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Como reconhecer as Revistas que mais Publicam Artigos Científicos em um determinado tema e período?

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O que analisar ao procurar uma revista científica?

O que analisar ao procurar uma revista científica?

Olá, tudo bem? Em nossa conversa de hoje continuaremos a discutir sobre algumas das estratégias que podem te ajudar a identificar os formatos e temas que são mais bem aceitos por uma revista em um determinado período.

Como conversamos anteriormente, é comum que, de tempos em tempos, o corpo editorial da revista, isto é, a equipe técnica que irá analisar o seu material e dizer se ele está apto ou não para a publicação é modificado.

Isso é importante de ser mencionado, pois, com essas mudanças, altera-se, também, o foco de uma revista, e, dessa forma, o que era interessante para esse periódico alguns anos atrás pode não ser mais atual.

A forma mais certeira de se captar o interesse atual da revista que deseja publicar e explorar o seu site, sobretudo os últimos artigos publicados por esse periódico.

Nesses artigos é interessante que se analise os temas, as metodologias e outras informações relevantes.

Como saber se o meu tema é interessante para a revista?

Dúvidas sobre o que publicar são tão comuns quanto as indagações sobre que tipo de formato é mais bem aceito por uma dada revista.

Assim sendo, é comum que certos temas sejam mais publicados em um periódico do que em outro, e, desse modo, saber quais são os temas recorrentes na revista que deseja publicar é interessante pois caso a sua temática fuja muito do que tem sido publicado nos últimos anos, talvez seja melhor investir em uma outra revista.

A fim de se descobrir o interesse atual de um periódico existem artigos científicos já publicados que podem otimizar o seu processo de busca.

A revisão integrativa tem como objetivo compilar dados importantes sobre revistas ligadas à uma determinada linha de raciocínio, e, dessa forma, caso você não tenha muito tempo para investigar esses temas, ler artigos desse tipo de formato pode acelerar o seu processo de escolha pela revista científica mais ideal para a sua proposta.

É possível saber que tipo de revista publica mais sobre um assunto?

Devido ao fluxo intenso de informações com o qual lidamos, é impossível saber todos os temas que interessam uma determinada revista.

Contudo, é impossível identificar um padrão, isto é, os temas que se repetem.

Afirmamos que não é possível conhecer todos esses temas, pois, atualmente, apenas no Brasil, possuímos mais de cento e trinta mil revistas.

O funcionamento dessas revistas varia bastante, pois, como destacamos na conversa anterior, algumas publicam de forma quadrimestral, trimestral, semestral, mensal ou anual.

Nesse sentido, saber todos os temas que interessam a todas essas revistas seria muito insano, pois levaria anos, e, nesse processo, outras revistas irão surgir.

Assim sendo, os pesquisadores podem deparar-se com a seguinte pergunta: como estabelecer um padrão de temas diante de tantas possibilidades de revistas?

Como as bases de dados podem contribuir com a seleção da revista?

Como as bases de dados pode contribuir com a seleção da revista?

As bases de dados nada mais são do que bibliotecas virtuais, e, como tal, reúnem uma série de artigos das mais diversas revistas.

Para ler esses materiais não precisamos acessar o site da revista, pois, essas bases, redimensiona-nos para os arquivos a serem lidos.

Entretanto, precisamos enfatizar que nem sempre uma revista está cadastrada em mais de uma base de dados, e, assim, o acesso aos seus materiais pode ser mais restrito quando comparada a facilidade de acesso de revistas indexadas em mais de uma base.

Isso se dá devido à lógica de funcionamento das próprias bases de dados.

Existem aquelas que aceitam apenas artigos que podem ser comercializados, isto é, pagos para serem lidos; há as bases que operam de forma aberta, e, assim, não há quaisquer tipos de cobranças para que esses materiais possam ser lidos; existem bases de dados que restringem-se a uma área do conhecimento (e áreas correlatas) etc.

Como as bases de dados podem impactar na sua escolha de materiais?

Em razão do fato de que as bases de dados reúnem materiais apenas de revistas científicas que se encaixam no escopo dessa base, é impossível, portanto, saber o que interessa a todas as revistas científicas de nosso país.

Não conseguimos, portanto, definirmos o que uma revista publica e o que a outra não publica.

Como dissemos, somos capazes de identificar um padrão de temas que se repetem.

Assim, ao analisar essa recorrência é muito importante que você tenha claro em sua mente e, após, em seu estado da arte, deverá apontar qual ou quais bases de dados está utilizando para recorrer à esses materiais.

Lembre-se, sempre, que cada base de dados possui o seu próprio escopo, isto é, o seu foco, então conhecer quais bases de dados são mais interessantes e eficientes para a sua linha de pesquisa é o primeiro passo para se analisar essas revistas.

A sistematização de nossas escolhas

A sistematização de nossas escolhas

Somos, a todo momento, questionados acerca do porquê de alguns materiais terem sido escolhidos para compor o nosso estudo e outros não.

Dessa forma, é primordial que sempre deixemos claras essas escolhas.

O estado da arte, nesse sentido, é uma ferramenta interessante e, portanto, pode ser integrado ao seu estudo.

Ele sistematiza essas escolhas e, para isso, apresenta dados importantes como as bases de dados consideradas, as palavras-chave digitadas em cada uma das bases escolhidas, os idiomas, o tipo de acesso, dentre outros critérios que julgar relevantes para que suas escolhas não sejam questionadas.

Essa é uma estratégia bastante eficiente para se entender os temas que se repetem nas revistas científicas. Vamos pensar num exemplo prático.

Suponha que um determinado pesquisador deseja investigar o tema da “promoção da saúde em gestantes”.

Como ele poderia sistematizar essas escolhas?

É crucial que se deixe claro, ao leitor, que ao digitar as palavras x, y e z, nas bases da Google Acadêmico e Pubmed, obteve-se a quantidade x.

Essa quantidade deverá ser mais especificada: indique a quantidade de materiais encontrada ao digitar cada palavra-chave.

Essas palavras-chave auxiliam você a perceber que tipo de temas podem ser mais encontrados em uma determinada base de dados, uma vez que essas palavras nascem dos temas de pesquisa (e do problema de pesquisa).

Ao analisar essa quantidade de materiais você pode perceber que certos temas são mais recorrentes em uma única revista ou, ainda, esse mesmo tema pode ser mais pulverizado, isto é, pode ter sido interesse de mais de uma revista científica no recorte temporal por você considerado.

Se você deseja escrever sobre esses temas que se repetem, você pode propor uma revisão que chamamos de integrativa.

Critérios de inclusão e exclusão de artigos científicos

Critérios de inclusão e exclusão de artigos científicos

Como vimos, uma base de dados reúne uma gama imensa de materiais científicos, e, dessa forma, sem alguns critérios é impossível lidar com essa quantidade.

A partir desses critérios você irá analisar se um material é interessante ou não para o que você deseja investigar nesse momento. Retomemos o nosso exemplo prático.

O tema da “promoção da saúde” é muito abrangente, e, dessa forma, digitar essas palavras pode retornar uma quantidade de materiais que será impossível ser analisada rapidamente.

É nesse sentido que os critérios podem otimizar essa coleta e análise dos materiais.

A fim de que resultados mais específicos apareçam, é necessário que você realize um recorte desse tema, que, aqui, é representado pela promoção da saúde em gestantes.

Você terá, então, um critério de exclusão: todos os materiais que não discutem sobre a promoção da saúde em gestantes estão excluídos.

Como conseguir resultados de busca mais precisos?

Como conseguir resultados de busca mais precisos?

Mesmo com esse recorte temático, a quantidade de materiais a ser retornada pelas bases de dados pode ainda ser muito grande, e, assim, é preciso adotar novos critérios de inclusão e de exclusão.

Não se esqueça que será primordial justificar as escolhas para que esses critérios tenham sido incluídos.

Essa justificativa pode se apoiar em aspectos como o idioma, o acesso gratuito, artigos com objetivos semelhantes aos que você delimitou para o seu estudo, metodologia interessante ao seu trabalho, dentre outros fatores que possam, de algum modo, que esse material seja mais relevante quando comparado a outros.

Há, ainda, o recorte temporal. Essa é uma questão bastante relativa e que se modifica a depender da área em que você se localiza.

Existem áreas do conhecimento, como é o caso das ciências médicas, em que o conhecimento flui de uma forma mais dinâmica, e, assim, as metodologias, instrumentos, práticas renovam-se com certa frequência, e, desse modo, o conhecimento precisa acompanhar essa fluidez.

Nesse sentido, escolher materiais muito antigos pouco contribuirá para que a prática médica evolua, pois em um curto período novas técnicas, métodos e afins já foram descobertos.

Para áreas que são tão fluidas, escolher materiais dos últimos dois anos ou, a depender do tema, do último ano ou semestre, é mais eficiente.

Já em outras áreas, sobretudo aquelas que trabalham com conceitos e teorias basilares, materiais dos cinco últimos anos, ou, a depender do caso, dos últimos dez anos, é uma estratégia melhor para a coleta de dados.

Por que o recorte temporal é importante?

Além do fato de que ter um tempo a ser considerado para obter materiais mais atualizados, é uma forma de dizer, ao leitor, que no período considerado, foram esses os materiais obtidos.

Contudo, não basta mencionar esse tempo, ele precisa ser justificado.

Existem temas que foram amplamente debatidos em um dado momento em razão de aspectos culturais, políticos, econômicos, geográficos, históricos etc., e, assim, a sua discussão era mais intensa, e, portanto, são relevantes para que seja possível entender aquele contexto.

Por outro lado, essas contribuições precisam ser adaptadas à nossa realidade.

Assim, materiais mais atemporais, que foram úteis à sua época e que, ainda hoje, contribuem para o mundo em que vivemos, são os que devem ser considerados e justificados para que a dimensão temporal que o seu estudo está considerando não seja questionada.

Escolha materiais que se encontram disponíveis na íntegra

As bases de dados reúnem todos os tipos de materiais, e, assim, alguns deles não são gratuitos e, portanto, é preciso que se pegue para que possam ser baixados.

No caso desses materiais, é comum que as bases de dados apresentem apenas um pequeno resumo sobre a produção, contudo, a leitura na íntegra não é possível.

Há, inclusive, revistas que exigem que você realize um cadastro especial para que possa baixar esse material.

Assim, esse pode também ser um critério a ser considerado pelo estudo.

Diga, ao leitor, que a pesquisa está considerando apenas materiais gratuitos e que podem ser lidos na íntegra, pois caso seja apontada a falta de algum artigo específico que é pago você poderá afirmar que essa produção em questão não foi considerada porque não se encaixa nos critérios de inclusão do estudo.

Ressaltar que apenas materiais que podem ser baixados facilmente também é importante.

O que fazer depois de definir os critérios?

Pode-se, finalmente, coletar esses artigos científicos, pois agora você já terá todos os critérios capazes de te fornecer artigos mais relacionados com os objetivos da sua pesquisa e que podem ser facilmente baixados e lidos.

Preste muita atenção à quantidade de artigos retornada à você.

Existem casos em que após acionar os critérios obtém-se uma quantidade razoável de produções que podem ser facilmente lidas.

Lembre-se: para saber se um estudo se encaixa ou não na sua proposta, basta ler o resumo.

Entretanto, caso a quantidade obtida seja muito grande, como mil ou mais artigos, será preciso selecionar uma amostra menor.

Se o intuito da sua pesquisa não é realizar uma revisão integrativa, analisar uma grande amostra de materiais não vale à pena.

A quantidade mais indicada para que materiais sejam incluídos no seu estudo é de vinte a trinta artigos.

Caso você tenha uma quantidade muito grande para escolher considere aquelas produções que possuem objetivos mais semelhantes com os seus, aquelas que usaram uma metodologia que pode ser referência para o seu estudo, estudos com uma bibliografia próximas do que leu e ouviu em disciplinas ou reuniões de grupo/orientação e trabalhos que enfatizem conceitos, técnicas e afins que deseja reproduzir em sua pesquisa.

Verificar, também, os materiais que mais foram citados é uma forma de escolher as produções mais relevantes, mas não deixe de se ater aos objetivos: quanto mais próximos esses materiais estiverem do que foi definido pelo seu estudo, mais eficiente será a sua pesquisa.

 

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