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Como conseguir uma bolsa na Pós-Graduação?

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As bolsas em programas de pós-graduação

As bolsas em programas de pós-graduação

Em nossa conversa de hoje iremos discutir sobre algo que é a grande ânsia da comunidade acadêmica: conseguir uma bolsa de estudos para desenvolver uma pesquisa. Nesse sentido, iremos apresentar, nesse post, algumas dicas para que você consiga uma bolsa em seu programa de pós-graduação.

Se você está em um curso de mestrado ou de doutorado, ou, ainda, se almeja entrar em um desses cursos e para você a bolsa é crucial fique atento à essas dicas.

Hoje iremos discutir um pouco sobre a atual situação das bolsas em nosso país e como funciona o processo para conseguir uma bolsa.

Outra coisa que precisamos destacar é que frequentemente esse modus operandi muda, e, dessa forma, o que é válido hoje, em 2020, no próximo ano pode ser diferente.

Contudo, essa tendência que iremos apresentar hoje já vem acontecendo a alguns anos.

O que seriam as bolsas de pós-graduação?

Quando discutimos sobre as bolsas no contexto da pós-graduação, você precisa ter muito claro em mente que elas poderão diferenciar de acordo com o órgão que irá custear essa bolsa, podendo, este órgão, ser estadual ou federal.

Nesse sentido, o modus operandi pode mudar de instituição para instituição, e, ainda de agência de fomento para agência de fomento.

Em razão disso, hoje iremos apresentar as características das bolsas que podem ser acionadas por todo o público, independentemente da instituição a qual está vinculado.

É interessante fazer essa diferenciação porque existem bolsas que voltam-se à contextos não acadêmicos, como é o caso das parcerias com prefeituras e empresas.

Atenção: as bolsas no contexto acadêmico podem ser pleiteadas apenas por instituições de ensino que são reconhecidas pela CAPES.

Hoje iremos nos concentrar nas bolsas específicas às universidades do Brasil.

Características de uma bolsa de pesquisa

Caso você deseje ingressar ou já está cursando o seu mestrado ou doutorado em uma instituição de ensino pública, irá se deparar com algumas possibilidades de bolsa.

Algo que é interessante destacar, também, é que como essas instituições são públicas, em sua maioria, não irão cobrar pela mensalidade, e, assim, o valor a ser recebido poderá ser gasto com outros tipos de atividades.

A primeira coisa que você deve saber sobre essas bolsas que não se destinam ao pagamento de mensalidades é que, mensalmente, você irá receber um valor para que possa desenvolver a sua pesquisa.

Nesse sentido, além de cursar esse mestrado/doutorado de forma inteiramente gratuita, uma agência de fomento irá custear todo o desenvolvimento do seu estudo.

Contudo, com esse valor, cria-se um vínculo com a agência de fomento, e, dessa forma, cada uma terá as suas próprias exigências que devem ser atendidas em sua plenitude.

Conhecendo a bolsa da CAPES

A primeira possibilidade de bolsas concedidas às instituições de ensino públicas pertencem à própria CAPES, que é quem regula, em nosso país, os cursos de pós-graduação de mestrado e doutorado.

A agência, mensalmente, irá depositar um valor em sua conta.

A fim de que você possa receber esse dinheiro, precisará assinar um termo de compromisso.

Nesse termo, você irá atestar que está disponível para se dedicar, pelo menos, quarenta horas semanais para desenvolver a pesquisa científica.

Atenção: quarenta horas semanais é bastante tempo que você terá que se dedicar ao desenvolvimento da pesquisa, e, dessa forma, precisará aliar essa exigência com a sua rotina pessoal.

Dentre as atividades que são contempladas nessas horas há a participação em eventos científicos, participar de disciplinas obrigatórias, publicar artigos, participar de grupos de estudos, dentre outras diversas atividades.

O valor das bolsas da CAPES

O valor das bolsas da CAPES

O valor da bolsa de pesquisa costuma variar de acordo com o nível, e, geralmente, o valor das bolsas de doutorado costumam ser um pouco maiores em relação às bolsas de mestrado.

Em relação às horas a serem dedicadas semanalmente, elas podem ser tanto vinte horas quanto quarenta horas, estando o valor a ser pago proporcional à quantidade de horas a serem dedicadas à pesquisa científica.

A fim de que você comprove que as quarenta horas estão sendo cumpridas, você precisará apresentar um relatório à CAPES, sendo que nele deverão constar todas as atividades que foram desenvolvidas, de que forma e porque foram relevantes para a construção do seu trabalho (dissertação, para o mestrado, ou tese, para o doutorado).

Como o professor-orientador precisa assinar esse relatório, caso as quarente horas não tenham sido cumpridas você irá ter problemas e terá que devolver esse dinheiro.

A questão do vínculo empregatício

Uma outra questão que precisa ficar clara em relação às bolsas de pesquisa é que você não pode ter qualquer tipo de vínculo empregatício.

Caso você tenha a carteira assinada e resolve pedir uma bolsa, caso você não peça o afastamento ou o desligamento, automaticamente essa bolsa será recusada.

Entende-se que não é possível se dedicar, nesse período, ao trabalho e à pesquisa, visto que a quantidade de horas dedicas à pesquisa é muito grande.

Parte-se do princípio de que a rotina de trabalho por si só já contempla muitas horas semanais, e, dessa forma, não daria para cumprir as quarenta horas semanais de dedicação à pesquisa.

Com isso, podemos falar, nesse momento, sobre uma outra forma de se pedir uma bolsa de pesquisa, que é pelo CNPq.

Atenção: tenha muito claro em mente que o CNPq e a CAPES, diferentemente do que muitos pensam, não são a mesma coisa.

As bolsas fornecidas pelo CNPq

Mesmo que essas bolsas sejam instáveis, isto é, não sabemos se elas continuarão a existir, hoje, em 2020, ainda são uma possibilidade para o pesquisador de mestrado ou doutorado.

No início do atual governo, foi anunciado que as bolsas do CNPq seriam cortadas e que o CNPq e a CAPES passariam a ser uma coisa só, porém, essa questão ainda está sendo discutida.

Embora essas bolsas tenham permanecido, a sua quantidade diminuiu de forma bastante significativa.

Assim como no caso da CAPES, os valores das bolsas são diferenciados, relacionados tanto à carga que você se dedicará à pesquisa quanto ao seu nível atual (mestrado ou doutorado).

Permanece, também, a regra do vínculo empregatício.

Caso você esteja com a carteira assinada, precisará pedir o afastamento ou desligamento para que possa assumir a bolsa.

As bolsas de agências estaduais

Há, ainda, uma terceira possibilidade para os pesquisadores que estão fazendo o seu curso de mestrado ou de doutorado em uma instituição de ensino pública.

São as bolsas oferecidas pelas agências de fomento locais, que são, majoritariamente, estaduais.

No caso do estado de São Paulo, temos a FAPES.

As bolsas são custeadas pelo governo do estado de São Paulo.

As regras são as mesmas: não podemos ter vínculo empregatício, o dinheiro cai na conta mensalmente e há uma quantidade de horas a serem dedicadas à pesquisa.

Com isso, percebemos que a pesquisa substitui o trabalho, pois a dedicação acaba sendo exclusiva e passamos bastante tempo cumprindo as exigências, comprovando a nossa dedicação.

O vínculo, embora seja de pesquisador, acaba configurando uma relação de trabalho.

Como é um contrato, você fica sujeito às regras desse órgão que irá custear a sua bolsa.

Como conseguir uma bolsa?

Como conseguir uma bolsa?

É comum que, semestralmente, o pesquisador tenha que apresentar um relatório acerca do que está sendo desenvolvido, isto é, precisa comprovar que está levando à pesquisa e as suas obrigações à sério.

Não é preciso comprovar onde esse dinheiro está sendo investido.

Como com um novo semestre surgem novas obrigações, a comprovação do que foi feito nesse período é constante.

A fim que você possa conseguir uma dessas bolsas que mencionamos, é preciso que você fique atento aos editais, sobretudo no caso das bolsas do governo federal.

Abre-se, em datas específicas, o período para seleção de novos bolsistas.

Geralmente, o pesquisador preenche uma ficha de inscrição e apresenta o seu projeto de pesquisa.

O projeto é bastante decisivo, pois ele aponta se você está apto ou não para ter a sua pesquisa financiada.

Deixar o projeto bem fundamentado e objetivo é crucial nesse processo.

As bolsas em instituições privadas

As bolsas em instituições privadas

As bolsas oferecidas às instituições privadas são um pouco diferentes, sobretudo porque, diferentemente das públicas, você terá que pagar as mensalidades desse curso de mestrado ou de doutorado.

Nessas instituições, via de regra, ao ingressar nesse programa de pós-graduação, você terá que pagar essas mensalidades.

Você consegue identificar o valor desse curso tanto no edital para ingresso no programa quanto no próprio site dessa instituição.

Antes de ingressar, saber se você dispõe desse valor para pagar mensalmente a instituição é de suma importância.

Nesses casos, nos primeiros meses, é preciso pagar, e, salvas as exceções, pelo menos a matrícula deverá ser paga.

Normalmente, os pesquisadores custeiam todo o primeiro semestre e depois tentam uma bolsa para não terem que pagar essas mensalidades.

A bolsa vem com a disposição do programa em custear esse curso.

É possível conseguir uma bolsa logo de cara?

Tudo irá depender dos recursos que a sua instituição possui.

Há pesquisadores que conseguem esse custeamento das mensalidades logo de cara, porém, outros precisam custear uma parte desse curso até que a bolsa esteja disponível.

O mais comum é que esses pesquisadores custeiem a matrícula e os primeiros seis meses de curso, porém, durante esses seis meses, é preciso ficar atento aos editais de bolsas-taxa, isto é, que custeiam esse curso para você.

Contudo, há pessoas que pagam todo o primeiro ano do curso e só após conseguem a bolsa.

Agora que você já conhece o contexto dessas instituições, iremos apresentar os dois tipos de bolsas mais comuns.

A primeira possibilidade são as bolsas-taxa.

Elas são, também, custeadas pelas agências que mencionamos, porém, esse dinheiro a ser depositado mensalmente pode ser usado unicamente para pagar a mensalidade.

Como funcionam as bolsas-taxa?

Essas agências têm um acordo com a faculdade, e, dessa forma, a verba a ser enviada para a instituição em questão pode ser usada apenas para custear as mensalidades dos alunos que participam do edital.

Existe uma cota tanto para os programas de mestrado quanto para os de doutorado.

Paga-se, em média, R$1.100,00 para os cursos de mestrado e o valor de R$1.400,00 para os cursos de doutorado.

Esses são os valores para o ano de 2020.

O dinheiro, no dia acordado, cairá na sua conta pessoal e você terá que transferir para a sua faculdade.

Todos os meses a faculdade irá emitir um boleto com esse mesmo valor.

Para que você não tenha problemas, basta pagar o boleto que a sua instituição irá gerar com o valor recebido mensalmente pela agência de fomento.

Atenção: você terá que participar do edital e apresentar um projeto para que possa conseguir a bolsa.

As bolsas integrais

Há pesquisadores que optam pelas bolsas integrais.

Nessa modalidade, além de você ter todo esse curso custeado pela agência de fomento, isto é, além de não pagar essas mensalidades, receberá um valor a mais para desenvolver a sua pesquisa, como é o caso das bolsas das instituições públicas sobre as quais conversamos.

Com isso, você paga o valor do boleto do seu curso, valor este que já foi acordado entre a agência de fomento com a sua instituição, e, o restante, você pode usar para outros fins que não estão relacionados com o pagamento das mensalidades.

Não se esqueça, para que você possa ter a bolsa integral não poderá ter vínculo empregatício, o que não se aplica à bolsa-taxa, porque é apenas o seu curso que está sendo custeado. Atente-se, também, a todas as exigências dessa bolsa.

O que são as bolsas institucionais?

Vivemos em um momento bastante delicado, em que as bolsas, a cada dia, tornam-se mais escassas.

Algumas instituições, por precaução, já faziam uso desse modelo sobre o qual iremos conversar antes, contudo, hoje ele tem sido bastante popular.

Nesse caso, a própria instituição, isto é, a mantenedora, cria a sua própria bolsa.

Ela cria acordos em que você, bolsista, mesmo que seja um bolsista especial, não receberá esse valor da mensalidade na íntegra para custear o seu curso, porém, em lugar disso, receberá uma espécie de desconto.

Assim sendo, nessa perspectiva, o valor original da mensalidade é menor quando o aluno consegue essa bolsa institucional.

Esse valor é razoável para a instituição.

O valor é bastante próximo aquele custeado pelas agências de fomento.

Entretanto, cada instituição segue um modelo, uma vez que possui recursos diferentes para custear esses cursos.

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