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Fazer ou não mestrado no exterior?

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Em nosso post de hoje iremos ajudar você que tem o sonho de estudar no exterior, isto é, de ter a experiência da internacionalização, a se preparar para isso de uma melhor forma, pois, como sabemos, há várias propostas apresentadas na internet que não são tão benéficas como aparentam, uma vez que, para que possamos exercer o título obtido pela instituição internacional em nosso país, é preciso que passemos pelo processo de convalidação. Sem essa aprovação, o título será reconhecido apenas no país de origem da instituição na onde o curso foi realizado ou responsável pela emissão do seu diploma. Diante desse cenário, ao longo deste post, apresentaremos algumas variáveis que você deve levar em consideração antes de tomar essa decisão que afetará diversas áreas de sua vida profissional e acadêmica. Esses cuidados são indicados para os pesquisadores de todas as áreas que almejam esta experiência.

CUIDADOS AO ESCOLHER UMA INSTITUIÇÃO ESTRANGEIRA

Vale a pena fazer mestrado fora?

Embora em nossos posts estejamos nos concentrando nos cursos de mestrado, as dicas que iremos apresentar podem ser incorporadas por aqueles acadêmicos que almejam esta experiência no exterior, mas que já estão no nível do doutorado.

Claro, como são dois níveis diferentes, o doutorado tem algumas especificidades a mais, porém, hoje, focaremos no nível do mestrado, visto que é a realidade da maior parte dos acadêmicos que nos acompanham. Posto isso, o primeiro ponto no qual devemos nos concentrar diz respeito ao funcionamento dos cursos de mestrado em nosso país.

Este entendimento é primordial, pois, para que o aluno que faz um curso de mestrado no exterior possa exercer esse título no Brasil, o mestrado estrangeiro deve ser equivalente ao formato brasileiro. O mestrado fornece o know-how para que você tenha competências e habilidades esperadas em um mestre.

O FUNCIONAMENTO DE UM CURSO DE MESTRADO NO BRASIL

O mestrado no Brasil é o primeiro nível para que você possa ser um cientista e um professor universitário. É ele que irá lhe impulsionar às atividades intelectuais desenvolvidas no âmbito acadêmico.

É o primeiro passo que damos para que possamos nos envolver com a pesquisa e com a própria ciência. Todavia, reconhecemos que a ideia de fazer um curso fora do país é muito atrativa, porém, se o seu interesse é o de atuar no Brasil, deverá tomar certos cuidados.

Há quatro cuidados que você deve tomar e iremos lista-los ao longo desta conversa. Há pontos negativos e positivos que você deve levar em consideração. Sendo assim, se o seu interesse é o de fazer um curso de mestrado fora, a primeira coisa a qual precisará se ater é se essa universidade estrangeira tem parceria com alguma brasileira.

Sem essa parceria, é muito difícil que o curso que você está pleiteando seja equivalente ao brasileiro, logo, não conseguirá a equivalência.

ANALISE A PARCERIA ENTRE INSTITUIÇÕES

Verifique se as universidades estrangeiras têm parceria com as universidades públicas federais

Digamos que você tenha se deparado com um curso interessante ofertado por uma instituição do México ou dos Estados Unidos. Para que este seja válido no Brasil, é necessário que você averigue se ela é parceira de alguma universidade brasileira conhecida como, por exemplo, a Universidade de São Paulo (USP), pois, se houver essa parceria, isso significa que o seu título será reconhecido dentro e fora do país.

Esse cuidado é fundamental, pois temos visto que muitas pessoas procuram por cursos em países de primeiro mundo, como Alemanha e Suíça, e não conseguem a validação do título em território nacional.

Esses títulos não são aceitos porque não é possível comprovar a equivalência entre o curso feito lá e aquele ofertado em nosso país. Logo, ao procurar por uma universidade estrangeira que oferte um curso de mestrado de seu interesse é fundamental que você averigue se há uma parceria com alguma instituição de nosso país, sendo preferível com as estaduais e federais.

O QUE AVALIAR ANTES DE TOMAR UMA DECISÃO COMO ESTA?

Como a vivência em outra cultura pode ser negativa?

É primordial que você analise se a sua instituição escolhida, por mais que seja conhecida fora do país, possui parceria com alguma brasileira, sobretudo com uma estadual ou federal, pois as suas chances de conseguir convalidar o título serão maiores.

Mesmo que a oferta seja tentadora (geralmente há a oferta de bolsas) tome muito cuidado, pois, se o seu interesse é o de atuar no Brasil, o intercâmbio entre a instituição estrangeira e uma nacional é fundamental e fará toda a diferença no processo de convalidação.

Se o seu interesse é o de atuar como docente na academia brasileira, passar por esse processo será obrigatório e ele é bastante complexo, pois sem essa parceria, o título será reconhecido no país desta instituição, mas no Brasil não terá qualquer validade. Contudo, além disso, há um segundo aspecto que você deve levar em consideração antes de tomar esta decisão. O idioma.

A IMPORTÂNCIA DE SE CONHECER O IDIOMA/CULTURA

Além de averiguar se há uma parceria entre a instituição estrangeira e uma brasileira, há outro ponto essencial que você deve considerar. Todo país tem o seu próprio idioma e a sua própria cultura e isto interfere na formação de seus acadêmicos.

Muitos se convencem da ideia de que esta experiência no exterior é importante para terem uma outra vivência e isso, de fato, é muito interessante, mas alguns pontos devem ser esclarecidos.

Se você não conhece o idioma do país, o processo de adaptação será muito mais doloroso, pois não conseguirá se comunicar. Contudo, a depender da área, sim, é muito vantajosa esta imersão cultural, desde que você conheça o idioma e mantenha a mente aberta para novos aprendizados.

Entretanto, esse intercâmbio, a depender de sua área e de suas próprias condições de vida, pode não ser algo tão benéfico. Pensemos um pouco mais sobre essas barreiras linguísticas que podem atrapalhar.

DE QUE FORMA A LÍNGUA E A CULTURA PODEM LHE PREJUDICAR?

Há diversos alunos que nos relatam dificuldades de adaptação a uma nova cultura e idioma, mesmo quando foram para países latino-americanos, como é o caso do Chile e da Argentina.

Vivemos em um país que possui a sua própria geografia e cultura. Até mesmo aqui no Brasil há diversas culturas, logo, o mesmo ocorre com os outros países. São culturas específicas e nem sempre conseguimos nos adaptar à mentalidade daquele povo.

Tudo se intensifica quando não conhecemos o idioma. Além disso, os autores com os quais estamos acostumados em nossa própria academia podem não ser os mesmos da instituição estrangeira, logo, você pode ter problemas para se adaptar àquela academia, que está ligada a um outro tipo de cultura.

Haverá um choque de cultura muito grande, pois estamos falando não apenas de uma mentalidade diferente, mas também de comportamentos e valores muito distintos.

OS DESAFIOS CULTURAIS COM OS QUAIS TEMOS QUE LIDAR

A partir do momento em que optamos por esse curso fora do país, devemos ir com a mente aberta, pois haverão diversos desafios a serem enfrentados. Nesse sentido, aquilo que funciona muito bem em nossa academia pode ser refutado na outra da qual deseja fazer parte.

É preciso que você que almeja essa experiência tenha muito claro em mente que aquilo que é comum na academia estrangeira pode não ser bem aceito em nossa academia, o que pode dificultar o processo de convalidação, pois haverá conflitos de interesses.

Nesse contexto, algo que pode acontecer nesse processo diz respeito a própria forma de escrita. A maneira como produzimos ciência no Brasil é muito particular, o que pode dificultar também o processo de convalidação, caso a construção das argumentações seja muito discrepante (como foi o caso dos alunos que fizeram mestrado na Alemanha e na Suíça).

Logo,

antes de escolher uma academia para o estudo no exterior é necessário considerar essas variáveis, a fim de evitar o estresse futuro.

EVITE SITUAÇÕES QUE PODEM DESENCADEAR O ESTRESSE

Estamos fazendo este alerta para que você considere todas essas questões antes de tomar uma decisão que pode gerar muito estresse. Mesmo que você queira ter essa experiência com uma nova cultura e idioma, tome muito cuidado para não provocar uma situação que a longo prazo pode lhe causar mal-estar.

Se você sente que está preparado para lidar com esses desafios, com toda a certeza essa experiência será incrível. É apenas você que pode responder a esta questão, mas pondere sobre todos os cuidados aqui mencionados.

Há pontos negativos e positivos relacionados à vivência em um outro país. Se para você há pontos mais negativos, talvez não seja o momento ideal para fazer esse curso fora do país.

Todavia, é nosso papel frisar que estamos levando em consideração aquelas pessoas que após o término desse curso voltarão para o Brasil, isto é, que têm como interesse fazer uso desse título em nosso país.

O SEU NÚCLEO DE PESQUISA INCENTIVA A REALIZAÇÃO DE UM CURSO NO EXTERIOR?

Um outro aspecto que você deve levar em consideração é se o seu núcleo de pesquisa incentiva e apresenta meios para que você faça esse curso no exterior de maneire legal e segura.

Há alguns cursos que incentivam a pesquisa no exterior, uma vez que precisam de parcerias para que a ciência nesta área possa evoluir, visto que nem sempre há no Brasil subsídios suficientes para que a academia possa se sustentar nesta área.

Um dos motivos que justifica a sua procura por um curso fora do país é o fato do nosso país investir em algum tipo de tecnologia que ainda não possuímos (ou não temos com o mesmo rigor) em nosso país.

Nesse sentido, o intercâmbio é justificado para que a ciência nesta área fique ainda mais robusta. Pensemos em um exemplo prático. Se o seu objetivo é o de desenvolver uma pesquisa na área das novas tecnologias para a comunicação, este intercâmbio pode ser muito positivo.

O APERFEIÇOAMENTO DE UMA ÁREA

A partir do exemplo anterior, podemos pensar nas formas de facilitar a convalidação quando procuramos por um curso fora em virtude de uma lacuna identificada em nosso país.

A procura é justificada quando identifica-se uma lacuna que não pode ser suprida sem que se procure por esse conhecimento fora do país. Há países que possuem poderosos avanços em uma dada questão.

Nesse sentido, o mais prudente seria o ingresso em um programa que seja capaz de fornecer esse conhecimento em falta em nosso país. O processo de validação é facilitado porque todo o conhecimento adquirido nesse programa internacional poderá ser agregado em nosso próprio país, de modo que aquilo que era antes uma lacuna poderá ser sanado.

As tecnologias aplicadas à área de suprimentos médicos estão ligadas a uma área que ainda tem diversas lacunas que precisam ser sanadas pelos nossos acadêmicos.

A BUSCA POR UM CONHECIMENTO EM FALTA NO PAÍS

Saiba seus objetivos posto de acordo com suas necessidade

Geralmente, o processo de convalidação é mais fácil para aqueles pesquisadores que buscam pelo conhecimento fora do país por não haver literatura ou mesmo aparatos suficientes para o desenvolvimento do estudo sem esse intercâmbio.

Contudo, devemos fazer um alerta aqui: esse processo se torna mais fácil quando essa pessoa já está inserida de alguma forma na academia ou no mercado, pois pode ser que a empresa na qual trabalha seja a responsável por incentivar a busca por um conhecimento que possa lhe beneficiar e aumentar a sua performance de negócio, oferecendo ao mercado, por meio dos profissionais qualificados, uma tecnologia no cenário brasileiro que ainda não foi introduzida tanto pelos acadêmicos quanto pelos gestores e proprietários de negócios.

Posto isso, por fim, há uma quarta situação que você deve levar em consideração antes de tomar essa decisão. Estamos nos referindo ao alinhamento entre objetivos pessoais e acadêmicos.

O ALINHAMENTO ENTRE OBJETIVOS PESSOAIS E ACADÊMICOS COM ESSE INTERCÂMBIO

Qual o tempo para você se preparar para a experiência?A fim de que você possa fazer esse mestrado de uma forma mais assertiva, o mais indicado é que você já tenha um interesse de pesquisa muito bem definido, para que saiba o que irá fazer durante esse tempo fora.

 

Entretanto, antes mesmo de pensar em ingressar em um programa no exterior, indicamos que você conheça como funciona a nossa própria academia se o seu interesse é o de atuar no Brasil.

O mais recomendado é que você interaja com os membros de um ou mais grupos de pesquisa para ampliar a sua rede de contatos. Participar de congressos científicos também é uma poderosa estratégia.

Dessa forma, esse intercâmbio será fundamental para que você saiba quais são as pessoas que possuem os mesmos interesses de pesquisa, pois será possível, inclusive, estabelecer algumas parcerias. Logo, a fim de que você conheça a academia e o universo da pós-graduação, recomendamos que, primeiramente, você compreenda a nossa academia.

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