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A educação técnica de jovens e adultos e a sua relação com uso das TICS no processo de ensino-aprendizagem

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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

LEITE, André Luiz Dias [1], MATSUDO, Maria Serrate Melo Bezerra [2]

LEITE, André Luiz Dias. MATSUDO, Maria Serrate Melo Bezerra. A educação técnica de jovens e adultos e a sua relação com uso das TICS no processo de ensino-aprendizagem. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 06, Vol. 10, pp. 142-155. Junho de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/educacao-tecnica

RESUMO

A pesquisa em questão tem como objetivo realizar um estudo sobre o panorama do uso da Tecnologia da Informação e Comunicação no âmbito de ensino de Jovens e Adultos. Para tal, foram utilizados estudos bibliográficos que explanam sobre o assunto da tecnóloga e ensino, além de relato de experiência que foi realizado mediante análise da página do Facebook [3]do curso Técnico em Eventos da Escola Técnica Estadual – ETEC de Sapopemba. Com tais estudos foi possível identificar os benefícios do uso das plataformas virtuais com a educação e de que maneira essas ferramentas podem melhorar a relação do docente e discente no processo de ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Tics, tecnologia, jovens e adultos, técnico, eventos.

INTRODUÇÃO

A educação vem acompanhando a globalização e a evolução tecnológica e com isso, o modo de aprender se modificou e se aprimorou. São inúmeras as possibilidades do processo de aprendizagem; pois, hoje, é possível, até mesmo, se formar sem sair de casa. O professor exerce papel fundamental de mediador e orientador, não somente do conteúdo enquanto conhecimento, mas também do conteúdo institucional e programático. Ele pode orientar o aluno sobre como e que caminho seguir, enquanto na efetivação do curso e isso é muito importante no processo educacional dos jovens e adultos, em busca de uma qualificação profissional.

No processo de evolução, nos deparamos com a interatividade, que pode ir desde o tradicional professor e aluno em sala de aula até o mais inovador professor e aluno em um ambiente diferente (museu, parque, teatro), complementando com o uso de vídeos, chats, videoconferência, ilustrações, entre outros. Realidade essa que culmina na utilização intensificada das ferramentas tecnológicas disponíveis no século XXI.

Vygotsky (2007) afirma que o conhecimento é socialmente construído, ou seja, a única possibilidade de construção de conhecimento é aquela que segue o caminho do interpessoal para o intrapessoal; fazendo com que o indivíduo interaja com o meio em que vive. Diante de diversos conteúdos e ferramentas, o ideal é que o aluno seja desafiado a procurar sua melhor forma de aprender e, ao mesmo tempo, o desafiado é o professor, que tem que se inovar e acompanhar esse processo da globalização e evolução tecnológica.

É claro, que esse processo evolutivo não acontece da mesma forma em todas as instituições, seja por falta de recursos da própria instituição ou do aluno. Ao professor cabe procurar maneiras e ferramentas para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem, sendo um facilitador. Daí é necessário que esse professor também conheça as deficiências no meio do caminho e procure saná-las de alguma forma.

O professor não deve somente ler e escrever de forma tradicional, mas também deve saber utilizar as ferramentas tecnológicas que inovam o jeito de aprender. Com as Tecnologias da Informação e Comunicação -TIC’S – que têm como objetivo aprimorar o aprendizado do aluno. Esse âmbito tecnológico está em constante evolução e, junto com ele, o professor (que também se torna aluno). O uso de tais tecnologias deve levar em consideração esse aluno que o utiliza, pois, essas ferramentas não podem excluí-lo ou tornar suas tarefas mais difíceis. Porém, as mesmas devem interagir com esse aluno, de modo a fazê-lo pensar, criar, desenvolver e agir. Lembrando que, o presente trabalho foca na Educação de Jovens e Adultos em busca de uma qualificação profissional. Por isso deve ser levada em conta uma devida maturidade; porém sem deixar de considerar uma possível falta de “intimidade” de tais alunos com as TIC’S.

1. EDUCAÇÃO TÉCNICA DE JOVENS E ADULTOS

A educação deve abrir um leque de conhecimentos para o aluno e proporcionar a este desenvolver-se cada vez mais. A ciência e a tecnologia têm este papel; e cabe ao professor a função de integrá-las ao aluno valorizando o seu conhecimento prévio e auxiliá-lo a desenvolver sua própria linha de pensamento e compreensão.

A educação deve estar ao alcance de novas modalidades de pensamento, tecnologia e metodologias que surgem a partir do momento em que o professor consegue despertar em si e no aluno o desejo do saber. Se o aluno estiver motivado a aprender, este estará disposto a buscar o conhecimento e a compreensão será para ele algo de grande satisfação. Dessa maneira, o aluno e professor têm a experiência de se tornar um pesquisador ou, até mesmo, um desenvolvedor de forma passível de atualizações e reconstruções do conhecimento. Todo saber implica um processo de aprendizagem e formação. Somos formados por vários segmentos sociais, com formas variadas de socialização, de expressão, crenças, valores e expectativas. Diante dessa grande diversidade cultural leva a uma variedade de interpretações sobre o mundo natural.  Compreendemos que a instituição de ensino deve atentar-se para essa diversidade e buscar através de saberes, levando em consideração aspectos culturais da comunidade. O que está em questão é uma formação que ajude o aluno a transformar-se num sujeito pensante, de modo que aprenda a utilizar seu potencial de pensamento por meio de meios cognitivos de construção e reconstrução de conceitos, habilidades, atitudes, valores.

A pesquisa é um grande instrumento na construção do conhecimento e dá ao aluno a oportunidade de desenvolver a sua autonomia na construção da sua aprendizagem. É sabido também que é impossível a escola fornecer ao aluno todo o conhecimento necessário à sua vida. É por isso que hoje vemos que as escolas estão mais preocupadas em desenvolver nos alunos a capacidade de aprender por si próprios inovando as práticas pedagógicas e favorecendo o ensino-aprendizagem.

Acredita-se que a pesquisa é uma excelente estratégia para a autoconstrução da aprendizagem do aluno. Partindo do princípio que, temos um modelo pré-estabelecido de ensino em que o professor tem a figura de portador de conhecimento, e que a ciência é apresentada como definitiva, imutável e inquestionável, torna-se difícil crer que através de “decoreba” e longas e maçantes aulas ouvindo o professor trazer um conhecimento pronto, transforme alunos em cidadãos conscientes e muito menos novos pesquisadores.

Dessa forma muitos alunos enxergam a ciência e a pesquisa como algo inalcançável, distante de sua realidade. Enxerga pouco ou nenhuma utilidade e não compreende a relevância que pode constituir em sua formação. A educação técnica tem o objetivo de introduzir a pesquisa dentro da metodologia de ensino; é trazer a ciência para a realidade do aluno e futuro profissional no mercado de trabalho, tornando real e fazendo parte do seu dia a dia, fazendo com que ele percorra o mesmo caminho que o pesquisador, e chegando a suas conclusões, mesmo que sendo igual ao cientista, porém alcançando seu objetivo por conta própria.

O ensino técnico de jovens e adultos vem sendo cada vez mais valorizado. Pois o mercado de trabalho requer profissionais qualificados e que buscam uma constante atualização e aperfeiçoamento. Até mesmo o Banco Mundial tem uma preocupação com a educação profissionalizante, devido à necessidade de as economias em desenvolvimento terem que dispor de mão de obra flexível, capaz de adequar-se às mudanças no mercado de trabalho. Essa mão de obra qualificada e atualizada também é capaz de gerir e garantir o desenvolvimento de um país.

Modernidade significa um desafio em que se aponta para o futuro com suas novas propostas, onde a educação se faz presente não como antes, mas sim como a mediação nesse novo tempo. A utilização das tecnologias com sua dimensão interativa mostra que a educação tem de mudar para que o indivíduo não venha sofrer com lacunas que deixaram de ser preenchidas porque a educação só estava preocupada com um currículo rígido voltado para saberes e conhecimentos aprovados por um programa oficial. (Grimpo, 2001, p.30)

Partindo desse princípio é impossível pensar no futuro de um país, sem pensar na mão de obra qualificada de jovens e adultos; e o ensino técnico vem se tornando o caminho mais rápido e acessível para essa qualificação. Diferente dos anos 50, onde a qualificação técnica era apenas visando alguém que fizesse o manuseio das máquinas – operários de baixa renda. Hoje o ensino técnico se expandiu; e é voltado para todos os setores no mercado de trabalho, tornando-se essencial para o desenvolvimento econômico de empresas e, consequentemente, de um país.

2. TICS NA EDUCAÇÃO

Mulheres e homens, somos os únicos seres que, social e historicamente, nos tornamos capazes de aprender. Por isso, somos os únicos em quem aprender é uma aventura criadora, algo, por isso mesmo, muito mais rico do que meramente repetir a lição dada. Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito. (Freire, 2000, p.77)

Conforme a citação de Freire (2000), aprender é um construir e reconstruir; e isso deve ser uma constante. Educador e educando devem se abrir para o novo. Com a globalização e o advento da ciência e da tecnologia, o mundo está em constante mudança; e fica cada vez mais inevitável que um profissional se atualize e se utilize de determinadas “ferramentas” para se capacitar. O que era inovação há dez anos, hoje pode ter se tornado obsoleto. Por isso a importância de estarem “antenados” a essas novas ferramentas tecnológicas. A introdução de ferramentas digitais e da prática investigativa em sala de aula é um elemento fundamental para a educação profissional. O mundo hoje está cada vez mais envolto a questões de ferramentas digitais, porém a grande dificuldade é tornar a mesma interessante e fazer com que o aluno faça bom uso delas. Conta-se com uma gama enorme de possibilidades para que os alunos e professores trabalhem com essas tecnologias; e, para tornar a utilização dessas ferramentas eficaz, é necessário bom senso e responsabilidade, tanto por parte do professor e instituição, quanto por parte do aluno.

Outra questão que necessita ser repensada é a maneira como a equipe gestora enxerga a educação dentro do âmbito escolar.

As mudanças na educação dependem também de termos administradores, diretores e coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apoiem os professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e comunicação. (Moran, 2000, p. 06)

José Moran já em 2000 apontava em suas pesquisas a necessidade da equipe de gestão escola estar mais dispostas no que tange a utilização das tecnologias, fazendo com que as escolas estejam melhores equipadas e assim possam fazer projetos que envolvam as tecnologias. Outra questão é a maneira que esses equipamentos serão utilizados, muito gestores conseguem com muito sacrifício, por exemplo, uma sala de informática bem equipada, e com receio de avaria, acabem por cercear o uso dos alunos, professores e comunidade escolar. Sabemos que muitas vezes essa blindagem se deve ao fato de saber que se houverem quebras, roubo, será dificultoso uma nova aquisição, entretanto cabe à direção encontrar alternativas para que o uso dos equipamentos seja efetivamente realizado, além da devida conservação e manutenções periódicas.

2.1. VANTAGENS E DIFICULDADES APRESENTADAS NA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS EM SALA DE AULA

Neste novo contexto educacional, é possível a incorporação de diversas ferramentas digitais no auxílio à aprendizagem, como por exemplo: redes sociais (Facebook, WhatsApp), podcasts[4], games, multimídia, AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), blogs[5], entre outros. Entretanto, ao analisar-se o uso de tais ferramentas tecnológicas nos deparamos com alguns pontos que são pertinentes de análises, pois causam debilidade e assertividades no processo da utilização dessas nova tecnologias.

Tabela 1 – Vantagens e desvantagens do Uso das TICS

Vantagens do uso das TICS Desvantagens do uso das TICS
Maior motivação por parte dos discentes; Falta de investimentos em equipamentos;
Maior colaboração entre aprendizes e tutores; Falta de apoio por parte de direções e gestores de ensino;
Maior flexibilidade e comodidade ao ensino; Preconceito e resistência com o uso das tecnologias por parte dos próprios profissionais da educação, sendo eles, professores, gestores, diretores;
Aulas mais interativas e dinâmicas. Falta de treinamento adequado;
Possibilidade do acesso por meio de um dispositivo móvel Estrutura limitada da banda larga em diversas realidades no Brasil.
Ganho de tempo devido ao fácil acesso ao conteúdo. Uso indevido na aula para fins pessoais.

Fonte: Autor

É fato que muitos professores recusam qualquer experiência de utilização dos recursos tecnológicos como apoio para execução de suas aulas, por acharem melhor permanecerem na zona de conforto do ensino tradicional. Outra dificuldade é a grande parcela de alunos que não entendem ou relutam em usar os equipamentos da unidade escolar para fins acadêmicos. Tais dificuldades se tornam pontuais quando se trata de jovens e adultos que não tem acesso a tais tecnologias e em sua maioria por uma precária condição financeira mesmo se tratando de um curso técnico, isso é muito comum.

Mais uma questão que ocasiona debilidade é a proibição do uso de aparelhos de celulares dentro das salas de aulas, o que dificulta o uso do mesmo para tarefas pertinentes no processo escolar. A legislação estadual que proíbe o uso de celulares durante o horário das aulas é o “DECRETO Nº 52.625, DE 15 DE JANEIRO DE 2008: Artigo 1º – Fica proibido, durante o horário das aulas, o uso de telefone celular por alunos das escolas do sistema estadual de ensino”.

Partindo do princípio do decreto acima se torna possível observar que a dificuldade apresentada não está apenas no olhar do professor, mas também dentro do próprio sistema governamental que tem uma relutância em associar as ferramentas com o ensino. O bom uso da mesma certamente é um fator agregador para o processo de ensino.

Mesmo com essas dificuldades, as TIC’s são ferramentas imprescindíveis para que o aluno se torne um profissional qualificado para o mercado de trabalho. O educador não deve somente ler e escrever de forma tradicional, mas também deve saber utilizar as ferramentas tecnológicas que inovam o jeito de aprender.

As TIC’s têm como objetivo aprimorar o aprendizado do aluno. Esse âmbito tecnológico está em constante evolução; e, junto com ele, o educador, que também passa a ser um constante aluno. O uso de tais tecnologias deve levar em consideração esse aluno que o utiliza, pois essas ferramentas não podem excluí-lo ou tornar suas tarefas mais difíceis. Porém, as mesmas devem interagir com ele, de modo a fazê-lo pensar, criar, desenvolver, interagir e agir.

2.2 ANÁLISE CURSO TÉCNICO EM EVENTOS DA ETEC DE SAPOPEMBA.

O Curso Técnico em Eventos da ETEC de Sapopemba completou 6 anos de existência no 2º semestre de 2018 e as suas atividades são realizadas na Extensão Ceu Sapopemba, parceria que está em vigor desde 2010. A estrutura do curso é composta por 3 semestre letivos, divididos em 23 componentes curriculares, sendo que na conclusão de cada módulo o aluno se certifica em qualificações diferenciadas, que são:

1º Módulo: Qualificação Profissional Técnica em nível Médio de Atendente de Lazer em Eventos – 500 horas.

2º Módulo: Qualificação Profissional Técnica em nível Médio de Assistente de Eventos. – 500 horas

3º Módulo: Habilitação Profissional de Técnico em Eventos – 500 horas

Como se verifica, o curso possui uma vasta quantidade de horas a serem trabalhadas e com qualificações que irão permitir que os discentes, desenvolvam habilidades, competências e atitudes que os preparem para o ingresso no marcado de trabalho.

Com base nessa gama de habilidades e dinamismo que o curso exige, foi percebida pela gestão e corpo docente a necessidade de escoar as práticas educacionais em plataformas tecnológicas, visando uma melhor comunicação entre a instituição, comunidade escolar e alunos, além da divulgação dos trabalhos desenvolvidos durante os semestres letivos.

2.2.1 FERRAMENTA FACEBOOK NO CURSO TÉCNICO EM EVENTOS – ETEC DE SAPOPEMBA.

A utilização e a criação da página no curso na plataforma Facebook, surgiu mediante a demanda dos alunos em poder consultar o material com as fotos e vídeos dos trabalhos realizados pelos outros módulos e até mesmo as atividades práticas desenvolvidas por eles. Atendendo -se a essa demanda, fora primeiramente elaborado um concurso cultural que criou a logo do curso, para que posteriormente fosse utilizado como identidade visual da página.

Foto 1 – Logo do Curso Técnico em Eventos da Etec De Sapopemba – Página do Curso no Facebook.

Fonte: Curso Técnico em Eventos – ETEC de Sapopemba

O logo foi criado utilizando predominantemente na cor laranja que é a cor da ETEC de Sapopemba e com um destaque maior para a letra E. Após a criação do logo no mês de fevereiro de 2016 foi de fato criada à página do curso com a postagem do evento de Desfile de Tipos de Trajes no componente de Etiqueta realizado no teatro do CEU Sapopemba.

Foto 02 – Primeira postagem da página do Curso: Desfile de Trajes – – Página do Curso no Facebook.

Fonte: Curso Técnico em Eventos – ETEC de Sapopemba

Os alunos que possuem equipamentos fotográficos se disponibilizam em trazê-los e também realizar o trabalho de fotografia, sendo que o mesmo fica com os créditos na postagem das fotos e serve como experiência profissional em um evento, além do oferecimento da devida certificação por parte da coordenação de curso. A estratégia utilizada para que os alunos e comunidade escolar curtissem a página na sua inauguração, foi não disponibilizar as fotos em outros meios e avisá-los quando as mesmas fossem postadas na página em questão, gerando assim um interesse por parte dos discentes e consecutivamente fazendo com que eles seguissem a página em questão.

2.2.2 OBJETIVOS E ALCANCES DA PÁGINA NO FACEBOOK

Como salientado anteriormente a criação da página do curso na plataforma Facebook, surgiu mediante a percepção de criar uma identidade visual e divulgar os trabalhos realizados para a comunidade escolar. Entretanto, tendo como objetivo específico à criação também visa uma questão profissional, pois servirá como portfólio virtual para que os alunos usem em suas entrevistas de trabalho, ou até mesmo para os seus clientes quando forem trabalhar como prestadores de serviços. Outra estratégia que está sendo utilizada com a página do curso é na captação de parceiros e apoiadores para os eventos que são realizados, pois, ao solicitarmos tal parceria, os alunos mais a gestão apresentam os trabalhos e propõem a divulgação da marca ou dá empresa como apoiadores.

Foto 03 – Divulgação de Parceiros e Apoiadores. – Página do Curso no Facebook.

Fonte: Curso Técnico em Eventos – ETEC de Sapopemba

Dando continuidade à utilização da ferramenta em questão, foi realizada de maneira pioneira a divulgação do processo de Vestibulinho do 2º semestre de 2017, sendo que foi criada uma mídia contendo uma compilação de alguns eventos realizados e essa mídia foi postada na página do curso, tendo como alcance final o total de 5.340 visualizações, o que refletiu significativamente na demanda final de inscritos, totalizando aproximadamente 3,0 candidatos por vaga.

Por se ter obtido êxito no processo de divulgação foi adotada a mesma estratégia para o processo especial de vagas remanescentes do 2º Semestre de 2017, utilizando a mesma forma de divulgação e com um alcance final de 4.597 pessoas, o que culminou em 3 inscritos, fazendo com que o curso preenchesse as 2 vagas disponíveis no 2º módulo.

A página do curso conta com um total de 622 curtidas e tem como meta chegar aos 800 seguidores até o final do 2º semestre letivo de 2019. Tal meta corrobora com a proposta de reconhecimento do curso, identidade dos projetos que são desenvolvidos, divulgação dos trabalhos realizados, canal de comunicação entre a coordenação de curso e alunos, com temas pertinentes, tais como: vagas de estágios, horários especiais de aulas, entre outras informações importantes.

Foto 04 – Página Técnico em Eventos – Etec de Sapopemba. – Página do Curso no Facebook.

Fonte: Curso Técnico em Eventos – ETEC de Sapopemba

3. CONCLUSÃO

Torna-se cada vez mais claro que os parâmetros educacionais e o escoamento das práticas pedagógicas estão voltados para novos segmentos e direcionamentos. Práticas essas que não estão mais pautadas em uma educação tradicional, em que o professor é o detentor do conhecimento e o aluno apenas um receptor de uma gama gigantesca de informações. Essa mudança significativa vem atrelada com as tecnologias, nesse contexto que entra as Tic’s e as suas funcionalidades dentro do âmbito da educação.

Como fora percebido dentro da explanação deste artigo essas tecnologias têm uma função muito importante, pois abrem o leque de oportunidades e levam a educação mais próxima da realidade atual dos alunos que adentram em uma unidade educacional. No que tange a educação de jovens e adultos esse cenário é também sinérgico com essa nova demanda, pois são alunos em sua maioria jovens e que procuram uma atualização, entretanto exigem um dinamismo e o uso das plataformas que estão habituados a usar no seu dia a dia. Torna-se indubitável que o uso dos mais variados aplicativos e plataformas virtuais, quando bem utilizados são importantes ferramentas para que os professores consigam ministrar uma aula mais atual, dinâmica e com um contato não apenas na sala de aula, onde a casa, trabalho, podem ser uma extensão do que fora trabalho dentro da sala de aula.

O trabalho pioneiro no curso Técnico em Eventos é um exemplo que como uma ferramenta gratuita, pode criar uma identidade visual e cultural para um curso técnico e como tal prática pode render frutos positivos no que se refere ao ingresso do aluno no mercado de trabalho, com a utilização de portfólio virtual, captação de apoio e colaboradores para os eventos que são realizados no curso, mediante a divulgação da marca e da empresa, além de ser um canal de comunicação entre a instituição, alunos e comunidade escolar.

Percebe-se que o uso das tecnologias possuem alguns entraves, esses que pairam no uso errôneo e desenfreado dos alunos dentro do ambiente escolar, legislação contrária que proíbe o uso dentro do celular nas salas de aula, falta de investimento público em tecnologia e internet banda larga, além da resistência por uma parte dos docentes e gestão escolar em utilizar tais ferramentas. Entretanto, as instituições que não querem ficar fadadas ao passado e se tornarem obsoletas terrão que ter um olhar para as tecnologias e o seu uso cada vez mais sistêmico.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Assembleia Legislativa de São Paulo. Decreto nº 52.625, de 15 de janeiro de 2008. Regulamenta o uso de telefone celular nos estabelecimentos de ensino do Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2008/decreto-52625-15.01.2008.html>

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 27ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

GRINSPUN, Mirian P. S. Zippin. Educação Tecnológica: Desafios e Perspectivas. 2 ed. São Paulo: Cortez Editora, 2001.

Https://www.facebook.com/Eventossapopemba/. Acesso em 12 de agosto de 2017.

MORAN, José. Mudar a forma de ensinar e aprender. Transformar as aulas em pesquisas e comunicação presencial-virtual. Revista interações. São Paulo. 2000. vol. V, p.57-72. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_eduacacao/uber.pdf>

Vygotsky, L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2007.

3. Rede Social.

4. Arquivos de áudio que podem ser baixados e consumidos a qualquer momento;

5. É um sítio web com formato de bitácora ou diário pessoal.

[1] Bacharel em Turismo (FALS); Licenciatura Plena em Artes Visuais (Faculdade Monzarteum de São Paulo); Tecnólogo em Gestão Empresarial (FATEC); Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior (FALC).

[2] Licenciatura Plena em Geografia (UNIBAN); Pedagogia (UNIBAN); Bacharel em Administração de Empresas (UNIB).

Enviado: Fevereiro, 2019.

Aprovado: Junho, 2019.

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André Luiz Leite Estévez

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