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Aplicação de planejamento fatorial ao desenvolvimento de formulação semi-sólida contendo extrato de barbatimão (Stryphnodendron barbatiman)

RC: 73276
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SILVA, Elizabth Pereira Anselmo da [1], SANTOS, Luís José Lima dos [2], VASCONCELOS, Tibério César Lima de [3]

SILVA, Elizabth Pereira Anselmo da. SANTOS, Luís José Lima dos. VASCONCELOS, Tibério César Lima de. Aplicação de planejamento fatorial ao desenvolvimento de formulação semi-sólida contendo extrato de barbatimão (Stryphnodendron barbatiman). Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 12, Vol. 04, pp. 158-180. Dezembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/planejamento-fatorial

RESUMO

O Stryphnodendron barbatiman, sinônimo do S. adstringens e popularmente conhecido com barbatimão, é um vegetal repleto de taninos em sua casca, aos quais se atribuem diversas atividades biológicas. Dentre elas, podem-se destacar como principais as características adstringentes, cicatrizantes e antimicrobianas. Devido a estes potenciais, seu extrato é amplamente utilizado em tratamento de feridas em humanos e animais. Em virtude disso, é importante a quantificação dos metabólitos secundários envolvidos com as atividades do vegetal. Para esta quantificação, foi utilizado o método de Folin-Ciocalteu associado a métodos espectrofotométricos. Além disso, também é de grande importância a caracterização da pureza do material vegetal no que diz respeito aos teores de umidade e cinzas totais, os quais estão preconizados na monografia do vegetal, presente nos compêndios oficiais. Através da aplicação do planejamento fatorial no modelo em 2³ para o desenvolvimento dos géis à base de Carbopol, com variação dos componentes carbopol, glicerol e extrato glicólico. Após análise dos dados, foi possível observar o quanto a variação destes componentes, bem como as interações entre eles, influenciou no comportamento físico-químico do gel. Como esperado, o carbopol contribuiu para a alteração de todas as variáveis de resposta abordadas neste estudo, além de interagir com o glicerol, contribuindo para a viscosidade e densidade, e o extrato glicólico, influenciando na espalhabilidade. Obtiveram-se, também, equações de regressão que auxiliam na previsão do comportamento físico-químico da forma farmacêutica em questão. Esta previsão é importante, pois através dela é possível obter a forma farmacêutica com características desejáveis ao manipulador sem a necessidade de desperdício de tempo, dinheiro e matéria-prima para que se chegue aos resultados desejados.

Palavras-Chave: Barbatimão, planejamento fatorial, comportamento físico-químico.

INTRODUÇÃO

O Stryphnodendron barbatiman, sinônimo do Stryphnodendron adstringens (ANVISA, 2010b) é uma árvore de pequeno porte (LORENZI, 1998). Sua casca é repleta de taninos o que explica suas atividades adstringente (CABRAL et al, 2010), antimicrobiana e cicatrizante (ARDISSON et al., 2002; LUZ NETO JUNIOR; RIBEIRO; RODRIGUES, 2006).

Conforme o estudo de Minatel et al, (2010) a concentração do extrato a 3% em uma pomada evidenciou efeitos proeminentes em pacientes com úlcera de decúbito, que em até dois meses de uso, 70% dos pacientes tiveram cicatrização total das feridas.

Já no estudo de Moura (2011), aplicou-se uma solução de pedilúvio a 5% com concentração de 20% de extrato em lesões interdigitais de bovinos, a qual não expressou diferenças tênues macroscópicas quando comparado ao grupo que teve apenas água no pedilúvio. Apesar disso, a porção de fibras colágenas no grupo que obteve barbatimão foi maior, o que gerou uma maior cicatrização.

Esta qualidade é vista pelos altos níveis de taninos condensados exibidos no extrato do barbatimão que podem acarretar o aumento do número de ligações cruzadas entre as fibras colágenas que existem na matriz extracelular (HERNANDES et al, 2010).

Os taninos fazem parte de uma classe de polifenóis e podem ser classificados de acordo com sua estrutura química, uma destas classes é a de taninos condensados (OSZMIANSKI, 2007), ou proantocianidinas. Estas apresentam pigmentos avermelhados da classe das antocianidinas (MONTEIRO et al, 2005).

Na classificação de compostos fenólicos, podem ser usados métodos de determinação de fenólicos totais, quantificação individual e/ou de um grupo ou classe de compostos fenólicos (MOURE et al, 2001). Para isso, métodos espectrofotométricos têm sido desenvolvidos (ANGELO; JORGE, 2007).

O método de Folin-Ciocalteu é um dos mais utilizados na caracterização de fenóis totais em bebidas e vegetais, e se baseia na redução dos ácidos fosfomolíbdico-fosfotúngstico por hidroxilas fenólicas originando óxidos azuis que absorvem em comprimento de onda máximo de 760 nm. A reação ocorre em meio alcalino e o carbonato de sódio é a base mais indicada (MOYER et al, 2002).

Géis são preparações obtidas através da dispersão de polímeros, substâncias de alto peso molecular (MARTIN, 1993), que irão dar viscosidade ao meio aquoso (AULTON, 2005; ALLEN; POPOVICH; ANSEL, 2005). Os polímeros empregados para o preparo de géis abrangem diversos componentes, entretanto, o carbômero é um dos polímeros mais utilizados para sua fabricação (CORRÊA et al., 2005).

A estabilidade de formulações farmacêuticas é dependente de fatores ambientais e condições do produto, como a técnica fabricação e as propriedades do material de acondicionamento e armazenamento (ANVISA, 2004). Por isso, testes de estabilidade que estudem as características físico-químicas ou a avaliação da forma farmacêutica mais estável para um ativo são cada vez mais necessários (LACHMAN; LIEBERMAN; KANIG, 2001).

É possível avaliar esta estabilidade a partir de estudos de planejamento fatorial, os quais podem definir os fatores mais importantes do experimento para que sejam estudados os efeitos sobre a variável de resposta escolhida (BUTTON, 2001).

Para que seja possível o estudo do efeito do fator sobre sua respectiva resposta, é necessário variar este fator e observar o resultado desta variação (BOX; HUNTER; HUNTER, 1978). Um planejamento fatorial completo demanda da realização de 2³, totalizando 8 ensaios. A partir desta matriz, obtêm-se três efeitos principais (A, B, C), três interações de dois fatores (AB, AC e BC) e uma interação de três fatores (ABC) (MARINHO; CASTRO, 2005).

O objetivo deste estudo foi determinar as concentrações de compostos fenólicos totais e taninos condensados de extrato de S. barbatiman, bem como desenvolver uma formulação semissólida aplicando planejamento fatorial em 2³ com a finalidade de avaliar as características físico-químicas desta formulação conforme variação de seus componentes, e a partir disso obter equações que prevejam seu comportamento físico-químico.

MATERIAL E MÉTODOS

Para realização dos testes foi utilizado material vegetal adquirido comercialmente do fornecedor J T F Produtos naturais, CNPJ 08.852.492/0001-55, Lote 082018, Validade 10/2019.

A matéria-prima foi triturada mecanicamente e os testes foram feitos em duplicata. Todos os testes foram realizados no laboratório multidisciplinar da UNIFAVIP | WYDEN.

DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE UMIDADE E CINZAS TOTAIS

Cadinhos de porcelana foram dessecados em estufa e mufla por, aproximadamente, 12 horas para remoção de eventuais interferentes. Adicionou-se 3g de material vegetal em cada cadinho e estes foram postos em estufa Ethik Technology (404-2D) a 105ºC ± 2ºC, até peso constante para determinação do teor de umidade, e forno mufla SPPencer® (SP 704-25) a 600ºC ± 25ºC, até peso constante para quantificação do teor de cinzas totais (ANVISA, 2010b).

DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA DE FENÓLICOS TOTAIS

Inicialmente foi preparada uma solução extratora etanol:água (60:40) a qual foi adicionada a 2,5g do vegetal pulverizado para extração. Este sistema é de fácil extração e baixa toxicidade (REZENDE, 2010).

Adicionou-se em tubo falcon 0,5 mL do extrato etanólico anteriormente preparado, 2,5 mL de solução do reagente de Folin-Ciocalteu (1:10) e 2,0 mL de carbonato de sódio (7,5% m/v), completou-se o volume do tubo com água e prosseguiu-se com a análise conforme descrito por Rezende (2010).

A determinação quantitativa foi feita através da equação da reta obtida mediante curva de calibração de Ácido Gálico (Êxodo Científica, lote 1810202613) e as leituras foram realizadas em espectrofotômetro Web Labor (WUV – M51) sob comprimento de onda de 760 nm (REZENDE, 2010).

DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA DE TANINOS CONDENSADOS

Foram adicionados, em tubos de ensaio, 0,5 mL de extrato etanólico diluído em água (1:100), 0,1 mL de reagente férrico e 3 mL de reagente butanol-HCl. Os tubos foram agitados, manualmente, por alguns segundos e em seguida, levados a banho-maria a 100ºC por 15 minutos e o branco não foi aquecido (NOZELLA, 2001).

Foram realizadas as leituras em espectrofotômetro Web Labor (WUV – M51) em comprimento de onda de 550 nm e os valores foram expressos em g/Kg de Matéria Seca (MS), aplicando a fórmula sugerida por Nozella (2001): absorbância x 78,26 x fator de diluição / % de matéria seca.

DESENVOLVIMENTO DAS FORMULAÇÕES APLICANDO PLANEJAMENTO FATORIAL

Neste estudo, adotou-se o planejamento fatorial em 2³ envolvendo as variáveis carbopol, glicerol e extrato glicólico de S. barbatiman. O procedimento contém uma variável de ponto central que constitui as amostras 5 e 6, totalizando então 10 amostras que foram formuladas de modo aleatório.

As formulações foram desenvolvidas seguindo a matriz de planejamento (Tabela 1) embasada na tabela de Galdámez (2002):

Tabela 1. Matriz de planejamento fatorial 2³ dos componentes variáveis da formulação.

Ensaios Carbopol (%) Glicerol (mL) Extrato de S. barbatiman (%)
1 -1 (0,5) -1 (5,0) 1 (3,0)
2 1 (1,5) 1 (15,0) -1 (5,0)
3 -1 (0,5) 1 (15,0) 1 (3,0)
4 1 (1,5) 1 (15,0) 1 (3,0)
5 0 (1,0) 0 (10,0) 0 (4,0)
6 0 (1,0) 0 (10,0) 0 (4,0)
7 -1 (0,5) -1 (5,0) -1 (5,0)
8 1 (1,5) -1 (5,0) 1 (3,0)
9 1 (1,5) -1 (5,0) -1 (5,0)
10 -1 (0,5) 1 (15,0) -1 (5,0)

Fonte: Autores (2019)

As concentrações do carbopol foram baseadas nos estudos de Rowe, Sheskey e Quinn (2009); glicerol nos estudos de A-Sasutjarit, Sirivat e Vayumhasuwan (2005); extrato conforme Minatel et. al (2010) e Moura et. al (2011). Os componentes fixos da formulação estão descritos na Tabela 2.

Tabela 2. Componentes fixos da formulação.

Componente Quantidade
Água deionizada q.s.p
EDTA dissódico 0,05%
Solução conservante de parabenos 0,05%
Solução de hidróxido de sódio 4 M q.s. pH 6,5-7,0

Fonte: Autores (2019)

No preparo do extrato glicólico, 25g do material vegetal pulverizado foi transferido para um frasco de vidro âmbar. Adicionou-se 100 mL de uma solução extratora propilenoglicol:água (80:20) e foi deixado em maceração por 8 dias com agitação manual diária (ARDISSON et al, 2002). Ao final, o extrato foi filtrado e armazenado em vidro âmbar.

A incorporação de 20% de água ao propilenoglicol proporciona extratos mais abundantes em taninos (ARDISSON et al, 2002). Além disso, extratos glicólicos são mais empregados em formulações cosméticas, pois apresentam grande compatibilidade com as formas farmacêuticas usadas como veículos (ISAAC et al, 2008).

AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS DE RESPOSTA

A avaliação de pH foi realizada conforme o método descrito pela ANVISA (2010a) em pHmetro Bel Engeneering (W3B pH meter) calibrado com as soluções padrão determinadas pelo próprio equipamento.

A análise da viscosidade foi feita em Viscosímetro de Brookfield (Marte MDV-20) em velocidade 90 rpm (MIURA, 2012) e spindle nº 4 (ANSI, 2005).

Em relação a densidade, utilizou-se picnômetro metálico conforme as orientações da ANVISA (2007).

O aparato utilizado para avaliar a espalhabilidade constituiu-se de placa molde de vidro circular com orifício central de 1,5 mm de diâmetro. Esta foi disposta em placa de vidro posicionada sobre um papel milimetrado. A amostra foi inserida no orifício, nivelada com auxílio de espátula e avaliada conforme metodologia descrita por Borghetti e Knorst (2006).

Todas as amostras estavam em duplicatas e a análise de dados foi feita no software estatístico Minitab 17.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE UMIDADE E CINZAS TOTAIS

No que diz respeito à análise de umidade, a amostra apresentou 12,52% enquanto a presença de cinzas totais no vegetal foi de 0,85%. São resultados bem proveitosos e, conforme a monografia do vegetal é possível caracterizar esta amostra como pura, já que os limites permitidos para tal constituem os valores de, no máximo, 14% para umidade e 2% para cinzas totais (ANVISA, 2010b). Sendo assim, pudemos então prosseguir para as análises posteriores.

DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA DE FENÓLICOS TOTAIS

Realizou-se inicialmente a leitura dos padrões de ácido gálico e obtiveram-se as absorbâncias abaixo evidenciadas na Figura 1.

Figura 1. Curva de calibração do padrão Ácido Gálico a 760 nm.

Fonte: Dados da Pesquisa (2019)

A média obtida das leituras em comprimento de onda de 760 nm foi de 0,4345. Conforme a equação da reta, o teor de fenóis totais presentes nesta amostra do vegetal foi de 117,88 mg/L equivalente de ácido gálico (EAG). O estudo de Costa et al, (2012) apresentou um teor de fenóis totais de 102,7 mg/g EAG para o extrato hidroalcoólico da espécie S. rotundifolium.

A presença de compostos fenólicos confere ao vegetal o seu potencial antioxidante (KIM et al, 2003), sendo desta forma importante a sua quantificação.

DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA DE TANINOS CONDENSADOS

Após o aquecimento das amostras, as mesmas apresentaram coloração rósea, conforme exibido na Figura 2, o que indica a presença de proantocianidinas da classe das antocianidinas (MONTEIRO et al, 2005).

Figura 2. Extrato etanólico de S. barbatiman utilizado para determinação de taninos condensados acrescido de Butanol-HCl e reagente férrico.

Fonte: Acervo Pessoal (2019)

A média obtida das absorbâncias em comprimento de onda de 550 nm foi de 0,9425. Aplicando a fórmula sugerida por Nozella (2001), o teor de taninos condensados presentes no vegetal foi de 3,32 g/Kg MS. Resultados semelhantes podem ser observados no estudo de Wang et al, (1998) onde a média para taninos condensados encontrados no grão de ervilha (Lathyrus sativus L.) foi de 3,44 g/Kg MS.

Quantidades moderadas de taninos (10 – 40 g/Kg MS) podem prevenir timpanismo e melhorar a utilização de aminoácidos essenciais provenientes da dieta (BRANDES; FREITAS, 1992). Além disso, conferem ao vegetal a característica adstringente, podendo também ter ações contra alguns microrganismos, agentes carcinogênicos e agentes que causam toxicidade hepática (MONTEIRO et al, 2005; CABRAL et al, 2010).

DESENVOLVIMENTO DAS FORMULAÇÕES APLICANDO PLANEJAMENTO FATORIAL E AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS DE RESPOSTA

PH

É possível observar abaixo, na figura 3, a influência das combinações das variáveis de resposta na variação do pH observadas no estudo.

Figura 3. Influência das variáveis de resposta no pH do gel.

Fonte: Dados da Pesquisa (2019)

Conforme demonstrado no gráfico de Pareto, apenas o extrato (C) ou a combinação carbopol/extrato (AC) não foram capazes de modificar significativamente o pH dos géis em estudo, enquanto que houve uma grande indução da variação deste parâmetro quando analisadas a influência dos efeitos combinados do carbopol/glicerol (AB), glicerol/extrato (BC), glicerol (B) e carbopol/glicerol/extrato (ABC), onde o carbopol (A) por si só, como esperado, causou a maior das variações, seguido da interação carbopol/glicerol (AB).

O carbopol, além de agente gelificante em dispersões aquosas, acidifica o sistema, deixando o pH do meio entre 2,5 e 4,0 devido ao seu valor de pKa = 6,0 土 0,5 (ROWE; SHESKEY; QUINN, 2009), o qual é favorável para a dispersão de íons H+.

Por intumescer na presença de glicerol (ROWE; SHESKEY; QUINN, 2009), acredita-se que este fator também influenciou na interação carbopol/glicerol (AB), contribuindo também para a acidificação do meio. Os componentes da formulação podem ter favorecido à interação com a estrutura do carbopol que contém diversos grupamentos carboxílicos e de alguma forma pode ter contribuído para o efeito sinérgico no pH durante o estudo.

Na figura 4, é possível ainda observar os efeitos individuais das variáveis no pH, a qual mostra claramente o quanto o aumento da concentração de carbopol contribui para a acidificação do sistema, enquanto o glicerol apresenta baixa influência e inversa ao carbopol neste parâmetro e o extrato praticamente nenhuma.

Figura 4. Gráfico dos efeitos: influência das variáveis no resultado do pH.

Fonte: Dados da Pesquisa (2019)

Através no nível de significância utilizado no teste e as variáveis apresentando p-Valor < 0,05, as variáveis podem ser utilizadas para criação do modelo de regressão dado pela seguinte equação:

pH = 2,239 + 1,227 Carbopol + 0,4814 Glicerol + 0,4872 Extrato – 0,1466 Carbopol * Glicerol – 0,1341 Carbopol * Extrato – 0,04456 Glicerol*Extrato + 0,01244 Carbopol * Glicerol * Extrato – 0,4569 Ct Pt.

Quando aplicada a concentração de cada variável de resposta à equação, é possível prever o valor do pH de um gel de mesma composição e formulado nas mesmas condições.

Mokale et al. (2016), estudaram o desenvolvimento de formulações de nanopartículas contendo metformina, os resultados apontaram para uma interação entre a droga e o polímero utilizado no estudo, da mesma forma que obtiveram uma equação de regressão para a previsão do encapsulamento da droga.

VISCOSIDADE

Na análise da viscosidade a 90 rpm, o gráfico de Pareto (figura 5) demonstra que a concentração do carbopol (A) influenciou significativamente (p-Valor > 0,05) o comportamento da viscosidade, como já esperado, já que o polímero atuou no sistema como agente gelificante e doador de viscosidade. O extrato (B) e o glicerol (C) não contribuíram significativamente neste fator.

Figura 5. Influência do carbopol na viscosidade do gel.

Fonte: Dados da Pesquisa (2019)

Conforme já demonstrado anteriormente no gráfico de Pareto, a figura 6 possibilita uma demonstração mais clara do quanto o carbopol influenciou a viscosidade do meio, enquanto o glicerol e o extrato não contribuíram com nenhuma função significativa neste parâmetro.

Figura 6. Gráfico dos efeitos: influência das variáveis na viscosidade.

Fonte: Dados da Pesquisa (2019)

O gráfico das interações, evidenciado na figura 7, demonstra que a interação carbopol/glicerol (AB) e carbopol/extrato (AC) foi o fator que contribuiu com os maiores efeitos sobre a viscosidade, enquanto a interação glicerol/extrato (BC) contribuiu minimamente para este aspecto.

A interação carbopol/glicerol (AB) modifica a viscosidade quando a concentração do carbopol é baixa, independente da concentração de glicerol. Se a concentração do carbopol aumentar, a viscosidade irá depender também da concentração de glicerol. As concentrações mais baixas de glicerol geram sistemas de baixa viscosidade, enquanto níveis de glicerol em 5% aumentam a viscosidade devido às ligações de hidrogênio criadas na interação carbopol/glicerol (CONTRERAS; SANCHEZ, 2002).

Figura 7. Gráfico das interações: influência na viscosidade.

Fonte: Dados da Pesquisa (2019)

Dessa forma foi possível obter a equação de regressão que permite prever o comportamento do gel nessas condições:

VISCOSIDADE (mPas) 90 rpm = -2696 + 3041 Carbopol + 17,8 Glicerol + 43,3 Extrato + 3040 Ct Pt.

Em seu estudo, Contreras e Sánchez (2002) relatam que o efeito do carbopol depende da concentração de glicerol, onde para as concentrações de 1% de polímero, existe relação direta entre as concentrações de glicerol e a elasticidade do sistema, já que ocorrem formações de ligações de hidrogênio entre o polímero e o glicerol. Bonacucina et al (2008) confirmam que o uso de solventes mais viscosos aumenta a atração entre as partículas dispersas, favorecendo a interação entre o solvente e o polímero.

Contreras e Sánchez (2002) apresentaram ainda, um modelo de equação linear preditiva do comportamento visco elástico do polímero em relação à variação de Carbopol, bem como do etanol e suas interações com o polímero e o glicerol.

DENSIDADE

Na figura 8 observa-se o quanto o carbopol (A) e o glicerol (B) provocaram efeitos na densidade do sistema, bem como a interação entre estes dois constituintes (AB). O extrato (C) por si só não causou alterações significativas no parâmetro avaliado.

Figura 8. Influência das variáveis na densidade dos géis.

Fonte: Dados da Pesquisa (2019)

O gráfico de interações (figura 9), bem como o gráfico dos efeitos (figura 10), confirmam o comportamento das variáveis observado no gráfico de Pareto:

Figura 9. Gráfico das interações: influência na densidade.

Fonte: Dados da Pesquisa (2019)

Figura 10. Gráfico dos efeitos: influência das variáveis na densidade.

Fonte: Dados da Pesquisa (2019)

A análise de regressão resultou na seguinte equação preditiva:

DENSIDADE (g/mL) = 1,00041 – 0,02516 Carbopol – 0,000301 Glicerol – 0,000136 Extrato + 0,001320 Carbopol*Glicerol – 0,00858 Ct Pt.

A adição de glicerol ao carbopol resulta na diminuição da tensão de escoamento em relação a amostras com mesma concentração de polímero, mas misturadas apenas com água (DAVAILLE et al, 2013).

Como mencionado anteriormente no estudo de Contreras e Sánchez (2002), elevadas concentrações de carbopol e glicerol aumentam a quantidade ligações de hidrogênio do sistema, o que irá aumentar consequentemente a visco elasticidade do gel. Além de contribuir com a viscosidade de sistemas, a adição de carbopol irá também propiciar o espessamento e estabilização dos mesmos (RECHIA, 2010).

ESPALHABILIDADE

Na análise de espalhabilidade, podemos observar que a presença do carbopol (A) foi predominante como agente modificador desse parâmetro, enquanto as outras variáveis demonstraram pouca ou nenhuma significância (figura 11).

Já que o carbopol não forma uma solução, mas sim uma rede tridimensional polimérica (ROWE; SHESKEY; QUINN, 2009), esta característica acaba influenciando na resistência do produto ao deslocamento forçado.

Figura 11.  Influência do carbopol nas espalhabilidades i1, i2 e i3.

Fonte: Dados da Pesquisa (2019)
Fonte: Dados da Pesquisa (2019)
Fonte: Dados da Pesquisa (2019)

Entretanto, na espalhabilidade i4 onde podemos observar que além do carbopol como agente influenciador da espalhabilidade, também houve uma interação do carbopol com o extrato (AC) que demonstrou uma pequena contribuição na espalhabilidade dos géis ao adicionar a placa mais pesada (figura 12).

Figura 12. Interação carbopol/extrato na espalhabilidade i4.

Fonte: Dados da Pesquisa (2019)

A interação carbopol/extrato (AC) pode ser explicada pela presença de 20% de água no extrato glicólico, já que o polímero também intumesce na presença de água. No que diz respeito à espalhabilidade, o propilenoglicol utilizado em formulações farmacêuticas é comumente usado como agente plastificante promotor de revestimento em filme (ROWE; SHESKEY; QUINN, 2009), sendo então algo a ser levado em consideração na influência deste fator.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise espectrofotométrica do extrato em questão, tornou-se possível observar o teor de dois metabólitos secundários do vegetal, aos quais são associadas suas atividades adstringentes, cicatrizantes e antimicrobianas. Entretanto, sugerimos que estudos subsequentes sejam realizados para comprovação de sua atividade biológica in vitro.

Através da aplicação do planejamento fatorial no modelo 2³ associado à análise de dados no software estatístico, foi possível obter equações de regressão que auxiliarão na previsão do comportamento físico-químico da forma farmacêutica abordada neste estudo. Ao aplicar as concentrações dos componentes variáveis na equação de regressão, torna-se possível presumir o comportamento físico-químico da formulação quanto ao pH, viscosidade e densidade, já que a relação entre as concentrações dos componentes do gel é explicada por estas equações.

Os estudos de planejamento fatorial aplicados ao pré-desenvolvimento de géis são consideravelmente úteis já que permite determinar a relação entre as variáveis de resposta com o comportamento físico-químico da forma farmacêutica abordada, algo que irá gerar economia de tempo, dinheiro e matérias-primas, sendo então algo de muita utilidade e relevância aos pesquisadores e à indústria.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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[1] Graduação em Farmácia pelo Centro Universitário Vale do Ipojuca (UNIFAVIP | WYDEN).

[2] Graduação em Farmácia pelo Centro Universitário Vale do Ipojuca (UNIFAVIP | WYDEN).

[3] Mestre em Química pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Graduação em Farmácia pelo Centro Universitário Tabosa de Almeida (Asces – Unita).

Enviado: Agosto, 2020.

Aprovado: Dezembro, 2020.

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Elizabth Pereira Anselmo da Silva

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