, pp. 155-169 Dezembro de 2018. ISSN:2448-0959

RESUMO

Objetivou-se através deste trabalho estudar o desempenho do capim Brachiaria brizantha cv. Marandu à adubação química e orgânica sob área de cerrado. O experimento foi realizado na área experimental da Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB, que fica localizada no município de Barreiras – BA. O experimento teve início no dia 7 de setembro e término no dia 20 de outubro de 2015. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso (DBC), contendo 4 tratamentos e seis repetições cada. Sendo eles: T1 (Testemunha), T2 (Cama de Frango), T3 (Superfosfato Simples) e T4 (Superfosfato Simples e Cama de Frango). Os parâmetros avaliados foram: Altura de planta, Massa verde e Massa seca, esses parâmetros foram analisados estatisticamente pelo programa SISVAR pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados não apresentaram diferença significativa.

Palavras-chave: adubação fosfatada, cerrado, pastagens.

INTRODUÇÃO

Uma das características marcantes da pecuária brasileira é a capacidade que o país tem de ter a maior parte do seu rebanho sendo criado a pasto (FERRAZ; FELÍCIO, 2010), mostrando assim, que o pastejo é a opção mais racional a ser utilizada quando se trata de engorda animal (CPT CURSOS, 2014). Enquanto em países onde o sistema de confinamento é predominante, o processo de oferta do alimento para o gado requer uso intensivos de mão de obra, de tecnologias, sendo que, no Brasil, essa colheita é feita na maioria das vezes pelo próprio animal, por meio de pastejo (FILHO, 2014a).

O Brasil possui 178 milhões de hectares de pastagens, dos quais, 44% encontram-se em campos naturais e 56% em áreas cultivadas. Nestas, a rápida expansão ocorreu a partir da década de 1970. No final da década de 90, somente no Cerrado, a área de pastagens cultivadas já ocupava 49,5 milhões de hectares, cerca de 50% da área total de pastagem cultivada no país (SOUSA, 2004).

Atualmente, estima-se que mais de 60% da área de pastagem cultivada, nesse bioma, esteja degradada ou em processo de degradação, não sendo muito diferente de outras regiões do País. Esse cenário se contrapõe ao sucesso obtido na produção de grãos na região e justifica os baixos índices zootécnicos e econômicos, muito distantes daqueles que poderiam garantir sua competitividade econômica do empreendimento.

As Brachiarias ocupam grande área e utilização, apresentando contribuição marcante na produção de carne e leite do Brasil. Somente na região dos cerrados, as espécies de braquiárias somam 51 milhões de hectares, totalizando 85 % das gramíneas forrageiras cultivadas neste ecossistema (MACEDO, 2005).

Apesar de o Brasil possuir extensas áreas com gramíneas cultivadas, osíndices de produtividade não são satisfatórios. Um dos fatores que contribui para esses indicadores reside na ausência de adubações de estabelecimento e manutenção, especialmente com fósforo.

Como afirma Rolim (1994), a ausência de adubação na fase de estabelecimento e a falta de reposição dos nutrientes extraídos pela planta forrageira, durante décadas de exploração, podem ser considerados os principais responsáveis pela degradação das pastagens. Nesse sentido, torna-se necessária a sua recuperação com o uso de corretivos e fertilizantes, de maneira compatível com a disponibilidade do produtor para promover investimentos, respeitando-se as particularidades de cada sistema de produção.

Nabinger e Medeiros (1995), destaca que, no estabelecimento, os nutrientes são essenciais para que as plantas cresçam e desenvolvam seus sistemas radiculares e demais órgãos, sendo o elemento fósforo (P) o mais importante. Na manutenção de pastagens bem formadas, as plantas com sistema radicular bem desenvolvido exploram um volume maior de solo. Normalmente, acontecem associações simbióticas com aquelas com fungos micorrizos, que aumentam a capacidade de absorção de fósforo e de outros nutrientes poucos moveis, caso do zinco (Zn) e do cobre.

De acordo com Andrade (1972), em muitos casos, é necessário aplicar calcário, macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre) e micronutrientes (zinco, cobre, boro, molibdênio, manganês). No entanto, o fósforo (P) e o nitrogênio (N), são os principais nutrientes associados ao processo de degradação das pastagens. O fósforo é o nutriente mais importante para a formação de pastagens especialmente em solos da região de Cerrado. Pode-se optar pelas diversas fontes disponíveis no mercado. Desde fosfatos solúveis como o superfosfato simples aos fosfatos naturais de baixa solubilidade em água.

Dentre essas fontes de baixa solubilidade está a cama de frango, logo após a proibição do uso da cama aviária na alimentação de ruminantes (Instrução Normativa n° 15, de 17 de julho de 2001) sua utilização como adubo orgânico foi a saída encontrada por avicultores e produtores de leite e corte, tornando segura e rentável o destino desse resíduo na adubação especialmente de pastagens, que parcialmente ou integralmente poderá substituir a adubação química (BENEDETTI et al., 2009).

Segundo Kiehl (1997), o efeito da matéria orgânica sobre a produtividade pode ser direto por meio do fornecimento de nutrientes ou pelas modificações das propriedades físicas do solo melhorando o ambiente radicular e estimulando o desenvolvimento das plantas. No entanto, cabe ressaltar que o uso de adubos orgânicos promove a liberação lenta e gradual de nutrientes com a vantagem de aumentar o teor de matéria orgânica do solo, baixo custo e elevados teores de nutrientes, melhora a produtividade das lavouras com custo reduzido, para tanto, calcular custos e benefícios com as proximidades dos galpões produtores é muito importante em virtude de sua baixa densidade em relação a custos com transporte. Salientar que a avicultura se destaca em diversos municípios do bioma Cerrado, o que torna um importante fator econômico no uso desses resíduos.

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 LOCAL DA IMPLANTAÇÃO DO EXPERIMENTO

O experimento foi realizado na área experimental da Faculdade São Francisco de Barreiras- FASB, que fica situada no município de Barreiras, BA. A mesma é caracterizada pelas seguintes coordenadas geográfica: 12°10’61” Latitude Sul e 45°48’54” Longitude Oeste e altitude de 463 m, com precipitação média anual de 1020 mm, temperatura média de 24oC, umidade relativa do ar de 68% (OLIVEIRA, 1979). O experimento teve seu início no dia 7 de setembro de 2015 e seu término no dia 16 de outubro, tendo uma duração de 40 dias.

2.2 CARACTERÍSTICAS DO SOLO

O solo da área é caracterizado como sendo um LATOSSOLO VERMELHO, onde suas demais características foram definidas através de uma análise de solo realizada antes da implantação do experimento. Foram coletadas amostras de solo da camada 0-20 cm do solo e posteriormente, encaminhadas para o laboratório Agrolab, que fica localizado no município de Luís Eduardo Magalhães para o processamento da análise de fertilidade, cujo os resultados estão disponíveis na Tabela 1.

Tabela 1. Resultado da análise química e física do solo da área experimental. Barreiras –BA. FASB, 2015.

Fonte: autor

2.3 PREPARO DO SOLO

Antes da implantação dos blocos, realizou-se a gradagem da camada superficial do solo (0-20 cm), a fim de destorroar o mesmo e eliminar qualquer restolho vegetal. Posteriormente, utilizou-se o encanteirado onde se obteve os canteiros, e com o auxílio de uma enxada, os mesmos foram divididos em blocos e subdivido em parcelas.

2.4 SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

Na instalação do sistema de irrigação, foram utilizados 24 microaspersores, com raio de 3 metros cada, sendo os mesmos distribuídos entre quatro linhas de irrigação, onde cada uma continha 6 microaspersores.

2.5 CULTIVAR A SER UTILIZADA

A cultivar utilizada no experimento foi a Brachiaria brizantha cv, Marandu, que segundo Nunes (1985), é uma planta cespitosa, robusta, podendo chegar até 2,5 m de altura. Os seus colmos iniciais são prostrados, porém, produzem perfilhos predominantemente eretos. Quanto as suas sementes, elas chegam a ser ligeiramente maiores que as das demais espécies do gênero Brachiaria, sendo que em 1g de sementes dessa cultivar, contém 145 sementes viáveis, enquanto que na B. decumbens, 1g contém 184 sementes.

Os atributos mais positivos em relação a essa cultura é que, em termos de resistência, a mesma possui uma alta resistência à Cigarrinha-das-pastagens. Além disso, possuem alto potencial de resposta à aplicação de fertilizantes, bom desempenho em locais sombreados e um bom valor nutritivo (VALLE et al., 2000).

2.6 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL

O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso (DBC) contendo 4 tratamentos e 6 blocos, um total de 24 parcelas. Os tratamentos consistiram em: T1 (Testemunha), T2 (Cama de frango (400 kg/ha)), T3 (Superfosfato simples (400 kg/ha)) e T4 (Superfosfato simples (200 kg/ha) e Cama de frango (200 kg/ha)).

A área do bloco possuía 1,5 x 9m2 e as parcelas 1,5 x 2m2 (Figua 1).

Fonte: autor
Fonte: autor

Figura 1. Demonstração da distribuição dos tratamentos e dos blocos no campo.

2.7 IMPLANTAÇÃO E CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO

No dia 7 de setembro, iniciou-se o plantio, onde primeiramente foi realizada a abertura dos sulcos, utilizando profundidade de 3 cm. Em cada parcela (1,5 x 2 m2), foram abertos 9 sulcos. Após a abertura dos mesmos, realizou-se a adubação, exceto a adubação com cama aviária, que teve que ser realizada antes da abertura dos sulcos devido a sua necessidade de ser incorporada ao solo.

Quanto à adubação fosfatada, a mesma foi realizada diretamente nos sulcos de plantio. O plantio da B. brizantha cv. Marandu (forrageira) foi realizado a partir da semeadura manual direta nos sulcos, utilizando a quantidade de sementes recomendada por hectare (3,5 kg/ha), sendo distribuídas uniformemente nos mesmos. A cobertura dos sulcos foi realizada logo em seguida com o auxílio de um rastelo.

Após o plantio, a irrigação foi acionada, este processo ocorria ao menos duas vezes ao dia, durante os horários onde as temperaturas eram mais amenas, por aproximadamente 1 hora. Procurando sempre manter o solo úmido, principalmente nos primeiros 15 dias, para assegurar uma boa germinação.

As manutenções dos blocos eram realizadas a cada 7 dias, manualmente, buscando sempre manter os mesmos livres de plantas espontâneas e pragas. Para o auxílio dessa manutenção, optou-se por utilizar uma cobertura com palhada de arroz entre as linhas de plantio e irrigação. Facilitando assim um melhor manejo e promovendo um bom desenvolvimento da cultura.

2.8 COLETA DE DADOS

2.8.1 ALTURA DA PLANTA

Aos 40 dias foram realizadas 11 coletas com intervalos de 2 dias entre elas. Para realizar a coleta de dados, primeiro utilizou-se um quadrado com as seguintes dimensões: 100 x 100 cm. O mesmo foi arremessado aleatoriamente em cada área útil da parcela com o intuito de selecionar 6 plantas para amostragem. Para facilitar a identificação dessas plantas durante todo o processo, elas eram demarcadas com uma fita adesiva de cor vermelha.

A altura de plantas foi mensurada com o auxílio de uma régua graduada de 1 m, (desde o nível do solo até o ápice da última folha).

MASSA VERDE (MV)

Na determinação de massa verde, utilizou-se o mesmo quadrado, que foi arremessado aleatoriamente em cada parcela. O material existente dentro do quadro foi ceifado rente ao solo, com o auxílio de um facão. A amostra coletada foi acondicionada em sacos de papel madeira, identificada e levada ao laboratório para à realização da pesagem. A pesagem foi realizada com balança de precisão.

MASSA SECA (MS)

Para adquirir a massa seca, foi utilizado a mesma amostra usada para a determinação de massa verde. O método adotado para realizar esse processo, foi o mesmo procedimento adaptado por Medeiros, Gomes e Bungenstab (2015), falam que é um método eficiente e preciso, que pode ser realizado em qualquer lugar é a evaporação de toda a água existente no material através do aquecimento em forno de micro-ondas (FMO). Para a realização desse processo, utilizou-se:

  • Forno de micro-ondas
  • Recipiente de vidro
  • Copo de vidro
  • Balança de precisão

Primeiramente, pesou-se o recipiente e acionou a função “Tare” da balança, para que o peso do recipiente não viesse a interferir no valor do material a ser avaliado. Em seguida, colocou-se uma amostra representativa da parcela analisada sobre o recipiente e anotou-se o peso do mesmo. Para evitar que houvesse uma carbonização do material, colocou-se um copo de vidro com água no FMO e em seguida a amostra. O temporizador do micro-ondas foi ajustado para 3 minutos, colocado na potência máxima e ligado. Após ter se passado os três minutos, a amostra foi retirada, pesada e anotado o valor. Esse ato foi repetido até que a água da amostra fosse totalmente evaporada.

Já com os valores definidos, realizou-se os cálculos necessários para saber a porcentagem de MS em cada amostra (MEDEIROS; GOMES; BUNGENSTAB, 2015).

CÁLCULOS:

Fonte: autor

2.9 ANÁLISE DOS DADOS

Após as coletas dos dados os resultados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias foram comparadas entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro pelo programa estatístico Sisvar, para calcular a análise dos resultados.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 ALTURA DA PLANTA

Os dados coletados referentes à altura das plantas foram submetidas a análise de variância, para tanto, não apresentaram nenhum efeito significativo, como pode-se ver na Tabela 2.

Tabela 2. Resultados da análise de variância da Brachiaria brizantha cv. Marandu referente a variável altura de planta em função de diferentes tipos de adubação.

FV GL SQ QM F
Bloco 5 50. 58 12. 02 0, 479 ns
Tratamento 3 48.71 9.74 0, 388 ns
Residuo 15 376.60 25.10

 

Segundo Filho (2012b), a altura ideal para que se ocorra o primeiro pastejo é quando o capim alcança cerca de 40 cm de altura, normalmente isso ocorre entre 45 e 80 dias após a semeadura.

No experimento, aos 40 dias, algumas plantas do tratamento 3, com Superfosfato simples, que foi o experimento que obteve uma ligeira vantagem sobre os demais, já alcançavam cerca de 30 a 40 cm de estatura.

Segundo Bays et al. (2015), o Superfosfato Simples é um fertilizantes solúvel em água, portanto, ele sempre está prontamente disponível para as plantas, havendo uma assimilação mais rápida na implantação da cultura.

Porém, mesmo com o tratamento 3 se mantendo superior aos demais, os valores médios dos tratamentos avaliados pelos teste de Tukey a 5% não foram significativos diante dos diferentes tipos de fertilizantes aplicados no experimento.

Tabela 3. Valores médios da altura de plantas (cm) de Brachiaria brizantha cv. Marandu em função de diferentes tipos de adubação aos 40 dias.

Tratamentos Altura de plantas
T1 – (Testemunha) 19,84 ns
T2 – (Cama de Frango) 17,73 ns
T3 – (Superfosfato Simples) 21,09 ns
T4 – (Superfosfato Simples + Cama de Frango) 18,97 ns
CV (%)*: 25,82

Média geral: 19.40

DMS**: 8,34

*CV: coeficiente de variação;**DMS: Diferença mínima significativa; Médias seguidas pela mesma letra não diferem entrem si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Em um trabalho realizado por Berlamino et al. (2003), mostra que o Capim-tanzânia, que também foi submetido a aplicação de fósforo, apresentou incremento na altura das plantas. Eles afirmam que o fósforo acabou promovendo um maior crescimento da planta devido a sua grande importância na nutrição da mesma.

3.2 MASSA VERDE

Na tabela 4 e 5 estão apresentados os valores de variância e valores médios comparados entre si pelo teste Tukey a 5% de probabilidade da massa verde coletada. Os dados não apresentaram efeito significativo para nenhum dos tratamentos. Todos, até mesmo a testemunha, estiveram na mesma linha de produção, porém, se tratando de números, o tratamento quatro com Superfosfato e Cama de Frango, obteve 87,04g comparado com a testemunha (T1).

Tabela 4. Resultados da análise de variância referente a massa verde da Brachiaria brizantha cv. Marandu em função de diferentes tipos de adubação.

FV GL SQ QM F
Bloco 5 30211.89 10070.63 0, 326 ns
Tratamento 3 104565.97 20913.19 0, 676 ns
Residuo 15 463791.97 30919.46

Tabela 5. Valores médios referente a produção de Massa verde (MV) em gramas da Brachiaria brizantha cv. Marandu em função de diferentes tipos de adubação.

Tratamentos Massa Verde
T1 – (Testemunha) 211,86 ns
T2 – (Cama de Frango) 279,23 ns
T3 – (Superfosfato Simples) 229,30 ns
T4 – (Superfosfato Simples + Cama de Frango) 298,90 ns
CV (%)*: 69,00

Média geral: 254,82

DMS**: 292,69

*CV: coeficiente de variação; **DMS: Diferença mínima significativa; Médias seguidas pela mesma letra não diferem entrem si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade

Segundo Ribeiro et al. (1999), a utilização da cama de frango como adubo orgânico podem trazer inúmeros benefícios ao solo e a planta, como: elevação do CTC em solos intemperados ou arenosos, melhoria na agregação de partículas do solo, aumento da capacidade de retenção de água, aumento na disponibilidade de nutrientes entre outros fatores.

O fósforo quando usado de forma adequada promove de forma satisfatória o desenvolvimento inicial das plantas recém-emergidas, vindo a favorecer o crescimento da área radicular e estimulando o perfilhamento (WERNER, 1986).

3.3 MASSA SECA

O Capim-Marandu apresentou produções diferenciadas em função dos tratamentos, mas como pode se observar na Tabela 6, não houve nenhum efeito significativos estatisticamente entre os mesmos. O Tratamento 4, foi o tratamento que se sobressaiu melhor, que obteve uma maior média de produção de matéria seca, e a testemunha, por sua vez, apresentou a menor média.

Segundo Politi e Prado (2009), o fato do tratamento com fósforo se sobressair melhor na produção de massa seca está ligado diretamente com o crescimento da planta, que é favorecido quando se tem a aplicação desse nutriente ao solo.

Tabela 6. Resultado da análise de variância referente a massa seca da Brachiaria brizantha cv. Marandu em função de diferentes tipos de adubação.

FV GL SQ QM F
Bloco 5 57.66 19. 22 2, 437 ns
Tratamento 3 139.33 27.86 3, 532 ns
Residuo 15 118.33 7.88

Tabela 7. Valores médios da produção de Massa seca (MS) em porcentagem da Brachiaria brizantha cv. Marandu em função de diferentes tipos de adubação.

Tratamentos Massa seca
T1 – (Testemunha) 18,00 ns
T2 – (Cama de Frango) 18,33 ns
T3 – (Superfosfato Simples) 18,50 ns
T4 – (Superfosfato Simples + Cama de Frango) 21,83 ns
CV (%)*: 14,65

Média geral: 19,16

DMS**: 4,67

*CV: coeficiente de variação; **DMS: Diferença mínima significativa; Médias seguidas pela mesma letra não diferem entrem si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade

Rezende et al. (2011), que também trabalharam com a cultivar Marandu, falam em seu trabalho que fizeram o seu primeiro corte aos 60 dias e que os tratamentos que receberam a adubação fosfata se sobressaíram melhor do que a testemunha.

O experimento realizado por Benett et al. (2009) no estado de Mato Grosso, fala que o incremento das doses de fósforo elevou a produção de massa seca e altura da pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu, até as doses de 277 e 242 kg ha-¹ de P, respectivamente.

Lana et al. (2010), constatou em experimento que a cama de frango e o Superfosfato simples usado como fonte de nutrientes no cultivo da Brachiaria decumbens, mostra que no primeiro corte também não houve diferença estatística na produção de matéria seca entre os tratamentos.

4. CONCLUSÃO

Na área onde a pesquisa foi conduzida não há efeito significativo da adubação orgânica com cama de frango e adubação química com superfosfato simples, isolados ou associados sobre os componentes de produção, altura de planta, produção de massa verde e seca da Brachiaria brizantha cv. Marandu.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, J.M.S. Efeito das adubações química e orgânica e da irrigação sobre a produção e o valor nutritivo do capim-elefante “Mineiro” (Pennisetum purpureum) em um Latossolo Roxo distrófico do município de Ituiutaba. Minas Gerais. 1972. 42p. Dissertação (Tese de Mestrado) – Universidade Federal de Viçosa – UFV, Viçosa, MG, 1972.

BELARMINO, M.C.J.E. et al. Altura de perfilho e rendimento de matéria seca de capim tanzânia em função de diferentes doses de superfosfato simples e sulfato de amônio. Ciência e Agrotecnologia, v.27, n.4, p.879-885, 2003.

BENEDETTI, M.P. et al. Adubação com cama de frango em pastagem. In: Congresso Brasileiro de zootecnia, 19, 2009, Águas de lindóia. Anais. Águas de lindóia: FZA/ ABZ-ABZ, 2009. p.1-4.

CPT CURSOS. Engorda a pasto garante baixo custo com tendência a alta lucratividade. Disponível em: < http://www.cpt.com.br/cursos-bovinos-gadodecorte/artigos/engorda-pasto-garante-baixo-custo-tendencia-alta-lucratividade>. Acesso em 19 de setembro de 2015.

FERRAZ, J. B. S.; FELÍCIO, P. E. D. Production systems – an example from Brazil. Meat Science, v. 84, n. 2, p. 238-243, 2010.

FILHO, M.B.Db. Formação e manejo de pastagens. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2012. (EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL. Comunicado técnico, 235).

FILHO, M.B.Da. Diagnóstico das Pastagens no Brasil. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2014. (Embrapa Amazônia Oriental. Documentos, 402).

KIEHL, J. C. Adubação orgânica de culturas forrageiras. In. SIMPOSIO SOBRE ECOSSISTEMAS DE PASTAGENS, 3. 1997, Jaboticabal. Anais. Jaboticabal: FCAV/Unesp, 1997.

LANA, R.M.Q. et al. Alteração na produtividade e composição nutricional de uma pastagem após segundo ano de aplicação de diferentes doses de cama de frango. Bioscience Journal., Uberlândia, v.26, n.2, p.249-256, Mar./Apr.2010.

MACEDO, M. C. M. Pastagem no ecossistema Cerrados: evolução das pesquisas para o desenvolvimento sustentável. In: Reunião anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 42, 2005, Goiânia. Anais. Goiânia: SBZ/UFG, 2005, p. 36-84.

NABINGER, C.; MEDEIROS, R. B. Produção de sementes de Panicum maximum Jacq. SIMPÓSIO SOBRE O MANEJO DE PASTAGENS, 12. 1995, Piracicaba. Anais. Piracicaba: Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, 1995.

NUNES, S.G. et al. Brachiaria brizantha cv. Marandu. 2.ed. Campo Grande: Embrapa CNPGC, 1985. 31p. (EMBRAPA CNPGC. Documento, 21).

POLITI, L. S.; PRADO, R. M. Fósforo na nutrição e produção de massa seca do capim-tânzania. Revista da FZVA. Uruguaiana, v.16, n.1, p.95-104. 2009.

PORTO, E. M. V. et al. Rendimento Forrageiro da Brachiaria brizantha cv. Marandu submetida a doses crescentes de fósforo. Scientia Agrária Paranaensis, v.11, n.3, p.25-34, 2012.

REZENDE, A. V. de. et al. Características morfofisiológicas da Brachiaria brizantha cv. Marandu em resposta à adubação fosfatada. Dourados, v.4, n.14, p. 335-343, 2011.

ROLIM, F.A. Estacionalidade de produção de forrageiras. In: PEIXOTO, A.M.; MOURA, J.C.; FARIA, V.P. et al. (Eds.). Pastagens: fundamentos da exploração

racional. 2.ed. Piracicaba: Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, 1994.

SOUSA. D. M. G. et al. Fosfato nas pastagens. Cultivar. 2004. Disponível em: <http://www.grupocultivar.com.br/arquivos/bovinos13_fosfato.pdf>. Acesso em: 10 de set. 2014.

VALLE, C.B.; EUCLIDES, V.P.B.; MACEDO, M.C.M. Características das plantas forrageiras do gênero Brachiaria. In: Simpósio sobre manejo de pastagens, 17., Piracicaba, 200. Anais. Piracicaba: FEALQ,200. P. 65-108.p.

WERNER, J.C. Adubação de Pastagens. Nova Odessa: Instituto de Zootecnia, 1986. 49p.

[1] Estudante do curso de Engenharia Agronômica. Faculdade São Francisco de Barreiras.

[2] Estudante do curso de Engenharia Agronômica. Faculdade São Francisco de Barreiras.

[3] Estudante do curso de Engenharia Agronômica. Faculdade São Francisco de Barreiras.

[4] Estudante do curso de Engenharia Agronômica. Faculdade São Francisco de Barreiras.

[5] Estudante do curso de Engenharia Agronômica. Faculdade São Francisco de Barreiras.

[6] Estudante do curso de Engenharia Agronômica. Faculdade São Francisco de Barreiras.

[7] Estudante do curso de Engenharia Agronômica. Faculdade São Francisco de Barreiras.

Enviado: Novembro, 2018

Aprovado: Novembro, 2018

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Gabriel Andrade dos Santos

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