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O que você precisa saber sobre um curso de mestrado?

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O que é um curso de mestrado? Por que esse tipo de curso tem sido muito procurado por aqueles que finalizaram o seu curso de graduação? Quais são os cuidados fundamentais?O que é um curso de mestrado? Por que esse tipo de curso tem sido muito procurado por aqueles que finalizaram o seu curso de graduação? Quais são os cuidados fundamentais?

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre os cursos de mestrado de nosso país. Além de apresentarmos as características desse tipo de curso, iremos discutir sobre as suas formas de ingresso. Se você está pensando em ingressar em um programa desse tipo ou se já está nesse programa, essas dicas podem lhe ajudar. Quando discutimos sobre esse tipo de tema, a primeira coisa que você precisa saber é como esse tipo de curso funciona. Esse curso é a sua porta de entrada no mundo da pesquisa e da docência no ensino superior. Se você deseja ser um professor de graduação ou de pós-graduação, é muito interessante que tenha a formação de mestre. Embora haja instituições que contratam professores especialistas, não é uma regra. A tendência é que esse mercado se torne cada vez mais seletivo e rigoroso. Assim, é indicado que você cogite fazer um curso de mestrado para que aumente as suas chances.

A regulamentação dos cursos de mestrado pela CAPES

Não podemos iniciar essa discussão sem que pensemos em como esses cursos são ofertados em nosso país. A primeira coisa que você precisa saber é que esses cursos estão relacionados à CAPES, que é órgão que regulamenta, aprova e avalia esses cursos. A CAPES sempre divulga novas portarias que apontam os aspectos que um curso deve observar para que possa existir e receber investimentos. A cada quatro anos esses programas passam por uma avaliação. Para que você possa atuar no Brasil de maneira tranquila e legal é preciso que o curso seja aprovado pela CAPES. O mais indicado é que você participe do processo seletivo e ingresse em um programa de mestrado que seja qualificado por este órgão. Quando você se matricula em um programa de mestrado que é regulamentado pela CAPES, o seu nome aparece na plataforma Sucupira (associado a instituição da qual faz parte).

O registro legal de um pesquisadorO registro legal de um pesquisador

A partir do momento em que você se matricula em um curso regulamentado pela CAPES, o seu nome passa a contar no quadro de pesquisadores da plataforma. Você será identificado como um aluno de pós-graduação stricto sensu, nível mestrado. Não é possível manipular para que uma pessoa se torne mestre. É preciso respeitar algumas etapas. Não existe “jeitinho” para facilitar o processo. É preciso que esse curso esteja regulamentado para que usufrua de todos os benefícios desse programa e do próprio título de mestre. É essencial que você seja um aluno regular e tenha participado desse programa para que possa exercer o título no Brasil. Tome cuidado para não confundir o aluno especial com o regular. O aluno especial faz parte deste programa em um momento específico e pode cumprir alguns créditos, mas não é um mestrando. Os dois tipos de alunos respondem a exigências específicas.

As empresas estrangeiras no Brasil

Existem algumas instituições estrangeiras que oferecem cursos de mestrado no Brasil. A maior parte desses cursos é ofertada de maneira online, bem como há instituições fora do país que atraem a atenção dessas pessoas. Contudo, é preciso que você saiba que caso ela não tenha parceria com uma universidade brasileira, não conseguirá convalidar seu título. A fim de que possa ter essa certeza, precisará passar por um processo de convalidação. Todo o processo é feito por uma universidade brasileira que está regulamentada perante à CAPES. No geral, são universidades federais. Será necessário apresentar as ementas de seu curso realizado fora do país, o trabalho final lá desenvolvido e outros documentos personalizados. A banca irá avaliar se aquilo que você produziu na instituição estrangeira é equivalente ao que fazemos aqui. Apenas com o feedback positivo o seu título será reconhecido em nosso país.

Cuidados no processo de convalidaçãoCuidados no processo de convalidação

O processo de convalidação é muito complexo e cansativo. Não são raros os casos de professores que realizaram um curso de mestrado ou doutorado fora do país e não passaram por esse processo. Isso pode ocorrer, porém, para que esse professor possa exercer um cargo nas instituições públicas, obrigatoriamente, o título deve ser reconhecido. Ele apenas pode ser reconhecido como mestre e/ou doutor no contexto acadêmico se tiver o título convalidado. Entretanto, no caso das instituições particulares, isso não é uma regra, pois cada uma tem os seus próprios critérios. O reconhecimento é facultativo ou não, depende se suas regras internas. Se você não quer passar por esse tipo de situação, recomendamos que procure por um curso que seja reconhecido. Procure pelos cursos que já são autorizados pela CAPES ou, caso queira uma instituição estrangeira, opte por uma que tenha parcerias com o Brasil.

Como um curso de mestrado funciona?

Se você está com medo ou receoso em relação ao modo de funcionamento desse tipo de curso, iremos apresentar um pouco dessa estrutura. Em primeiro lugar, devemos parabenizar por essa escolha. Há muitos alunos que adentram nesse tipo de curso sem que façam ideia de como funciona e acabam se frustrando. Ao se depararem com as exigências, acabam ficando muito tensos, pois não sabem como agir. Esses problemas acontecem em virtude da própria mentalidade que impera no sistema de ensino brasileiro, desde a educação básica até o ensino superior (e mesmo na pós lato sensu). O primeiro aspecto é a tendência conteudista: somos colocados em contato com uma ampla gama de matérias genéricas. Temos contato com as mais diversas informações, porém, elas não são específicas, profundas e detalhadas. Elas aparecem aos montes e a maior parte das pessoas não conseguem absorver todo esse conteúdo.

A grade curricular brasileiraA grade curricular brasileira

Como somos colocados em contato com muitas informações, não paramos para refletir sobre todo o conteúdo. A fim de que o conteúdo seja absorvido, cada pessoa adota as suas próprias estratégias de estudo. Adquirimos competências e habilidades a partir desses estudos para respondermos exatamente àquilo que o professor quer. No Ensino Médio, os alunos são colocados em contato com temas que podem cair no vestibular. Para isso, uma ampla gama de conteúdos são apresentados para que tenham subsídios para ingressar em uma universidade. Entretanto, essa mentalidade já tem mudado. Contudo, ao chegar na graduação, o aluno se depara com uma situação semelhante. Novamente, tem contato com uma ampla gama de matérias, pois a grade dos cursos de graduação no país, independentemente da área, é, ainda, generalista. Não há enfoque em aspectos específicos, logo, o ensino não é aprofundado.

O ensino na graduação

O aluno é colocado em contato com uma grade curricular bastante genérica. O aluno é um sujeito passivo, pois absorve todo esse conteúdo geral para que possa desenvolver certas habilidades e competências básicas relacionadas a esse curso, sendo estas bastante gerais. O professor passa essas informações a todo o momento, de modo que o aluno, enquanto sujeito passivo, apenas absorve. O desafio nesse processo é entender como cada professor funciona, a fim de que suas exigências sejam atendidas. Para que possa se sair bem em uma disciplina, é necessário visualizar o que esse professor quer ler ao lhe avaliar. No lato sensu acontece a mesma coisa. Os professores repassam informações relacionadas a uma área específica dentro da grande área que você escolheu como carreira. Também é necessário criar estratégias para que se possa  tirar boas notas nas atividades avaliativas.

As exigências de um programa de mestrado

O aluno acostumado com essa postura de sujeito passivo, ao ingressar em um curso de mestrado, pode se assustar. Em primeiro lugar, esse aluno adentra em um mundo muito novo, sendo que muitas dessas pessoas possuem outras formações e estiveram ligadas a outras áreas. O choque se dá porque você opta por disciplinas que possam ser úteis a sua pesquisa e lá irá se deparar tanto com pessoas que estão no mestrado quanto com aquelas que estão no doutorado. Além disso, as faixas etárias são muito distintas, o que pode culminar, também, no choque inicial com esse mundo. O choque também está atrelado a uma outra postura. Nesse momento, você não pode mais adotar uma postura passiva. Terá que ser um sujeito ativo. O principal objetivo dos mestres e/ou doutores que estão ali para lhe ensinar é o de fazer com que você pense e reflita a todo o momento sobre o conteúdo ali absorvido. Ele não é mais estático.

A necessidade de pensar e refletir na pós-graduação

A todo o momento esse aluno terá que pensar e refletir sobre os conteúdos com os quais tem contato. Poderá pensar em coisas que antes sequer cogitou, bem como terá certos argumentos que sem a adesão a essa postura ativa não seria possível. Além disso, uma única disciplina irá exigir de você uma carga de leitura muito significativa, bem como terá contato com autores com pontos de vista muito distintos. Terá que refletir sobre essas diferenças, mas não de maneira genérica. Tanto o seu orientador quanto os professores das disciplinas que você irá fazer não estão preocupados com a mera absorção do conteúdo. É preciso que você pense, reflita e produza materiais científicos com base nos resultados desse estudo. Além disso, tais materiais devem ser relevantes para a comunidade acadêmica e para a sociedade como um todo. Entretanto, na academia, você não pode fazer o que quer, totalmente autônomo.

Trabalhe de maneira atrelada às exigências de seu orientador

Os sujeitos-mestrandos, embora sejam ativos, não possuem uma autonomia integral. As suas vontades não devem prevalecer frente às necessidades da pesquisa, sendo que a pesquisa deve estar atrelada às exigências do orientador, da sua linha de pesquisa e do programa do qual faz parte. Além disso, a sua pesquisa deve seguir a um sistema para que possa ser aprovada, isto é, o aluno, junto ao seu orientador, escolhe uma metodologia que irá guiar todo o estudo. A fim de que possa chegar aos resultados de sua pesquisa deverá seguir uma série de normas. Terá, ainda, que apresentar esses resultados em eventos científicos e por meio de artigos científicos. Passará por duas avaliações: as bancas de qualificação e defesa. Na qualificação, saberá se o seu trabalho está apto para ser defendido ou se precisa de reparos. Acreditamos que é necessário que pensemos nas percepções das pessoas do nosso entorno quanto aos mestres.

As percepções da sociedade quanto aos mestresAs percepções da sociedade quanto aos mestres

É uma parcela muito pequena de pessoas que são mestres e/ou doutores em toda a sociedade brasileira. Muitos que entendem o que isso significa irão lhe enxergar como um sujeito muito imerso, pois sempre estará lendo e estudando para que a sua pesquisa possa ser feita da melhor forma. Por outro lado, no eixo do mercado, tome cuidado, pois não são todas as empresas que enxergam o mestrado como algo positivo. Existe a mentalidade de que pessoas que fazem esses cursos são muito inclinadas para a pesquisa, logo, não têm experiência prática. Nesse sentido, há empresas que preferem pessoas com uma mentalidade mais prática, logo, aquelas que fazem especializações costumam ser inseridas no campo prático de maneira mais rápida. Entretanto, as pessoas que fazem cursos de mestrado com uma inclinação mais prática têm maiores chances de chamarem a atenção de empresas com esse tipo de mentalidade.

Os dogmas negativos quanto ao mestrado

Existem algumas ideias erradas quanto aos cursos de mestrado que precisam ser desmistificados. É essencial que você mantenha em mente que não há algo que seja bom ou ruim ao ponto de ser refutado antes mesmo que seja conhecido. Existe o que funciona para uma pessoa e aquilo que não se encaixa dentro do contexto que está vivenciando neste momento específico de sua vida. Se você é uma pessoa que ama a pesquisa e as atividades relacionadas a esse mundo, com toda a certeza esse tipo de curso é o ideal para você. Além disso, se você é uma pessoa que ama a sala de aula, estar em contato com os alunos, ensinar e formar pessoas, é a carreira ideal. Por outro lado, as pessoas com uma mentalidade mais prática, cujo interesse é no mercado de trabalho e em atender essas demandas, a carreira acadêmica pode não ser a mais indicada.

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