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O que é um paper? Qual é a estrutura de um paper?

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Em nosso post de hoje iremos discutir sobre uma questão que é muito importante e que pode auxiliar os diversos pesquisadores em nosso país que desejam publicar materiais científicos, mas desconhecem os cuidados em pesquisa que devem ser tomados para que o material seja aprovado por uma revista científica.

Nesse sentido, antes de focarmos em uma dessas possibilidades, que é o paper, gostaríamos de apontar alguns aspectos gerais sobre a estrutura geral de um material científico, bem como sobre a importância de publicar materiais científicos ao longo de toda a sua carreira acadêmica.

Assim, a primeira coisa que você precisa manter em mente é que, para que um texto seja aprovado, ele precisará chegar àquilo conhecido como rigor científico, o que implica a apresentação de alguns elementos básicos, mas fundamentais à compreensão da sua proposta de pesquisa. Dito isso, iremos apresentar algumas variáveis.

Por que precisamos discutir sobre o paper?

Antes de nos atentarmos às características de um paper, é necessário que compreendamos em qual contexto esse tipo de produção surgiu e porque surgiu e se tornou uma tendência em nosso país.

Por que precisamos discutir sobre o paper

Contudo, como não se trata de uma tendência que nasceu no Brasil, esta, quando incorporada em nosso país, assumiu uma outra configuração.

Como estamos no Brasil, por questões históricas, a construção de nossa linha de pensamento está ligada ao modo de pensar europeu.

E por que precisamos discutir sobre o paper? Embora esta não seja uma nova tendência, recentemente, muitos passaram a discutir e aplicar esta tendência.

Nesse sentido, precisamos entender o que é um paper e quais são as suas principais diferenças em relação a outros materiais. Sendo assim, acreditamos que é pertinente refletirmos antes de qualquer coisa sobre a origem do paper, uma vez que mencionamos que não se trata de algo brasileiro.

A origem e etimologia do paper

A palavra “paper”, em tradução literal, significa papel. Posto isso, o paper não é uma tendência que nasceu com o intuito de contribuir com o meio acadêmico, uma vez que, em seu ensejo, era o nome atribuído às apresentações que os funcionários precisavam realizar no ambiente corporativo que tinham como objetivo a exibição de resultados sobre um estudo específico realizado pela empresa.

A origem e etimologia do paper

Era uma apresentação bastante simples, dispensando, por exemplo, a realização de slides para apresentar esses resultados.

O intuito do paper, portanto, era o de resumir todas as informações interessantes relacionadas a dados resultados.

Assim sendo, no contexto acadêmico, o paper se inseriu como uma espécie de resumo de informações principais sobre a pesquisa a ser apresentada a uma banca.

Embora o intuito seja o de apresentar dados breves, alguns desses papers são até hoje publicados. Sobretudo em áreas como a Administração, tornou-se recorrente a publicação de papers, mesmo que, em seu ensejo, o intuito não fosse esse. Contudo, esses materiais não são então publicados na categoria de artigos científicos, visto que são mais simples.

A solicitação dos papers no contexto acadêmico

Em virtude da crescente desse tipo de material, de uns anos para cá, houve uma aceitação dos papers dentro do contexto acadêmico. Assim sendo, essa tendência estrangeira passou a ser incorporada nos contextos mais diversos em todo o território nacional.

Nesse sentido, é necessário que pensemos sobre os motivos que fizeram com que essa produção passasse a ser tão requisitada. A primeira coisa que gostaríamos de destacar é que esses papers têm sido requeridos pelos professores de graduação, bem como por aqueles ligados aos programas de pós-graduação na modalidade lato sensu. Trata-se de uma alternativa que visa substituir os trabalhos anteriormente desenvolvidos.

O paper como alternativa

Antes, era comumente requerida a apresentação de uma monografia ou de um TCC como requisito para a conclusão de um curso, seja na graduação, seja na pós lato sensu. Assim sendo, para apontar essa mudança de tendência, em que um trabalho mais curto substitui aqueles mais extensos, muitos professores e as suas respectivas instituições têm adotado o paper como alternativa.

Embora o nome indique um papel (associado a apresentação), na prática, a sua atuação é muito mais abrangente. Nesse sentido, precisamos pensar nos casos gerais e específicos que permitem a apresentação de um paper como trabalho.

Geralmente, esse tipo de trabalho é comumente requerido em dois tipos de curso: na graduação e na pós lato sensu (onde realizamos especializações para que atuemos em setores específicos). Assim sendo, torna-se relevante a discussão sobre a estrutura de um paper.

Qual é a estrutura básica de um paper?

Como em qualquer material científico, há uma estrutura básica a qual o paper precisa atender para que possa ser aprovado e, a depender da revista, ser publicado. Em termos gerais, não é incorreto afirmar que a estrutura de um paper é muito semelhante a de um artigo científico, porém, as informações são apresentadas de forma breve, visto que é ainda mais curto que um artigo.

Sendo assim, em primeiro lugar, o autor do paper apresenta um resumo, seguido pelas palavras-chave. Na sequência, há a introdução, o desenvolvimento e as considerações finais (acompanhadas das referências utilizadas no corpo do texto).

Contudo, as instituições que aceitam o paper como alternativa a elaboração de trabalhos mais extensos possuem algumas exigências. Dentre elas, dado ao contexto no qual o paper surgiu (ambiente corporativo), requer-se, do autor, que este material possa ser aplicado, isto é, mais prático do que teórico.

Exemplo de um paper

Suponhamos que tenha solicitado a você a realização de um paper em que os resultados do seu estágio devem ser mencionados. Há alguns aspectos que devem ser apresentados: o que você está realizando nesse estágio, com qual frequência, o setor e as variáveis encontradas com base nessa experiência.

Em razão do tipo de dados que você tem em mãos, quando for transformá-los em um material científico, o mais indicado é que você os apresente a partir de um paper. Em linhas gerais, podemos definir o paper como um “mini artigo científico aplicado”.

Também podemos afirmar que esse tipo de produção é menos rigoroso, uma vez que a metodologia não é aplicada de uma maneira tão rígida. A rigidez é menor em razão da própria finalidade do material, que é a de elencar os resultados de uma apresentação.

A finalidade de um paper

O paper possui diversos objetivos, porém, uma de suas finalidades essenciais, é a compreensão das experiências práticas vivenciadas por um certo sujeito em um dado contexto. Está mais preocupado, também, com as experiências reais e não tanto com a teoria, embora ela seja, também, indispensável.

A finalidade de um paperContudo, o formato sofre algumas alterações, uma vez que essa produção é mais curta. Geralmente, um paper possui entre cinco e vinte páginas.

Essa quantidade é semelhante a dos artigos, porém, a rigidez a partir da qual esses dados serão apresentados não é a mesma daquela exigida em um artigo.

Há uma menor preocupação com a teoria e com a própria metodologia. Como esse tipo de material é curto, o autor não desenvolve tanto os tópicos teóricos e metodológicos, pois o intuito é o de apresentar os resultados de suas experiências práticas com uma dada questão.

Qual metodologia pode ser aplicada a um paper?

Em virtude da extensão de um paper, não são todas as metodologias que podem ser aplicadas. Um paper, via de regra, pode adotar as mesmas metodologias aplicadas em artigos científicos, porém, é preciso respeitar as peculiaridades desse formato.

Entretanto, cada instituição costuma direcionar esses papers, uma vez que buscam resultados específicos. Assim, apontam a metodologia necessária para a elaboração do paper. Pensemos, como exemplo, no paper cujo intuito é o de apresentar os resultados de um estágio.

Pode, também, ser requerido um paper sobre os resultados de um produto que você pretende lançar. Ou, ainda, pode elaborar um paper com os resultados de um serviço por você aplicado.

Algum produto ou serviço fornecido a empresa na qual você estagiou também poderá ser apresentado em seu paper. O paper exigido na graduação ou mesmo na pós lato sensu admite essas possibilidades.

Tendências do paper no Brasil

Seja na graduação ou na pós lato sensu, o paper atende a interesses específicos. O principal é a promoção da emancipação por meio do acesso ao conhecimento prático, isto é, às experiências vivenciadas por um dado pesquisador em um certo campo de trabalho.

Tendências do paper no Brasil

Posto isso, é pertinente chamar a sua atenção para o fato de que, em nosso país, há uma tendência em se copiar aqueles mecanismos bem aceitos em outros países.

Nesse sentido, o paper é uma tendência americana que o Brasil tenta incorporar a sua realidade, porém, o contexto brasileiro possui as suas próprias necessidades.

O paper assume conotações diferenciadas. Há um conflito entre interesses, pois o paper é um método norte-americano e, no Brasil, as instituições estão ligadas a uma corrente de pensamento europeu (por razões históricas). Os professores, então, enfrentam uma série de desafios relacionados ao instrumento.

Desafios postos aos professores de graduação e pós lato sensu

Em razão da finalidade de um paper, os professores que solicitam esse tipo de material se esbarram em uma série de desafios relacionados tanto à estrutura de um paper quanto ao conteúdo a ser apresentado nesse tipo de produção.

As dificuldades relacionadas à elaboração do paper estão ligadas, sobretudo, à compreensão dessa ferramenta, uma vez que há em todo o território brasileiro múltiplos entendimentos e posicionamentos.

Assim sendo, nem mesmo os docentes seguem uma linha de raciocínio em todas as instituições brasileiras. Embora a tendência não seja tão nova, temos notado que muitas pessoas ainda estão se adaptando a essa ferramenta, o que gera dúvidas.

Logo, é preciso delimitarmos o que seria o paper e quais são as suas exigências fundamentais para que ele seja bem desenvolvido e possa, enfim, ser publicado. Pensemos em um exemplo prático.

Atenção às exigências de seu professor

Em razão dos objetivos de um paper, embora eles sejam bem aceitos durante a realização dos cursos de graduação e pós lato sensu, é muito difícil que os professores, mesmo na graduação, admitam esse tipo de produção como trabalho final, pois ele é muito simples e introdutório.

Atenção às exigências de seu professorContudo, algumas questões podem lhe ajudar a compreender melhor essas exigências. Em primeiro lugar, mantenha em mente que um paper possui uma estrutura muito próxima a de um artigo científico aplicado.

Em segundo lugar, é preciso que você adeque esse material às normas de sua instituição. Geralmente, elas fornecem um template para que desenvolva esse material a partir desse formato específico. O template deve ser seguido rigorosamente.

Se você seguir esse formato, conseguirá se adaptar aos mais diversos tipos de materiais científicos, pois todos eles seguem uma norma. Esse atendimento às normas é decisivo à aprovação do material.

Um pouco mais sobre a composição geral de um paper: algumas considerações

Como temos ressaltado, as instituições podem estabelecer as suas próprias possibilidades de paper (relacionadas ao conteúdo que pode ser abordado nesses materiais, respeitando, nesse processo, a aplicabilidade, uma das qualidades esperadas nesse tipo de material).

Dito isso, iremos responder a uma última dúvida:

um paper pode ser publicado em uma revista científica?

Um paper pode ser publicado, desde que seja desenvolvido a partir desse formato específico e que a revista pretendida aceite esse tipo de material. A fim de que contratempos sejam evitados, é preciso que você mencione de antemão que se trata de um paper.

Se a revista está preparada e entende a diferença entre um paper e os demais artigos científicos, ela saberá que se trata de um paper, mas não são todas que têm essa consciência. Se você aponta que se trata de um paper, os avaliadores desse material irão olhar para ele o compreendendo como um paper e não como um artigo.

Esse tipo de material, geralmente, localiza-se no nível um na escala de materiais científicos. São compreendidos como aqueles que querem contribuir com a sociedade de maneira breve e sucinta, porém, com qualidade.

Pessoas em empresas, salas de aula e semelhantes são o público-alvo, pois buscam informações breves sobre um assunto que podem lhes auxiliar em sua prática diária de trabalho. Logo, posto isso, é possível entender o papel desse material científico para a sociedade.

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