BLOG

Como funciona uma Seleção de Mestrado?

Conteúdo

5/5 - (7 votes)

Como posso ingressar em um curso de mestrado?

Como posso ingressar em um curso de mestrado?

Olá, tudo bem? Em nossa conversa de hoje iremos discutir novamente sobre os cursos de mestrado de nosso país, e, para isso, iremos nos concentrar na forma de ingresso a esses cursos.

Nesse sentido, iremos apresentar algumas dicas que, na verdade, são algumas das etapas que se encontram presentes em todos os processos seletivos para ingresso no mestrado, independentemente da sua área.

Como são muitas as etapas, isto é, não basta fazer uma prova de conhecimentos gerais, iremos esmiuçar cada uma desses procedimentos do processo seletivo nessa conversa.

A primeira coisa que você precisa manter em mente é que cada instituição pode personalizar o seu processo seletivo de acordo com as suas próprias características, mas existem algumas etapas que, ainda assim, são bastante recorrentes, e, desse modo, é possível que você comece já a se preparar para elas.

Leia e releia o edital do seu processo seletivo

A primeira dica que damos para que você possa se preparar para o processo seletivo do mestrado é a leitura atenta, detalhada e cuidadosa do edital.

O edital é a sua melhor ferramenta nesse processo, pois tudo o que você deseja saber sobre cada uma das etapas, incluindo a matrícula, você encontrará nesse documento.

Todo curso de mestrado oferecido por instituições de ensino brasileiras e que são reconhecidas pela CAPES propõe um edital.

É importante frisar a importância do edital pois, ainda hoje, existem instituições que ofertam tanto cursos de mestrado e/ou doutorado, mas esses cursos não são reconhecidos pela CAPES, que é o órgão que regula a pós-graduação de nosso país.

Para ingressar nessas instituições, o processo seletivo costuma ser diferente, visto que não há o reconhecimento da CAPES.

Tome bastante cuidado, pois sem esse reconhecimento você não poderá usar o título no Brasil.

Os cursos não reconhecidos e porque devemos evitá-los

Os cursos não reconhecidos e porque devemos evita-los

Existem diversas instituições de ensino estrangeiras que oferecem cursos de mestrado/doutorado em nosso país, contudo, elas não possuem autorização da CAPES, e, desse modo, são mais maleáveis e flexíveis, pois não obedecem às regras da CAPES.

Desse modo, o ingresso nesses lugares é mais flexível também.

Um dos requisitos básicos para que uma instituição possa propor um curso de mestrado e/ou doutorado é a elaboração de um edital.

Você encontra nesse documento diversas informações que irão te auxiliar durante todo o processo, como, por exemplo, a quantidade de alunos a ser admitida, quais são as linhas de pesquisa em que o seu projeto terá que se encaixar (basta que seja em uma delas), quanto tempo irá durar esse curso, como funciona o cumprimento dos créditos, quais são os documentos, dentre outros dados essenciais.

O que considerar ao escolher uma instituição para ingressar?

Caso o seu intuito seja fazer uso do título a ser obtido em território nacional é preciso que você tenha bastante cautela ao escolher a instituição de ensino à qual deseja se vincular.

Nesse sentido, é fundamental que, após escolher uma ou mais instituições para prestar o processo seletivo, que você entre no site da CAPES e verifique se elas são reconhecidas, para que, no futuro, você não tenha problemas para fazer uso desse título.

A plataforma na qual você pode obter esses dados é chamada de Plataforma Sucupira.

Ao acessar a plataforma, digite o nome do curso e/ou da instituição que você terá acesso à essa informação.

Há, também, alguns dados importantes no edital sobre como funcionarão as provas propriamente ditas e o período em que cada uma delas será feita, e, ainda, se você terá que fazer todas as provas para depois saber a nota ou, à medida que for fazendo as provas, se não atingir a nota, será desclassificado.

No que prestar atenção ao analisar o edital?

No que prestar atenção ao analisar o edital?

Além de ser importante entender como funciona o sistema da prova e as datas em que cada etapa será realizada, você deverá ater-se, também, a outras informações que podem facilitar o entendimento deste processo seletivo como um todo.

Dentre esses dados está a documentação (caso falte um documento a sua inscrição ficará pendente, e, assim, você poderá ser desclassificado).

Há, também, a estrutura ideal para que o seu projeto de pesquisa seja aceito.

Atenção: é muito importante que você insira todos os elementos pré-estruturais e siga as demais recomendações para o restante do projeto.

Geralmente, é muito comum que o projeto de pesquisa a ser apresentado neste processo seletivo em questão se encaixe em uma das linhas de pesquisa do programa.

Alguns editais já apontam os possíveis orientadores que você pode consultar e analisar se estão dispostos a orientar o seu tema.

Escolha uma e analise as produções de orientandos do professor que deseja para conseguir escrever o seu projeto dentro dos moldes da linha.

Vamos pensar de forma mais prática.

Suponhamos que você deseja ingressar no programa de Psicologia da universidade x.

Ao analisar esse programa, você perceberá que há uma série de possibilidades, como, por exemplo, ferramentas, cultura, biopolítica etc.

Elas são as conhecidas linhas de pesquisa.

O ideal é que você analise as ementas dessa linha, bem como as produções dos orientadores dessa linha para refletir se a sua ideia se encaixa nessa linha em questão, pois, caso contrário, o mais recomendado é que você procure por um eixo que esteja de acordo com o que deseja pesquisar.

É por isso que os programas possuem profissionais de diferentes áreas.

Analise, também, a quantidade de vagas que esse orientador possui para que não se frustre por não ser escolhido.

Como preparar o projeto de pesquisa?

Depois de analisar o edital da instituição que deseja ingressar, é hora de começar a preparar o projeto de pesquisa.

O ideal é que você já tenha em mente o orientador que deseja.

Para saber se os seus objetivos se conectam acesse o Lattes desse professor e leia os seus artigos e os trabalhos dos alunos que ele orientou para saber se a sua proposta irá atraí-lo ou não.

Antes de começar a preparar o projeto de pesquisa, é de suma importância que você conheça todos os professores da linha de pesquisa que deseja fazer parte, pois é apenas dessa forma que será possível escolher por um orientador capaz de auxiliar, de forma efetiva, durante o desenvolvimento do tema por você proposto.

Se os nomes desses professores da linha de pesquisa não constarem no edital, entre no site do programa que lá, certamente, você encontrará esses dados facilmente.

Caso queira conversar com o professor antes do processo seletivo, mandar um e-mail e marcar uma reunião é a melhor solução.

Por que conhecer a linha de pesquisa é importante para escrever o projeto?

Por que conhecer a linha de pesquisa é importante para escrever o projeto?

Como destacamos, para que um projeto seja aprovado no processo seletivo, ele deve se encaixar em uma das linhas de pesquisa.

Nesse sentido, saber se o orientador está disposto a assumir a sua pesquisa e o que ele acha do tema é essencial para que você consiga escrever um projeto de pesquisa de qualidade, atrelado aos objetivos do orientador.

Alguns editais, ou, ainda, os orientadores, ao conversar com esses possíveis orientadores, indicam certos temas, você pode ou não aceitar, mas, caso não aceite, dificilmente você será escolhido pelo orientador, sobretudo se ele possui poucas vagas.

Devemos destacar, também, que os editais podem apresentar algumas indicações de leitura, que, por sua vez, geralmente, estão separadas de acordo com as linhas de pesquisa.

Estas indicações servem tanto para que você possa usar os textos para construir os capítulos teórico e metodológico, quanto para se preparar para a prova.

A prova de conhecimentos específicos: como funciona?

Nesse processo seletivo, você irá realizar, pelo menos, duas provas, sendo uma delas a de proficiência em uma língua estrangeira (caso não possua um certificado que comprove a proficiência no nível exigido pela instituição) e a prova de conhecimentos específicos.

Analise as obras que aparecem no edital deste processo, pois, certamente, as questões desta prova mais geral serão elaboradas de acordo com essas obras apontadas pelo edital, o que pode ajudar você a se preparar.

Geralmente, as questões que são elaboradas atêm-se ao que se encontra nos textos apontados no edital.

Analisa-se, portanto, a sua habilidade em transitar entre os textos propostos, isto é, verifica-se se você possui os conhecimentos básicos sobre essa linha de pesquisa como um todo, então não basta estudar apenas o conteúdo da nossa linha, mas de todas aquelas que integram o programa que deseja fazer parte.

Proficiência em uma língua estrangeira: como posso me preparar?

Proficiência em uma língua estrangeira: como posso me preparar?

A segunda prova que você certamente terá que realizar, caso não possua a certificação sobre a qual conversamos, é a de proficiência em uma língua estrangeira.

As línguas dependem da sua instituição de ensino, porém, as mais comuns são o inglês, o espanhol e o francês.

Atenha-se ao fato de que a língua utilizada para ingresso em um curso de mestrado não poderá ser utilizada novamente caso você deseje realizar um curso de doutorado, e, desse modo, enquanto estiver nesse curso de mestrado e pretender continuar nessa instituição no doutorado, analise quais são as outras línguas que ela admite e já comece a se preparar, pois aprender uma nova língua estrangeira, mesmo que escolha-se pelo instrumental (específico para provas e processos seletivos), leva certo tempo.

Não se assuste com essa prova de idiomas, pois, hoje, em alguns casos, falhar nessa prova não implica a desclassificação.

A sua situação fica pendente e até o término do primeiro ano você precisará comprovar essa proficiência.

As provas de proficiência são difíceis?

O grau de dificuldade é relativo para cada pessoa, mas, o que podemos afirmar, com certeza, é que, nesse tipo de prova, espera-se que o aluno entenda o básico de um texto, de forma que seja capaz de interpretar algumas questões, e, em alguns casos, pede-se, também, uma pequena tradução, que, geralmente, é do próprio texto que você irá interpretar para responder às questões.

O que é verdadeiramente avaliado nessas provas de proficiência é a sua habilidade de compreensão e interpretação textual.

Porém, há instituições que substituem essa prova pela apresentação do certificado de proficiência na língua, o que torna a situação mais complexa, porque as provas para obter esses certificados são mais difíceis, sendo necessário se preparar com bastante antecedência.

A proficiência, geralmente, é um critério de classificação, mas não de exclusão no processo seletivo.

A entrevista com o orientador: como se preparar?

Mesmo que você já tenha tido um contato prévio com o orientador que deseja, é fundamental que você se prepare para a entrevista.

Não são todos os processos seletivos que exigem que o aluno passe por essa etapa da entrevista.

Você encontrará essa indicação no próprio edital.

Se esse for o seu caso, prepare-se para essa etapa, assim como para qualquer outra que mencionamos nessa conversa.

Um aluno está apto para realizar essa etapa da entrevista quanto toda a sua documentação foi aceita, e, ainda, caso o projeto tenha sido igualmente aprovado.

Todas as etapas (prova de conhecimentos gerais, prova de conhecimento, entrevista e arguição do projeto, em alguns casos) possuem datas e horários diferentes.

Existem processos seletivos em que as provas são realizadas em uma única semana, bem como há casos em que o processo seletivo leva meses, sendo as etapas desclassificatórias.

Qual é a data da prova?

Há, atualmente, casos de instituições, a fim de agilizar o processo seletivo, que realizam as duas provas no mesmo dia, em um período a de idiomas e em outro a de conhecimentos específicos, e, em outros casos, em um dia realiza-se uma das provas, e, no dia seguinte, a restante.

Isso é interessante pois grande parte dos alunos que prestam esses processos seletivos não são da cidade em que as provas irão ocorrer, sendo, muitos desses, inclusive, de outros estados, o que demanda gastos e tempo.

A procura por alunos que moram longe tem aumentado porque há uma tendência de que grande parte dos créditos poderá ser cumprida de forma semipresencial, o que atrai a atenção de diversos tipos de alunos, de todas as regiões do país.

Voltando às provas, em razão dos motivos que apontamos, como se deslocar é algo caro e que demanda horas em um ônibus/avião, as provas costumam acontecer em um único dia, ou, ao menos, na mesma semana, pensando no perfil desse tipo de aluno.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita

Confira também...