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Comunicação de redes de fast-food: McDonald´s e Burger King: O consumo de lanche por meio do fortalecimento da marca

RC: 58490
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

ITAKURA, Michel Hajime [1]

ITAKURA, Michel Hajime. Comunicação de redes de fast-food: McDonald´s e Burger King: O consumo de lanche por meio do fortalecimento da marca. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 08, Vol. 11, pp. 143-168. Agosto de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/comunicacao/redes-de-fast-food

RESUMO

Este artigo analisa a comunicação duas grandes redes de fast-food, sendo elas o McDonald´s e Burger King. Com uma pesquisa bibliográfica e com um paradigma epistemológico interpretativista o objetivo desse estudo é ver como a comunicação de redes de fast-food atinge as pessoas, uma vez que o lanche rápido virou uma moda nos dias atuais e está presente nos grandes centros urbanos. Além de analisar o público alvo, as campanha das duas redes, fazer uma comparação entre as campanhas das duas redes, entender como é utilizado as campanhas direcionadas (público infantil) e compreender o por que as redes dão status as pessoas. Para essa pesquisa foram feitas leituras de textos sobre marketing, fast-food, consumo e propaganda infantil. Em primeira fase com textos ainda sem caráter científico. Depois de delimitados os objetivos foi feita uma pesquisa no portal Google Acadêmico. Com estudo de artigos, livros e trabalhos de conclusão de curso com um recorte de 2017 a 2019, além de também usar outros textos relevantes, outros que são clássicos e de pesquisadores referência no assunto para complementar, mesmo que fora do recorte proposto. Essa é uma pesquisa tem com o intuito de entender qual a influência que a comunicação de redes de fast-food tem sobre as pessoas, crendo que a comunicação de fast-food são tão bem elaboradas que as pessoas comem por status, consumismo e muitas vezes até sem fome. E que toda essa produção de consumo vem devido a uma excelente comunicação empresarial e do fortalecimento das marcas criadas pelas empresas, sendo elas pelo marketing direto ou indireto. E que as companhias de fast-food estão nos principais veículos onde estão seus stakeholders como televisão e internet.

Palavras-Chave: comunicação, Burger King, fast-food, McDonald´s, marketing.

INTRODUÇÃO

Em um mundo de correria os fast-food [2]são uma grande opção para quem não consegue parar comer algo mais elaborado, mas escassez de tempo não foi a única razão para o sucesso desse nicho de mercado.

De acordo com Velozo (2010) os irmãos Richard e Maurice Mc Donald que tiveram a ideia empreendedora de criar um restaurante rápido, segmento batizado de fast-food. A velocidade ao atender os clientes era o ponto principal do empreendimento.

Essas grandes organizações conquistaram um público fiel, segundo Arend e Reis (2009, p.143) “O modelo fast-food transformou-se em um sinônimo de estilo de vida, em que o tempo é exíguo até mesmo para a realização das refeições”.

Os autores também afirmam que ao contrário de outros segmentos organizacionais as redes de fast-food tem em seu sistema mercadoria e prestação de serviço, ou seja, vendem seus lanches e seus atendimento. (AREND; REIS. 2009). Assim investindo na comunicação corporativa, endomarketing e em treinamento dos seus funcionários.

Com uma excelência em seu produto e serviço o próximo passo á a comunicação para criar o desejo e a vontade de comer. Segundo Gonçalves (2005) a comunicação é algo que não tem como deixar de ser usado em uma gestão empresarial. As duas redes em questão (McDonald´s e Burger King) tem uma marca consolidada no mercado que envolve gêneros alimentícios. Para Gonçalves (2005, p. 509) “A marca é o elemento visível de uma relação de confiança estabelecida  entre  o  consumidor e  os bens de  consumo”.

Assim criando sentido aquilo que a empresa vende, dessa forma cria a identidade no tempo e espaço. A autora afirma também que: “Com uma identidade visual própria que a individualiza, a marca é portadora de um conjunto de valores que fazem com que os públicos se identifiquem com os bens produzidos”.

Para Gonçalves (2005) todo o ato de comunicação e se comunicar é algo complexo, sendo necessário compreendê-lo, conhecê-lo e acima de tudo valorizar os diferentes interlocutores na construção de todo esse processo. A autora explica que a comunicação, cria a marca, essa dá os sentidos aos produtos comercializados, dando visibilidade, gerando memória futura, criando legitimidade. E é essa construção que esse artigo vai tentar entender, como essa comunicação faz as pessoas ser “ficcionadas” por redes de fast-food´s. Por isso essa pesquisa tem o intuito de entender qual a influência que a comunicação de redes de fast-food tem sobre as pessoas, crendo que a comunicação de fast-food são tão bem elaboradas que as pessoas comem por status, consumismo e muitas vezes até sem fome.

De acordo com Henriques, Dias e Burlandy (2014, p. 1220) “As mudanças econômicas, sociais e demográficas ocorridas nas últimas décadas afetaram o cotidiano de vida e o perfil de práticas alimentares em diferentes contextos geopolíticos”.

Os autores ressaltam também que no mundo vários países têm tomado estratégias legais para que a publicidade de redes de fast-food seja proibida, uma vez que a mesma são considerados alimentos não saudáveis, dessa forma limitando os horários e locais de difusão de propagandas, ou ainda sendo proibidas de forma integral campanhas que são direcionadas para crianças, ou seja, as redes de fast-food mesmo com a fama de serem uma má alimentação ainda sim tem grandes seguidores, isso por causa da sua grande campanha publicitária, de acordo com Gonçalves (2009) a persuasão é a principal característica da publicidade e propaganda, com o intuito de convencer com argumentos, seja eles verdadeiros ou não, levando as pessoas a serem compenetradas sobre qualquer assunto.

De acordo com Moura (2010, p. 114), a comunicação impõe desde cedo a sua influência de forma a socializar o indivíduo. Isso é visto pelo grande número de crianças que mesmo desde bebês inicia sua atividade como espectador. E afirma que: “Após os dois anos de idade, grande parte das crianças permanece cerca de 3 a 4 horas diárias diante de um aparelho de televisão. Isso representa uma exposição de 24 horas semanais aos comerciais de televisão”. Dessa forma essa criança ainda sem alfabetização, só é capaz de responder por sons e imagens e não à escrita dessa maneira deixando ela a uma exposição vulnerável. E reafirma dizendo que: “Pesquisas têm indicado que a criança pequena não necessita mais do que 20 a 30 exposições a um determinado comercial para assimilar a mensagem”. Moura (2010, p. 114), explica também que todo o material produzido e veiculados nas mídias, principalmente na televisão estão direcionadas ao público infantil por isso cria uma preocupação devido ao reflexo nos costumes e hábitos de alimentação de crianças e jovens.

Para Durkeheim (1977), a produção criada pela indústria cultural é um fator social e ela é constituídas através de representações coletivas. Já (ROCHA, 1995), traz um conceito mais atual, dizendo que hoje se vê uma abordagem mais abrangente dessa mesma indústria cultural, assim, designando essas produções de forma simbólica que circulam na sociedade e são reproduzidas pelos meios de difusão. Existindo um elo entre a indústria cultural e a comunicação.

Para Hoff e Gabrielli (2017), o rumo de uma e o objetivo da propaganda não faz parte da criação publicitária, mas de todo uma estratégia que pode ser feita por uma agência ou pela empresa. Isso tudo com o cliente sendo visto em primeiro plano. Para as autoras ao tentar entender a comunicação é necessário entender os acontecimentos que envolvem os meios socioculturais, econômicos e todo o cenário cultural e os modos comunicacionais que envolvem todas as produções comunicacionais.

Dessa forma o presente artigo busca pretende tem a intenção de entender a influência que a comunicação de redes de fast-food tem sobre as pessoas, acreditando que a comunicação de fast-food são tão bem elaboradas que as pessoas comem por status, consumismo e muitas vezes até sem fome. E que toda essa produção de consumo vem devido a uma excelente comunicação empresarial e do fortalecimento das marcas criadas pelas empresas, sendo elas pelo marketing direto ou indireto. E que as companhias de fast-food estão nos principais veículos onde estão seus stakeholders[3] como televisão e internet.

Neste artigo foram usados quarenta e sete artigos e trabalhos científicos que tinham ligação direta com os objetos de estudos em questão, sendo eles as redes de Girafas e McDonald´s. E trabalhando com relação indireta com os objetos, mas que são de extrema importância para o entendimento, embasamento e justificativa deste estudo, como artigos que falem de redes de fast-food, marketing, comportamento do consumidor e comunicação empresarial.

Os textos que foram usados no estudo foram escolhidos por serem os únicos que se enquadram na proposta, pois até o presente momento não foi encontrado nenhum estudo em específico que trata-se ou se refere-se diretamente ao assunto.

Sendo assim, essa pesquisa científica é inovadora e até o momento atual a única que fala sobre a persuasão da comunicação empresarial das redes de fast food. Para embasamento teórico entre vários pesquisadores foram usados textos dos seguintes autores dentro do recorte proposta de 2017 a 2019: Holf e Gabriell (2017); Volóchinov (2017), Nöth, Santaella (2017), Thédiga de Miranda (2017), Pereira (2017), Delmondez, Demo, Scussel (2017), Oliveira et al (2017), Souza (2017), Portilho, Rosa (2017), Costa e Busato (2017) Lima, Corrêa, Pessôa (2018), Itakura (2019) e Galarca (2019). Foram usados também estudos de pesquisadores referência na área, como: Kotler (2000), Calazans (2006), Fatin (2006), Jaquinot (1998) Peruzzo (1999) e Deliberador (2011). Além de clássicos como: Durkeheim (1977) e Santaella (1983).

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esse artigo analisa a comunicação de duas redes de fast-food: O McDonald´s e o Burger King. Essa análise com um paradigma epistemológico interpretativista feita por meio de uma pesquisa bibliográfica com recortes principais feitos nos anos de 2017 a 2019, assim dessa forma apresentando referências atuais, mas é claro não deixando de trazer artigos e livros clássicos para complementar a pesquisa. Para ver como essas redes atingem as pessoas foi analisado o público alvo, assim como as campanhas atingem o público infantil para compreender o por que elas dão status para as pessoas.

MC DONALD´S

O McDonald´s surgiu em 1937, criado por dois irmãos, Richard (Dick) e Maurice (Mc) McDonald´s que começaram com apenas um drive in em um bairro de classe mais baixa em Passadena na Califórnia, recebendo o nome de McDonald´s.

No começo não tinha nenhum hambúrguer, o carro-chefe era um cachorrão. Em 1940 começaram a ampliar o negócio. Já em 1948 eles criaram um sistema para agilizar o atendimento, chamado de “Speed Service system” ou Sistema Rápido de Serviço, começava então a nascer o atual fast-food. Os empresários tiram a presença dos garçons e colocaram os clientes para fazer o pedido no balcão.

Bem nessa época começou a surgir também o sistema de franquias, foi onde os empreendedores colocaram o McDonald´s sob o comando de uma operadora de posto de gasolina e decidiram achar alguém para comandar a empresa. Em 1954, um caixeiro viajante chamado Ray Kroc, fechou um contrato com os irmão com o direito de comercializar a franquia em todo território americano.

Um ano depois Ray Kroc já tenha mais de vinte restaurantes espalhados por todo o Estados Unidos segundo a corporação do McDonald´s. em 1960 Kroc comprou a parte dos irmãos McDonald´s no valor de US$ 2,7 milhões. Segundo o site do McDonald´s do Brasil a primeira loja foi aberta em 1979 (CHERTO, 1989, apud NASATO, 1999).

Líder no segmento de serviço rápido de alimentação, o McDonald’s se destaca pela qualidade dos produtos e do atendimento. O McDonald’s é a maior e mais conhecida empresa de serviço rápido de alimentação do mundo. Presente em 119 países, a rede possui mais de 36 mil restaurantes, onde trabalham 2 milhões de funcionários que alimentam diariamente mais de 70 milhões de clientes. No Brasil, a rede é operada desde 2007 pela Arcos Dourados, máster franqueada da marca McDonald’s em toda a América Latina. O primeiro restaurante do Brasil foi inaugurado em 1979, em Copacabana, Rio de Janeiro. Uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil e um dos maiores empregadores de jovens do país, o McDonald’s reforça seu compromisso com a segurança e a saúde do trabalhador e anuncia o apoio ao movimento Abril Verde, iniciativa que ressalta a discussão sobre a segurança e a saúde no ambiente de trabalho (MC DONALDS CORPORATION, 2019).

Segundo o site da Arcos Dorados (2019) a empresa que administra o McDonald´s no Brasil, ela é uma referência, pois a organização “é a maior franquia McDonald’s do mundo, tanto em vendas totais do sistema como em número de restaurantes”:

A Companhia é a maior rede de serviço rápido de alimentação da América Latina e Caribe, com direitos exclusivos de possuir, operar e conceder franquias de restaurantes McDonald’s em 20 países e territórios, incluindo Argentina, Aruba, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Curaçao, Equador, Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, México, Panamá, Peru, Porto Rico, St. Croix, St. Thomas, Trinidad & Tobago, Uruguai e Venezuela. Diretamente ou por meio de franquias, a Companhia opera mais de 2.062 restaurantes da marca McDonald’s na região, com mais de 95.000 funcionários atendendo cerca de 4,3 milhões de clientes todos os dias. Reconhecida como uma das melhores empresas para se trabalhar, a Arcos Dorados está listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE: ARCO) (MC DONALDS CORPORATION, 2019).

A organização é líder absoluta no ramo de restaurantes “[…] o McDonald’s é hoje uma das melhores empresas para se trabalhar e uma das melhores franquias para administrar”, para comprovar essa afirmação a Arcos Dourados apresenta no site do McDonald´s a afirmação que “foi o sistema de franquias que permitiu o McDonald’s a se tornar a rede de restaurantes de mais sucesso do planeta, com mais de 33.000 restaurantes e presença em 119 países” (MC DONALDS CORPORATION, 2019).

BURGER KING

O Burger King segundo Lage (2014) foi fundado por Mattew Burns e Keith J. Kramer em 1953, eles inauguram na Flórida o Insta Burger King. Na época já existia empresas de fast-food. Os empresários tiveram que vender a loja por questões financeiras, assim, vendendo para outros investidores já da área da alimentação. Os novos donos James McLamore e David Edgerton mudaram o nome para Burger King. O carro-chefe do Burger King o Whopper, foi criado em 1957. Anos depois a empresa continuou crescendo:

em 1963, foi aberto o primeiro restaurante da rede fora dos Estados Unidos, chegando assim, a Porto Rico. Seis anos depois, o Canadá seria o segundo país a receber a marca. E daí, a marca foi se internacionalizando. Chega à Europa em 1975 com a primeira franquia aberta em Madrid. A organização abriu o seu primeiro restaurante em Portugal em 2001 e conta com 39 unidades no país (LAGE, 2014, p.87 e 88).

Já no Brasil a franquia chegou tempos depois sendo que a “primeira unidade foi aberta em 2004 e, desde então, a marca tenta quebrar a hegemonia imposta já há mais de trinta anos pelo McDonald’s no país” (LAGE, 2014, p.87 e 88).

em 2010, a rede foi comprada por três brasileiros, que desejam reduzir a dependência desta aos Estados Unidos e se comprometeram a abrir cerca de 500 novas unidades na América Latina, principalmente, no Brasil. Existem, pelo menos, 230 restaurantes da marca espalhados por dezoito estados e 81 cidades. Atualmente, a nível mundial [..] (LAGE, 2014, p.87 e 88).

Com um crescimento rápido, em 2014 dez anos depois de sua chegada no Brasil a rede já tinha mais de “13 mil restaurantes funcionando em 88 países e é a segunda maior rede de hambúrgueres do mundo, só ficando atrás do McDonald’s (LAGE, 2014, p.87 e 88). Já hoje, o número é maior, segundo o site da própria empresa ela “é a segunda maior rede de hambúrgueres do mundo. Lar original do WHOPPER, possui mais de 15 mil lojas, servindo mais de 11 milhões de consumidores por dia em mais de 100 países ao redor do mundo” (BURGER KING, 2019).

A empresa também afirma que “aproximadamente 90% dos restaurantes Burger King pertencem e são operados por franquias independentes, muitas delas administradas por empresas familiares que estão no ramo há décadas” (BURGER KING, 2019). Já quando se fala na rede no Brasil a organização afirma que:

O Burger King do Brasil é um master franqueado do Burger King Corporation no país. Nossa marca está aqui desde 2004, quando inauguramos nosso primeiro restaurante no Shopping Ibirapuera, mas foi em 2011, após o Burger King Corporation ser adquirido pelo grupo 3G capital, que iniciamos a nossa operação própria aqui no país, através de uma joint venture entre Vinci Partners e 3G Capital. De 2011 para cá já crescemos muito, e nossos números comprovam isso. Somos uma empresa que em meados de 2011 possuía alguns colaboradores em São Paulo distribuídos entre 17 pontos de venda. Hoje, já somamos mais de 11 mil colaboradores e estamos presentes em todos os estados brasileiros, com mais de 600 pontos de venda. Acreditamos que o nosso bem mais valioso é a nossa Gente. Por isso, apostamos na carreira de nossos colaboradores, com o objetivo de impulsionar a visão de dono daqueles que, junto com a gente, acreditam em um Sonho Grande: ser a mais prazerosa experiência de alimentação. Para sustentar esse sonho, nos focamos em quatro pilares: sermos a marca de fast-food preferida, mais rentável, com pessoas talentosas e com forte presença nacional (BURGER KING, 2019).

Assim, o Burger King foi ganhando espaço e assim como a sua maior concorrente hoje a empresa têm consumidores fieis, dados que podem ser comprovados com seu rápido crescimento no país. Para Itakura (2019) o Burger King cresceu muito ao espetacularizar em sua comunicação empresarial a sua rival e com isso tomado dela muitos clientes.

CONSTRUÇÃO DA MARCA

Quando se fala em marca logo se pensa no logo. No “M” amarelo gigante, no caso do McDonald´s, ou da coroa quando se fala em Burger King, mas marca na verdade é tudo aquilo que se constrói para lembrar-se de uma marca, produto ou serviço, de uma maneira que ela sempre seja lembrada. Philip Kotler afirma que “todas as empresas lutam para estabelecer uma marca sólida – ou seja, uma imagem de marca forte e favorável.” (KOTLER, 2000, p.33).

Ao atingir essa construção a empresa consegue cobrar o valor mais elevado pelo seu produto, no caso das redes de fast-food cobrar em um lanche o valor de uma refeição completa “o produto ou oferta alcançará êxito se proporcionar valor e satisfação ao comprador-alvo. O comprador escolhe entre diferentes ofertas com base naquilo que parece proporcionar o maior valor.” (KOTLER, 2000, p.33).

Dessa forma, hoje, comer em uma rede de fast-food está ligado com o poder de consumo e status, “o marketing consiste na tomada de ações que provoquem a reação desejada de um público-alvo.” (KOTLER, 2000, p.34), uma vez que se você pode comer um lanche de uma dessas empresas é porque você “pode” e a marca por outro lado vende ao cliente o produto ao qual ele criou e valorizou.

Ao se contratar uma franquia junto com ela o franqueado já tem a marca construída, pronta para ser trabalhada, assim ela tem todo o suporte da franchising nas suas operações o que garante a continuidade da comunicação empresarial e procedimentos. Segundo Nassato (1999), é a rede do McDonald´s que escolhe os pontos e realiza os projetos e construções das sedes.

Nassato (1999) explica que a franquia tem vários tipos de restaurantes, como: “drive-thru” (atendimento feito para clientes dentro do carro), “in-store” (uma loja de rua com entrada para pedestres), “spress” (semelhante ao “in-store”, mas com menos opções no cardápio e um tamanho de loja menor) e “Mall” (localizado dentro de shopping center). Isso sem falar nos quiosques de sorvetes espalhados em vários pontos da cidade ou dentro dos shopping, esses trabalhando apenas com sorvetes e milk-shakes.

Mesmo com esse suporte o franqueado tem a liberdade de fazer promoções para agregar ao marketing da filial. De acordo com Nassato (1999) o proprietário da regional pode fazer ações como: “compre três mc ofertas média com sobremesa e leve um boné”. Mas a responsabilidade e sucesso da promoção fica por conta do franqueado (NASSATO, 1999). Mas não podemos negar que a atitude é interessante, uma vez que cada localidade tem um público, poder de consumo e gostos diferentes.

O carro chefe- do McDonald´s é o Big Mc, criado por um franqueado chamado Jin Deligatti, de Pittsburgh, na Pensilvânia, no ano de 1968. A ideia surgiu um ano antes quando ele resolveu criar um sanduíche maior, inventando um com dois andares e gergelim. Acrescentou também um molho especial que ele fazia inspirado em uma receita russa. Hoje o lanche é o mais famoso e por meio dele também é trabalhado uma construção de marca.

Mesmo mantendo uma forma mais padrão em seu cardápio a empresa ainda assim abre espaço para novidades, mesmo que muitas vezes o lanche fique por um tempo determinado, mantendo-se apenas os clássicos “[…] até produtos como pizzas, e cachorro quente já foram servidos por seus restaurantes. Porém, a principal característica do McDonald´s é servir hambúrguer” (NASSATO, 1999, p. 47).

Em um momento atual onde as pessoas buscam se enquadrar um grupo social, muitas delas se enquadram em lutas por causa, com engajamentos como a sustentabilidade. Visando isso o McDonald´s buscou aderir o tema para agregar esse público. Assim, criou o Programa de desenvolvimento sustentável. No site o Objetivo do Programa é definido como a busca: “através da educação e de parcerias […] fazendo com que o McDonald’s seja um “Centro de Disseminação de Educação para o Desenvolvimento Sustentável” na sua comunidade”. A empresa criou por meio de parcerias para a Educação Fundamental de seus envolvidos e o Programa de Educação Executivas para suas lideranças e dessa forma estar “capacitando desde a base até as lideranças da Arcos Dorados, fornecedores e parceiros”. A além disso com essa ação o McDonald´s por meio da sua administradora Arcos Dourados com “Programa de Desenvolvimento Sustentável também contempla ações em Economia Circular, com geração de receita e inclusão social a partir de resíduos dos restaurantes”.

Hoje o Burger King é o maior rival de sua líder o McDonald´s e isso pode ser visto por meio dos ataques que a empresa faz a sua maior concorrente. Esses insultos vêm por meio de propagandas com indiretas ao McDonald´s, mas principalmente usando o seu mascote Ronald Mc Donald como objeto de ironia.

Itakura (2019) em um artigo que fala sobre uma peça publicitária do Burger King sobre palhaços e Halloween o pesquisador defende que a empresa de fast-food usa o marketing emocional para conquistar seus clientes. E para isso a rede trabalha com a “Coulrofobia”, pois as pessoas que tem medo de palhaço “tendem a não frequentarem locais onde essa figura costuma estar, sendo assim, não querem de forma alguma manter contato” (ITAKURA, 2019, p. 87 e 88).

Já em outro estudo sobre os mascotes do McDonald´s e Burger King Itakura (2019) defende que a ironia e sarcasmo é uma marca registrada nas campanhas publicitárias e comunicação empresarial do Burger King em embate ao McDonald´s.

O autor também afirma que a própria criação do mascote do Burger King já foi criado nesse sentido, uma vez que ele é o bobo da corte, já o McDonald´s trabalha com um palhaço, algo mais infantil e a empresa presa muito a inocência, algo que pode ser visto nas fortes ações envolvendo o Ronald McDonald´s e o Mc lanche feliz.

Segundo Itakura (2019) as duas empresas fazem isso para consolidar marca, pois, “fidelização essa que as duas marcas procuram ao buscar atingir o público infantil com seus mascotes, assim, tendo essa parcela de mercado (crianças) desde pequenos até a fase adulta como consumidor assíduo” (ITAKURA, 2019, p.3).

MUNDO McDONALIZADO

A rede de fast-food McDonald´s foi a mola propulsora ao criar redes de restaurante de comidas rápidas e trazer lanches no formato que conhecemos hoje. A empresa cresceu rápido ao redor do mundo e com ela trouxe outros empresário que vieram ao surfar na onda da sua criação empreendedora.

O autor Ritzer trouxe em seu livro The McDonaldization of Society uma teoria que analisa esse furacão criado pela rede a chamando de mundo Mcdonalizado “a expressão utilizada pelo autor para caracterizar o processo no qual os princípios das cadeias de fast food dominam cada vez mais setores tanto da sociedade americana, como de todo o mundo” (LAGE, 2014, p. 89).

Essa McDonalização é usada também por outras empresa. E se trata de quatro pilares, sendo eles: efficiency, calculability, predictability e control. Segundo Lage (2014) “Efficiency ou produtividade se resume a serviço rápido, produção instantânea, operações eficientes”, já o segundo “calculability ou calculabilidade, envolve, segundo Ritzer, o cálculo, a contagem e a quantificação”.

A terceira dimensão da McDonaldização destacada pelo autor é a predictability ou previsibilidade. O autor ressalta que, atualmente, as pessoas preferem saber o que as espera quando fazem um pedido, do que ter uma surpresa. Assim, ao pedirem por um Big Mac hoje em Portugal e amanhã em outra parte do mundo, vão ter a segurança de saber que vão comer o tradicional sanduíche de sempre. (LAGE 2014, p. 90).

E por último “o control ou controle, é a quarta dimensão do sucesso da McDonaldização. Ritzer salienta que, tanto os funcionários como os consumidores são controlados pelo sistema” (LAGE, 2014, p. 90).

assim como o McDonald’s e todas as empresas “McDonaldizadas”, o Burger King também utiliza de estratégias de adaptação às culturas locais. Como parte do menu no Brasil, é possível encontrar o milk-shake sabor a paçoca, um doce tipicamente brasileiro. E, ultimamente, também foi acrescentado aos menus, o hambúrguer de picanha, feito com ingredientes nacionais, que, como garante o presidente da empresa no Brasil, é um sanduíche exclusivo do país (LAGE, 2014, p. 91).

A McDonalização tem como objetivo trabalhar as facetas ao agregar o stakeholder de forma que ele se torne quase que um “Mczumbi” ou um dos personagens do clã do Ronald McDonald. É uma forma de domesticar o cliente, algo que deu tão certo que é até hoje copiada e inspirada por outras empresas.

Isso pode ser visto também no estudo de Itakura (2019) em que ele conclui que o Burger King busca puxar o consumidor por meio do medo e colocá-lo em um sistema ao qual ele se sinta bem e acolhido.

MARKETING DIRETO E INDIRETO

O marketing direto é aquele que encontramos nas rua em outdoor, nas propagandas veiculadas nos intervalos comerciais de televisões e rádios, anúncios de revista e similares. É a comunicação empresarial feita voltada diretamente ao stakeholder, aquele que se vê e logo se percebe-se que é uma propaganda, Nonorato (2004) afirma que esse é o meio de propagação de venda mais comum entre as organizações, mas que essa ação não é uma simples propaganda, que ela vai muita além, o marketing direto “[…] é muito mais abrangente, sendo a propaganda uma variável do composta de promoção (NONORATO, 2004, p.6).

Mascarenhas (2013) explica que o marketing direto está ligado com três pilares ligados a fundamentação, a identificação dos clientes, e a ação mercadológica, sendo eles: o potencial, usuário e banco de dados. O autor afirma ainda que “a escolha do Marketing direto nos planejamentos de Marketing está relacionada com o poder de mensurar a eficiência das ações (MASCARENHAS, 2013, apud, STONE, 1992).

Marketing direto é a comunicação dirigida de oferta, para um público-alvo prioritário, com resposta direta, quantificável e mensurável. É um sistema de mídia e métodos designados a estimular a resposta de um prospect ou cliente com intuito de desenvolver ou aumentar o relacionamento com o cliente (BOLDUAN; KRAISCH, 2011, p. 3).

Já o marketing indireto, também conhecido como marketing invisível, é muito usado também pelas redes de fast-food, Mascarenhas (2013) explica que essa estratégia é muito usada em filmes e novelas. É um tipo de propaganda que pega “carona” com um veículo midiático, de forma que ele aparece mas não é o alvo principal da propagação. Ele está inserido dentro do conteúdo, como um ator comendo um lanche, tomando um sorvete, passando na frente de uma rede de fast-food.

O pesquisador Calazans (2006) no seu livro propaganda subliminar multimídia fala que o subliminar pode ser comprovado por diversas maneiras, inclusive científicas, apesar de muitos outros estudiosos acreditarem que tudo aquilo que é subliminar não poder ser estudo, já que o que está oculto, não pode ser visto, quanto mais analisado, porém deve se lembrar que o marketing indireto o produto está em segundo plano, e não oculto, por isso sempre subliminar, ele é visto e interpretado de forma inconsciente. Azevedo (2000) também afirma que muitas pessoa não acreditam no que não pode ser visto, mas assim como Calazans diz que a técnica já foi comprovada e afirma que o “Subliminar é o impulso que não é suficientemente intenso para que se tenha consciência dele, mas que, mesmo assim, afeta quem o recebe” (AZEVEDO, 2000, p.43).

Para confirmar sua tese Calazans (2006) falar sobre um estudo famoso sobre o assunto o “Experimento Vicarista”, criado por Jim Vicary em 1956. Para esse estudo foram colocados em duas salas de cinema pessoas para assistirem um filme. Durante a apresentação de um deles foi colocado uma rápida inserção com a frase: “beba Coca cola e coma pipoca”. Em uma exibição para cinema, ainda no formato analógico, lembrando que hoje não usamos mais esse tipo de projeção, era passado o filme em película, sendo que a cada segundo se passava vinte e quatro frames, ou seja, vinte e quatro fotos por segundo, o que torna a inserção da frase quase que imperceptível.  A sala onde teve a presença da frase “A influência foi tamanha, que a venda de Coca-Cola e pipoca aumentou na ordem de 57,7% e 18,10% respectivamente” (MACHADO; MARAGON; SILVA, 2002, p.3). É de extrema importância lembrar que nesse estudo a presença é extremamente rápida, assim, que assiste não vê de forma consciente. Já o marketing indireto a aparição é mais presente e com um tempo maior, assim quem assiste pode ver de forma consciente a presença do produto/marca, o que difere do direto com o indireto é que no segundo o espectador absorve uma divulgação que não fala com ele diretamente.

SEMIÓTICA DA FOME

Para a maior referência sobre o assunto a autora Lúcia Santaella (1983) no livro o que é semiótica explica que a “semiótica é a ciência dos signos” e ela pode ser verbal ou não verbal. E pode ser usada na busca de todas as linguagens possíveis, podendo ser implícitas ou explícitas “dentre os campos que usam semiótica de forma explícita destacam-se (a) linguagem da propaganda, considerando a análise do texto verbal veiculado em campanhas publicitárias” (LIMA; CORRÊA; PESSÔA, 2018, p. 119).

Na linguagem verbal Volóchinov (2017, p. 100) afirma que “[…] a palavra acompanha toda a criação ideológica como seu ingrediente indispensável. A palavra acompanha e comenta todo ato ideológico”. Dessa forma o autor ainda diz que a forma linguística é oferecida ao falante e que a “[…] palavra está sempre repleta de conteúdo e de significação ideológica ou cotidiana.” (VOLÓCHINOV, 2017, p. 181).

Para Nöth e Santaella (2017, p. 188) o ato de gerar a fome no stakeholder tem como o “seu ponto de partida é a tentativa de aplicar métodos de pesquisa da linguística estrutural à análise do texto, que Greimas define como discurso.”

Nos slogans das duas companhias temos um forte conteúdo ideológico, No Mc Donald´s o slogan: “Amo muito tudo isso”. Algo que remete a paixão do stakeholder pela marca, produto e serviço oferecido. Já o Burger King: “Do seu jeito”, também com sua ideologia, ao atacar sua concorrente, uma vez que o cliente do McDonald´s não pode trocar os ingredientes/composição dos seus lanches e também ao dizer que a marca é do jeito que o cliente é/gosta/se identifica.

Por outro lado existem também signos que estão de forma quase que imperceptível ou dependem de uma convenção para fazer sentido ao receptor “uma vez construída a partir das subjetividades de cada indivíduo e respectivas interações sociais, a realidade, seus fenômenos e o conhecimento” (LIMA; CORRÊA; PESSÔA, 2018, p. 119). Como as imagens das publicidades sempre com cores chamativas e vibrantes. É possível ver claramente que as duas marcas seguem a mesma linha semiótica de fotos, artes e diagramação de suas campanhas, seja elas em televisão, outdoor, revistas, fachadas e similares, “[…] é um livro secreto só conhecido ao emissor e ao receptor. Ele estabelece, portanto regras de correspondência entre o texto claro e o texto cifrado” (NÖTH E SANTAELLA 2017, p. 152). Uma mensagem passada ao ponto que é inserida no nosso cotidiano de forma cultural, segundo Nöth e Santaella (2017, p. 229), “A descrição da semiosfera realizada por Lotman é uma descrição de um sistema autorreferencial. É uma descrição coerente da cultura no estágio em que a cultura cria e é criada pela cultura”.

Dessa forma a semiótica é “uma ciência dedicada ao estudo ora dos signos, ora dos processos de significação”, ou seja “é compartilhado por diversas correntes teóricas, cada qual marcada por perspectivas epistemológicas e metodológicas próprias, o que a faz ser definida genericamente” (LIMA; CORRÊA; PESSÔA, 2018, p. 119).

MÍDIA EDUCAÇÃO

A mídia educação já existe em alguns países da Europa, como por exemplo a Inglaterra. Esse é um instrumento para agregar ao ensino a leitura crítica da mídia para os alunos e futuros cidadãos, assim, Ferreira (1993) afirma que:

Não se pode deixar de considerar que toda a educação–embora diferentes perspectivas atribuam diversos graus de liberdade ao indivíduo–visa integrar o indivíduo à sociedade, mesmo que seja para que ele a critique e tente transformá-la. Um ideal de homem sempre está em jogo: o ajustado e o conformado, ou o crítico e o rebelde. Subjacente à ideia desse homem está o projeto de sociedade em que ele irá viver (FERREIRA, 1993, p.10).

Possibilitando então que o aluno possa ver e entender o local da sociedade que ele vive e também o mundo, que ele possa ser crítico de maneira ampla e ter uma “formação de um usuário ativo, crítico e criativo de todas as tecnologias da comunicação e informação” (FANTIN, 2006, p.30), assim, essa é “uma construção social que vem se modificando ao longo da história, numa extensão que varia conforme os países” (PERUZZO, 1999, p.216).

A pesquisadora Geneviève Jacquinot defende que (1998, p. 13) “a educação para os meios é uma introdução à democracia”. Assim Deliberador et al (2010, p.2) afirma que “o educomunicador pode colaborar para o estímulo de sensibilidade das crianças”, de maneira com que ela possa ser mais analítico e fazer uma leitura crítica da mídia. Dessa forma não ser um receptor passivo, mas que possa filtrar o conteúdo produzido pela comunicação empresarial e não consumir mais de forma alienada.

Se na escola fosse ensinado a fazer essa filtragem o aluno levaria isso para a vida toda, pois, “o que é aprendido na escola extrapola o quadro escolar e se prolonga na vida cotidiana” (JACQUINOT, 1998, p.12). E esse ensinamento seria um “um instrumento para a democratização de oportunidades educacionais e de acesso ao saber, o que contribui para a redução das desigualdades sociais”.

A doutor Luzia Yamashita Deliberador (2011) defende que deve ser ensinado nas escolas a mídia educação para que os alunos possam fazer uma leitura crítica e analítica dos conteúdos midiáticos e não serem apenas receptores passivos, mas sim, aptos a ver o que é benéfico ou não para ele como cidadão.

Deliberador (2011) ainda crê a presença de jornalistas em sala de aula, mesmo que ainda bacharéis, pois eles podem fazer uma ligação entre a mídia e o ensino.

Já para Baccega  (2003, p. 102) eles “desempenham papéis  sociais  nessa  sociedade  da  informação  e  do  conhecimento,  e  é  dessa  premissa  que devem partir as atualizações em ambos os campos”. Assim dessa forma:

em  virtude  de  a  mídia  ter  conquistado  um papel  tão  grande  na  formação  dos jovens,  é  preciso  que  eles  estejam  preparados  para  serem receptores  críticos  de  todo  o conteúdo  para  saberem  interpretá-lo,  ou  então  toda  a  informação  disponível  nos  meios  de comunicação será desperdiçada e mal compreendida (DELIBERADOR  E  LOPES, 2011, apud, GALARCA, 2019, p. 192).

Dessa forma o futuro cidadão que tiver em sala de aula um mídia educador vai poder “filtrar” o conteúdo midiático e publicitário, para Fantin (2011, p. 29, apud, Thédiga de Miranda, 2017) a mídia educação vai trabalhar “as dimensões que caracterizam a cidadania na perspectiva da mídia-educação abarcam: a cidadania política, a cidadania social, a cidadania cultural e o direito civil”.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os costumes que envolvem a alimentação em nosso pais mudou em consequência da correria que descende das grandes cidades “O fast-food é o ato de comer rapidamente fora de casa, está associado diretamente à gastronomia, porém trata-se de uma comida simples, nada refinada e de baixo custo” (PEREIRA, 2017, p. 24). Delmondez, Demo, Scussel (2017) definem as redes com um nicho de mercado emergente:

as refeições feitas em casa foram substituídas pelo almoço em restaurantes que, por sua vez, passaram a dar lugar às refeições ainda mais práticas e rápidas, movimentando o segmento de alimentação fast food, mercado em plena expansão no Brasil.

Delmondez, Demo, Scussel afirmam também que esses nichos de mercado têm aumentado com uma taxa superior à média do mercado.  Isso “levando em consideração a interiorização do país e do varejo, a propagação dos shopping centers, aumento e distribuição da renda populacional e modernização do consumo”. Delmondez, Demo, Scussel dizem ainda que a homogeneidade é uma característica que está presente entre as estratégias mercadológicas. (DELMONDEZ; DEMO; SCUSSEL, 2017, p.564).

Mas afinal o que é fast-food? Santos diz que esse tipo de empresa “[…] possui algumas características que são: sua forma de distribuição de produtos cozinhados industrialmente e de serviços de restaurantes rápidos, organizados de maneira taylorista cujo produto básico é o hambúrguer” (SANTOS, 2006, p. 5). Para se fazer uma análise das redes de fast-food e saber como elas atingem as pessoas primeiramente temos que entender o comportamento desse consumidor, segundo Oliveira et al (2017) no momento da compra o consumidor é influenciado pelos fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos “o comportamento do cliente é definido em atividades de aspecto geral ligado ao consumo que podem ser serviços ou produtos que se resume em decisões e ações que demonstram diretamente a sua forma de compra” (OLIVEIRA et al 2017, p.125).

E é essa troca que faz esse tipo de negócio ser tão lucrativo nos dias de hoje, segundo Pereira o toda a estratégia de marketing é baseada em um tripé que é composto pela gestão de produto, gestão de clientes e a gestão de marca, “as pessoas conhecem as marcas e dão à ela o sucesso, a partir do momento em que criam sentimentos por seus produtos e serviços” (PEREIRA, 2017, p.4).

Assim a comunicação de redes de fast-food para atingir seu público alvo usa vários artifícios da comunicação empresarial, entre elas a comunicação espontânea, a publicidade, sendo que a “[…] publicidade é qualquer tipo de informação que é divulgada e tem como destinação o público, desde que, objetivando, conquanto, a promoção e difusão, sejam direta ou indiretamente, de produtos ou serviços”. (SILVA, 2008, p. 165), isso porque da mesma forma que as pessoas não tem tempo para comer, também não tem tempo para analisar algo muito complexo.

Para Henriques (2006) a comunicação de redes de fast-food dispõe, para tanto, de grande arsenal de mecanismos, tais como pesquisas e estudos comportamentais de todas as espécies e para todas as questões que se coloquem (HENRIQUES, 2006). Para entender melhor o que é publicidade Nunes (2010, p. 420) explica que:

[…] o termo “propaganda” tem origem do latim propaganda, do gerúndio de propagare, “coisas que devem ser propagadas”. Donde afirmar-se que a palavra comporta o sentido de propagação de princípios, ideias, conhecimentos ou teorias.

Não descartando que esse ato de propagar tem função de atingir o lucro, assim criando o consumo, para Souza (2017, p.43):

De forma mais prática, podemos conceituar publicidade como uma prática de comunicação em massa, no qual visa a transmitir informações sobre o produto, com o intuito de estimular a compra, despertando na massa consumidora o desejo pela coisa anunciada e tornando dessa forma de grande importância para as relações de consumo.

Publicidade que também é muito voltada para o público infantil, segundo Souza (2017) a concentração voltada para esse público tem ficado cada vez mais clara e intensa “[..]a relação de consumo destinada ao público infantil tem se tornado evidente, pois na maioria elas são atingidas pela imensidão de produtos lançados com frequência no mercado, deixando-os eufóricos [..]” (SOUZA, 2017, p. 47).

E não são apenas as crianças, mas também os adolescentes são influenciados pelas campanhas publicitárias Portilho e Rosa (2017) afirmam que os jovens:

[…] ao consumirem os produtos nas redes de fast-food sofrem influências das propagandas na TV e outros canais que mostram imagens, fotos personalizadas de sanduíches grandes e suculentos que convidam à degustação. Entretanto na realidade os sanduíches são bem diferentes do que os mostrados nas imagens (PORTILHO E ROSA, 2017, p.4).

Para os autores não é uma simples comida, mas sim uma referência de quem você é, pois na nossa sociedade você é come, assim, “comer hambúrguer faz parte de um novo hábito juvenil, é um processo de interação social, estar junto ao grupo de amigos.

Dessa maneira o ato de comer uma comida rápida não é apenas algo funcional “trata-se da posse de um status social”. Eles afirmam também que “os hábitos alimentares estão relacionados ao meio sócio -econômico cultural em que vivemos”, dessa forma eles ressaltam que “não são todos os adolescentes que possuem condições econômicas para fazer semanalmente esse tipo de refeição, pois os preços não são acessíveis à população de baixa renda”.

Assim, concluem o trabalho deles dizendo que tudo vem através do grande trabalho da comunicação, que muitas vezes sem condições financeiras os jovens mesmo assim juntam seu dinheiro para consumir, pois segundo eles “os adolescentes seduzidos pelas belas imagens são, são convidados ao consumo dessas refeições”. (PORTILHO E ROSA, 2017, p.5).

Isso porque Pereira (2017), “no meio de uma grande quantidade de mensagens publicitárias, destaca-se a marca que utiliza a publicidade de forma criativa para de atrair, informar e persuadir o público-alvo”. Para ter uma campanha de grande persuasão o Burger King usa em seus filmes publicitários pessoas públicas e personalidades que venha agregar a sua marca “seus anúncios contém um formato criativo interessante, utilizando situações variadas para repassar suas mensagens, utiliza com frequência o interior de seu restaurante como cenário em seus filmes publicitários” (PEREIRA, 2017, p.28).

Pereira também afirma que o McDonald´s é “a empresa é líder no segmento fast-food se destacando pelo seu atendimento e produtos de qualidade, é também a empresa mais conhecida do ramo no mundo todo”, e que por ser consolidada ela usar uma estratégia diferente.

Em suas abordagens publicitárias a marca procura evidenciar os produtos mais consumidos. Visa fortalecer seu nome e seus valores com anúncios institucionais e não costuma divulgar seus produtos complementares, apenas os populares (PEREIRA, 2017, p.34-35).

Segundo a análise de Pereira (2017) as campanhas publicitárias em sua grande maioria têm o objetivo de mostrar seus produtos principais e afirma ainda que “neste sector as marcas apostam na divulgação de seus produtos populares e pouco divulgam produtos ou mensagens à respeito de responsabilidade social” (PEREIRA, 2017, p.72).

A autora reforça também a presença de um locutor dessa forma “marcas optam por este tipo de formato em suas abordagens, destacando assim, o teor do que é dito”. Pereira também diz que “o interior do restaurante é o cenário mais frequente nos anúncios”, assim segundo ela “as marcas priorizam este espaço pois o público identifica de imediato qual marca está a anunciar” (PEREIRA, 2017, p.73). E é claro não poderia faltar em campanhas de comunicação de fast-food pessoas comendo.

Como trata-se de uma empresa onde o produto é a comida em si, obviamente que nos anúncios sejam presente o ato de comer desenvolvido pelos personagens. Entretanto não limitando se a isto, sendo presente também vários tipos de situação em um mesmo anúncio. Desta forma pode-se concluir que as marcas estão por ressaltar situações comuns que acontecem em relação aos seus produtos (PEREIRA, 2017, p.74).

Dessa forma para Costa e Busato (2017) “A marca é usada por seus consumidores como objeto simbólico, transmissora de valores, tornando-se meio de manifestação pessoal dentro de sociedades”, os autores afirmam também que: “O comportamento que uma marca assume através de suas estratégias de comunicação, e como é percebida dentro do mercado, gera valor a sua imagem, refletindo nas relações comerciais” (COSTA; BUSATO, 2017, p. 5).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando artigos que falam sobre a comunicação das redes de fast-food foi possível concluir que essas grandes redes trabalham muito bem sua publicidade.

Enquanto o Burger King tentar ampliar sua popularidade casando com grandes nomes da atualidade o McDonald´s a precursora desse nicho de mercado apenas faz sua manutenção publicitária.

E assim atinge as pessoas de uma maneira que elas consomem por status, muitas vezes até sem poder aquisitivo, mas compra para poder manter a “aparência social”.

Campanhas que também são muito voltadas ao público infantil, pois assim conseguem fidelizar a sociedade desde criança. Dessa forma atingindo a sociedade em sua primeira infância e mantendo elas consumidoras por toda a vida.

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APÊNDICE – REFERÊNCIA DE NOTA DE RODAPÉ

2. Termo em inglês para restaurante com produção de comida rápida

3. Termo em inglês para público-alvo

[1] Graduação em Jornalismo.

Enviado: Fevereiro, 2020.

Aprovado: Agosto, 2020.

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