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A comunicação interna e sua importância nas organizações

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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

MENEZES, Andressa Dordron de [1]

MENEZES, Andressa Dordron de. A comunicação interna e sua importância nas organizações. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 04, Vol. 05, pp. 215-222. Abril de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/comunicacao/a-comunicacao-interna

RESUMO

Com a globalização e as novas tecnologias, o mercado de trabalho vem passando por mudanças ao longo dos anos. Aspectos como competitividade, imediatismo e interatividade são exemplos dessas mudanças. Logo, as instituições também vêm mudando e investindo em inovação e qualidade em seus processos organizacionais. Além disso, muitos aspectos de comunicação interna passaram por melhorias e apontam para uma tendência de crescimento de colaboradores com maior comprometimento e engajamento. Mas, qual a importância da comunicação interna em uma empresa? Este artigo tem como objetivo exaltar a importância da comunicação interna nas instituições. A metodologia utilizada foi o estudo e análise de textos e materiais de alguns autores que contribuem para a relevância do assunto. Definições e algumas citações foram expostas a fim de elucidar argumentos e contribuir para o estudo. Como resultados dessa análise, pode-se citar que o bom uso da comunicação interna é importante, pois tal ferramenta influencia diretamente na melhoria do clima organizacional, motivação e valorização dos profissionais, dentre outros. Conclui-se que esses fatores geram maior engajamento e produtividade por parte dos profissionais, melhorando os resultados das empresas.

Palavras-chave: comunicação interna, organização, comunicação corporativa, importância, ferramenta de comunicação.

1. INTRODUÇÃO

Com as constantes transformações e o surgimento de novas mídias e redes sociais no mundo da comunicação ao longo dos anos, pode-se afirmar que as empresas mudaram, e, consequentemente, as relações interpessoais também.

Para Nassar (2005), essas transformações fazem com que a comunicação dentro das empresas esteja cada vez mais integrada. Dessa forma, a comunicação interna está ainda mais valorizada e sendo encarada como fundamental para o bom funcionamento da companhia, tanto nos relacionamentos interpessoais quanto na qualidade e gestão de negócios como um todo. Para isso, os indivíduos são estimulados a interagirem e estabelecerem um bom relacionamento, a fim de evitar possíveis conflitos dentro da organização.

Segundo Argenti (2006), os interesses das pessoas e os interesses das empresas devem estar bem alinhados, para que ambos sejam bem-sucedidos. Porém, em muitas das vezes, o mercado apresenta certa dificuldade em conciliar isso e não aplica as ferramentas de apoio de forma eficaz e de acordo com os propósitos das empresas.

Assim, fazer bom uso dos veículos de comunicação interna e destacar a sua importância nas organizações é fundamental para que os colaboradores entendam seu papel na empresa e que de fato estejam envolvidos e motivados a alcançar melhores resultados.

Através da análise de autores, a questão fundamental a ser respondida foi: qual a importância da comunicação interna em uma empresa?  De acordo com Chiavenato (2002), é fazer com que todas as pessoas, de todos os níveis da organização, enxerguem que são administradores de suas tarefas (e não apenas executores), em um processo de melhoria contínua.

Neste contexto, este artigo tem como objetivo exaltar a importância da comunicação interna nas instituições.

Como principais resultados, percebe-se o aumento da realização pessoal, motivação, engajamento, qualidade e produtividade de modo geral, melhorando o processo de fortalecimento organizacional.

2. DESENVOLVIMENTO

Curvello (2008), define que a comunicação interna tem como objetivo manter a coesão em torno de valores que devem ser reconhecidos em prol da construção de uma boa imagem pública.

Nesse sentido, ela deve ser utilizada com a intenção de comunicar ao seu público interno todas e quaisquer ações ou mudanças operacionais da empresa, informações administrativas, além da participação estratégica e sua atuação no mercado. Pode também tratar de assuntos ligados à cultura geral, eventos, meio ambiente, responsabilidade social e até mesmo notícias dos próprios funcionários. As ferramentas de apoio, veículos de comunicação e estratégias da organização devem estar sincronizadas, de modo a conquistar o público interno e fidelizar o público externo.

Desta forma, agrega participação, transparência e profissionalismo, estimulando o colaborador a exercer suas funções em parceria com a instituição, difundindo os ideais da empresa.

A comunicação interna não deve separar-se das outras atividades da organização, pois depende de um trabalho em conjunto entre as áreas de comunicação, marketing e recursos humanos, líderes e subordinados (TOMASI, 2019). São estes gestores que farão com que a empresa evolua e se desenvolva através de ações motivadoras e de incentivo para atingir os objetivos da corporação.

De acordo com Marchiori (2006), se a organização já aprendeu a ouvir o consumidor em relação ao marketing, é preciso aprender a ouvir o que o colaborador tem a dizer da organização.

Nassar (2005) diz que a comunicação interna é muito importante, pois aproxima a empresa de seus colaboradores, que passam a executar suas atividades de maneira agregada aos objetivos e negócios da empresa e agindo de forma coletiva. Sanches (1996) complementa que quando os colaboradores estão satisfeitos, sentindo-se fundamentais para os processos da organização, e conhecendo estes, há uma melhoria também no atendimento ao cliente.

Para ressaltar os motivos dessa importância, é necessário tratar de alguns aspectos dessa ferramenta, a fim de melhorar a compreensão do assunto como um todo.

2.1 EFICÁCIA DA COMUNICAÇÃO

Para que a comunicação seja considerada eficaz, é necessário que, além da simples transmissão de informações, ela gere uma troca, uma atitude objetiva ou até mesmo uma mudança de comportamento. Além de receber a mensagem, o receptor deve entendê-la de forma correta e respondê-la, a fim de garantir a total compreensão entre todas as partes envolvidas. Da mesma forma, o emissor da mensagem (ou seja, quem a inicia), deve utilizar as ferramentas adequadas que facilitem a transmissão e o entendimento da mesma, evitando excessos, falta de objetividade e ruídos.

De acordo com Chiavenato (2004), os canais internos de comunicação devem ser vistos como um elo de ligação entre os colaboradores e a empresa, incentivando o diálogo e troca de informações.

Essa troca faz com que os funcionários tenham ciência de sua importância e de seu papel fundamental na construção da empresa e no seu dia a dia, tornando-se um aliado. Assim, eles investem em seu desenvolvimento profissional e disseminam a visão, missão e valores da instituição, mantendo como base a confiança e a credibilidade entre todos.

Chiavenato (2004) afirma ainda que, além de ser fonte de informação e compreensão necessárias à execução das tarefas, a comunicação interna ainda promove um bom espírito de equipe, satisfação e melhor desempenho dessas tarefas.

Esses aspectos comprovam sua importância e relevância nas corporações.

2.2 VEÍCULOS INTERNOS DE COMUNICAÇÃO

No mundo cada vez mais informatizado, notícias chegam a todo momento, mudam repentinamente e são divulgadas com um simples clique. A realidade se transformou rapidamente e as empresas foram induzidas a participar das mídias digitais como novas formas de interagir com o seu público. Com acesso a esse enorme volume de informações e a conexão “sem fronteiras” da internet, as pessoas passaram a adotar uma nova postura de consumo de comunicação, tanto na vida pessoal como no ambiente de trabalho. As relações também vêm se modificando, e o trabalhador vem participando de forma cada vez mais ativa, valorizando seus conhecimentos, habilidades e competências.

Bahia (1995) diz que a comunicação empresarial não pode ficar indiferente às mudanças tecnológicas e sim aderir a toda tecnologia disponível para facilitar o cumprimento das metas da empresa. Assim, as organizações tiveram que reestruturar-se e adaptar-se às novas tendências e as redes corporativas devem ser exploradas de forma a integrar cada vez mais os indivíduos, a formar opiniões, promover experiências e despertar interesses para tomada de decisões por todos os níveis hierárquicos.

Os principais veículos internos de comunicação são, segundo Tomasi (2019): intranet, boletins, jornal corporativo, aplicativos mobile, vídeos corporativos, murais, redes sociais, mala direta, TV Corporativa, WhatsApp, entre outros.

2.3 FALHAS DE COMUNICAÇÃO

Conforme Torquato (1998), a comunicação interna é fator estratégico para o sucesso das organizações. Uma das maiores causas de insucesso nas relações é a falta de retorno, a falta de feedback, causando ruídos na comunicação e gerando conflitos. Logo, quando não se está comprometido com esse retorno, muitas vezes por falta de hábito, soberba ou até mesmo por não valorizar o trabalho do outro, de nada servem os veículos e canais internos. Muitas informações acabam causando um impacto negativo na vida dos funcionários (pois não são divulgadas adequadamente), ou, o que é ainda pior, nem sequer chegam aos seus reais destinatários, o que faz com que a comunicação interna perca sua força e sua importância.

As falhas de comunicação (ou a ausência de comunicação) acarretam diversos problemas, fazendo com que, na maioria dos casos, os funcionários nem sequer conheçam a fundo a empresa na qual trabalham. (CHIAVENATO, 2004). Não basta ter uma equipe altamente capacitada e motivada se a mesma não souber se comunicar adequadamente ou se não estiver bem-informada sobre o que acontece dentro e fora da empresa.

O problema maior ocorre quando a gestão da instituição não se dá conta disso, gerando desmotivação em massa e atrapalhando o desenvolvimento da equipe. Deve-se compatibilizar os interesses dos colaboradores e da empresa através da troca de informações, participação e o estímulo ao diálogo em todos os níveis (KUNSCH,1997).

A comunicação interna no século XXI envolve mais do que memorandos e publicações; envolve desenvolver uma cultura corporativa e ter o potencial de motivar a mudança organizacional (ARGENTI, 2006).

Devido à sua importância, a comunicação interna também pode ser usada como ferramenta de ajuda na prevenção de possíveis problemas, pois, através dela, a companhia tem a possibilidade de antever conflitos e buscar soluções viáveis com antecedência.

De acordo com Chiavenato (2004), as comunicações dentro das organizações são falhas e demandam a intervenção de vários funcionários para solucionar problemas e incentivar a confiança entre os grupos.

Assim sendo, é primordial manter a equipe atualizada e informada, principalmente, em momentos de crise, onde faz-se necessário aprimorar as ações de comunicação a fim de alcançar a melhoria da satisfação pessoal, da qualidade, do comprometimento e da agilidade e produtividade de todos os envolvidos e, consequentemente, a capacidade de crescimento organizacional.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse artigo buscou identificar a importância da comunicação interna nas empresas. Segundo Torquato (1998), a comunicação interna é estratégica pois atua como fator humanizador das relações de trabalho e consolida a identidade da organização junto aos seus públicos.

Após esse estudo, conclui-se que o uso correto dessa ferramenta melhora a integração das relações interpessoais e a motivação dos funcionários, que ao entenderem seu papel na empresa, sentem-se valorizados, comprometidos e engajados. Assim, diminui-se os conflitos e, consequentemente, há um aumento da qualidade de trabalho, da produtividade e do profissionalismo.

De acordo com Tomasi (2019), mais do que nunca, sem uma comunicação interna eficaz, as empresas não conseguirão atingir seus objetivos, já que ela é vital para o crescimento de uma organização.

A globalização impulsiona novas demandas e necessidades corporativas, exigindo mudanças inovadoras, rápidas, atraentes e objetivas, à medida que a competitividade só aumenta. Logo, o gerenciamento de comunicação interna de uma empresa pode ser reconhecido como uma vantagem competitiva, pois promove seus indivíduos e neles desperta interesse para formação de opinião, vivência de novas experiências, tomada de decisões, contribuindo para o aumento da produtividade e para o cumprimento das metas estratégicas, fortalecimento da cultura corporativa e o sucesso da instituição na qual está inserido.

REFERÊNCIAS

ARGENTI, Paul A. Comunicação Empresarial: a construção da identidade, imagem e reputação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

BAHIA, Benito Juarez. Introdução à comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Vozes, 1993.

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Edição Compacta. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2002.

CURVELLO, João José A. A dimensão interna da comunicação pública. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Natal: Anais do XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2008. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2008/resumos/r3-2065-1.pdf. Acesso em: 14/04/2022.

KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Obtendo Resultados com as Relações Públicas. São Paulo: Pioneira, 1997.

MARCHIORI, M. R. Organização, cultura e comunicação: elementos para novas relações com o público interno. Dissertação (Mestrado em Comunicação: Escola de Comunicações e Artes) – Universidade de São Paulo. São Paulo. 1995.

NASSAR, Paulo. Comunicação interna e a força das empresas. São Paulo: ABERJE, 1997.

SANCHES, C. Esforço para manter o colaborador informado e envolvido com a empresa. RH em Síntese. 1996. Disponível em: http://www.gestaoerh.com.br/site/visitante/artigos/cmmk_002.php. Acesso em: 12/04/2022.

TOMASI, C. Comunicação Empresarial.  7 Ed. São Paulo: Atlas, 2019.

TORQUATO, G. Tratado de comunicação organizacional e política. São Paulo: Pioneira, 1998.

[1] Pós graduada em comunicação empresarial e em marketing em redes sociais (UniBF), pós graduada em gestão de recursos humanos (UVA), graduada em comunicação social e em letras (UVA). ORCID: 0000-0002-8833-8094.

Enviado: Abril, 2021.

Aprovado: Abril, 2022.

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Andressa Dordron de Menezes

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