ARTIGO DE REVISÃO
RUSSI, Alexandre Lucas Martins [1], ZANONI, Letícia Barbosa Zanin [2], RUIZ, Marcela Murilha [3]
RUSSI, Alexandre Lucas Martins. ZANONI, Letícia Barbosa Zanin. RUIZ, Marcela Murilha. Medicações injetáveis no tratamento da Esclerose Múltipla: Evidências científicas. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 11, Vol. 06, pp. 67-78. Novembro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/medicacoes-injetaveis
RESUMO
Objetivo: O estudo tem como objetivo elucidar o assunto, com base na literatura atualizada, descrevendo a eficácia dos métodos terapêuticos com drogas injetáveis empregadas na esclerose múltipla. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura. Buscou-se as literaturas através do banco de dados online PubMed e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os critérios de inclusão: artigos publicados no período dos anos 2000 a 2019 e estudos de ensaio clínico e randomizado sobre drogas injetáveis no tratamento da esclerose múltipla. Foram excluídas as duplicidades e artigos cujo conteúdo não correspondia aos critérios definidos. Conclusões: Nesta revisão, foi descrito dados referentes a sete pesquisas realizadas com drogas injetáveis envolvidas no tratamento da esclerose múltipla. Foi possível concluir que os medicamentos imunomoduladores injetáveis, de forma geral, reduzem a taxa de recaída, retardam a conversão para esclerose múltipla e diminuem lesões cerebrais evidenciadas em ressonância magnética.
Descritores: Esclerose Múltipla, terapêutica, imunomoduladores.
1. INTRODUÇÃO
A Esclerose Múltipla (EM) é a doença neurológica, desmielinizante, autoimune, inflamatória e degenerativa que afeta aproximadamente 2.500.000 no mundo.1,2 É uma doença do Sistema Nervoso Central (SNC) que afeta o encéfalo e a medula espinhal de caráter inflamatório, autoimune, desmielinizante, de evolução inesperada e possivelmente de etiologia multifatorial.3
É conhecida pelos franceses como esclerose em placas e pelos ingleses como esclerose disseminada, sendo considerada uma das doenças do Sistema Nervoso Central mais importante, devido sua incidência, cronicidade e por afetar mais adultos jovens.4
Os grandes centros do mundo tem notificado alta incidência da esclerose múltipla. Nota-se que conforme ocorrem melhorias nas condições ambientais e redução de patologias infecciosas e parasitárias, aumenta a ocorrência de doenças autoimunes como a EM.5
Os sintomas costumam ser variados, pois depende da região afetada. Os sintomas que afetam com mais frequência são a fraqueza generalizada, alteração da fala, murmúrio, visão dupla e marcha cambaleante. O surto se define por um quadro súbito de perda de função sensitiva ou motora.6
A EM pode evoluir de formas diferentes conforme os tipos: Remitente recorrente (RR); Secundariamente progressiva (SP); Primariamente progressiva (PP); e progressiva recorrente (PR).7
O diagnóstico da esclerose múltipla é composto da anamnese, clínica e exames laboratoriais.8
Nos últimos anos surgiram várias opções terapêuticas farmacológicas que são conhecidas como drogas modificadoras da doença (DMD) e permitem que o tratamento tenha mais flexibilidade, respeitando a individualidade de cada paciente.9
2. OBJETIVO
O estudo tem como objetivo elucidar o assunto, com base na literatura atualizada, descrevendo a eficácia dos métodos terapêuticos com drogas injetáveis empregadas na esclerose múltipla.
3. METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão sistemática da literatura. Buscou-se as literaturas através do banco de dados online PubMed e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os critérios de inclusão: artigos publicados no período dos anos 2000 a 2019 e estudos de ensaio clínico e randomizado sobre drogas injetáveis no tratamento da esclerose múltipla. Foram excluídas as duplicidades e artigos cujo conteúdo não correspondia aos critérios definidos.
Na estratégia de busca nas bases de dados foram utilizadas palavras-chave: “Multiple Sclerosis/drug therapy” e sua respectiva tradução na língua português.
Ao total obtiveram-se 29 evidências científicas e selecionados 7 estudos de acordo com os critérios definidos.
Foi construída uma tabela para auxiliar na análise e na síntese dos artigos selecionados, sendo contemplados os seguintes aspectos: nome dos autores e ano de publicação, droga utilizada, amostragem, metodologia e conclusão.
4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 ETIOLOGIA
Presume-se que as etiologias sejam multifatoriais, tais como os fatores genéticos, autoimunes, fatores estressores, exposição à luz solar, tabagismo e infecções virais. A elevação de imunoglobulinas no líquido cefalorraquidiano de 65 a 95% dos pacientes com esclerose múltipla, demonstra uma infecção viral persistente, ou de um autoantígeno do SNC.10
4.2 IMUNOPATOLOGIA
Evidências científicas atuais relatam que a patologia se origina com as células T CD4+, TH1 e TH17 que agem contra antígenos da própria mielina e liberam citocinas. As células TH1 liberam interferon, ativando os macrófagos, e as células TH17 fazem o recrutamento de leucócitos. Os leucócitos quando são ativados liberam substâncias que causam a desmielinização. Nos infiltrados nas placas e regiões circunjacentes do cérebro surgem infiltrados de células T CD4+ e, alguns CD8+ e macrófagos. Ainda hoje não se conhece o meio por qual a reação imune é ativada, mas existe uma teoria que a infecção viral pode ativar as células T autorreativas, mas essa teoria é controversa.11
4.3 QUADRO CLÍNICO
Os sinais e sintomas da esclerose múltipla podem ser infinitos, pois pode envolver qualquer área do SNC.12
As manifestações clínicas são variadas na esclerose múltipla. O individuo evolui com redução das funções motora, sensitiva, cerebelar, cognitiva, urogenital, mental e visual, que se apresentam com períodos de exacerbação intercalados por episódios de remissão. Muitos pacientes portadores da esclerose múltipla apresentam alterações oculares como primeira manifestação, ocorrendo de forma silenciosa e súbita.13
4.4 FORMAS CLÍNICAS
De acordo com a Sociedade de Esclerose Múltipla Norte-Americana,14 a doença pode ser dividida por critérios clínicos que são descritos por eventos de surtos e progressão: recorrente-remitente, primariamente progressiva, secundariamente progressiva, progressiva com surtos, benigna e maligna.
A forma recorrente-remitente é descrita por surtos individualizados que podem ou não deixar sequelas, não ocorrendo progressão dos déficits entre os surtos. A forma secundariamente progressiva ocorre previamente fases recorrências e remissões para posterior progressão das deficiências, sem surtos ou com surtos subjacentes. Já a forma primariamente progressiva, que se manifesta progressivamente desde o início, e possui períodos curtos de melhora. Para encerrar, tem a forma progressiva recorrente, que se manifesta progressivamente desde o início, mas possui surtos intercalados, podendo ter recuperação total ou não, porém ocorre progressão contínua dos mesmos.7
4.5 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da EM é realizado através de critérios clínicos e laboratoriais, porém é necessária uma análise correta dos sinais e sintomas e assim excluir diagnósticos alternativos.15,16 Os exames de ressonância magnética (RM), o líquido cefalorraquidiano (LCR) e eletrofisiológicos auxiliam no diagnóstico precoce e definitivo da EM.15
Os McDonald ajudam na identificação da EM com um elevado grau de especificidade e sensibilidade, possibilitam assim um tratamento precoce da doença.16
4.6 TRATAMENTO
Por muito tempo o tratamento dos surtos da EM ficou limitado ao uso de corticoesteróides. Os imunossupressores foram utilizados nos anos 70 com intuito de diminuir a resposta imune exagerada.17
A terapia atual da EM inclui o uso de imunomoduladores, como interferon beta (IFN-B) e acetato de glatiramero (AG), e imunossupressores, como mitoxantrone e medicamentos biológicos, como anticorpo monoclonal e seletivo natalizumab15,18
Os interferons atuam como mensageiros intercelulares e possuem ações anti-virais e anti-tumorais.17
O Acetato de Glatirâmer (AG) é um tratamento eficaz e seguro para EM a longo prazo. O AG modifica a expressão da doença através da indução da produção de citocinas pelas células T-helper e células T supressoras.18
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram incluídos 7 artigos de acordo com os critérios de inclusão e exclusão (Tabela 1). O total de indivíduos abrangidos no estudo foi de 4893.
Tabela 1. Artigos incluídos na revisão de acordo com autor, ano de publicação, droga, amostragem, metodologia e conclusão. | ||||
Autoria/Ano de publicação | Droga | Amostra | Metodologia | Conclusão |
Calabresi et al. (2014)19 | Peginterferon Beta-1a
vs Placebo |
1332 |
Ensaio Clínico Randomizado | O peginterferon beta – 1a reduziu após 48 semanas a taxa de recaída em comparação com o placebo. |
Khan et al.
(2013)20 |
Acetato de Glatirâmer
vs Placebo |
1404 | Ensaio Clínico Randomizado | O acetato de glatirâmer (GA) é um regime seguro e eficaz para o tratamento da EM recorrente-remitente. |
Comi et al.
(2012)21 |
Interferon Beta-1a com regimes diferentes | 517 | Ensaio Clínico Randomizado | Ambos os regimes de interferon beta-1a atrasaram as recidivas clínicas e a atividade da doença subclínica. |
Comi et al.
(2009)22 |
Acetato de Glatirâmer
vs Placebo |
481 | Ensaio Clínico Randomizado | O tratamento precoce com acetato de glatirâmer é eficaz em retardar a conversão para esclerose múltipla clinicamente definida. |
Kappos et al.
(2006)23 |
Interferon Beta-1b
vs Placebo |
468 | Ensaio Clínico Randomizado | O interferon beta-1b atrasou a conversão para EM clinicamente definida. |
Comi et al.
(2001)24 |
Interferon Beta-1a
vs Placebo |
308 | Ensaio Clínico Randomizado | O tratamento com interferon beta-1a teve efeitos positivos numa fase inicial da EM. |
Jacobs et al.
(2000)25 |
Interferon Beta-1a
vs Placebo |
383 | Ensaio Clínico Randomizado | Iniciar o tratamento com interferon beta-1a no momento de um primeiro evento desmielinizante é benéfico para pacientes com lesões cerebrais na RM. |
Fonte: (Próprio autor)
Segundo o estudo de Calabresi (2014)19 após 48 semanas, o peginterferon beta-1a reduziu de forma significativa os episódios de recidiva quando comparado com o placebo, podendo então ser utilizado eficazmente no tratamento da esclerose múltipla recorrente-remitente com a realização menos frequente do que outras opções terapêuticas.
O interferon (IFN) beta há muitos anos tem sido a terapia de escolha na EM recorrente-remitente, mas nos dias de hoje alguns esquemas necessitam de várias injeções por semana porque são rapidamente metabolizadas e eliminadas pelos rins.26 A frequência das injeções causa impacto na adesão ao tratamento entre pacientes com EM recorrente-remitente. O peginterferon beta-1a foi criado pela junção de uma cadeia de poli (etileno glicol) à molécula mãe IFN beta-1a.27 Foi identificado que a peguilação do IFN beta-1a melhora as propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas em comparação com o IFN beta-1a não peguilado,28 causando uma exposição prolongada, elevação da ação biológica e maior meia-vida. 29,30
No estudo de Comi et al. (2012)21 os 2 regimes de interferon beta-1a subcutâneo (1vez por semana e 3 vezes por semana) retardaram as recidivas clínicas e a atividade da doença subclínica.
Alguns estudos demonstraram que o IFN-Beta-1a é efetivo em pacientes com EM, na fase recorrente-remitente (RR), quando administrado em doses entre 22 e 44 microgramas (mcg), 3 vezes por semana e por via subcutânea (SC), prevenindo assim a progressão da doença31,32
De acordo com o trabalho de Comi et al. (2001) o tratamento com interferon beta-1a obteve resultados positivos na parte clínica e no exame de ressonância magnética na fase inicial da EM.24
Na pesquisa de Jacobs et al. (2000)25 é indicado a realização da RM do cérebro na ocasião em que ocorrer um primeiro evento para definir se há mais evidências de esclerose múltipla. Ainda recomendam o benefício na administração de interferon beta-1a uma vez por semana intramuscular em doentes que são avaliados como alto risco para esclerose múltipla clinicamente definida, pois exibem lesões desmielinizantes subclínicas na RM do cérebro.25
O uso do interferon-beta promoveu benefícios na terapia de doentes com EM estabelecida, abrangendo a redução do progresso da incapacidade física,25,33 diminuindo as recidivas clínicas25,34 e a evolução de lesões cerebrais, verificadas por RM,25,35 e atrofia cerebral.36
No estudo randomizado de Kappos et al. (2006)23 a administração de interferon beta-1b na dose de 250 mcg por via SC a cada dois dias retardou a conversão para EM clinicamente estabelecida, devendo ser pensado como uma opção de tratamento em doentes que apresentam um primeiro episódio clínico indicativo de EM.
Alguns estudos relatam que a administração de IFN-beta-1b diminui a ocorrência de surtos na forma RR da EM assim como a ocorrência de novas lesões na RM, em comparação com outros pacientes que foram tratados com o placebo.31,37
De acordo com Khan et. al (2013)20 o acetato de glatirâmer na dosagem 40 mg infundido em via SC 3 vezes por semana é um esquema seguro e eficaz para a terapia da esclerose múltipla recorrente-remitente.
Comi et al. (2009)22 relatou em seu estudo que a infusão precoce de acetato de glatirâmer é capaz de retardar a conversão para EM clinicamente estabelecida em doentes com síndrome clinicamente isolada e lesões cerebrais identificadas por RM.
O AG não é indicado para as formas de EM progressiva primária ou secundária, sendo usado apenas em pacientes que tiveram uma recaída com significado clínico, nos 2 últimos anos.38
6. CONCLUSÃO
Nesta revisão, foi descrito dados referentes a sete pesquisas realizadas com drogas injetáveis envolvidas no tratamento da esclerose múltipla. Foi possível concluir que os medicamentos imunomoduladores injetáveis, de forma geral, reduzem a taxa de recaída, retardam a conversão para esclerose múltipla e diminuem lesões cerebrais evidenciadas em ressonância magnética.
REFERÊNCIAS
- Msif. Atlas of MS 2013: Mapping Multiple Sclerosis Around the World. Mult Scler Int Fed. 2013;1–28.
- Katz, S.I.B.; Lublin, F.D; et al. Diagnosis and differential diagnosis of multiple sclerosis. Continuum (Minneap Minn). 2013;19 (4 Multiple Sclerosis):922-43.
- Garcia, M.C.; Plasencia, P.M.; Benito, Y.A. Alteration profile of executive functions in multiple sclerosis. Acta Neurologica Scandinavic, 131, 313–320. 2015.
- Rudick, R.A. Esclerose Múltipla e Patologias Desmielinizantes do Sistema Nervoso Central. In: Goldman, L; Ausiello, D. Cecil Tratado de Medicina Interna. Tradução 22. ed. vol 2. Santiago, Chile: Saunders Elsevier, 2005.
- Arruda, V. Incidência de Esclerose Múltipla aumenta nas grandes cidades. 2008. Disponível em: http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/127675/.
- Gorgatti, M.G; Costa, R.F. Atividade física adaptada: Qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. Barueri, SP: Manole, 2005.
- Oliveira, M.R.; Santos, D.F.; Fenelon, S.B.; Silva, N.P. Uso de Rosuvastatina em Esclerose Múltipla. Revista Neurociências. vol 15. n. 3. p. 246-250. São Paulo: Grámmata Publicações e Edições Ltda, 2007. Disponível em: www.revistaneurociencias.com.br .
- Sullivan, S.B.; Schmitz, T.J. Fisioterapia Avaliação e Tratamento. 4. ed. São Paulo: Manole, 2004.
- Marques, V.D.; et al . Brazilian Consensus for the Treatment of Multiple Sclerosis: Brazilian Academy of Neurology and Brazilian Committee on Treatment and Research in Multiple Sclerosis. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo , v. 76, n. 8, p. 539-554, Aug. 2018 .
- Cardoso, F.A.G. Atuação fisioterapêutica na Esclerose Múltipla forma recorrente-remitente. Revista Movimenta, v.3, n.2, 2010, p. 69-75.
- Kumar, V.; Abbas, A.K.; Fausto, N.; Aster, J.C. Robbins e Cotran – Patologia: bases patológicas das doenças. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 1320-1321.
- Haegert, D.G.; Swift, F.V.; Benedikz, J. Evidence for a complex role of HLA class II genotypes in susceptibility to multiple sclerosis in Iceland. Neurology, 46:1107-1111, 1996.
- Sergott, R.C.; Beck, W.R.; Lisak, P.R.; et al. Multiple Sclerosis. In: Pepose, J.S.; Holland, G.N.; Wilhelmus, K.R.: Ocular Infection and Immunity. Baltimore. Mosby,1996.
- Lublin, F.D.; Reingold, S.C. Defining the clinical course of multiple sclerosis: Results of international survey. Neurology. 1996;46:907-911.
- Nessler S; Brück, W. Advances in multiple sclerosis research in 2009. Journal of neurology, 257, pp. 1590-1593. 2010.
- Polman, C.; Reingold, S.; Banwell, B.; Clanet, M.; Cohen, J.; Filippi, M.; Fujihara, K.; Havrdova, E.; Hutchinson, M.; Kappos, L.; Lublin, F.; Montalban, X.; O’Connor, P.; Sandberg-Wollheim, M.; Thompson, A.; Waubant, E.; Weinshenker, B.; Wolinsky, J. Critérios de diagnóstico para esclerose múltipla: 2010 Revisions to the McDonald Criteria. Annals of Neurology, 69, pp. 292-302. 2011.
- Prieto, J; Lema, M. Interferón β en la esclerosis múltiple. Revista de Neurologia. 36, pp. 980-990. 2003.
- Boster, A.; Bartoszek, M.; O’Connell, C.; Pitt, D.; Racke, M. Efficacy, safety, and cost-effectiveness of glatiramer acetate in the treatment of relapsing remitting multiple sclerosis. Therapeutic Advances in Neurological Disorders 4(5), pp. 319-332. 2011.
- Calabresi; P.A.; Kieseier, B.C.; Arnold, D.L.; et al. Pegylated interferon β‐1a for relapsing−remitting multiple sclerosis (ADVANCE): a randomised, phase 3, double‐blind study. Lancet Neurol 2014 Jul;13: 657– 665.
- Khan, O.; Rieckmann, P.; Boyko, A. Three times weekly glatiramer acetate in relapsing-remitting multiple sclerosis. Ann Neurol 2013; 73(6): 705–713.
- Comi, G.; De Stefano, N.; Freedman, M.S.; et al. Comparison of two dosing frequencies of subcutaneous interferon beta-1a in patients with a first clinical demyelinating event suggestive of multiple sclerosis (REFLEX): a phase 3 randomised controlled trial. Lancet Neurol. 2012;11:33–4-.
- Comi, G.; Martinelli, V.; Rodegher, M.; Moiola, L.; Bajenaru, O.; Carra, A.; et al. Effect of glatiramer acetate on conversion to clinically definite multiple sclerosis in patients with clinically isolated syndrome (PreCISe study): a randomised, double-blind, placebo-controlled trial, Lancet , 2009, vol. 374 (pg. 1503-11)
- Kappos, L.; Polman, C.H.; Freedman, M.S. Treatment with interferon beta-1b delays conversion to clinically definite and McDonald MS in patients with clinically isolated syndromes . Neurology 2006; 10: 1242 – 1249.
- Comi, G.; Filippi, M.; Barkhof, F.; et al. Effect of early interferon treatment on conversion to definite multiple sclerosis: a randomised study. Lancet 2001;357:1576-1582.
- Jacobs, L.D.; Cookfair, D.L.; Rudick, R.A. Intramuscular interferon beta-1a for disease progression in relapsing multiple sclerosis. The Multiple Sclerosis Collaborative Research Group (MSCRG). Ann Neurol 1996; 39: 285–294.
- Jain, A.; Jain, S.K. PEGylation: An approach for drug delivery. A review. Crit Rev Ther Drug Carrier Syst 2008; 25: 403–447.
- Baker, D.P.; Lin, E.Y.; Lin, K. N-terminally PEGylated human interferon-beta-1a with improved pharmacokinetic properties and in vivo efficacy in a melanoma angiogenesis model. Bioconjug Chem 2006; 17: 179–188.
- Hu, X.; Miller, L.; Richman, S. A novel PEGylated interferon beta-1a for multiple sclerosis: Safety, pharmacology, and biology. J Clin Pharmacol 2012; 52: 798–808.
- Caliceti, P.; Veronese, F.M. Pharmacokinetic and biodistribution properties of poly(ethylene glycol)-protein conjugates. Adv Drug Deliv Rev 2003; 55: 1261–1277.
- Kieseier, B.C.; Calabresi, P.A. PEGylation of interferon-beta-1a: A promising strategy in multiple sclerosis. CNS Drugs 2012; 26: 205–214.
- Applebee, A.; Panitch, H. Early stage and long term treatment of multiple sclerosis with inteferon-B. Biologics: Targets & Therapy, 3, pp. 257- 271. 2009.
- Manfredonia, F.; Pasquali, L.; Dardano, A.; Ludice, A.; Murri, L.; Monzani, F. Review of the clinical evidence for interferon B la (Rebif ) in the treatment of multiple sclerosis. Neuropsychiatric Disease and Treatment, 4(2) pp. 321-336. 2008.
- PRISMS (Prevention of Relapses and Disability by Interferon (beta)-1a Subcutaneously in Multiple Sclerosis) Study Group. Randomised double-blind placebo-controlled study of interferon β-1a in relapsing/remitting multiple sclerosis. Lancet 1998;352:1498-1504[Erratum, Lancet 1999;353:678.].
- The IFNB Multiple Sclerosis Study Group. Interferon beta-1b is effective in relapsing-remitting multiple sclerosis. I. Clinical results of a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Neurology 1993;43:655-661.
- Simon, J.H.; Jacobs, L.D.; Campion, M.; et al. Magnetic resonance studies of intramuscular interferon β-1a for relapsing multiple sclerosis. Ann Neurol 1998;43:79-87.
- Rudick, R.A.; Fisher, E.; Lee, J.C.; Simon, J.; Jacobs, L. Multiple Sclerosis Collaborative Research Group. Use of the brain parenchymal fraction to measure whole brain atrophy in relapsing-remitting MS. Neurology 1999;53:1698-1704.
- Paolicelli, D.; Direnzo, V.; Trojano, M. Revisão do interferão beta-lb no tratamento da esclerose múltipla precoce e recidivante. Biologics: Targets & Therapy, 3, pp. 369-376.2009.
- Caramona, M.; Esteves, A.; Gonçalves, J.; Macedo, T.; Mendonça, J.; Osswald, W.; Pinheiro, R.; Rodrigues, A.; Sampaio, C.; Sepodes, B.; Teixeira, A. Prontuario Terapêutico-9 INFARMED Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP/Ministério da Saúde.2010.
[1] Graduado em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis, Brasil.
[2] Graduada em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis, Brasil.
[3] Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis, Brasil.
Enviado: Outubro, 2019.
Aprovado: Novembro, 2019.