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Compreendendo As Características De Um Projeto De Pesquisa: As Etapas Fundamentais Da Metodologia Científica E Como Devem Ser Empregadas

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Etapas fundamentais de um projeto de pesquisa: a metodologia científica e a sua influência nos textos científicos

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje voltaremos a discutir sobre a metodologia científica. Como é um universo bastante amplo, iremos delimitar uma dessas muitas tipologias de trabalhos que elaboramos ao ingressar em um programa de mestrado, embora essa prática possa ser executada em diversos contextos. Hoje iremos focar nas características fundamentais que demarcam um material desse tipo. Esses cuidados relacionados aos métodos de pesquisa devem ser tomados para que ela seja considerada, de fato, como um material científico. Assim sendo, iremos apresentar as etapas que não podem faltar em um projeto de pesquisa. Dentre esses aspectos, há alguns capítulos que não podem deixar de ser explorados, como é o caso da teoria e da metodologia que embasam esse material, assim como há certos elementos na própria introdução que são essenciais, como problema, objetivos e a justificativa do estudo.

Metodologias para projetos de pesquisa

Projetos de pesquisaUm projeto de pesquisa pode ser apresentado em diversos momentos, tanto para o ingresso em um programa de mestrado quanto quando você já estiver dentro desse programa, já que é um material que irá lhe guiar durante a condução do estudo. Uma das dúvidas que mais aflige os pesquisadores nesse momento diz respeito à metodologia científica. Essa é uma das grandes dificuldades e receios que os pesquisadores compactuam quando começam a escrever os seus projetos. Essas dificuldades estão ligadas à própria condução da disciplina de metodologia científica. Embora essa disciplina seja ministrada desde a graduação, não há uma atenção muito grande quanto aos cuidados básicos que o pesquisador deve tomar ao elaborar esse projeto e muitas instituições acabam, de certa forma, a negligenciando. Não é uma regra, mas é uma realidade que acomete diversas de nossas universidades.

A organização dos cursos lato sensu na pós-graduação

OrganizaçãoA forma a partir da qual os cursos organizam a disciplina de metodologia também influencia em sua absorção ou não das técnicas de pesquisa fundamentais. Muitos desses programas lato sensu realizam algumas parcerias para difundir os seus cursos. A negligência começa a ser presente, pois notamos que a disciplina de metodologia, embora seja quase que obrigatória em todas as instituições, a maior parte delas deixa os alunos escolherem se ela será feita ou não. Diversas dessas aulas não se dão a partir do modelo híbrido, em que, mesmo online, há a interação do aluno com o professor. Elas, em sua maioria, ficam gravadas, de modo que o aluno às acessa quando quiser. As técnicas acabam sendo vistas como melhores, pois os alunos acabam se preocupando muito mais com os outros aspectos relacionados aos seus cursos. Contudo, quando o aluno se depara com um trabalho, acabam surgindo os problemas.

Dificuldade para escrever um projeto de pesquisa

Dificuldades para entender a metodologia científicaEm razão da negligência por parte da disciplina, quando o aluno passa a ter que apresentar um projeto de pesquisa, algumas questões que deveriam estar claras desde esse contato inicial com a metodologia científica na graduação, passam a ter dificuldades para compreender os aspectos metodológicos. A primeira delas é, sem dúvida, sobre como a metodologia científica funciona. A maior parte dos nossos acadêmicos que orientam esses alunos não se especializaram em metodologia, e, dessa forma, surgem problemas de compreensão, porque os professores entendem essas técnicas de pesquisa de modos muito diferentes. O aluno precisa entender duplamente: o que a técnica significa e o que o professor entende sobre ela. Além disso, as expectativas da banca devem ser alcançadas. Contudo, temos um problema em relação à metodologia: a falta de uma padronização.

A falta de padronização na pesquisa científica

A falta de uma padronização faz com que os nossos professores entendam a pesquisa científica de formas muito divergentes, fazendo com que não haja uma certa homogeneidade. É comum que não haja um mesmo padrão a ser seguido por todas as nossas instituições, sendo que, em alguns casos, não há um padrão seguido pelos cursos de uma única instituição. Com isso, o aluno fica bastante perdido. Entretanto, há, sim, instituições que acabam dispensando uma atenção maior no que toca às questões metodológicas. Além disso, os membros que irão compor a sua banca de qualificação e/ou defesa podem ser mais ou menos criteriosos em relação aos cuidados metodológicos. Por outro lado, há os professores que acabam negligenciando por acreditarem que os seus alunos devem ter mais liberdade para que possam elaborar o trabalho acadêmico de uma forma mais fluida. Essa questão é bastante relativa.

Por que a metodologia científica é importante?

Além de apresentarmos algumas técnicas de pesquisa, também queremos deixar claro nesse post a importância da metodologia científica. Como sabemos, uma pesquisa é realizada de uma forma muito mais tranquila quando as etapas são executadas de forma sistematizada, sendo exatamente essa a importância dos métodos de pesquisa. Antes da metodologia em si, precisamos compreender alguns outros aspectos. O primeiro deles já comentamos, que é o que o seu professor, a sua instituição, o seu programa e a sua área/linha de pesquisa entendem sobre o método que deseja empregar em seu estudo. Também é importante que você saiba até onde esses professores envolvidos com o seu estudo costumam cobrar no que toca aos cuidados metodológicos. Há professores da área da saúde, sobretudo medicina e biomedicina, que costumam ter uma mentalidade muito técnica, priorizando a metodologia de forma rigorosa.

O rigor da metodologia científica em certas áreas

Nas áreas da saúde, é comum que haja bastante rigor no cumprimento dos métodos científicos mais utilizados por essas áreas. Professores que compactuam desse tipo de pensamento costumam exigir que certos mecanismos de pesquisa estejam muito claros para o pesquisador, como os critérios para inclusão e exclusão de materiais, a metodologia e a sua abordagem, natureza e afins, de onde vem o seu N, por que ele foi escolhido, dentre outros aspectos. Contudo, essa lógica faz parte de uma realidade específica, de modo que, caso parta para outro grupo, pode se questionar sobre o porquê de uma outra área não seguir esses mesmos critérios, como é o caso da área das humanidades. Além disso, há uma briga interna nas instituições que está relacionada com a compreensão da metodologia. Acadêmicos da saúde costumam criticar a “falta” de metodologia nos trabalhos oriundos das ciências humanas.

Críticas feitas sobre os aspectos metodológicos

Críticas feita sobre os aspectos de metodologia

É comum que, ao enviarmos certos materiais, sejam recusados pela “falta de metodologia”, sobretudo quando faz parte do campo das ciências humanas e é submetido em uma revista da saúde. É um erro acusar dessa “falta”, pois as ciências humanas trabalham, sobretudo, com reflexões científicas. Nem sempre um trabalho das ciências humanas terá uma inclinação metodológica tão forte como é comum em trabalhos de outras áreas, como é o caso da saúde, uma vez que esse ao menos é o objetivo dos trabalhos que se concentram nessa área. Isso decorre do fato de que a maior parte dos trabalhos da saúde costumam ser aplicados, o que demanda o tratamento dos dados a partir de outras técnicas. A metodologia científica é uma temática muito complexa e está diretamente ligada com o ambiente de pesquisa no qual você está inserido, sujeito, portanto, às regras dessa instituição em específico. Para se ambientar nesse contexto de pesquisa, alguns cuidados são essenciais.

A importância da ambientação

Antes mesmo de ingressar em uma instituição de ensino, pesquise quem são os professores, quais os tipos de trabalho que costumam orientar, como os projetos são construídos e como as técnicas de pesquisa (métodos) são empregados. Participar de bancas também é uma prática que recomendamos para que você conheça quais são as exigências mais comuns em sua linha de pesquisa. É fundamental que esclareçamos que a metodologia científica não está em uma grade curricular apenas por estar. Ela tem um propósito e tem muito a contribuir para com a sua carreira acadêmica. Não a veja como algo chato, ou, ainda, como uma matéria a mais a ser cursada. Os métodos científicos são históricos, existem desde os tempos mais remotos, sendo muito usados na Grécia Antiga, na Idade Média e na sociedade contemporânea, sendo aprimorada conforme a humanidade foi evoluindo.

O que demonstrar com a metodologia científica?

Ao usar a metodologia de forma correta, você demonstra que está tomando os cuidados devidos ao desenvolver esse estudo. Significa que o material está sendo executado a partir de parâmetros científicos, que os materiais têm sido escolhidos com cautela e não de forma aleatória, que as suas afirmações não são achismos, mas sim baseadas em fontes concretas, embasadas e consolidadas. A metodologia científica garante ao seu leitor que o seu ponto de vista parte de uma linha de raciocínio séria. Parte-se, portanto, a partir de autores e materiais cuidadosamente selecionados, de uma dada perspectiva teórica. Você não pode criticar ou argumentar sobre um fenômeno apenas por que quer criticar. É preciso buscar na literatura relacionada com a sua área de pesquisa por autores capazes de sustentar o seu ponto de vista. Também não poderá utilizar quaisquer tipos de fontes. Elas precisam ser científicas.

As fontes de pesquisa

As fontes que irão embasar o seu estudo não podem advir de quaisquer sites e blogs da internet. Elas devem ser coletadas em bases de dados que armazenam materiais científicos, visto que eles são embasados. A fim de que a sua argumentação seja científica, você partirá desses materiais selecionados para apresentar o seu ponto de vista de uma forma imparcial e embasada. As críticas são bem-vindas, desde que fique muito claro de onde você está partindo para tecer esta crítica. Embora estejamos ressaltando que você precisa partir de outros autores basilares para apresentar o seu ponto de vista, é a sua compreensão sobre essa leitura que deverá aparecer no texto para que ele seja inédito e para que possa contribuir com a sociedade em geral. De onde você está partindo para apresentar a sua “opinião” deve ficar bastante claro ao seu leitor.

A aplicação da metodologia científica

Por exemplo, se você está realizando um material com ênfase na revisão bibliográfica (ou sistemática), deverá ficar claro quais são os autores dos quais você está partindo a fim de que assegure que são materiais advindos de uma base de dados científica. Atesta-se, com isso, que os materiais são seguros, o que fará com que o leitor deposite confiança no seu texto, fazendo com que ele tenha credibilidade. Deve-se esclarecer onde eles foram encontrados e onde estão publicados, sobretudo no caso de uma revisão bibliométrica. Quantos artigos científicos foram considerados e o que os autores têm argumentado também devem ser apresentados ao leitor. Os critérios que fizeram com que eles fossem incluídos também devem ficar claros. Além disso, você não deve dizer que os artigos selecionados são uma verdade absoluta, tanto que eles podem ser refutados e comparados entre si.

Como apresentar os dados em uma pesquisa?

Apresentação de dados na pesquisaA fim de que o leitor saiba como essa pesquisa foi feita, você pode dizer, por exemplo, que, ao pesquisar vinte artigos em uma base de dados x, com certas palavras-chave e a partir de critérios de inclusão específicos, como é o caso dos materiais que investigam o contexto brasileiro (ou uma região específica de nosso país), em uma certa base de dados, com um certo recorte temporal, em língua portuguesa e/ou inglesa e que se encontram disponíveis na internet de forma gratuita, você poderá começar a abordar esses dados. Esses critérios se fazem necessários porque temos na internet milhares de materiais científicos que dissertam sobre uma mesma temática, e, dessa forma, é necessário fazer uma espécie de filtragem.

Voltando ao projeto de pesquisa em si, um dos critérios que você não poderá deixar de abordar são justamente os argumentos que justificam a proposição desse estudo nesse contexto específico no qual estamos vivendo. O estado da arte é uma poderosa ferramenta de pesquisa nesse momento, porque irá atestar e apontar quais são os motivos que embasam a realização desse estudo, o que não irá gerar contestações acerca da sua relevância. Também é preciso ter claro em mente se a abordagem será quantitativa (pende mais para os aspectos estatísticos) ou qualitativa (em que o conteúdo será analisado). As ferramentas de pesquisa deverão ser escolhidas de forma cuidadosa para que sejam aplicadas da forma correta.

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