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Pós-graduação ou segunda graduação: qual é a melhor escolha a ser feita após o término de um curso de graduação?

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Os cenários que temos em mãos após o término de uma graduação: algumas possibilidades de escolha

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre algumas possibilidades que temos em mãos após terminarmos um curso de graduação. Os cenários são múltiplos. Se você é uma pessoa que possui inclinação acadêmica, que possui interesse na pesquisa científica, talvez a realização de uma pós-graduação stricto sensu seja a possibilidade mais interessante, já que você dará prosseguimento a esta inclinação ou terá contato com ela pela primeira vez. Contudo, nem sempre este é o principal objetivo daqueles que terminam um curso de graduação, pois pode ser que o interesse por uma outra área/curso possa surgir ao longo dessa jornada. Se você tem interesse em atuar de forma prática no contexto corporativo, dentro das instituições, pode ser que uma segunda graduação seja a opção mais viável para você. Levando esse cenário em consideração, iremos apresentar algumas dessas possibilidades de escolha.

A ânsia dos familiares e como influenciam na carreira dos filhos

A ânsia dos familiares e como influenciam na carreira dos filhosTemos percebido com base em nossa experiência que as expectativas dos pais têm influenciado muito a carreira de seus filhos. Muitos incentivam os seus filhos a entrarem nesse universo acadêmico logo após o término do Ensino Médio. Contudo, algo que você precisa manter muito claro em mente é que a sociedade tem mudado, assim como os comportamentos e as visões sobre os mais diversos assuntos. Essas mudanças afetam, também, os processos de pesquisa. Podemos citar como exemplo a própria lógica dos artigos científicos. Além disso, a própria postura das crianças e adolescentes deve ser levada em consideração nesse processo. Os adolescentes entre quinze e dezessete anos integram o Ensino Médio e nesse momento há uma grande pressão posta pelos colegas, pela escola, pelos professores e pela própria família. Essa pressão está relacionada com a escolha de uma profissão a ser seguida.

Problemas da segunda e terceira infância

Alguns problemas têm retardado as fases da segunda e terceira infância, sobretudo em virtude da pressão pela escolha de uma carreira de modo precoce. Os jovens, nesse contexto, são impulsionados e, muitas vezes, obrigados a escolherem logo por uma carreira. Temos um problema porque a sociedade muda a cada dia, e, desse modo, surgem muitas dúvidas. A mente deste que irá escolher por uma profissão acaba sendo balançada por todas essas influências e dúvidas. Apressar esses jovens a escolherem é um problema, porque, ao escolherem de forma precoce, começam uma graduação e acabam logo abandonando ou vão até o fim desse curso e se arrependem. Há aqueles que começam a segunda e terceira graduações e abandonam, bem como aqueles que em um único ano mudam diversas vezes de cursos. São os próprios pais, a sociedade e colegas que reiteram que ele deve estar na faculdade.

A importância do tempo de maturação

Esta pressão é problemática, pois o jovem deixa de ter o tempo de maturação e escolhe por esse curso de forma impensada e irracional. Não compreendem, de fato, quais são as suas opções de profissão, os vieses, as exigências etc. Por esse motivo, tem-se, na grade curricular norte-americana, um modelo de ensino diferente. Aqui, nossos alunos são obrigados a estudar a partir de uma grade fechada, não sendo possível escolher as disciplinas a serem cumpridas. Lá, os alunos, na própria escola, passam a ter algumas opções para testarem algumas profissões antes que escolham por uma. Há projetos de ensino que perpassam por todas as áreas do conhecimento a fim de que o aluno desenvolva as competências e habilidades necessárias. O contato com múltiplas áreas é muito interessante nesse processo. A principal vantagem é que o jovem em processo de formação irá se ambientalizar com as múltiplas profissões.

Prejuízos da formação com uma grade curricular fechada

No Brasil, não seguimos esse modelo que acabamos de apresentar. O mais comum é que os alunos que estão nesses cursos de Ensino Médio lidem com uma realidade que é impulsionada por todos que integram esse espaço escolar: a pressão dos vestibulares. Os alunos são os principais alvos, visto que os mais diversos agentes passam a empurrar esses alunos para certas instituições, áreas e cursos. Com isso, o jovem perde um tempo precioso, que é justamente o tempo que deveria ter para maturar a sua ideia antes de tomar uma decisão. A ideia recorrente, contudo, é que esse aluno, ao sair do Ensino Médio, já deve partir para esse curso de graduação, o que pode gerar uma série de frustrações e arrependimentos. Embora o ensino superior seja, de fato, interessante, ele é muito amplo e está ligado à profissão que iremos exercer ao longo de nossa vida. Durante muito tempo irá trabalhar nesse campo.

A atuação em um dado campo de atuação

Mesmo que uma pessoa não atue toda a vida em um único campo, ao menos uma grande parte da sua carreira será dedicada a este campo. Contudo, este exercício da profissão é realizado a partir da conclusão de um curso de graduação, sendo que ela irá atribuir, ao final desse curso, o título para que você exerça a profissão escolhida de forma legal. Entretanto, mesmo que diversas pessoas continuem atuando neste campo ou que tenham certeza de que querem atuar nele, há aquelas que no fim dessa graduação não mais se identificam e desejam realizar um outro curso. Temos observado que diversos jovens que integram as áreas com um teor mais técnico, como é o caso das engenharias e arquitetura, na faculdade, acabam se identificando não com a profissão em si, mas com o teor teórico dessas disciplinas e, mais do que isso, com o ensino desses conceitos aprendidos.

A inclinação para a docência

A inclinação para a docênciaDiversos alunos desses cursos mais técnicos descobrem o gosto pela docência e não se veem mais atuando no campo prático da profissão. Condições financeiras, o medo de enfrentar os pais, o medo de abrir mão depois de passar por tantas provações são aspectos que fazem com que ele vá até o fim com esse curso, porém, descobrem esse interesse pela sala de aula. A área da pesquisa e da docência acaba atraindo mais esses alunos do que o campo profissional por si só. Não se veem partindo para esse campo mais prático, montando escritórios, mas sim ensinando essas dimensões no âmbito da docência. Surgem daí as dúvidas relacionadas ao direcionamento dessas carreiras para a docência e as suas exigências. Tem sido cada vez maior o número de alunos que saem da graduação e não possuem experiência prática. Vão direto para os cursos de mestrado/doutorado e ficam lá por anos.

A escolha por um curso de mestrado/doutorado

Temos um impasse. Cada vez mais os nossos alunos, ao terminarem os seus cursos de graduação, partem para a pós-graduação, ficando vários anos na academia, realizando seus cursos de mestrado e doutorado. Contudo, temos percebido que o mercado não tem absorvido esses profissionais com inclinação acadêmica. Essa dificuldade se dá em virtude do fato de que alegam que esses profissionais não possuem experiência, justamente por não terem partido para o campo prático da profissão. Entretanto, algumas instituições também não admitem com tanta facilidade esses alunos nas salas de aulas, o que os coloca em uma situação complexa. A pouca idade também é um fator que pode contribuir para a dificuldade em lecionar em certas instituições de ensino. Levando em consideração o contexto docente, iremos refletir sobre o que seria melhor para essas pessoas que desejam se inserir no contexto docente.

Fazer uma segunda graduação ou uma pós-graduação stricto sensu?

Fazer uma segunda graduação ou uma pós-graduação stricto sensu?Iremos responder à seguinte questão: estou terminando um curso de engenharia mecânica e decidi lecionar em uma escola técnica ou no ensino médio após finalizar a minha graduação. Vale à pena fazer uma nova graduação ou uma licenciatura tradicional para obter o título de professor? Uma coisa que deve ficar bastante clara nessa conversa é que se você decidiu adentrar, de fato, na área da docência, precisará redimensionar a sua formação para atender as exigências desse contexto. Como a área aqui colocada é a da engenharia mecânica, é ela que utilizaremos como exemplo. Nessa área, temos uma série de possibilidades com as quais você pode contar. Algumas possibilidades para que você exerça a docência é em escolas técnicas, institutos federais, universidades estaduais e federais e no ensino básico. São múltiplos campos que permitem o exercício da docência de forma efetiva.

As especializações para atuar enquanto docente

Se você deseja atuar enquanto docente, saiba que você pode realizar uma especialização. A depender do contexto no qual você deseja atuar, como, por exemplo, nas escolas técnicas ou ingressar nesses espaços via concursos públicos, pode realizar um curso oferecido por essas próprias instituições. Eles são voltados sobretudo aos docentes que se formaram como bacharéis. Se você deseja atuar no ensino superior, a especialização em metodologia para o ensino superior é uma das possibilidades que podem garantir que você atue nesses espaços. Também temos alguns cursos preparatórios que irão atribuir o título de docente ao término desse curso. Alguns institutos federais até admitem que técnicos integrem o seu corpo docente. Você ingressa com esse título de bacharel, porém, lá dentro, a instituição pode requerer que você realize uma especialização para obter o título de docente.

Cursos de especializações e licenciaturas

Cursos de especializações e licenciaturasDiversos institutos oferecem cursos para o aperfeiçoamento da prática docente. Esses cursos atingem sobretudo os professores que integram esses cursos, mas que não possuem formação docente. Ao longo deles, irão aprender conceitos e estratégias típicos a esse contexto de atuação. Uma dica que gostaríamos de dar para as pessoas que estão no último ano da graduação e que desejam atuar enquanto docentes é entrar em contato com a sua própria instituição. Analise se há algum polo ou pessoas responsáveis pela docência, pois quaisquer dúvidas que você tiver sobre esse contexto essas pessoas saberão como lhe auxiliar da melhor forma possível. Há instituições que permitem que você atue como auxiliar dos professores dessa instituição. Você poderá atuar nesse primeiro momento como um tutor. Iremos compreender um pouco melhor sobre o modo de funcionamento de uma tutoria.

Como funciona uma tutoria?

Como funciona uma tutoria?Em primeiro lugar, você irá se colocar à disposição desse professor e irá auxiliá-lo no cumprimento das atividades docentes. Em um contexto normal, não pandêmico, você pode atuar dentro das salas de aula, porém, nesse momento, poderá atuar de outras formas. Você poderá auxiliar esse professor no âmbito das salas de aula virtuais. Com isso, irá adquirir experiência docente. Essa é uma prática muito interessante para que você consiga ingressar nesse mundo da pesquisa e da docência atuando de forma prática enquanto tutor. Fazer um mestrado e um doutorado na sequência dessa graduação possui as suas vantagens e desvantagens. Pode ser algo bom no sentido de que você pode conseguir passar em um concurso público de forma mais fácil, visto que ainda há preconceito com quem não possui título de mestre e doutor e deseja concorrer nesses concursos. Contudo, cada realidade é única.

As possibilidades individuais

A depender do contexto regional no qual está inserido, as suas possibilidades serão diferentes das de outros alunos. Como temos enfatizado ao longo de nossos posts, algumas regiões são mais carentes e lidam com a falta de profissionais, o que faz com que elas acabem sendo mais flexíveis ao contratarem esses profissionais, porém, outras regiões e certas instituições são mais concorridas, o que demandará um bom currículo para que você consiga ingressar nesses espaços. Há aquelas pessoas que possuem conhecidos que trabalham nessas instituições e que, portanto, podem fazer essa mediação e lhe indicar para essa instituição. Contudo, cada realidade é muito particular.

Retomando a nossa questão, levando em consideração este panorama que acabamos de apresentar, optamos pela realização de uma licenciatura de curta duração para que você possa exercer esse cargo de forma legal o mais rápido possível. Esse curso de curta duração é vantajoso, pois irá lhe introduzir de forma efetiva nesse contexto da prática docente, oferecendo bases para que a sua atuação se dê de forma responsável. Há casos em que são oferecidas matérias voltadas à docência já no curso de graduação. Desse modo, basta escolher essas disciplinas para que você tenha o aval para atuar enquanto docente. Essas disciplinas estão voltadas a todos os aspectos que perpassam pela atividade docente.

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