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Não tem, não passa! Compreendendo quais são os fatores que influenciam o seu ingresso no mestrado

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Quais são os fatores que influenciam no processo de entrada em um mestrado?Quais são os fatores que influenciam no processo de entrada em um mestrado?

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre uma temática muito essencial para todos aqueles que almejam ingressar em um programa de mestrado e não sabem quais são os cuidados primordiais que devemos tomar para que esse processo seja o mais tranquilo possível. Existem fatores que podem fazer com que você consiga passar pelas etapas do processo seletivo de forma mais tranquila e aqueles que podem lhe impor algumas barreiras. Um dos fatores que sempre pontuamos é que caso você deseje ingressar em um curso de mestrado em uma instituição que você nunca cursou, algumas estratégias se fazem importantes, como estabelecer um vínculo prévio com o professor que deseja ter como orientador. Mandar um e-mail, marcar uma reunião, e, caso ele autorize, cursar suas disciplinas como aluno especial antes do ingresso oficial, bem como em um grupo de estudos do qual ele faz parte.

Variáveis para ingresso em um curso de mestrado

Ao longo do nosso post de hoje iremos discutir sobre duas variáveis essenciais para todos aqueles que desejam ingressar em um mestrado. São duas as questões que irão nortear essa discussão. A primeira delas diz respeito à comprovação da produção científica. Caso seja solicitada essa comprovação, basta que esses materiais estejam assinados por aquele que está prestando o processo seletivo ou algum outro documento comprobatório se torna obrigatório? Não podemos discutir sobre essa temática sem chamarmos a atenção para o Currículo Lattes. A maior parte das instituições e programas que oferecem cursos de mestrado requerem que no processo seletivo os interessados apresentem este Currículo. Essa é uma prerrogativa posta pela própria CAPES, de modo que não há como driblar essa exigência. Todas as vezes que a CAPES contabiliza a produção discente e docente do quadriênio, considera o Lattes na análise.

O Currículo Lattes atualizado

O Currículo Lattes atualizadoEste documento suscita uma série de debates, visto que é frequentemente requerido. Há uma grande pressão da qual não podemos nos desvincular: todos nós devemos inserir nesse currículo todas as nossas produções, sendo de suma importância que ele sempre esteja atualizado. O Lattes, com o tempo, foi se modernizando cada vez mais, de modo que lá são considerados diversos tipos de produções, divididas entre científicas, tecnológicas e artísticas. Cada um desses tipos pedem pelo fornecimento de certos tipos de dados. Por exemplo, caso você vá registrar um artigo científico, precisará fornecer o ISSN da revista, o número DOI, o nome da revista e título do artigo, número da edição e do volume, página inicial e final do artigo e o ano da publicação da obra. Contudo, embora essas informações possam ser identificadas na internet, há aquelas instituições que pedem para que as informações do Lattes sejam comprovadas.

A comprovação dos dados do Lattes

Sobre essa questão, é interessante pontuar que as informações mencionadas no Lattes poderão ser comprovadas de formas diferentes. Sempre consulte o edital para que saiba como a comprovação irá transcorrer. Há universidades que pedem para que o Lattes seja impresso na íntegra porque querem observar essas produções. Verifica-se se o que está no Lattes é o mesmo que se encontra na versão impressa. Outras instituições, por sua vez, permitem que os candidatos apresentem esse Lattes em PDF, sem que tenha que imprimir. Entretanto, e esse caso é bastante recorrente, há as universidades que pedem, além da versão impressa, os certificados que comprovam as suas produções. Comprova-se os cursos e minicursos por você realizados, os eventos com ou sem apresentação de trabalho, os artigos científicos publicados, as produções culturais organizadas, dentre outros tipos.

As exigências das instituições

As exigências das instituiçõesEssa é uma questão bastante relativa, visto que cada instituição possui as suas próprias regras. Usemos os artigos científicos como exemplo. Há instituições que irão apenas considerar os artigos publicados pelos candidatos que possuem o número DOI. O DOI é um mecanismo sobre o qual já discutimos algumas vezes em nossos posts. Apenas para retomar, ele nada mais é do que um número de série que faz com que seu artigo seja sempre identificado na internet, mesmo que o site da revista na qual foi publicado fique indisponível. É o RG dos artigos científicos. Assim sendo, tendo esse número em mãos, todos serão redirecionados para a sua produção rapidamente. Esses são alguns dos fatores que você deve levar em consideração, porém, é importante que você mantenha em mente que eles podem ser modificados de instituição para instituição. Tudo depende da tecnologia disponível nessas universidades.

A “falta de foco” pode prejudicar o ingresso em um programa?A “falta de foco” pode prejudicar o ingresso em um programa?

A segunda questão que iremos responder nesse post é a seguinte: “gostaria de ingressar em um programa de mestrado e seguir a carreira acadêmica (o pesquisador busca o aperfeiçoamento em sua carreira docente) e me identifico tanto com as discussões teóricas quanto com os aspectos práticos que perpassam pela profissão (almejando um projeto prático e aplicável); busco por um programa em que as duas vontades possam ser unidas; essas duas orientações podem ser vistas pelos professores do programa como uma possível “falta de foco” ou até mesmo como algo negativo? Qual seria a orientação para trabalhar com essas duas vertentes? De antemão, precisamos frisar que essa é uma questão muito peculiar e que varia de universidade para universidade, e, mais do que isso, de orientador para orientador. A primeira coisa que iremos destacar é que certos materiais acadêmicos possuem as duas ênfases.

As ênfases teórica e prática em um mesmo estudo

Como ressaltamos, há certos tipos de trabalhos, de linhas de pesquisa específicas, que priorizam tanto os aspectos mais teóricos que perpassam por esse campo do saber quanto os aspectos mais práticos, sendo, portanto, ao mesmo tempo, um trabalho teórico e aplicado. São trabalhos que envolvem certos métodos de pesquisa, como a aplicação de entrevistas e questionários, pesquisas de campo, relatos e estudos de caso, dentre outras abordagens metodológicas. Contudo, se você está pretendendo ingressar em um mestrado acadêmico, a aplicação prática desta pesquisa se dará de forma diferente do que costuma ser desenvolvido nos cursos de mestrado profissional. Por exemplo, se você for realizar um mestrado profissional na área da educação e o intuito é o de realizar um manual, este manual será aplicado na prática, no dia a dia desses docentes.

A inclinação prática nos cursos de mestrado acadêmico

Em um mestrado acadêmico há, de fato, essa inclinação prática, porém, ela possui especificidades. Utilizemos como exemplo os próprios manuais. Você pode apresentar um manual, mas como objeto e não como produto final, visto que o produto é a dissertação de mestrado, que é mais teórica. Há casos que permitem que esse manual possa ser aplicado, porém, ele não poderá ser o único a trabalho apresentado. A abordagem será diferenciada, pois, como sabemos, as dissertações são mais teóricas, com regras específicas para que o rigor científico e metodológico seja respeitado. Precisamos pontuar, também, que, a depender da sua linha de pesquisa, da lógica seguida pela sua instituição e das preferências do seu professor e da própria pesquisa, este trabalho poderá ganhar uma carga mais prática. O pesquisador poderá partir para o campo e aplicar esse estudo com um dado grupo envolvido com o tema.

As metodologias práticas

Temos algumas metodologias, técnicas e ferramentas de pesquisa que atribuem uma carga mais prática aos estudos. Dentre elas, temos a pesquisa-ação. Nessa perspectiva, o pesquisador irá apresentar um dado projeto e implementá-lo em um dado contexto para analisar como esse projeto se relaciona com a população que está sendo estudada. Contudo, antes que essas ferramentas sejam escolhidas, algumas questões prévias devem ser investigadas pelo pesquisador, como, por exemplo, onde deseja realizar esse curso de mestrado (instituição); quais são as linhas de pesquisa deste mestrado; quais são os professores da linha de pesquisa de seu interesse; e quais as abordagens teóricas-metodológicas que consideram. Essas informações podem ser coletadas no site da instituição que está pleiteando. Após escolher esses professores, acesse os seus currículos Lattes para saber com qual mais se identifica.

Analise o Lattes dos professores almejados

Para saber como um professor costuma trabalhar, você poderá analisar os últimos trabalhos orientados por ele, pois, assim, terá um panorama acerca do que lhe tem interessado, inclusive os autores e métodos que estão sendo considerados por seus alunos. A partir da observação desses trabalhos, você deverá analisar qual é a linha de pesquisa com a qual trabalham e quais temas têm investigado. Há, de fato, professores que trabalham apenas com pesquisas que são mais teóricas, e, por outro lado, há aqueles que gostam de trabalhos mais aplicados, em que os pesquisadores partem para o campo. Por exemplo, você pode integrar o campo das Ciências Sociais e realizar um estudo sobre como as pessoas se relacionam com a tecnologia nesse contexto atual no qual estamos vivendo. A fim de que esse estudo fosse realizado, a pesquisadora partiu para o campo para coletar esses resultados.

Em que caso devo utilizar a discussão teórica e aplicada?

Em que caso devo utilizar a discussão teórica e aplicada?

Há pesquisadores que desde o ingresso em um programa de mestrado deixam claro que costumam trabalhar com o campo prático da profissão, e, desse modo, alguns orientadores resolvem priorizar esse conhecimento prático advindo da atuação profissional, e, assim, mescla-se às duas ênfases. Certos estudiosos têm o objetivo de demonstrar como esses aspectos teóricos amplamente investigados se manifestam na prática, no dia a dia daqueles que trabalham e lidam com esses aspectos. Entretanto, precisamos chamar a atenção para uma situação. Há pesquisadores que trabalham há muito tempo no campo prático e quando ingressam em um programa de mestrado ou doutorado acadêmico têm dificuldades para desenvolverem uma discussão teórica profunda sobre aquilo com o qual já lidam na prática. Dominam, portanto, a dimensão prática, mas têm dificuldade para articulá-la com a teórica.

A união da parte teórica com a aplicada

Acreditamos que esse tipo de estudo é essencial, pois é uma forma de aproximar os acadêmicos ainda mais do mercado de trabalho, uma vez que as duas demandas acabam sendo atendidas e priorizadas em um estudo. Contudo, é fato que essa união é complexa e nem todos conseguem. Além disso, há uma outra variável que você precisará levar em consideração. Não basta que você saiba como articular essas duas dimensões, pois, em primeiro lugar, o seu orientador precisará concordar com essa união. A melhor forma de sanar essa dúvida é pesquisando os trabalhos orientados pelo professor no Lattes. Se você perceber que os seus alunos costumam unir essa parte prática com a teórica, é muito provável que ele permita que você também desenvolva esse tipo de trabalho. Além disso, quando for passar pela etapa da entrevista, terá argumentos para demonstrar que seus interesses se conectam com os dele.

Os campos de atuação de um professor

Estamos destacando os casos em que os professores trabalham com os dois tipos de inclinações, a teórica e a prática. Contudo, há aqueles orientadores que trabalham apenas com pesquisas teóricas. Nesse caso, o professor, de fato, poderá achar que você não “tem foco” por querer trabalhar com as duas abordagens ao mesmo tempo. Tudo depende da lógica seguida pela instituição que almeja, e, mais do que isso, do seu possível orientador. O ego do aluno também pode ser um problema, pois pode querer trabalhar com uma ideia específica e não estar aberto às sugestões e exigências postas pelo professor para que trabalhem de uma melhor forma. Entram acreditando que tem os seus objetivos e interesses e que eles devem ser priorizados pelo orientador.

Entretanto, quando você se propõe a entrar em um programa de mestrado como aluno, o inverso ocorre. Você deve trabalhar com a linha de pesquisa desse professor, alinhando os seus interesses de pesquisa com os dele. Durante o período em que estiver nesse programa, a sua vida será quase como um casamento com esse orientador. Você terá que se envolver com esse orientador, escrever junto a ele (e, em certos casos, com colegas do grupo de pesquisa), participar de suas disciplinas etc. Um dos grandes problemas que temos observado quando esses alunos já estão dentro de um programa de mestrado é que há o desejo por autonomia, querem fazer as coisas por conta própria. Entretanto, se você não faz o que ele quer, ele não autorizará a sua qualificação e não assinará os documentos necessários a esses processos.

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