REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

Medicações injetáveis no tratamento da Esclerose Múltipla: Evidências científicas

RC: 42021
111
5/5 - (1 vote)
DOI: ESTE ARTIGO AINDA NÃO POSSUI DOI
SOLICITAR AGORA!

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

RUSSI, Alexandre Lucas Martins [1], ZANONI, Letícia Barbosa Zanin [2], RUIZ, Marcela Murilha [3]

RUSSI, Alexandre Lucas Martins. ZANONI, Letícia Barbosa Zanin. RUIZ, Marcela Murilha. Medicações injetáveis no tratamento da Esclerose Múltipla: Evidências científicas. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 11, Vol. 06, pp. 67-78. Novembro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/medicacoes-injetaveis

RESUMO

Objetivo: O estudo tem como objetivo elucidar o assunto, com base na literatura atualizada, descrevendo a eficácia dos métodos terapêuticos com drogas injetáveis empregadas na esclerose múltipla. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura. Buscou-se as literaturas através do banco de dados online PubMed e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os critérios de inclusão: artigos publicados no período dos anos 2000 a 2019 e estudos de ensaio clínico e randomizado sobre drogas injetáveis no tratamento da esclerose múltipla. Foram excluídas as duplicidades e artigos cujo conteúdo não correspondia aos critérios definidos. Conclusões: Nesta revisão, foi descrito dados referentes a sete pesquisas realizadas com drogas injetáveis envolvidas no tratamento da esclerose múltipla. Foi possível concluir que os medicamentos imunomoduladores injetáveis, de forma geral, reduzem a taxa de recaída, retardam a conversão para esclerose múltipla e diminuem lesões cerebrais evidenciadas em ressonância magnética.

Descritores: Esclerose Múltipla, terapêutica, imunomoduladores.

1. INTRODUÇÃO

A Esclerose Múltipla (EM) é a doença neurológica, desmielinizante, autoimune, inflamatória e degenerativa que afeta aproximadamente 2.500.000 no mundo.1,2 É uma doença do Sistema Nervoso Central (SNC) que afeta o encéfalo e a medula espinhal de caráter inflamatório, autoimune, desmielinizante, de evolução inesperada e possivelmente de etiologia multifatorial.3

É conhecida pelos franceses como esclerose em placas e pelos ingleses como esclerose disseminada, sendo considerada uma das doenças do Sistema Nervoso Central mais importante, devido sua incidência, cronicidade e por afetar mais adultos jovens.4

Os grandes centros do mundo tem notificado alta incidência da esclerose múltipla. Nota-se que conforme ocorrem melhorias nas condições ambientais e redução de patologias infecciosas e parasitárias, aumenta a ocorrência de doenças autoimunes como a EM.5

Os sintomas costumam ser variados, pois depende da região afetada. Os sintomas que afetam com mais frequência são a fraqueza generalizada, alteração da fala, murmúrio, visão dupla e marcha cambaleante. O surto se define por um quadro súbito de perda de função sensitiva ou motora.6

A EM pode evoluir de formas diferentes conforme os tipos: Remitente recorrente (RR); Secundariamente progressiva (SP); Primariamente progressiva (PP); e progressiva recorrente (PR).7

O diagnóstico da esclerose múltipla é composto da anamnese, clínica e exames laboratoriais.8

Nos últimos anos surgiram várias opções terapêuticas farmacológicas que são conhecidas como drogas modificadoras da doença (DMD) e permitem que o tratamento tenha mais flexibilidade, respeitando a individualidade de cada paciente.9

2. OBJETIVO

O estudo tem como objetivo elucidar o assunto, com base na literatura atualizada, descrevendo a eficácia dos métodos terapêuticos com drogas injetáveis empregadas na esclerose múltipla.

3. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão sistemática da literatura. Buscou-se as literaturas através do banco de dados online PubMed e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os critérios de inclusão: artigos publicados no período dos anos 2000 a 2019 e estudos de ensaio clínico e randomizado sobre drogas injetáveis no tratamento da esclerose múltipla. Foram excluídas as duplicidades e artigos cujo conteúdo não correspondia aos critérios definidos.

Na estratégia de busca nas bases de dados foram utilizadas palavras-chave: “Multiple Sclerosis/drug therapy” e sua respectiva tradução na língua português.

Ao total obtiveram-se 29 evidências científicas  e selecionados 7 estudos de acordo com os critérios definidos.

Foi construída uma tabela para auxiliar na análise e na síntese dos artigos selecionados, sendo contemplados os seguintes aspectos: nome dos autores e ano de publicação, droga utilizada, amostragem, metodologia e conclusão.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 ETIOLOGIA

Presume-se que as etiologias sejam multifatoriais, tais como os fatores genéticos, autoimunes, fatores estressores, exposição à luz solar, tabagismo e infecções virais. A elevação de imunoglobulinas no líquido cefalorraquidiano de 65 a 95% dos pacientes com esclerose múltipla, demonstra uma infecção viral persistente, ou de um autoantígeno do SNC.10

4.2 IMUNOPATOLOGIA

Evidências científicas atuais relatam que a patologia se origina com as células T CD4+, TH1 e TH17 que agem contra antígenos da própria mielina e liberam citocinas. As células TH1 liberam interferon, ativando os macrófagos, e as células TH17 fazem o recrutamento de leucócitos. Os leucócitos quando são ativados liberam substâncias que causam a desmielinização. Nos infiltrados nas placas e  regiões circunjacentes do cérebro surgem infiltrados de células T CD4+ e, alguns CD8+ e macrófagos. Ainda hoje não se conhece o meio por qual a reação imune é ativada, mas existe uma teoria que a infecção viral pode ativar as células T autorreativas, mas essa teoria é controversa.11

4.3 QUADRO CLÍNICO

Os sinais e sintomas da esclerose múltipla podem ser infinitos, pois pode envolver qualquer área do SNC.12

As manifestações clínicas são variadas na esclerose múltipla. O individuo evolui com redução das funções motora, sensitiva, cerebelar, cognitiva, urogenital, mental e visual, que se apresentam com períodos de exacerbação intercalados por episódios de remissão. Muitos pacientes portadores da esclerose múltipla apresentam alterações oculares como primeira manifestação, ocorrendo de forma silenciosa e súbita.13

4.4 FORMAS CLÍNICAS

De acordo com a Sociedade de Esclerose Múltipla Norte-Americana,14 a doença pode ser dividida por critérios clínicos que são descritos por eventos de surtos e progressão: recorrente-remitente, primariamente progressiva, secundariamente progressiva, progressiva com surtos, benigna e maligna.

A forma recorrente-remitente é descrita por surtos individualizados que podem ou não deixar sequelas, não ocorrendo progressão dos déficits entre os surtos. A forma secundariamente progressiva ocorre previamente fases recorrências e remissões para posterior progressão das deficiências, sem surtos ou com surtos subjacentes. Já a forma primariamente progressiva, que se manifesta progressivamente desde o início, e possui períodos curtos de melhora. Para encerrar, tem a forma progressiva recorrente, que se manifesta progressivamente desde o início, mas possui surtos intercalados, podendo ter recuperação total ou não, porém ocorre progressão contínua dos mesmos.7

4.5 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da EM é realizado através de critérios clínicos e laboratoriais, porém é necessária uma análise correta dos sinais e sintomas e assim excluir diagnósticos alternativos.15,16 Os exames de ressonância magnética (RM), o líquido cefalorraquidiano (LCR) e eletrofisiológicos auxiliam no diagnóstico precoce e definitivo da EM.15

Os McDonald ajudam na identificação da EM com um elevado grau de especificidade e sensibilidade, possibilitam assim um tratamento precoce da doença.16

4.6 TRATAMENTO

Por muito tempo o tratamento dos surtos da EM ficou limitado ao uso de corticoesteróides. Os imunossupressores foram utilizados nos anos 70 com intuito de diminuir a resposta imune exagerada.17

A terapia atual da EM inclui o uso de imunomoduladores, como interferon beta (IFN-B) e acetato de glatiramero (AG), e imunossupressores, como mitoxantrone e medicamentos biológicos, como anticorpo monoclonal e seletivo natalizumab15,18

Os interferons atuam como mensageiros intercelulares e possuem ações anti-virais e anti-tumorais.17

O Acetato de Glatirâmer (AG) é um tratamento eficaz e seguro para EM a longo prazo. O AG modifica a expressão da doença através da indução da produção de citocinas pelas células T-helper e células T supressoras.18

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram incluídos 7 artigos de acordo com os critérios de inclusão e exclusão (Tabela 1). O total de indivíduos abrangidos no estudo foi de 4893.

Tabela 1. Artigos incluídos na revisão de acordo com autor, ano de publicação, droga, amostragem, metodologia e conclusão.
Autoria/Ano de publicação Droga Amostra Metodologia Conclusão
Calabresi et al. (2014)19 Peginterferon Beta-1a

vs

Placebo

 

1332

Ensaio Clínico Randomizado O peginterferon beta – 1a reduziu após 48 semanas a taxa de recaída em comparação com o placebo.
Khan et al.

(2013)20

Acetato de Glatirâmer

vs

Placebo

1404 Ensaio Clínico Randomizado O acetato de glatirâmer (GA) é um regime seguro e eficaz para o tratamento da EM recorrente-remitente.
Comi et al.

(2012)21

Interferon Beta-1a com regimes diferentes 517 Ensaio Clínico Randomizado Ambos os regimes de interferon beta-1a atrasaram as recidivas clínicas e a atividade da doença subclínica.
Comi et al.

(2009)22

Acetato de Glatirâmer

vs

Placebo

481 Ensaio Clínico Randomizado O tratamento precoce com acetato de glatirâmer é eficaz em retardar a conversão para esclerose múltipla clinicamente definida.
Kappos et al.

(2006)23

Interferon Beta-1b

vs

Placebo

468 Ensaio Clínico Randomizado O interferon beta-1b atrasou a conversão para EM clinicamente definida.
Comi et al.

 (2001)24

Interferon Beta-1a

vs

Placebo

308 Ensaio Clínico Randomizado O tratamento com interferon beta-1a teve efeitos positivos numa fase inicial da EM.
Jacobs et al.

(2000)25

Interferon Beta-1a

vs

Placebo

383 Ensaio Clínico Randomizado Iniciar o tratamento com interferon beta-1a no momento de um primeiro evento desmielinizante é benéfico para pacientes com lesões cerebrais na RM.

Fonte: (Próprio autor)

Segundo o estudo de Calabresi (2014)19 após 48 semanas, o peginterferon beta-1a reduziu de forma significativa os episódios de recidiva quando comparado com o placebo, podendo então ser utilizado eficazmente no tratamento da esclerose múltipla recorrente-remitente com a realização menos frequente do que outras opções terapêuticas.

O interferon (IFN) beta há muitos anos tem sido a terapia de escolha na EM recorrente-remitente, mas nos dias de hoje alguns esquemas necessitam de várias injeções por semana porque são rapidamente metabolizadas e eliminadas pelos rins.26 A frequência das injeções causa impacto na adesão ao tratamento entre pacientes com EM recorrente-remitente. O peginterferon beta-1a foi criado pela junção de uma cadeia de poli (etileno glicol) à molécula mãe IFN beta-1a.27  Foi identificado que a peguilação do IFN beta-1a melhora as propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas em comparação com o IFN beta-1a não peguilado,28 causando uma exposição prolongada, elevação da ação biológica e maior meia-vida. 29,30

No estudo de Comi et al. (2012)21 os 2 regimes de interferon beta-1a subcutâneo (1vez por semana e 3 vezes por semana) retardaram as recidivas clínicas e a atividade da doença subclínica.

Alguns estudos demonstraram que o IFN-Beta-1a é efetivo em pacientes com EM, na fase recorrente-remitente (RR), quando administrado em doses entre 22 e 44 microgramas (mcg), 3 vezes por semana e por via subcutânea (SC), prevenindo assim a progressão da doença31,32

De acordo com o trabalho de Comi et al. (2001) o tratamento com interferon beta-1a obteve resultados positivos na parte clínica e no exame de ressonância magnética na fase inicial da EM.24

Na pesquisa de Jacobs et al. (2000)25 é indicado a realização da RM do cérebro na ocasião em que ocorrer um primeiro evento para definir se há mais evidências de esclerose múltipla. Ainda recomendam o benefício na administração de interferon beta-1a uma vez por semana intramuscular em doentes que são avaliados como alto risco para esclerose múltipla clinicamente definida, pois exibem lesões desmielinizantes subclínicas na RM do cérebro.25

O uso do interferon-beta promoveu benefícios na terapia de doentes com EM estabelecida, abrangendo a redução do progresso da incapacidade física,25,33 diminuindo as recidivas clínicas25,34  e a evolução de lesões cerebrais, verificadas por RM,25,35 e atrofia cerebral.36

No estudo randomizado de Kappos et al. (2006)23 a administração de  interferon beta-1b na dose de 250 mcg por via SC a cada dois dias retardou a conversão para EM clinicamente estabelecida, devendo ser pensado como uma opção de tratamento em doentes que apresentam um primeiro episódio clínico indicativo de EM.

Alguns estudos relatam que a administração de IFN-beta-1b diminui a ocorrência de surtos na forma RR da EM assim como a ocorrência de novas lesões na RM, em comparação com outros pacientes que foram tratados com o placebo.31,37

De acordo com Khan et. al (2013)20 o acetato de glatirâmer na dosagem 40 mg infundido em via SC 3 vezes por semana é um esquema seguro e eficaz para a terapia da esclerose múltipla recorrente-remitente.

Comi et al. (2009)22 relatou em seu estudo que a infusão precoce de acetato de glatirâmer é capaz de retardar a conversão para EM clinicamente estabelecida em doentes com síndrome clinicamente isolada e lesões cerebrais identificadas por RM.

O AG não é indicado para as formas de EM progressiva primária ou secundária, sendo usado apenas em pacientes que tiveram uma recaída com significado clínico, nos 2 últimos anos.38

6. CONCLUSÃO

Nesta revisão, foi descrito dados referentes a sete pesquisas realizadas com drogas injetáveis envolvidas no tratamento da esclerose múltipla. Foi possível concluir que os medicamentos imunomoduladores injetáveis, de forma geral, reduzem a taxa de recaída, retardam a conversão para esclerose múltipla e diminuem lesões cerebrais evidenciadas em ressonância magnética.

REFERÊNCIAS

  1. Msif. Atlas of MS 2013: Mapping Multiple Sclerosis Around the World. Mult Scler Int Fed. 2013;1–28.
  2. Katz, S.I.B.; Lublin, F.D; et al. Diagnosis and differential diagnosis of multiple sclerosis. Continuum (Minneap Minn). 2013;19 (4 Multiple Sclerosis):922-43.
  3. Garcia, M.C.; Plasencia, P.M.; Benito, Y.A. Alteration profile of executive functions in multiple sclerosis. Acta Neurologica Scandinavic, 131, 313–320. 2015.
  4. Rudick, R.A. Esclerose Múltipla e Patologias Desmielinizantes do Sistema Nervoso Central. In: Goldman, L; Ausiello, D. Cecil Tratado de Medicina Interna. Tradução 22. ed. vol 2. Santiago, Chile: Saunders Elsevier, 2005.
  5. Arruda, V. Incidência de Esclerose Múltipla aumenta nas grandes cidades. 2008. Disponível em: http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/127675/.
  6. Gorgatti, M.G; Costa, R.F. Atividade física adaptada: Qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. Barueri, SP: Manole, 2005.
  7. Oliveira, M.R.; Santos, D.F.; Fenelon, S.B.; Silva, N.P. Uso de Rosuvastatina em Esclerose Múltipla. Revista Neurociências. vol 15. n. 3. p. 246-250. São Paulo: Grámmata Publicações e Edições Ltda, 2007. Disponível em: www.revistaneurociencias.com.br .
  8. Sullivan, S.B.; Schmitz, T.J. Fisioterapia Avaliação e Tratamento. 4. ed. São Paulo: Manole, 2004.
  9. Marques, V.D.; et al . Brazilian Consensus for the Treatment of Multiple Sclerosis: Brazilian Academy of Neurology and Brazilian Committee on Treatment and Research in Multiple Sclerosis. Arq. Neuro-Psiquiatr.,  São Paulo ,  v. 76, n. 8, p. 539-554,  Aug.  2018 .
  10. Cardoso, F.A.G. Atuação fisioterapêutica na Esclerose Múltipla forma recorrente-remitente. Revista Movimenta, v.3, n.2, 2010, p. 69-75.
  11. Kumar, V.; Abbas, A.K.; Fausto, N.; Aster, J.C. Robbins e Cotran – Patologia: bases patológicas das doenças. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 1320-1321.
  12. Haegert, D.G.; Swift, F.V.; Benedikz, J. Evidence for a complex role of HLA class II genotypes in susceptibility to multiple sclerosis in Iceland. Neurology, 46:1107-1111, 1996.
  13. Sergott, R.C.; Beck, W.R.; Lisak, P.R.; et al. Multiple Sclerosis. In: Pepose, J.S.; Holland, G.N.; Wilhelmus, K.R.: Ocular Infection and Immunity. Baltimore. Mosby,1996.
  14. Lublin, F.D.; Reingold, S.C. Defining the clinical course of multiple sclerosis: Results of international survey. Neurology. 1996;46:907-911.
  15. Nessler S;  Brück, W. Advances in multiple sclerosis research in 2009. Journal of neurology, 257, pp. 1590-1593. 2010.
  16. Polman, C.;  Reingold, S.;  Banwell, B.;  Clanet, M.;  Cohen, J.;  Filippi, M.;  Fujihara, K.;  Havrdova, E.;  Hutchinson, M.;  Kappos, L.;  Lublin, F.;  Montalban, X.;  O’Connor, P.;  Sandberg-Wollheim, M.;  Thompson, A.;  Waubant, E.;  Weinshenker, B.;  Wolinsky, J.  Critérios de diagnóstico para esclerose múltipla: 2010 Revisions to the McDonald Criteria.  Annals of Neurology, 69, pp. 292-302. 2011.
  17. Prieto, J;  Lema, M. Interferón β en la esclerosis múltiple.  Revista de Neurologia.  36, pp. 980-990. 2003.
  18. Boster, A.; Bartoszek, M.; O’Connell, C.; Pitt, D.; Racke, M. Efficacy, safety, and cost-effectiveness of glatiramer acetate in the treatment of relapsing remitting multiple sclerosis. Therapeutic Advances in Neurological Disorders 4(5), pp. 319-332. 2011.
  19. Calabresi; P.A.; Kieseier, B.C.; Arnold, D.L.; et al. Pegylated interferon β‐1a for relapsing−remitting multiple sclerosis (ADVANCE): a randomised, phase 3, double‐blind study. Lancet Neurol 2014 Jul;13: 657– 665.
  1. Khan, O.; Rieckmann, P.; Boyko, A. Three times weekly glatiramer acetate in relapsing-remitting multiple sclerosis. Ann Neurol 2013; 73(6): 705–713.
  2. Comi, G.; De Stefano, N.; Freedman, M.S.; et al. Comparison of two dosing frequencies of subcutaneous interferon beta-1a in patients with a first clinical demyelinating event suggestive of multiple sclerosis (REFLEX): a phase 3 randomised controlled trial. Lancet Neurol. 2012;11:33–4-.
  3. Comi, G.;  Martinelli, V.;  Rodegher, M.;  Moiola, L.;  Bajenaru, O.;  Carra, A.; et al. Effect of glatiramer acetate on conversion to clinically definite multiple sclerosis in patients with clinically isolated syndrome (PreCISe study): a randomised, double-blind, placebo-controlled trial, Lancet , 2009, vol. 374 (pg. 1503-11)
  4. Kappos, L.;  Polman, C.H.;  Freedman, M.S. Treatment with interferon beta-1b delays conversion to clinically definite and McDonald MS in patients with clinically isolated syndromes . Neurology 2006; 10: 1242 – 1249.
  5. Comi, G.; Filippi, M.; Barkhof, F.; et al. Effect of early interferon treatment on conversion to definite multiple sclerosis: a randomised study. Lancet 2001;357:1576-1582.
  6. Jacobs, L.D.; Cookfair, D.L.; Rudick, R.A. Intramuscular interferon beta-1a for disease progression in relapsing multiple sclerosis. The Multiple Sclerosis Collaborative Research Group (MSCRG). Ann Neurol 1996; 39: 285–294.
  7. Jain, A.; Jain, S.K. PEGylation: An approach for drug delivery. A review. Crit Rev Ther Drug Carrier Syst 2008; 25: 403–447.
  8. Baker, D.P.; Lin, E.Y.; Lin, K. N-terminally PEGylated human interferon-beta-1a with improved pharmacokinetic properties and in vivo efficacy in a melanoma angiogenesis model. Bioconjug Chem 2006; 17: 179–188.
  9. Hu, X.; Miller, L.; Richman, S. A novel PEGylated interferon beta-1a for multiple sclerosis: Safety, pharmacology, and biology. J Clin Pharmacol 2012; 52: 798–808.
  10. Caliceti, P.; Veronese, F.M. Pharmacokinetic and biodistribution properties of poly(ethylene glycol)-protein conjugates. Adv Drug Deliv Rev 2003; 55: 1261–1277.
  11. Kieseier, B.C.; Calabresi, P.A. PEGylation of interferon-beta-1a: A promising strategy in multiple sclerosis. CNS Drugs 2012; 26: 205–214.
  12. Applebee, A.; Panitch, H. Early stage and long term treatment of multiple sclerosis with inteferon-B. Biologics: Targets & Therapy, 3, pp. 257- 271. 2009.
  13. Manfredonia, F.; Pasquali, L.; Dardano, A.; Ludice, A.; Murri, L.; Monzani, F. Review of the clinical evidence for interferon B la (Rebif ) in the treatment of multiple sclerosis. Neuropsychiatric Disease and Treatment, 4(2) pp. 321-336. 2008.
  14. PRISMS (Prevention of Relapses and Disability by Interferon (beta)-1a Subcutaneously in Multiple Sclerosis) Study Group. Randomised double-blind placebo-controlled study of interferon β-1a in relapsing/remitting multiple sclerosis. Lancet 1998;352:1498-1504[Erratum, Lancet 1999;353:678.].
  15. The IFNB Multiple Sclerosis Study Group. Interferon beta-1b is effective in relapsing-remitting multiple sclerosis. I. Clinical results of a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Neurology 1993;43:655-661.
  16. Simon, J.H.; Jacobs, L.D.; Campion, M.; et al. Magnetic resonance studies of intramuscular interferon β-1a for relapsing multiple sclerosis. Ann Neurol 1998;43:79-87.
  17. Rudick, R.A.; Fisher, E.; Lee, J.C.; Simon, J.; Jacobs, L. Multiple Sclerosis Collaborative Research Group. Use of the brain parenchymal fraction to measure whole brain atrophy in relapsing-remitting MS. Neurology 1999;53:1698-1704.
  18. Paolicelli, D.;  Direnzo, V.;  Trojano, M.  Revisão do interferão beta-lb no tratamento da esclerose múltipla precoce e recidivante.  Biologics: Targets & Therapy, 3, pp. 369-376.2009.
  19. Caramona, M.; Esteves, A.; Gonçalves, J.; Macedo, T.; Mendonça, J.; Osswald, W.; Pinheiro, R.; Rodrigues, A.; Sampaio, C.; Sepodes, B.; Teixeira, A. Prontuario Terapêutico-9 INFARMED Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP/Ministério da Saúde.2010.

[1] Graduado em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis, Brasil.

[2] Graduada em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis, Brasil.

[3] Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis, Brasil.

Enviado: Outubro, 2019.

Aprovado: Novembro, 2019.

5/5 - (1 vote)
Alexandre Lucas Martins Russi

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POXA QUE TRISTE!😥

Este Artigo ainda não possui registro DOI, sem ele não podemos calcular as Citações!

SOLICITAR REGISTRO
Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita