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Plágio nas Citações Diretas e nas Citações Indiretas?

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O que é o plágio?

O que é o plágio?

A primeira coisa que você precisa manter em mente sobre o plágio é que ele é a cópia total ou parcial de um determinado trecho de uma obra, desde um livro até um artigo científico e outras fontes.

Como a temática é bastante complexa, hoje iremos discutir especificamente sobre o plágio nas citações diretas e indiretas, pois, em outros momentos, chamamos a sua atenção para o fato de que o plágio pode ser evitado quando fazemos o uso corretos das citações diretas e/ou indiretas.

Contudo, existem pesquisadores que se deparam, mesmo com esse uso correto das citações, com as alegações de que há plágio em seus materiais, mesmo no caso das citações.

Para te ajudar a driblar o problema do plágio, hoje iremos apresentar algumas dicas.

A formatação das citações diretas e indiretas

Antes de nos atermos aos problemas de plágio que perpassam as citações diretas e indiretas iremos recapitular a sua estrutura.

Conhecer essa formatação é o primeiro passo para que saibamos que não estamos recaindo na prática do plágio.

As citações indiretas se diferem das diretas, pois quando a propomos significa que não estamos fazendo a cópia integral ou parcial de um determinado trecho, pois estamos o interpretando.

Para indicarmos que se trata de uma citação indireta, precisamos, entre parênteses, mencionar o último sobrenome do autor e a data da publicação.

Nas citações diretas, ocorre o inverso: não interpretamos esse trecho, o copiamos, e, dessa forma, além de mencionarmos o sobrenome e a data, devemos inserir a página dessa obra.

Caso a citação tenha até três linhas ela é indicada a partir de parênteses e caso tenha mais colocamos um recuo e diminuímos o tamanho da fonte e do espaçamento.

Existe plágio nas citações diretas?

Embora tenhamos vários posts que discorrem sobre a temática do plágio, julgamos pertinente a discussão sobre a existência ou não do plágio em citações diretas e indiretas.

Como essa é uma preocupação geral, hoje destacamos a questão do plágio nas citações.

Como sabemos, um material pode ter a sua aprovação recusada em virtude da presença do plágio, e, dessa forma, julgamos importante apresentarmos algumas técnicas que podem facilitar essa aprovação.

Devemos lembrar, também, que podemos acabar respondendo por essa prática, o que além de prejudicar a nossa reputação enquanto acadêmicos, pode fazer com que respondamos de forma legal perante à este ato.

Como o plágio é uma espécie de falsificação, ele é configurado como crime.

Embora possa soar como algo repetitivo, é muito importante que compreendemos a dimensão do plágio antes que possamos nos debruçar em outras questões.

Características do plágio

O plágio, a cada dia, apavora mais e mais as pessoas que se encontram imersas no contexto acadêmico.

Isso se dá em virtude do fato que mesmo fazendo o uso devido e recomendado das citações e diretas, isto é, com a devida formatação, o texto acaba sendo acusado como plágio principalmente nesses trechos.

Como resolver essa situação?

É essa questão que procuraremos responder hoje.

Esse texto pode ter o plágio apontado tanto por uma instituição/revista quanto pelo seu próprio orientador, pois, hoje, existem diversos programas que irão fazer a análise do material, com vistas a detectar se ele possui ou não plágio.

Para obter esse dado, a depender da configuração do programa de anti-plágio, caso um trecho tenha uma sequência com mais de três ou quatro palavras idênticas a dos textos que se encontram publicados na web, provavelmente o trecho será acusado como plágio.

Os programas de anti-plágio são seguros?

Essa é uma questão bastante polêmica, mas optamos em trazer para essa discussão: o plágio apontado por esses programas nem sempre consegue ser certeiro e verdadeiro.

Isso ocorre porque esses programas são criados a partir de uma inteligência artificial, que está sujeita a erros, e, devido a isso, quando algo foge da sua programação, ela se torna um pouco ineficiente, como é o caso das citações diretas.

Esses programas foram treinados apenas para captar sequências que se repetem, contudo, em uma citação direta, esses trechos podem se repetir, mas o programa não detecta essa permissão e acusa o trecho de plágio.

Estamos sujeitos  ao que o programador inseriu nessa inteligência, que sempre terá restrições, pois tudo o que é verificado a partir de uma máquina está sujeito à erros, sendo que, em muitas vezes, a análise por uma pessoa de carne e osso é indispensável (como no caso de revisão de normas).

Por que o anti-plágio por si só não deve ser um elemento decisivo?

Muitas instituições, revistas e orientadores acabam se valendo 100% da análise feita pelos anti-plágios, o que pode desencadear uma situação ruim, pois o autor-pesquisador pode se sentir chateado com essa acusação, sobretudo quando os trechos acusados de plágio pertencem às citações diretas.

Nesse tipo de citação não é permitido qualquer tipo de alteração textual, isto é, copiamos esse trecho na íntegra, e, dessa forma, eles não podem ser acusados de plágio, porém, na maioria das vezes, esses trechos são identificados pelos mais diversos programas.

No caso das citações indiretas, essa situação também é comum: por mais que o pesquisador tenha tentado interpretar esse trecho com as suas próprias palavras, se três ou mais palavras desse trecho em questão forem as mesmas, muito provavelmente o programa irá acusar, e, por esse motivo, é muito complicado apoiar-se apenas nessa ferramenta.

A importância da inteligência emocional

A importância da inteligência emocionalMuitas pessoas acabam ficando frustradas e desistem de publicar os seus artigos em virtude da alegação de plágio em trechos que tomaram todos os cuidados possíveis com o emprego correto das citações.

Contudo, queremos chamar a sua atenção para a importância da sua contribuição para com a comunidade científica e não científica: não desista dessa publicação, ela é muito necessária, porém, ao assumir essa publicação, você precisará atender a todas as indicações para que o material possa ser enfim publicado.

Hoje em dia a recorrência de trechos que se repetem é comum porque a comunicação é feita, na maioria das vezes, de forma online, e, dessa forma, palavras, expressões e trechos que são estão “batidos” podem fazer com que o seu texto seja acusado, porém não leve isso como uma ofensa.

Os anti-plágios são populares porque são uma exigência das bases de dados às quais as revistas são subordinadas.

Por que as revistas são tão rígidas em relação ao plágio?

Por que as revistas são tão rígidas em relação ao plágio?Para que uma determinada revista possa ter os seus materiais indexados em uma ou mais bases de dados, é preciso que se encaixem nos critérios de admissão propostos por essas próprias bases de dados.

Devido a essa rigidez, as revistas acabam sendo bastante inflexíveis quanto ao plágio quando analisam os artigos científicos dos proponentes.

Para agilizar essa verificação do plágio, acabam apoiando-se nesses programas que, a partir de uma certa quantidade de palavras que são idênticas às de outros textos da web, acabam acusando o material de plágio.

O problema é que essa sequência não é flexível mesmo no caso das citações diretas, que são permitidas por todas as normas acadêmicas, sejam elas nacionais ou internacionais.

Caso a revista admita um material que possua plágio, é ela quem será punida, perdendo a sua indexação e podendo até mesmo responder legalmente.

De que forma o plágio prejudica as revistas?

Como forma de punição, além das revistas perderem a sua indexação nas revistas científicas, ela irá, também, ter o seu site banido e os artigos por ela publicados dificilmente serão entrados a partir dos mecanismos de busca, como é o caso, por exemplo, do Google.

Nesse sentido, algumas facilidades são perdidas, pois, diferentemente das outras revistas, você terá que digitar o site exato da revista para que o material seja encontrado, já que o Google não irá retornar esses materiais, o que é muito ruim para a revista em termos de acesso. Mesmo que o seu material seja acusado como plágio, fique tranquilo.

O mais prudente é manipular esse texto para que ele deixe de ser acusado.

Experimente tentar novas palavras e expressões que não foram usadas pelo autor em que está se apoiando.

Antes de fazer a nova submissão, para evitar situações desagradáveis, passe esse material novamente em um anti-plágio.

Quando devo apontar o número da página?

Quando devo apontar o número da página?Um elemento que é obrigatório no caso de citações diretas é a menção da página exata em que essa obra se encontra.

Ao mencionar essa página, automaticamente, estamos enfatizando ao nosso leitor que um trecho foi literalmente copiado de um lugar e colado em outro.

Essa é a regra geral, exceto para uma página da internet, pois lá não há a indicação do número da página do material, porém, todos os outros tipos de fontes possuem as páginas.

Atenha-se ao fato de que não necessariamente elas começam em 1.

No caso dos materiais que não possuem página, após mencionar o sobrenome do autor e o ano da publicação, insira a expressão “s.p”, que significa sem página.

Como você apresentou e citou todos os dados que irão localizar esse trecho copiado, ele não é um plágio, pois a autoria original não foi suprimida.

Quando esse material é passado no anti-plágio, a inteligência sabe que é uma citação correta.

A análise dos anti-plágios das citações indiretas

Os programas conseguem entender que você tem uma citação indireta quando há o recuo de quatro centímetros da régua, contudo, quando estamos fazendo uma citação indireta, é necessário adotar algumas estratégias para que o trecho não seja acusado de plágio.

Mesmo que o seu professor peça para inserir o número da página, converse com ele, pois é impossível mencionar essa página, porque não é algo permitido às citações indiretas.

Quando fazemos uma citação indireta, estamos indicando, ao nosso leitor, que não apenas lemos esse trecho, como também nos propusemos a interpretar com as nossas próprias palavras esse trecho em questão.

Para que essas citações não sejam confundidas com as diretas, não é permitida a menção da página, pois isso pode, inclusive, confundir a inteligência artificial que irá analisar a nossa produção.

Os cuidados que devemos tomar devem ser melhor exemplificados.

Cuidados ao elaborar citações indiretas

Em todas as vezes que fizermos uma citação indireta, precisamos comprovar de onde estamos retirando essa informação que foi interpretada.

A citação indireta nada mais é do que uma forma de atestar que o trecho em questão é uma percepção, interpretação e reflexão que não é totalmente sua (por isso é indireta), mas que não é uma cópia exata de algo que já se encontra publicado.

Para que um determinado texto seja compreendido como científico, é preciso que obedeçamos a certos critérios, e, dentre eles, está o fato de que precisamos evitar afirmações que não possuem qualquer tipo de embasamento ou fundamento científico.

Para comprovar a qualidade dessas informações, apoiamo-nos justamente nas citações. Todas as vezes em que você se sentir seguro para interpretar esse trecho, você não precisa indicar a página, porque essa é uma visão sua sobre o trecho.

Como parafrasear uma ideia sem que ela seja configurada como plágio?

Como parafrasear uma ideia sem que ela seja configurada como plágio?A fim de construir as suas bases teóricas, os pesquisadores acabam se questionando se é possível parafrasear a ideia de uma determinada obra/autor lido.

Precisamos, novamente, fazer um alerta: tome cuidado ao fazer a citação indireta, pois se essas mesmas palavras usadas pelo autor forem usadas por você, apenas com pequenas modificações, você terá problemas com o anti-plágio.

A maioria deles acusa as produções de plágio quando há trechos em que mais de três ou quatro palavras se repetem. Procure sempre interpretar esse trecho com palavras novas e evite usar aquelas que são muito genéricas e que estão “batidas”.

Ao trazer esse trecho para o seu contexto de pesquisa, o ideal é que você não procure apenas por palavras que são sinônimas, pois pode ser que outras obras que você sequer conhecia faça uso dessas mesmas palavras.

Nesse sentido, uma interpretação profunda e detalhada sobre esse trecho é a melhor estratégia para propor uma visão nova sobre o trecho lido.

A partir das suas associações mentais e sinapses você irá conseguir elaborar uma reflexão bastante interessante sobre esse trecho que está sendo debatido e indagado pela sua pesquisa.

Esse assunto será debatido a partir de uma outra ótica, o que faz dele inédito.

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