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Hidroginástica: Interações Sociais, Saúde e Qualidade de Vida dos Idosos

RC: 8339
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CONTEÚDO

SILVA, Jéssica Fernanda da [1], XAVIER, Fátima Aparecida de Sousa [2], CRISTINA, Nélia de Sousa [3], BORRAGINE, Solange de Oliveira Freitas [4]

SILVA, Jéssica Fernanda da; et. Al. Hidroginástica: Interações Sociais, Saúde e Qualidade de Vida dos Idosos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 02, Vol. 01. pp 503-520, Abril de 2017. ISSN:2448-0959

RESUMO

Este estudo tem o objetivo de discutir as contribuições da prática da hidroginástica para a interação social do idoso e os benefícios relacionados à qualidade de vida desses indivíduos. Para essa finalidade a metodologia utilizada é a revisão bibliográfica descritiva. Com o passar dos anos o individuo enfrenta um processo natural e gradativo de desgastes, causando inúmeras alterações e perdas significativas de capacidades e habilidades que influenciam diretamente em sua condição de vida. A hidroginástica como prática de atividade física pode ampliar as possibilidades de melhor qualidade de vida e benefícios significativos para seus praticantes. Em virtude dos aspectos do envelhecimento e dos comprometimentos advindos nesta fase da vida, entendemos que a participação do idoso em programas regulares de hidroginástica influencia beneficamente na sua saúde, com impacto positivo sobre sua qualidade de vida.  Por ser uma atividade física praticada na água, possibilita a redução de impactos causados nas articulações, preocupação que deve ser considerada em se tratando do público idoso. A partir das atividades lúdicas e de socialização que ocorrem no universo das aulas de hidroginástica, essa prática aquática traz tranqüilidade ao praticante, proporcionando bem estar e maior interação social, implicando diretamente em benefícios psicológicos e emocionais. A prática da hidroginástica pelos idosos contribui para uma vida mais saudável, diminuindo os impactos causados pelo envelhecimento, promovendo bem estar físico, mental e emocional, bem como maior integração social e conseqüentemente bem estar e satisfação pessoal.

Palavras-chave: Hidroginástica, Interação Social, Idoso e Processo de Envelhecimento, Qualidade de Vida.

INTRODUÇÃO

Conforme registros da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002) citados por Lima e Menezes (2011), estima-se que entre os anos de 1970 e 2025, o crescimento da população de pessoas com mais de 60 anos passe de 233%, ou seja, em torno de 694 milhões de indivíduos. Esse aumento significativo na expectativa de vida dos seres humanos nos leva a refletir sobre como prolongar a vida das pessoas, permitindo-lhes usufrui-la com melhor qualidade de vida.

Considerando-se o público alvo, neste caso os idosos, deve-se compreender que a qualidade de vida, entendida por diferentes autores como a percepção do indivíduo com sua posição na vida, não se faz apenas com ações que tragam benefícios físicos e fisiológicos, e sim, dentre outros fatores, que possibilitem também uma melhor convivência social. Essas expectativas podem ser alcançadas com a contribuição de práticas de atividades físicas.

Com o passar dos anos o individuo enfrenta um processo natural e gradativo de desgastes, provocando uma série de alterações e perdas significativas de capacidades e habilidades que influenciam diretamente em sua condição de vida. A hidroginástica como prática de atividade física pode ampliar as possibilidades de melhor qualidade de vida e benefícios significativos para seus praticantes.

A prática de uma atividade física, além de combater o sedentarismo, contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física do idoso bem como em sua interação social, seja na vertente da saúde como nas capacidades funcionais, auxiliando o individuo na realização das suas atividades de vida diária, como sua condição mental e psicológica. Além de oferecer menor risco devido ás propriedades físicas da água, a hidroginástica apresenta vantagens para esse grupo populacional, possibilitando uma melhor condição aos idosos em todos os seus aspectos (motor, cognitivo, social e psicológico).

Entendendo que um número cada vez maior de indivíduos passa a sobreviver até 70, 80, 90 anos de idade, nos vem alguns questionamentos como: qual a qualidade dessa sobrevivência? Como aumentar as possibilidades para maior vigor físico, intelectual, emocional e social dessa população por maior tempo? Verifica-se que a maioria dos indivíduos deseja viver cada vez mais, no entanto, o envelhecimento pode trazer angústias e decepções, diante esse contexto, como favorecer uma sobrevida cada vez maior, com uma qualidade de vida cada vez melhor? De que maneira podemos auxiliar esse indivíduo a viver tendo uma vida mais feliz?

Baseando-se nas colocações de Carneiro (2006), se faz necessário entender que:

Não se deve aceitar apenas a longevidade do ser humano como a principal conquista da humanidade contemporânea, mas que esse ser humano tenha garantia de uma vida com qualidade, felicidade e ativa participação em seu meio (SILVEIRA & NETO, 2003). Como sugere LEPARGNEUR (1999, citado por Merlin, Baptista & Baptista, 2004), uma das preocupações do momento é a longevidade com qualidade de vida. (p. 2)

Apesar dos benefícios em potencial, a prática da hidroginástica por idosos ainda não é muito estudada, principalmente no que se refere às contribuições para a interação social do idoso, uma vez que é uma condição bastante comum este perder seu contato com pessoas e permanecer mais tempo em casa. Dessa forma, objetivamos avaliar os benefícios e as contribuições que a prática da hidroginástica pode proporcionar aos indivíduos idosos, em relação à sua interação social e melhor qualidade de vida.

 A problemática gira em torno do processo de envelhecimento natural humano e de como a prática da hidroginástica pode beneficiar seus praticantes nessa fase. Nosso problema de pesquisa, portanto, parte do questionamento: A prática da hidroginástica pode trazer benefícios para o idoso em relação à sua interação social e conseqüentemente beneficiá-lo em uma melhor qualidade de vida?

A pesquisa tem como objetivo fazer a analise das contribuições da prática da hidroginástica para a interação social do idoso, e conseqüentemente seus benefícios relacionados à qualidade de vida desses indivíduos. Este estudo caracteriza-se por uma revisão bibliográfica descritiva considerando a abrangência do tema. Busca conhecer, sob o olhar de autores, os benefícios da hidroginástica para o idoso, principalmente no que se refere às questões de suas interações sociais e as pertinentes a uma melhor qualidade de vida.

Em virtude dos aspectos do envelhecimento e dos comprometimentos advindos nesta fase da vida, acredita-se que a participação do idoso em programas regulares de hidroginástica possa influenciar beneficamente na sua saúde, com impacto positivo sobre sua qualidade de vida.  A prática da hidroginástica pelos idosos pode contribuir para uma vida mais saudável, diminuindo os impactos causados pelo envelhecimento, promovendo bem-estar físico, mental e emocional, maior integração social e conseqüentemente bem estar e satisfação pessoal.

1. HIDROGINÁSTICA E OS BENEFÍCIOS PARA O PRATICANTE

Desde 460-375 a.C. a água já era utilizada por Hipócrates com fins terapêuticos. Os romanos a usavam largamente com finalidades recreativas e curativas, também os gregos (século V a.C.) atribuíam-lhe propriedades medicinais. As atividades executadas na água fazem parte da mais remota história humana, seja pela imposição ambiental, ou pelo fascínio que esta exerce sobre o homem. (PAULA e PAULA, 1998).

Na Alemanha, por volta do ano de 1722, os banhos mornos eram utilizados para aliviar espasmos musculares e em pacientes necessitados de relaxamento. Conforme apresenta Bonachela (1994) a hidroginástica surgiu efetivamente na Alemanha para atender inicialmente a um grupo de pessoas com idade avançada, que precisava praticar uma atividade física segura, sem riscos ou lesões articulares e lhes proporcionassem bem estar físico e mental.

No Brasil, segundo Bonachela (1994) a hidroginástica surgiu por volta dos anos 70, atualmente é bastante divulgada e praticada em clubes, academias de ginástica, universidades, por diversas faixas etárias, inclusive fazendo parte de programas de treinamento de inúmeras modalidades esportivas. Com o passar dos tempos, os exercícios físicos na água obtiveram grande importância, sendo praticados de diversas formas até chegar a mais recente atividade aquática.

A hidroginástica é constituída de exercícios aquáticos específicos, baseados no aproveitamento da resistência da água como sobrecarga e do empuxo como redutor do impacto, o que permite a prática de um exercício, mesmo em intensidades altas, com diminuídos riscos de lesão. (BONACHELA, 1994, p.46).

Segundo Barros (2007) a hidroginástica é um programa de condicionamento, desenvolvido na água, que inclui exercícios do tipo aeróbios e exercícios para o desenvolvimento da resistência muscular localizada, força muscular e flexibilidade. As propriedades físicas da água, como a massa, o peso, a densidade, a flutuação, a pressão hidrostática, a tensão superficial, a refração e a viscosidade, são utilizadas para a exploração de movimentos que diminuem as forças compressivas nas articulações, usando os músculos de forma mais equilibrada e simétrica, incluindo aqueles exercícios pouco utilizados em atividades físicas em terra, aumentando, assim, a variedade dos movimentos corporais (TEIXEIRA, PEREIRA, ROSSI, 2007).

Sobre as vantagens da prática da hidroginástica, Bonachela (1994) apresenta que essa atividade é um programa ideal de condicionamento que leva o praticante a uma boa forma física, tem como objetivo melhorar a saúde e o bem-estar físico e mental, e é destinado às pessoas de ambos os sexos, independentemente de saberem ou não nadar.

De acordo com Bonachela (1994), quanto aos objetivos pretendidos pelos praticantes da hidroginástica, podemos constatar a perda de peso, o fortalecimento da musculatura, alívio das dores na coluna vertebral, diminuição da tensão e stress, a manutenção da forma física e do condicionamento físico, recuperação de lesões e, por fim, melhora dos sistemas: respiratório, circulatório e cardíaco.

Estudos sustentam que, devido suas propriedades, a hidroginástica é considerada uma atividade física bastante recomendada aos indivíduos idosos e que essa prática possui grande relevância, uma vez que esse público busca como objetivo, além dos já indicados acima, uma maior interação social, possibilitando dentre vários benefícios o bem-estar físico e mental, conseqüentemente, uma vida com qualidade. (CAPITANINI apud CARNEIRO, 2006).

Assis et al (2007), em estudo sobre a hidroginástica para idosos, indicam que a pressão tranqüilizante da água proporciona inúmeros benefícios a esse público como o alivio de inchaços e dores nas articulações, aumentando a flexibilidade. Registram que, fazer exercícios na água, ajuda a diminuir a auto-critica em relação á execução dos movimentos, uma vez que os participantes não conseguem ver o que estão fazendo.

Os autores supracitados relatam ainda que praticar a hidroginástica regularmente melhora todos os componentes: aeróbico, força muscular, resistência muscular, flexibilidade e composição corporal. Essa prática proporciona um espaço coletivo adequado para a produção de condições de saúde por meio de normas de convivências, valores e interesses compartilhados, conscientizando-os quanto aos benefícios que um viver saudável pode lhes proporcionar.

Bonachela (1994) indica que nos aspectos sociais a hidroginástica possibilita o acréscimo da autoestima, da autoconfiança, independência nas atividades diárias, reintegração, socialização, bem-estar físico e mental, diminuição da ansiedade, e da depressão, tornam-se valorizados, mais participativos e ativos e com mais vontade de viver.

Assis et al (2007), citam em suas pesquisas os autores Matsuda e Matsuda que afirmam que os objetivos de um programa de atividade física, como hidroginástica para a terceira idade, devem conter exercícios diretamente relacionados com as modificações mais importantes e que são causadas pelo processo de envelhecimento. Tais como:

a) Promover atividades recreativas (para a produção de endorfina e andrógeno, responsáveis pela sensação de bem-estar e recuperação da auto-estima); b) Atividades de socialização (em grupo, com caráter lúdico); c) Atividades moderadas e progressivas (preparando gradativamente o organismo para suportar estímulos cada vez mais fortes); d) Atividades de força, com carga (principalmente para os músculos responsáveis por sustentação/postura, evitando cargas muito fortes e contrações isométricas); e) Atividades de resistência (com vista a redução das restrições no rendimento pessoal); f) Exercícios de alongamento (ganho de flexibilidade e de mobilidade) e g) Atividades de relaxamento (diminuindo tensões musculares e mentais). (p. 68).

Bonachela (1994) registra que é importante que, antes da inclusão do idoso nas aulas de hidroginástica, o profissional de Educação Física tenha em mãos uma avaliação médica, identificando a real capacidade funcional do aluno e da possível existência de problemas que possam comprometer as ações e os objetivos desejados, proporcionando assim maior segurança do programa de hidroginástica e do idoso,

Rocha (1994) e Bonachela, (1994) relatam que as propriedades físicas da água auxiliam os idosos na movimentação das articulações; na flexibilidade; na diminuição da tensão articular (baixo impacto); na força; na resistência; nos sistemas: cardiovascular e respiratório; no relaxamento; na eliminação das tensões mentais, entre outros.

2. PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E O IDOSO

Segundo Cancela (2007) o envelhecimento não é um estado, mas sim um processo de degradação progressiva e diferencial. Esse processo, como apresenta Fontaine (2000) afeta todos os seres vivos e a conseqüência natural é a morte do organismo, assim, podemos dizer que os indivíduos envelhecem de forma muito diversa.

A este respeito podemos apontar os registros da OMS (1990) citados por Cancela (2007), quando informam que a terceira idade tem inicio entre os 60 e 65 anos, no entanto, esta é uma idade instituída para efeitos de pesquisa, já que o processo de envelhecimento depende de três classes de fatores: biológicos, psíquicos e sociais, e que podem ser muito diferentes da idade cronológica.

Para Mauricio et al. (2008), o envelhecimento é descrito como um estágio de degeneração do organismo, que se inicia após o período reprodutivo. Essa deterioração é associada à passagem do tempo e implicaria em uma diminuição da capacidade do organismo para sobreviver. Os autores ressaltam também que, para estudar o envelhecimento humano, deve-se considerar que o processo não é igual para todos os seres humanos, e que não basta atingir certa idade cronológica para se tornar velho.

Corraza (2001) utiliza quatro indicadores para avaliar a idade. O primeiro é a Idade Cronológica: expressa pelo número de anos ou meses desde o nascimento; esse critério não leva em consideração fatores fisiológicos, psicológicos e sociais. O segundo indicador é a Idade Biológica: enfoca o envelhecimento por meio de mudanças nos processos biológicos ou fisiológicos e suas conseqüências no comportamento do indivíduo.

Como terceiro indicador, a autora apresenta a Idade Psicológica, que se refere às capacidades individuais envolvendo dimensões mentais ou função cognitiva, como autoestima e autossuficiência, assim como aprendizagem, memória e percepção. O quarto e último indicador é a Idade Social: referente à noção de sociedade muitas vezes com expectativas rígidas do que é, e do que não é um comportamento apropriado para o indivíduo desta faixa etária.

É importante pontuar, conforme Manzaro (2014), que existe uma diferença no uso dos termos envelhecimento, idoso, velhice e terceira idade. O autor indica que o envelhecimento deve ser entendido como um processo natural da vida que traz consigo algumas alterações sofridas pelo organismo consideradas normais para esta fase.

O idoso é o sujeito do envelhecimento, e o conceito idoso, como registra o autor supracitado, foi criado na França em 1962. O termo idoso pode ser entendido como todo e qualquer indivíduo acima de 60 anos de idade. A velhice, por sua vez, é considerada para alguns como o ultimo ciclo da vida, independentemente de condições de saúde e hábitos de vida, é individual e pode vir acompanhado de perdas psicomotoras, sociais, culturais e etc.

A terceira idade, para Peixoto (1998), é considerada a fase entre a aposentadoria e o envelhecimento e traz consigo as demandas de cuidado com a saúde de forma mais ampla, já pensando em um envelhecimento com mais qualidade de vida.

Velho na percepção dos envelhecimentos das camadas médias e superiores, está associada à dependência e à incapacidade, o que implica que o velho é sempre o outro. Já a noção de “terceira idade” torna-se sinônimo dos “jovens velhos”, os aposentados dinâmicos que se inserem em atividades sociais, culturais e esportivas. Idoso, por sua vez é a designação dos “dos velhos respeitados”. A expressão “idoso” designa uma categoria social, no sentido de uma corporação, o que implica o desaparecimento do sujeito, sua história pessoal e suas particularidades. Além disso, uma vez que é considerado apenas como categoria social “o idoso é alguém que existiu no passado, que realizou o seu percurso psicossocial e que apenas espera o momento fatídico para sair inteiramente da cena do mundo”. (BIRMAN, 1995, p. 23 apud MANZARO, 2014, p. 01).

Durante o processo de envelhecimento, em decorrência da redução da eficácia de um conjunto de processos fisiológicos, ocorre decréscimo do sistema neuromuscular e conseqüente perda de massa muscular. Segundo Resende (2008), essa perda é observada principalmente em mulheres idosas. Há também redução da flexibilidade, força, resistência, mobilidade articular, equilíbrio estático e dinâmico, limitação da amplitude de movimento de grandes articulações que ameaçam a independência do indivíduo e que interferem na realização de suas atividades da vida diária. Outras alterações como na marcha, nos sistemas visuais, cardiorrespiratório, viscerais, neurológicos e imunológicos, também limitam a interação do idoso com o meio ambiente.

O envelhecimento, de acordo com registros de Sequeira (2007), está associado a uma menor participação social, constatando-se conseqüentemente uma redução dos contactos sociais e da rede de suporte social. A interação dos idosos passa a centrar-se mais na família e em um grupo mais restrito de amigos, provocando o comprometimento na dimensão social. O autor indica que, em virtude da organização da sociedade, os idosos passam a ter uma perda do seu espaço e do seu papel na família, chegando a acontecer, em casos mais negativos, do idoso ser considerado inútil e problemático, causando, muitas vezes, a depressão.

3. IDOSO: SAÚDE, QUALIDADE DE VIDA E INTERAÇÃO SOCIAL

O conceito de promoção de saúde está contido na carta de Ottawa – Primeira Conferência Internacional de Promoção de Saúde (WHO, 1986) e sinaliza para uma reorganização da atenção visando assegurar a igualdade, a articulação entre os saberes técnico e popular, para possibilitar que as comunidades e o próprio indivíduo tenham a oportunidade de conhecer e controlar os fatores que afetam e determinam sua saúde, visando escolhas mais saudáveis. (apud BUSS, 2000).

Fabrício et al. (2004), destacam a saúde e a doença nos idosos como fenômenos clínicos e sociológicos que são dependentes, entre outros fatores, da situação econômica e social, na qual a velhice é demarcada principalmente pela aposentadoria e pela “desqualificação” como mão-de-obra para o mercado de trabalho. Ressaltam que há uma transição de ruptura com o mundo produtivo, passando da categoria de trabalhador para ex-trabalhador; de cidadão ativo para inativo, com reflexo negativo para seu estado de saúde.

Buscando compreender o significado de “saúde”, apresentamos o que diz Minayo (1994) citado por Freire Júnior e Tavares (2005): Saúde significa bem-estar e felicidade: ela própria, explicitamente ou no “silêncio do corpo” é a linguagem preferida de harmonia e do equilíbrio entre o indivíduo, a sociedade e seu ecossistema. (p.14).

Quando se busca compreender a qualidade de vida relacionada à saúde em sua “multidimensionalidade” identificam-se os principais aspectos a serem considerados em relação às potencialidades e peculiaridades de saúde e vida do idoso, interferindo no seu processo saúde-doença. (SANTOS, 2010).

Em relação ao conceito de qualidade de vida, Pereira et al (2006) registram que:

O grupo de estudiosos em qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde (OMS), The WHOQOL Group, propõe um conceito para qualidade de vida subjetivo, multidimensional e que inclui elementos positivos e negativos, que diz que qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um conceito amplo e complexo, que engloba a saúde física, o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as crenças pessoais e a relação com as características do meio ambiente. (p. 01).

A busca da saúde deve ser um dos principais objetivos do idoso, e a prática regular de atividade física permite a busca da saúde no propósito de viver a corporeidade nas relações e interações humanas. (SIMÕES; PORTES JUNIOR; MOREIRA, 2011)

Nesta lógica, Krebs citado por Simões, Portes e Júnior Moreira (2011), ressalta que qualidade de vida depende principalmente da qualidade das relações interpessoais que se estabelece entre os participantes da prática de exercícios, da importância que a prática assume para eles e das expectativas que surgem. Ao escolher os parceiros na ação de jogar, de praticar um esporte ou um exercício, investe-se nas relações interpessoais, na afetividade, o que estabelece razões maiores para a relação entre atividade física, ser humano e qualidade de vida, fator de grande importância para a vida do idoso, e tudo isto pode ser conseguido por meio de projetos que envolvam a Hidroginástica.

Vitta (2000) coloca que a atividade física beneficia a qualidade de vida do idoso no aspecto social, pois ao realizar atividades em grupo fazem novas amizades, trocam experiências e se complementam afetiva e socialmente.

Conforme estudos de Ribeiro (2009), uma boa rede de suporte social é vital na promoção da autonomia, de uma auto-avaliação positiva, da saúde mental e da satisfação com a vida. Essa interação social é de extrema importância na terceira idade, pois as relações sociais atuam como fator de proteção no enfrentamento de problemas e/ou como fator de promoção de recuperação frente a essas situações.

A socialização pode ser entendida como a promotora da saúde mental. Conviver com outras pessoas, desenvolver relações gratificantes e sentir um suporte social atua como protetor da saúde mental, diminuindo a sintomatologia psicopatológica. (RIBEIRO, 2009)

Numa investigação realizada por Fonseca (2005) observou-se que os sujeitos idosos apresentaram melhor adaptação a esta nova fase da vida (entendida como a entrada na terceira idade) quando mantêm um estilo de vida ativo. Assim, os idosos mais satisfeitos com a sua vida eram os que iniciavam novas atividades, mantinham objetivos e mantinham ou iniciavam relações sociais mais próximas. Isso o levou a considerar que a prática de atividade física pode ser apresentada como parte central na promoção do bem-estar e melhor qualidade de vida dos idosos, sendo que o exercício físico beneficia o funcionamento fisiológico, cognitivo e psicológico.

Ribeiro (2009) salienta que a manutenção da independência funcional na terceira idade depende de fatores biopsicossociais, sendo necessário promover a saúde física e mental e estilos de vida saudáveis. A prática de atividade física regular promove a preservação das capacidades, melhorando no nível das respostas motoras, da força muscular e das capacidades funcionais e o bem-estar, reduzindo a deterioração do indivíduo.

4. HIDROGINÁSTICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A INTERAÇÃO SOCIAL, BEM ESTAR E MELHOR QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO

Santos, Santos, Fernandes e Henriques (2002) citado por Ribeiro (2006) indicam que a capacidade de interagir socialmente é fundamental para o idoso, a fim de que este possa obter melhor qualidade de vida. As investigações sobre as condições que permitem aos idosos uma boa qualidade de vida mostrando que esta pode estar relacionada aos componentes: capacidade funcional, estado emocional, interação social e atividade intelectual.

Dias et. al (2007), realizaram um estudo para analisar a percepção da influencia da atividade física na vida de 40 mulheres de 60 a 84 anos e os principais resultados encontrados foram: diminuição de dores, melhora da disposição e aptidão física; melhoria no relacionamento e amizades, melhora da insônia e hipertensão arterial, além de sensações de prazer e felicidade, efeitos que também podem ser evidenciados nesta investigação.

É relevante salientar, segundo Sequeira (2007), a manutenção de alguma atividade de interesse para o idoso. Em relação aos esclarecimentos sobre os benefícios da prática regular de exercício físico, em especial da Hidroginástica, Sequeira (2007) indica que se devem enfatizar os benefícios imediatos da atividade diretamente à sensação de bem-estar e o alargamento da rede de contactos sociais.

Meurer et al. (2009), verificaram em seus estudos que dos 150 idosos, de ambos os sexos praticantes de exercícios físicos em duas universidades públicas brasileiras, a maioria apresentou auto-imagem e auto-estima elevada, estando relacionada à percepção positiva da aparência e da capacidade funcional, satisfação em relação à vida e condições financeiras, percepção de felicidade, percebendo-se satisfeitos e felizes com a vida, com a família e com os contatos sociais.

De acordo com Spirduso (2005), o que provoca a sensação de bem-estar e ausência de dores por meio da prática de exercícios, como a hidroginástica, é o aumento da produção de “betaendorfinas e aminas biogênicas” que atuam no sistema nervoso, reduzindo a ansiedade e produzindo sensação de bem-estar, associadas às melhoras na auto-imagem e auto-estima.

Estados psicológicos positivos, gerados pela prática de exercícios físicos, auxiliam o idoso a enfrentar de forma mais confiante os efeitos da velhice, sendo motivado a lutar e a buscar meios que os levem a crescer cada vez mais e a se sentir feliz e realizado. (SIMÕES, PORTES JÚNIOR e MOREIRA, 2011, p. 46).

Observação interessante, apresentada pelos autores citados acima, é que a hidroginástica propicia uma variedade muito grande de exercícios dentro da sua ampla visão de aulas. Isto significa dizer que dependendo do objetivo, é possível utilizar diversos tipos de ações que promovam ludicidade, diversão, socialização e interação entre seus participantes, priorizando, entre outros, a coordenação motora, o processo cardiorrespiratório, a flexibilidade, a força e a resistência muscular localizada, a partir do momento que, originalmente, essa atividade é realizada por grupos.

Em coleta de dados realizada por Dias et. al (2007), para seu estudo sobre a percepção dos idosos na influência da atividade física na sua vida,  revela que para 14% dos idosos a vida passou a ser mais prazerosa e divertida, pelo fato de notarem que, no cotidiano, tem a oportunidade de estabelecer outros vínculos desenvolvendo sentimentos de afeto e respeito para com outros membros do grupo, mudando hábitos, (re)aproximando-se mais das pessoas, tendo, inclusive, com quem conversar.

De acordo com Carneiro (2006) diversos estudos fazem referência a um aumento da qualidade de vida e da longevidade em idosos que apresentam vida social intensa. Uma relação direta entre relacionamentos sociais, qualidade de vida e capacidade funcional e uma relação inversa desses fatores com a depressão têm sido apontadas por diversos autores (ALBUQUERQUE, 2003; FLECK et al., 2002; XAVIER, FERRAZ, BERTOLLUCCI, POYARES e MORIGUCHI, 2001 citados por CARNEIRO, 2006). Os dados apresentados sustentam a relevância dos relacionamentos sociais para o bem-estar físico e mental na velhice e, conseqüentemente, para uma vida com qualidade, logo, uma oportunidade está na prática da Hidroginástica.

Bonachela (1994); Simões, et al (2011); Carneiro (2006), dentre outros, indicam que, muito da perda da capacidade aeróbica atribuída à idade é causada pela inatividade, e a hidroginástica pode auxiliar a restabelecer, na pessoa, o sentido de uma boa qualidade de vida, e conseqüentemente exercer, dentre outros fatores positivos, uma melhora no convívio social do individuo.

Na pesquisa de Carneiro (2006) verifica-se que a deterioração da saúde pode ser causada não somente por um desgaste natural do organismo, sedentarismo, má alimentação ou hábitos de vida, mas, também, pela redução da quantidade ou qualidade das relações sociais (RAMOS, 2002 citado por CARNEIRO, 2006). De forma geral, portanto, o autor argumenta que as pessoas que têm maior contato social vivem mais e com melhor saúde.

Constatam-se, portanto inúmeros benefícios da prática regular de atividade física para o idoso. Essa é considerada um tratamento de prevenção, melhorando a expectativa de vida, no entanto, nem todos os exercícios são indicados para idosos com problemas, principalmente articulares e de hipertensão. Sobre isso podemos apresentar o que Mazo et al. (2004) registra, quando cita que são indicados pelos médicos os exercícios aquáticos, por exercerem um efeito equilibrador da pressão arterial e serem de pouca gravidade, diminuindo o estresse sobre as articulações.

Nesse sentido, de acordo com Mazo et al. (2004), a hidroginástica parece então ser a atividade física mais indicada, uma vez que além dos fatores mencionados acima, possibilita também benefícios como emagrecimento geral, fortalecimento e resistência muscular, condicionamento físico geral, maior flexibilidade, melhor equilíbrio e coordenação motora geral, diminuição do estresse; reabilitação física, e principalmente, melhora do relacionamento interpessoal, com os familiares e reintegração ao meio social.

Conforme Silva e Ribeiro (2010) após uma aula de hidroginástica, o idoso tende a sair da piscina, relaxado e tranqüilo. Além de trabalhar seu corpo, ele se distrai, desenvolve-se emocionalmente, psicologicamente e pode compartilhar suas emoções, sensações e sentimentos com outras pessoas. Deve-se considerar importante todos os efeitos da hidroginástica, mesmo quando a pessoa nunca foi ativa, pois a partir do momento em que a pessoa idosa inicia a prática física, começam a diminuir os fatores de risco para doenças crônicas. Os autores supracitados também enfatizam que é possível afirmar que essa atividade reintegra o indivíduo ao meio social, facilitando sua adaptação, fazendo com que tenha oportunidade, disposição, sinta-se importante e útil.

Silva e Ribeiro (2010) indicam que a água é o elemento ideal para quem precisa praticar exercício físico, principalmente para os idosos, uma vez que:

Ela cria um efeito lúdico e relaxante, associado ao vigor e á eficácia do condicionamento físico. Além disso, faz o praticante de hidroginástica se sentir mais leve, com apenas 10% de seu peso real, o que lhe proporciona melhor e mais fácil movimentação – principalmente para o alto. Na água, quase não há impacto nas articulações do corpo porque elas ficam protegidas de eventuais desgastes. (p. 54).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o aumento crescente do número de idosos, somado a preocupação constante pela saúde, bem-estar físico e social, a prática da hidroginástica tem nos mostrado ser eficaz na vida dessas pessoas, uma vez que ela pode auxiliá-los no enfrentamento do processo de envelhecimento, colaborando para uma vida mais feliz e saudável.

Baseado nos estudos sobre o tema constata-se as inúmeras contribuições que a prática da hidroginástica proporciona ao idoso, também nas questões relacionadas aos aspectos psicossociais. Além dos benefícios fisiológicos, podemos considerar as contribuições no âmbito social, onde o praticante idoso adota uma vida mais ativa e, conseqüentemente, com melhor qualidade de vida.

Como qualquer atividade física regular para idosos, o objetivo da hidroginástica é minimizar e prevenir possíveis dores, desconfortos, lesões, proporcionando benefícios fisiológicos como também melhorar o sistema psicológico, contribuindo para o aumento da autoestima, valorização pessoal e integração entre as pessoas.

Entendemos que particularmente a hidroginástica possa melhor contribuir com a qualidade de vida dos idosos e com sua interação social, por inúmeras razões. Uma dessas é porque ela é uma atividade de baixo impacto.  Podemos justificar, nesse sentido, que os exercícios praticados dentro da água diminuem a sobrecarga entre as articulações, prevenindo possíveis lesões, minimizando a ocorrência de quedas e fraturas, envolvendo, portanto, poucos riscos ao idoso.

A hidroginástica é uma prática que permite que os idosos fiquem em um ambiente agradável, onde cada um realiza os movimentos de acordo com suas condições e possibilidades, não se expondo, evitando assim constrangimentos.  Além da questão da saúde, a hidroginástica é extremamente prazerosa, gerando bem-estar, diversão, melhor autoestima, menor ansiedade e uma vida social mais ativa, já que ela é feita em grupo.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, S.M.R.L. Qualidade de vida do idoso: a assistência domiciliar faz a diferença? Casa do Psicólogo, 2003.

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[1] Graduada em Educação Física – Habilitação Licenciatura e Bacharelado (Estácio / FNC).

[2] Graduada em Educação Física – Habilitação Licenciatura e Bacharelado (Estácio / FNC).

[3] Graduada em Educação Física – Habilitação Licenciatura e Bacharelado (Estácio / FNC).

[4] Graduada em Educação Física (UNISA), Pós-graduada em Administração Esportiva (FMU), Mestre em Psicopedagogia (UNISA). Docente da Faculdade de Educação Física – Estácio / FNC.

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Solange de Oliveira Freitas Borragine

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