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Posso inserir o Estado da Arte no TCC e na metodologia? Uso do Estado da Arte em tabelas

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Quando usar ou não o estado da arte

Quando usar ou não o estado da arte

Olá, tudo bem? Em nossa conversa de hoje iremos retomar as nossas discussões sobre o estado da arte.

Em outros momentos, enfatizamos que esse instrumento é particularmente útil nas mais diversas áreas, contudo, principalmente em razão do fato de que possui diversos termos, muitos professores-orientadores, ainda hoje, são bastante resistentes quanto ao uso da ferramenta.

Entretanto, como já conversamos em outros momentos, caso o seu professor seja mais flexível, nós recomendamos o seu uso, pois, a cada dia, um mesmo assunto é abastecido com novas publicações e, com isso, é bastante fácil que nos percamos em meio a tantas informações, concorda?

Nesse sentido, no post de hoje, iremos discutir sobre como o estado da arte pode ser elaborado, sobre os recursos visuais que você pode utilizar para comprovar os dados e sobre a possibilidade ou não de ser usado no capítulo da metodologia.

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) admite o estado da arte?

Como conversamos em outros momentos, são diversos os tipos de produções que admitem a proposta de um estado da arte.

Contudo, algo que precisa ficar bastante claro é que ele não é um capítulo, como é o caso dos capítulos de fundamentação teórica, de metodologia, de resultados e de discussões, porém, auxilia durante a elaboração dessas propostas.

Assim sendo, a primeira coisa que você precisará verificar com o seu professor é se pode apresentar os resultados do seu processo de coleta e seleção de dados que irão compor os demais capítulos.

Caso possa, fique atento as nossas próximas dicas, mas, caso contrário, você não precisa abandonar totalmente a proposta do estado da arte, uma vez que poderá fazer uso das etapas dessa ferramenta para chegar aos melhores resultados que irão compor esse estudo, mesmo que não possa integrar essa etapa na pesquisa propriamente dita.

Como inserir o estado da arte em um TCC?

O estado da arte pode ser inserido, também, em trabalhos finais de cursos de graduação, como é o caso do próprio TCCs e das monografias.

Contudo, assim como em qualquer outro trabalho, devemos tomar alguns cuidados para que todas as etapas sejam devidamente respeitadas e para que, de fato, escolhamos materiais que estão alinhados aos objetivos e, sobretudo, ao problema de pesquisa que escolhemos para a nossa investigação.

Como enfatizamos no começo dessa conversa, vivemos em um mundo que é marcado pelo excesso de informações e, com isso, há prós e contras.

É bastante fácil não saber como escolher materiais diante de tantas possibilidades.

Essa realidade perpassa todas as áreas do conhecimento, porém, sim, algumas áreas são abastecidas mais rapidamente do que outras, mas ter bons critérios para seleção ou descarte de fontes é uma estratégia interessante para todas as áreas.

Comprovando a qualidade da minha pesquisa com o estado da arte

Comprovando a qualidade da minha pesquisa com o estado da arte

Tem sido cada vez mais comum a cobrança da qualidade dos trabalhos científicos, não apenas à nível acadêmico.

Tal situação abre brechas para os mais diversos questionamentos, sobretudo em relação à escolha de certos autores em detrimento de outros.

Nesse contexto, apresentar, ao seu leitor, os motivos exatos que fizeram com que você chegasse até esses materiais é de suma importância, uma vez que essa cobrança a cada dia se torna acirrada.

Antecipar-se e comprovar a importância das suas escolhas antes de possíveis questionamentos é interessante e, dessa forma, o estado da arte funciona como uma ferramenta que propicia essa antecipação do autor frente aos possíveis questionamentos por parte do leitor em razão de escolhas teóricas, metodológicas e analíticas.

Algumas questões são comuns, como, por exemplo, de onde foram retiradas as informações e como e por que foram coletadas.

O que apresentar ao meu leitor?

O que apresentar ao meu leitor?

O leitor, ao questionar um determinado autor, quer, apenas, que ele justifique as suas escolhas e, com isso, podemos adotar os conhecidos critérios de inclusão e exclusão de materiais.

Alguns dos mais comuns e que têm sido empregados pela maioria dos pesquisadores são os nomes das bases de dados consultadas, como você delimitou as palavras-chave para chegar aos seus resultados de pesquisa, quantos materiais obteve com cada palavra-chave, se essas palavras-chave foram digitadas apenas em língua portuguesa ou em outros idiomas, sendo o mais utilizado o inglês, qual foi o período considerado, isto é, o recorte temporal, se foram considerados apenas materiais disponíveis gratuitamente na íntegra, dentre outros aspectos que julgar como relevantes para justificar as suas escolhas ao seu leitor.

Se o seu orientador aprovar, com certeza, você elevará o nível de qualidade da sua pesquisa já no TCC.

TCCs transformados em artigos científicos

Uma das práticas que têm sido incentivadas bastante nos últimos anos é a transformação de TCCs, que, geralmente, são longos, em textos menores, isto é, em artigos, uma vez que chegam com mais facilidade até as pessoas, ou seja, o seu impacto é maior.

As revistas científicas têm valorizado cada vez mais os trabalhos que justificam ao leitor as suas escolhas a partir do estado da arte, então, investir nessa ferramenta desde a elaboração do TCC pode ser bastante vantajoso, pois você irá agregar mais valor ao seu artigo, caso apresente o estado da arte.

Essa tendência não era tão popular alguns anos atrás, mas, hoje, a própria CAPES tem incentivado esse uso, pois entende-se que é de suma importância apontar ao leitor de onde você está tirando essas informações que dão base à sua argumentação.

É uma forma de se conformar que esses dados a ele prestados são seguros.

O estado da arte pode ser incluído no tópico da metodologia?

Uma outra dúvida bastante comum é se o estado da arte pode ser incluído no capítulo de metodologia.

A resposta para essa questão é afirmativa.

Na verdade, como essa ferramenta é relativamente nova, e, aos poucos, tem conquistado o seu espaço, fazer com que ela se torne popular é um dos principais desafios.

Como essa etapa não configura um capítulo próprio, o ideal é fazer com que ela seja incluída de forma que não prejudique o equilíbrio do texto.

Como a metodologia é um tópico que tem como intuito demonstrar os passos a serem percorridos pela pesquisa para que seja possível chegar aos objetivos e responder ao problema de pesquisa, o estado da arte é muito bem-vindo nesse capítulo específico.

Contudo, ele não precisa aparecer apenas em seu capítulo de metodologia.

Acreditamos que é muito mais interessante apresentar esses dados ao seu leitor no momento da justificativa, pois é mais pertinente.

Por que apresentar o estado da arte no momento da justificativa?

A justificativa, geralmente, aparece na introdução de uma pesquisa. Uma vez que o estado da arte é uma forma de justificar, ao seu leitor, as suas escolhas teóricas e metodológicas, julgamos que é mais interessante apresentar o estado da arte já nesse momento.

A justificativa serve para demonstrar o porquê de a sua pesquisa ser importante tanto para a comunidade científica quanto para a sociedade atual em que vivemos.

Entretanto, caso o seu estado da arte tenha propiciado uma nova metodologia, como é o caso, por exemplo, de uma revisão bibliométrica, ou, ainda, de uma revisão de um estado da arte ou de uma revisão integrativa, poderá ser aproveitado em um outro momento da sua pesquisa.

O melhor lugar para apresentar esse estado da arte, caso tenha originado um outro tipo de produção, é no capítulo da metodologia.

Atenção: existem núcleos que exigem que o estado da arte seja um capítulo.

A mutabilidade da ciência

Em razão do fato de que a ciência a cada dia está se renovando, cada professor e, com isso, os seus orientandos e a própria instituição, entendem a ciência de uma determinada maneira e, assim, é apenas conhecendo a lógica de funcionamento desse professor/instituição que você saberá o local mais ideal para inserir esse estado da arte, podendo ele configurar um capítulo, integrar a justificativa ou fazer parte da metodologia.

Tudo irá depender da postura do seu orientador e, com isso, da sua área/núcleo de pesquisa.

Em um mesmo núcleo de pesquisa, os professores podem compreender a ciência de uma forma diferente, sobretudo em relação ao estado da arte, que, ainda hoje, é algo novo e que tem se adequado ao contexto acadêmico.

Nesse contexto, consideramos que o estado da arte na metodologia é bastante útil quando, em razão dele, a proposta acabou dando origem a outros tipos de revisões, por exemplo.

Desenvolva a sua pesquisa apenas com os materiais considerados no estado da arte

Queremos chamar a sua atenção para um elemento importante: o uso dos materiais selecionados a partir do estado da arte.

O estado da arte serve, justamente, para que façamos uma busca sistematizada e de acordo com os objetivos da nossa pesquisa e, dessa forma, procurar por materiais além desses que já tiveram a sua eficiência comprovada não é uma estratégia interessante e esse uso poderá ser contestado, sobretudo se optar por inserir o seu processo de busca e seleção de dados.

Os materiais escolhidos estão devidamente aptos para ajudar você a desenvolver a sua proposta.

Caso faça realmente questão de incluir novos materiais, precisará explicar, no tópico do estado da arte, porque esses novos materiais foram incluídos na proposta.

Nesse sentido, cabe, nesse momento, a discussão acerca de como esses dados do estado da arte podem ser organizados e apontados ao leitor.

O uso de tabelas ou quadros para compor o estado da arte

O uso de tabelas ou quadros para compor o estado da arte

Além do texto verbal propriamente dito, é muito comum que os autores façam uso de recursos visuais para comprovar a qualidade das fontes escolhidas para comporem o seu estudo.

Uma dúvida muito comum é se apenas os artigos que foram incluídos devem ser dispostos nessa tabela ou quadro ou se é pertinente colocar aqueles que não foram integrados à pesquisa.

Apenas para retomar: para obter esses materiais, sejam eles artigos ou outras fontes, devemos digitar nos buscadores as palavras-chave.

Ao organizar esses dados na tabela e no texto, o ideal é que você aponte quantos e quais são os materiais identificados com cada palavra-chave.

Essas podem ser as primeiras informações da sua tabela.

Na sequência, você pode apresentar os outros critérios, como idioma, ano da publicação, se o texto tem acesso gratuito e a base de dados em que ele se encontra.

Dados bibliográficos da fonte também são pertinentes.

Basta inserir os dados apenas dos artigos que foram incluídos, pois, como sabemos, são infinitos os materiais sobre um mesmo assunto, imagina inserir todos eles em uma tabela?

O ineditismo das pesquisas

O ineditismo das pesquisas

Uma outra questão relacionada ao estado da arte que iremos responder diz respeito ao ineditismo das pesquisas.

Você sabe como identificar se um tema é, de fato, relevante e atual?

O estado da arte pode te ajudar.

A estratégia é bastante útil porque é a partir do estado da arte que você consegue saber o que tem intrigado os pesquisadores que interessam pelo mesmo assunto que você ou por temas que se correlacionam.

Como sabemos, são diversas as publicações e, dessa forma, o papel do estado da arte é dinamizar esse processo que toma forma a partir da busca sistematizada.

A partir dos critérios previamente definidos, bem como de um problema de pesquisa e de objetivos bem delimitados torna-se possível saber exatamente o que têm intrigado os pesquisadores em um dado período.

Com a análise desses temas, pode-se saber o que é inédito e o que já tem sido amplamente debatido.

É de suma importância que, ao analisar esses artigos a partir do estado da arte, você se atenha às lacunas deixadas pelas outras pesquisas.

São essas lacunas que farão com que o seu tema seja, de fato, inédito e relevante para a comunidade acadêmica e para a sociedade como um todo.

O estudo da arte serve tanto para chegarmos aos melhores resultados sobre um assunto considerando uma ou mais base de dados, bem como fomenta uma comparação entre essas pesquisas, com vistas a saber de que forma a sua pesquisa pode ser inédita em meio a tanta informação.

Mesmo que o seu professor não seja tão tolerante quanto ao mecanismo do estado da arte, ele perceberá que você tem um conhecimento amplo sobre o que tem sido produzido e pode, inclusive, passar a investir na ferramenta no futuro.

Isso se dá em virtude de o estado da arte ter como missão principal a sistematização dos mais diversos estudos.

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