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Assistência De Enfermagem No Pré-Natal À Primigesta Em Idade Avançada

RC: 78969
574
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/pre-natal-a-primigesta

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

ALVES, Daiane Regina Santos Apolinário [1]

ALVES, Daiane Regina Santos Apolinário. Assistência De Enfermagem No Pré-Natal À Primigesta Em Idade Avançada. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 03, Vol. 08, pp. 119-131. Março de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/pre-natal-a-primigesta, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/pre-natal-a-primigesta

RESUMO

Objetiva-se abordar principais cuidados de enfermagem na atenção ao pré-natal associados aos extremos de idade materna avançada. Os dados foram coletados por meio de um estudo bibliográfico embasado em diversos autores que falam sobre o assunto. A gravidez em idade materna avançada esteve associada há vários fatores pessoais, sociais e econômicos e deve ser acompanhada para o não acarretamento de complicações. Após pesquisa, concluímos que houve uma aumento significante na vivência da gestação em idade avançada por enfermeiros.

Palavras-chave: Cuidados de enfermagem, Pré-natal, Idade materna avançada.

1. INTRODUÇÃO

A experiência da gravidez é um fenômeno incrível e único na vida da mulher, uma das experiências mais significativas para ela. É um evento que envolve um período de adaptações biológicas, psicológicas, sociais e culturais e requer cuidados especiais por meio do pré-natal, principalmente em mulheres com idade avançada na primeira gestação, essa primigesta em idade avançada está cada vez mais presente na população pelo fato de as mulheres terem outras prioridades, antes de se submeter ao comprometimento de um filho.

Entende-se que em comparação aos jovens há maior riscos durante a gestação em idade avançada por isso e imprescindível a participação continua da equipe de enfermagem com essencialidade no apoio e orientação a práticas de cuidados qualificados empoderando a mulher.

A assistência da mulher primigesta com idade avançada exige do profissional uma atenção maior na qualidade do cuidado durante a realização do pré-natal na atenção básica com foco no desenvolvimento saudável da gravidez, visando reduzir impactos negativos na saúde da mulher e bebe.

Diante do exposto, foi levantada a seguinte pergunta de pesquisa: De que forma a enfermagem pode contribuir objetivando uma assistência satisfatória à primigesta em idade avançada?

O objetivo geral foi: Abordar sobre cuidados de enfermagem no pré-natal de gestante em idade avançada e os objetivos específico foram: estudar sobre o pré-natal em mulheres com idade avançada, descrever fatores que desencadeiam as mudanças ocorridas na gestação a primigesta em idade avançada e apontar como ocorrem os cuidados de enfermagem a gestante primigesta de idade avançada.

Tratou-se de um estudo de revisão bibliográfica sobre a assistência de enfermagem no pré-natal a primigesta de idade avançada. Esse tipo de estudo tem por finalidade estudar, compreender e discutir o tema proposto. Será realizada uma pesquisa nas bases de dados Portal Regional da BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), PUBMED (Serviço de U.S. National Library of Medicine), SCIELO (Scientific Electronic Library Online), Google Acadêmico, considerando publicações no período de 2009-2019, nos idiomas português, inglês e espanhol. Serão incluídos, ainda, revistas, livros e artigos para elaboração deste trabalho. Nas consultas feitas nas bases de dados citadas, serão usados os descritores: idade materna, cuidados de enfermagem, gestação, primigesta e possíveis combinações.

2. ENFERMAGEM FRENTE AO PRÉ-NATAL EM MULHERES COM IDADE AVANÇADA

O período gestacional é fisiológico e natural no desenvolvimento da mulher, a idade avançada requer uma atenção especial durante o pré-natal, então considera-se que a gestação nos extremos da vida reprodutiva está relacionada a maior presença de complicações. A realização de um pré-natal humanizado e de qualidade é fundamental para saúde materna e neonatal, é necessário acolher a gestante em idade avançada e sua família considerando seu ambiente sociocultural e físico, possibilitando uma assistência diferenciada (ALDRIGUI et al., 2018).

Um dos pontos importantes do pré-natal é preparar a mulher e sua família para a chegada de um novo membro, a gravidez é um evento que envolve valores, crenças mitos e costumes familiares, dessa forma o enfermeiro tem um importante papel oferecendo suporte emocional, orientando sobre os cuidados com sua saúde e do bebe e seu desenvolvimento, outros objetivos são garantir um  estado saudável para mãe e bebe; detectar fatores de risco e se necessário exercer o encaminhamento da gestante para níveis de referência específicos para um tratamento precoce e melhores resultados de condições desfavoráveis; orientar sobre a novas adaptações relacionadas ao corpo, novas vivências ao cotidiano e ter um cuidado redobrado a todos os quesitos, instruir para o parto e pós-parto e posteriormente  conceber a melhor maternidade e paternidade, fornece cartão da gestante preenchido, vacinação. Reduzir a mortalidade no parto e puerpério, número de abortos espontâneos, mortalidade de recém nascidos e mortes prematuras, números de partos prematuros e diminuir o número de nascidos com baixo peso. Orientando sempre a importância da amamentação (FILHO et al., 2012).

Cada mulher vivenciará sua gestação singular e unicamente, havendo mudanças em seus valores e crenças construídos durante sua vida até o momento. Desse modo, têm-se a necessidade de criar um tempo para que a mulher possa partilhar suas perspicácias em relação a gestação e suas mudanças, identificar as transformações fisiológicas ocorridas durante esse período, manter-se saudável, sexualidade e obter autonomia sobre seu próprio corpo. A educação em saúde é um caminho primordial para a melhoria na assistência da saúde da mulher em idade avançada, e assim, os profissionais proporcionam momentos para aprenderem a lidarem aos seus direitos reprodutivos e sexuais, os possíveis tipos de parto e singularidades. Contudo, as gestantes podem desenvolver autonomia para saberem tomar decisões e não terem falta de conhecimento, evitando sensação de submissão (MENDES et al., 2017).

Atualmente, a gravidez em idade avançada está cada vez mais presente na vida dos profissionais de saúde, como o pré-natal é de responsabilidade do enfermeiro devemos abordar os diversos cuidados a serem tomados de forma ampla e coesa para que facilite a vida das gestantes. A assistência pré-natal é um importante componente da atenção à saúde das mulheres no período gravídico puerperal.

A assistência prestada com qualidade é um importante fator para o estado de saúde da mãe e filho e é essencial para resultados positivos perinatais, dessa forma quanto melhor a assistência exercida melhores serão os resultados obtidos e menores serão os índices de morbimortalidade materna e perinatal (MENDES et al., 2017; ALDRIGHI et al., 2018).

O enfermeiro é responsável pela realização do pré-natal, prestar a assistência e criar estratégias que fortaleçam a gestante em idade avançada frente a mudanças durante a gestação, o pré-natal é fundamental para o preparo da maternidade, não é uma simples assistência e sim, um trabalho de prevenção no sentido de efetuar intervenções durante a gravidez, como, intercorrências obstétricas clínicas, ansiedade materna, adaptação a gravidez, assistência emocional e a relação precoce mãe – bebe em grávidas em idade materna avançada. A mulher ter somente a idade avançada não significa um fator de risco, ou seja, não significa que ela está no grupo de risco, podendo haver fatores associados ou não, contudo um pré-natal de qualidade associado a cuidados de excelência pode modificar as condições de saúde, tornando os resultados da gestação positivos. Um atendimento de qualidade no pré-natal a gestante em idade avançada é de extrema importância, criando vários benefícios a saúde materna e saúde do bebê (ALMEIDA et al., 2018).

Contudo sem um pré-natal de qualidade existem várias complicação relacionada à gravidez de idade materna avançada pois com o avançar da idade aumenta a probabilidade de defeitos nos óvulos, tornando a história reprodutiva comprometida e complicada à medida que aumenta a faixa etária, considerando determinantes de risco gestacional que podem ser vistas no pré-natal (ALMEIDA et al., 2018).

Os profissionais de enfermagem que atendem gestantes precisam ter conhecimento básico da concepção e do desenvolvimento pré-natal que possibilitam a atuação do enfermeiro, no âmbito da atenção básica e na atenção ao pré-natal proporcionando vinculo na relação com a gestante, tendo assim um pré-natal bem sucedido e consequentemente minimizar riscos, a observação próxima durante o cuidado pré-natal pode reduzir o risco, a gravidez tardia exige dos profissionais maior atenção, dada a possibilidade de complicações para a mulher, o feto, e, posteriormente, para o recém-nascido e puérpera (CUNHA et al., 2009).

Uma assistência qualificada na realização do pré-natal é um dos fatores fundamentais para uma evolução saudável da gestação, pelo fato dessa prática transigir a identificação recente de alguma situação de risco possibilitando assim intervenções eficazes e precoces, precavendo, assim, complicações obstétricas. É importante ressaltar, entretanto, que a qualidade da assistência pré-natal deve ir além dos aspectos quantitativos, pois mesmo que o pré-natal seja iniciado precocemente e com um número adequado de consultas igual ou superior a 6 (seis), existe ainda a possibilidade de resultados desfavoráveis da gestação. Deve ser aconselhado às gestantes que, mesmo com a existência desses riscos, o pré-natal precisa ser realizado de forma adequada, pois essa prática garante que estes sejam minimizados (CUNHA et al., 2009).

A gravidez está amplamente associada ao acompanhamento pré-natal eficiente, o pré-natal é a base para uma gestação sem intercorrências e posteriormente um RN saudável e não existe alta do pré-natal (FILHO et al., 2012).

Considerando a pratica de enfermagem que é de grande valia em todo o processo, a busca pelas gestantes que ainda não iniciaram o pré-natal é uma medida que favorece a assistência a ser prestada a estas mulheres, pois o início do pré-natal no início do primeiro trimestre de gestação e a realização de um número adequado de consultas precoce contribui na identificação de fatores de risco e facilita a realização de intervenções eficazes para diminuir ou evitar possíveis complicações, melhorando resultados (FILHO et al., 2012).

3. MUDANÇAS OCORRIDAS NA GESTAÇÃO A PRIMIGESTA EM IDADE AVANÇADA, ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM

Mães de primeira viagem com idade avançada enfrentam várias modificações que, na maioria das vezes são desconhecidas, como ganho de peso, o uso de medicamentos, ingestão de bebidas alcoólicas, alimentação, desconfortos, aceitação familiar, entre outros fatores.

As dúvidas dessas gestantes de uma forma geral partem do medo, da estrutura familiar, da não aceitação e muitas vezes da percepção do risco. Por ela não ter conhecimento clínico, há uma visão peculiar que leva em conta suas crenças, valores e convívio social. O controle de enfermagem deve ser o suporte para o bem da paciente. É de extrema importância a participação do profissional de enfermagem para gestantes ter uma gravidez saudável e sem riscos, mães com idade avançada é cada vez mais presente no cotidiano destes profissionais e são eles que tem o contato direto com estas mães. O cuidado impacta direta ou indiretamente, não somente a assistência, como a gravidez (ALDRIGHI; WALL; SOUZA, 2018).

A gravidez não é uma doença, porém existem diversos fatores que desencadeiam adaptações ocorridas na gestação em particular na idade materna avançada, desde o momento em que a criança foi concebida, o corpo se modifica segundo as necessidades da mãe e bebe, fisicamente é um acontecimento normal, porém ele se adapta ao novo estado a cada mês, o nascimento do primeiro filho em mulheres com idade avançada aumenta a cada dia e se torna uma preocupação na saúde pública. São vários motivos pela escolha da gestação em idade avançada, alguns fatores são: as mulheres estarem inseridas no mercado de trabalho e isso vêm aumentando constantemente, longo período de estudo entre as mulheres e melhorias nos métodos anticoncepcionais tem contribuído para esse fenômeno (ALDRIGHI; WALL; SOUZA, 2018, p.2).

Por existir prioridades que levam a mulher a ter o primeiro filho em segundo plano podem-se destacar alguns fatores no qual interfere na tomada de decisões na saúde mental da gestante, onde a mulher por adquirir maior liberdade de escolha podendo optar por exercer funções em empregos fora de casa, ficando assim responsável pelo orçamento familiar e manter seus interesses, há circunstâncias para se ter um filho, causando consequências significativas e gerando sentimentos equívocos entre a capacidade de ser ou não mãe, trazendo dessa forma, medo, insegurança, pensamentos negativos para o futuro pessoal do filho, dificultando assim uma gestação gratificante a mulher. E com isso há um aumento na gravidez em idade avançada trazendo preocupações tanto no profissional quanto da gestante. Entretanto, a gravidez como uma decisão deliberada, caracterizando mulheres com habilidades superiores que privilegiam sua carreira profissional, evidenciando que as mulheres primíparas apresentam uma diversidade de características sociodemográficas e trajetória reprodutiva. Todavia, poucos estudos distinguiram diferentes subgrupos de mulheres primíparas de modo a desenvolver intervenções focalizadas nas suas necessidades especificas (GUEDES, 2013, p3).

Ainda assim essas mulheres têm de lidar com rótulos da sociedade, obtendo o medo de ser mãe, indiferença afetiva, intolerância, ganho de peso, mudança de hábitos e consequentemente riscos, habitual ou alto risco. Considera-se a gestação um processo fisiológico, desde a fecundação até o parto, porém, as mulheres não têm compreensão disso tendo medo em relação ao risco, sendo ele alto ou não, dessa forma procurar um profissional capacitado para tranquilizar a mulher e orientar quanto aos riscos, e assim ter seus desejos respeitados relacionados às orientações previstas pelo ministério da saúde. A outra faceta é a visão da mulher frente ao risco, pois para ela essa vivência tem outro teor, outra percepção (ALDRIGHI; WALL; SOUZA, 2018, p.2).

Essas mudanças englobam suas necessidades pessoais ‘vícios’, como, medicações, uso de bebidas alcoólicas e outras drogas, nas quais podem gerar transtornos, e/ou complicações durante a gestação em idade avançada. Medicações, álcool e fumo podem gerar danos fetais (ROCHA et al., 2013, p.1).

É papel do enfermeiro orientar as mães em idade avançada que há indisposições comuns como diarréia que deve ser tratada, não devendo tomar remédio por conta própria, sialorreia deve tomar medicamentos conforme prescrição medica, referente a distúrbios urinários, explicar que se dá pelo fato do útero se desenvolver sobre a bexiga, orientar a não ingerir uma quantidade excessiva de líquido, dores de cabeça, neste caso é preciso relatar ao médico não tomando nenhuma medicação, dores nas costas e rins se dá pelo fato de se curvarem muito pra trás para reagir contra o peso que arrasta para frente, devendo repousar-se, corrimento vaginal tendo sempre a higiene local, dentre outras. É indispensável fazer regularmente, no decorrer da gestação, exames de urina, atentar-se com medicações, alimentação saudável pois, seu regime é a saúde de seu filho, você não como por 2. E está sempre em contato com médico independente se estiver bem (FILHO et al., 2012).

No período gestacional acontecem mudanças significativas no metabolismo da mulher, ela se sente instável emocionalmente e fisicamente. Durante a gestação, a mulher vivencia novas adaptações, tendo em vista o papel de ser mãe que é uma mudança no seu posto familiar e um cenário peculiar da sociedade, pois ela passa a se perceber e a ser vista como mãe. Existem temores interligados há um grande número de gestantes em relação há fatores que acompanha esse período gestacional deparado com tais alterações no corpo da mulher, a percepção de medo no processo de transformação tanto íntima quanto as várias partes do corpo humano que é uma coisa reversível mais tem-se a insegurança de não voltar ao estado anterior da gravidez, com indignidade a não recuperar o que sempre foi. Por afetar o emocional, de certa forma a mulher grávida fica sensível, precisando de uma atenção maior das pessoas do seu convívio, assim ela tem um sentimento de confiança em si e feliz com a atual situação (BRASIL, 2012).

Deve-se sempre orientar quanto a presença de náuseas, vômitos, tonturas, pirose, sialorreia, fraquezas, desmaios, dor abdominal, cólicas, obstipação intestinal, corrimentos vaginal, queixas urinarias, falta de ar, mastalgia, lombalgia, cefaléia, entre outros sintomas que são normais durante a gestação (BRASIL, 2012).

4. CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PRIMIGESTA EM IDADE AVANÇADA

O enfermeiro é fundamental para criar estratégias que fortaleçam a gestante primigesta em idade avançada frente a mudanças durante a gestação.

A gravidez tardia, muitas das vezes se explica por já ter maturidade para criação de um filho as gestantes relataram que a idade trouxe mais experiências e maturidade, assim, sentiam-se mais preparadas para a maternidade. É uma facilidade, pois, diferente da sua juventude, agora são mais responsáveis, cuidam mias da saúde na gestação e aproveitam mais esse momento (ALDRIGHI; WALL; SOUZA, 2018, p.5).

Os cuidados com a gestante englobam uma gama de práticas tipicamente associadas ao parto, a maioria das gestantes já planeja essa gravidez por isso os cuidados partem de antes da gravidez, durante a gravidez e após a gravidez com objetivo geral de manter a saúde ótima da mulher e sua família. Mais do que nunca, os profissionais de enfermagem contribuem em quase todas as experiências de saúde.  A referência para as gestantes são os profissionais de saúde o qual atribuem informações importantes a elas, durante o pré-natal e puerpério que estão literalmente associadas ao melhor desenvolvimento da mulher durante a gestação (ALDRIGHI et al., 2016, p.517).

Por isso, é de importância fundamental que o cuidado da equipe de saúde vá além das orientações, sabendo que pode envolver família, favorecendo a construção da autonomia a promoção do autocuidado como fator essencial para promoção a saúde, sendo o período gestacional um período único na vida da mulher. Os profissionais de saúde devem avaliar as gestantes, assim como determinar a conduta necessária para cada caso, e necessita internação hospitalar, referência ao pré-natal de alto risco ou contrarreferência para acompanhamento pela atenção básica.

É papel do enfermeiro realizar as consultas de pré-natal na unidade de saúde ou em visitas domiciliares iniciar o calendário precocemente  preenchendo o cartão da gestante e ficha de pré-natal adequadamente, orientar  a ter no mínimo 6 consultas intercalando com médico (BRASIL, 2012).

Na anamnese deve-se pesquisar os principais componente: data precisa da última menstruação, regularidade dos ciclos, uso de anticoncepcionais, intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas, particularidades detalhadas, histórico de hospitalizações anteriormente, uso contínuo de medicamentos, história pregressa de doenças sexualmente transmissíveis, alergia medicamentosa ou qualquer tipo de alergia, comorbidades prévias, histórico familiar se há doenças crônicas e hereditárias, gemelaridade, fatores socioeconômicos, a prática sexual, tabagismo,, álcool ou outras drogas lícitas ou ilícitas, história infecciosa prévia, vacinações prévias, história de violências, existência de vômitos e náuseas, dores abdominais cólicas, cefaléia, corrimento vaginal, sangramentos, constipação, polaciúria, disúria e edema. É de importância fundamental esclarecer todas as dúvidas para diminuir o atormentamento das gestantes. Coletar história clínica, contendo identificação, antecedentes gerais, sexualidade (BRASIL, 2012).

Durante a realização do exame físico, devem ser abordados procedimentos vitais para melhores resultados: avaliar sinais vitais medida da pressão arterial, SPO2, FC, ausculta cardíaca e pulmonar, palpação abdominal e percepção dinâmica fetal, medida da altura uterina, verificação da presença de edema, ausculta dos batimentos cardiofetais, registro dos movimentos fetais, avaliação nutricional (peso e cálculo do IMC), realização do teste de estímulo sonoro simplificado; exame ginecológico, coleta de material para colpocitologia oncótica, exame clínico das mamas e toque vaginal de acordo com as necessidades com a idade gestacional de cada mulher (BRASIL, 2012).

Os cuidados de enfermagem englobam uma série de procedimentos que são imprescindíveis para saúde mãe-bebe, com isso deve-se orientar a gestante sobre a alimentação e o acompanhamento do ganho de peso gestacional, incentivar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, prescrever suplementação com sulfato ferroso e ácido fólico para profilaxia da anemia, calcular a idade gestacional e data provável do parto, estado nutricional e ganho de peso gestacional, orientações alimentar, palpação e medida da altura uterina, exame clinico das mamas, exames complementares de rotina e vacinação gestacional (BRASIL, 2012).

Deve-se ter o cuidado redobrado com gestante em idade avançada por existir uma possibilidade maior de desenvolver doenças crônicas como hipertensão, sofrimento fetal, parto por cesária entre outros (PARADA; TONETE, 2009).

A própria existência e a qualificação de serviços de enfermagem de atenção à gestação em idade avançada, no que diz respeito, aparenta estar incentivando mulheres mais velhas a tomarem a decisão de engravidar (PARADA; TONETE, 2009).

Contudo, como há um crescimento de mulheres que passam por essa experiência de ser mãe com idade avançada, de uma forma geral os profissionais de enfermagem passa a ser a base do cuidado, a essência de cuidar vem do enfermeiro, reinventar um ato de cuidar traz resultados positivos, fazer a diferença e criar experiências. Cuidar é amar (ALDRIGHI; WALL; SOUZA, 2018).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se confirmar que a gestação em idade materna tardia requer um pré-natal de qualidade, com profissionais qualificados e comprometidos para atender as gestantes e suas especificidades, deixa claro que para que não ocorra complicações devem ter um diagnóstico precoce e serem controladas.

Assim, é premente que a enfermagem preste um cuidado individualizado às gestantes no intuito de identificar precocemente fatores de risco associados à idade e possibilite minimizar complicações, pois ao conhecer essas características pode-se dar subsídios para ações de cuidado que sejam efetivas para essa população.

Isso mostra a necessidade de tais mulheres terem informações, o que depende de profissionais de saúde conscientes sobre gravidez em idade avançada, para que as orientem, preste um adequado acompanhamento pré-natal e assistência durante toda essa fase de gestação, englobando o parto, puerpério e neonato, sendo capaz de diminuir consequências maléficas dos extremos de idade da mulher e neonato. Sendo uma veracidade em países desenvolvidos, no qual os resultados consentem assegurar que a gestação, trabalho de parto, parto, puerpério e neonato não interferem de modo significativo entre mulheres com idade avançada quando há uma assistência eficaz.

REFERÊNCIAS

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ALDRIGHI, Juliane Dias de; WALL, Marilene Loewen de; SOUZA, Silvana Regina Rossi Kissula. Vivência de mulheres na gestação em idade tardia. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v.39, p.1 – 02, ago 2018. Disponível: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472018000100428&lng=pt&tlng=pt>(Acesso em 23/08/2019).

ALMEIDA et al. Idade materna e resultados perinatais na gestação de alto risco. Revista Nursing, Maringá, p67, 2018. Disponível: http://www.revistanursing.com.br/revistas/247/pg67.pdf>(Acessado em 23/03/2020).

CUNHA et al. Assistência pré-natal: competências essenciais desempenhadas por enfermeiros. Revista de Enfermagem, jan-mar 2009. Disponível: http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n1/v13n1a20>(Acesso em 17/10/2019).

FILHO, Adauto Martins Soares et al. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília – DF: editora MS, 2012.

GUEDES, Maryse de; CANAVARRO, Maria Cristina. Adaptação a gravidez das mulheres primíparas de idade avançada e seus companheiros. Psicologia, Saúde & Doenças, Lisboa, v.14, n.2, p.1 – 17, jun 2013. Disponível: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S1645-00862013000200004&script=sci_arttext&tlng=es>(Acesso em 08/10/2019).

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SILVA et al. Influência da idade materna nas condições perinatais em nascidos vivos de são Luiz, maranhão. Revista online de pesquisa cuidado é fundamental, v.12,  p. 291-298 – 2020 jan/dez. Disponível: http://seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/viewFile/8618/pdf_1>(Acesso em 05/03/2020).

[1] Graduada em Enfermagem.

Enviado: Julho, 2020.

Aprovado: Março, 2021.

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