REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

Abordagem médica e psíquica na dispepsia funcional

RC: 18582
534
Rate this post
DOI: ESTE ARTIGO AINDA NÃO POSSUI DOI
SOLICITAR AGORA!

CONTEÚDO

MAGALHÃES, Evaristo [1], MORAES, Gabrielle Baia Pimenta [2]

BRAGA, Marina Silveira [3]

MAGALHÃES, Evaristo; MORAES, Gabrielle Baia Pimenta; BRAGA, Marina Silveira. Abordagem Médica E Psíquica Na Dispepsia Funcional. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 05, pp. 103-115, Agosto de 2018. ISSN:2448-0959

RESUMO

A dispepsia é uma doença de alta prevalência no mundo, sendo a dispepsia funcional – gastrite nervosa – uma das mais comuns. Sua classificação é realizada mediante sugestões do Consenso de Roma III, que será citado nesse artigo. Além disso, aspectos como etiologia e condutas perante a doença serão apresentados, bem como a abordagem médica na dispepsia e a abordagem psíquica, ressaltando a importante correlação dos dois fatores no tratamento da doença.

Palavra chave: Gastrite, dispepsia, saúde, doença, aspectos psíquicos.

INTRODUÇÃO

A primeira vez que uma irritação da mucosa gástrica foi descrita como “gastrite” foi em 1728, por um especialista alemão chamado George Ernst Stahl. Anterior a isso, o primeiro grande descobrimento na área de enfermidades na parede gástrica foi a definição de câncer no estômago por pesquisadores Persas nos anos 1000 depois de Cristo. Neste mesmo contexto, também foram descritas outras doenças gástricas, de origem não neoplásica. No entanto, os obstáculos da época impediram a progressão dos estudos (BANDEIRAS, 2017).

Mediante a todos esses estudos que foram realizados no decorrer dos anos, diversos fatores foram sendo descobertos como causas da gastrite (ANTUNES, 2015). A gastrite – também denominada dispepsia – divide-se em dois grandes grupos: um secundário, que é a doença orgânica, e outro denominado dispepsia funcional. A dispepsia orgânica pode ser definida como a secundária a lesões específicas, como úlcera péptica, esofagite, câncer gástrico e colelitíase. Assim, é um agrupamento de sintomas resultantes de distintas doenças, sendo estudada a partir das mesmas (OLIVEIRA, 2001). Já na dispepsia funcional os sintomas não estão relacionados a doenças de base orgânica e os achados de endoscopia são normais ou menores (gastrite) (SILVA, 2008).

Dentre as causas da dispepsia funcional é possível ressaltar os maus hábitos alimentares e os estilos de vida, como o alcoolismo, o tabagismo, doenças agregadas à nutrição inadequada, o estresse e a ansiedade, além da possibilidade de uma infecção bacteriana pelo Helicobacterpylori. Dessa maneira, o agente etiológico e a frequência com que ele irá se manifestar no indivíduo está diretamente ligado com o tipo de gastrite que será desencadeada: aguda ou crônica (segundo a classificação pelo tempo de instalação – publicada pela Federação Brasileira de Gastrenterologia/2016). No presente artigo, por sua vez, será supracitado aspectos etiológicos e fisiológicos das dispepsias, com foco na “gastrite nervosa” – dispepsia funcional – correlacionada com sua abordagem na conduta médica e psicológica.

Fisiologicamente o estômago apresenta células secretoras de muco que revestem toda sua superfície (ANTUNES, 2015). Além disso, a mucosa estomacal possui dois tipos de glândulas, as glândulas oxínticas e as glândulas pilóricas, que são responsáveis por secretarem ácido clorídrico e muco (ANTUNES, 2015). O sistema entérico, por sua vez, é o próprio sistema nervoso do sistema digestório, formado por uma série de neurônios que possuem ligação direta com o sistema nervoso central (ANTUNES, 2015). Por esse motivo é possível observar que grandes variações emocionais interferem na estimulação das glândulas secretoras de muco do estômago (ANTUNES, 2015). Na gastrite há uma estimulação das glândulas pilóricas que aumentam sua síntese e acidificam, de forma drástica, toda a mucosa interna do estômago (HAYASHI et al., 2014). A produção aumentada de muco está associada também a fatores específicos como a ansiedade e o estresse, que irão inibir a ação e produção das células e glândulas responsáveis pela síntese e secreção do muco protetor (ANTUNES, 2015). Desta maneira, pode-se compreender a relação entre ansiedade e estresse emocional e dispepsia (LOPEZMEDINA et al., 2014).

A gastrite nervosa é uma enfermidade bastante rotineira no contexto da atenção básica (BANDEIRA, 2017). Embora não há registros científicos sobre a noologia “gastrite nervosa”, sabe-se que é uma denominação usual pela população e sinônima de dispepsia funcional. A literatura menciona ocorrências psicossomáticas como o “nervosismo”, como um dos fatores presentes na gastrite: “Se atentarmos para o histórico do paciente com gastrite ou com úlcera gastroduodenal, veremos que conflitos comuns ligados ao seu trabalho, ou à vida familiar e afetiva, são elementos suficientes para desencadear a sintomatologia dolorosa.” (FERRAZ, 2005). Sendo assim, o objetivo desse artigo é apresentar os fatores psíquicos e funcionais da doença na psicologia e na medicina.

DESENVOLVIMENTO

O consenso de Roma III, que será explicitado posteriormente na abordagem médica das dispepsias sugere que, para o diagnóstico das disfunções do sistema gastrointestinal, devem ser considerados como sintomas de dispepsia apenas a dor epigástrica, a pirose epigástrica, a plenitude pós-prandial e a saciedade precoce. Estes sintomas poderiam ter um significado fisiopatológico mais específico para dispepsia, enquanto os demais estariam definindo outras síndromes. Dessa maneira, considera-se vários tipos de dispepsia, como a dispepsia orgânica, a dispepsia não diagnosticada, a dispepsia tipo refluxo e a dispepsia funcional (SILVA, 2008).

A dispepsia funcional ainda não tem sua fisiopatologia bem definida, embora seja uma doença benigna e a investigação endoscópica mostre mucosa gastroduodenal normal ou com lesões mínimas (gastrite). Talvez seja multicausal, e a agressão cloridropéptica, a hipersensibilidade visceral, a dismotilidade gastroduodenal e distúrbios psicológicos e do sistema nervoso central estejam envolvidos (SILVA, 2008). Nos Estados Unidos, um estudo mostrou que a mais frequente causa de dispepsia é a dispepsia funcional, e que a prevalência de dispepsia é de 31,9% (SHAIB, 2004).

ABORDAGEM MÉDICA

Como já mencionado, a literatura específica da área médica em gastrenterologia considera frágil a participação de fatores psicogênicos como o estresse, o nervosismo, a raiva, o amor, a solidão e o medo, na gênese da “gastrite nervosa” (BANDEIRA, 2017). Segundo a publicação da Federação Brasileira de Gastrenterologia (2016), as gastropatias e as gastrites são classificadas de acordo com:

  1. Tempo de instalação: aguda ou crônica.
  2. Histopatologia: gastrite superficial ou gastrite atrófica ou gastropatias.
  3. Etiologia: gastrite antral por H. pilory, pangastrite (atrófica ou não) por H. Pilory, Gastrite Atrófica autoimune e gastrite crônica do tipo indeterminado (BANDEIRA, 2017).

Dessa forma, a “gastrite nervosa” é caracterizada, pela Federação Médica Brasileira, como um tipo de gastrite. No entanto, ela é abordada pelo termo técnico: dispepsia funcional.

A dispepsia funcional é uma desordem gastrointestinal muito comum e observada na população geral, nos ambulatórios de clínica médica geral e nos ambulatórios de especialidade, onde corresponde a 25% dos atendimentos (BARBUTI, 2012). Ela é causa muito comum de vários tratamentos, de vários exames laboratoriais e inclusive de internação hospitalar (BARBUTI, 2012). Além disso, essa enfermidade também está associada ao uso de vários medicamentos, automedicação, absenteísmo e perda de produtividade (BARBUTI, 2012).

Devido à prevalência da dispepsia funcional nos últimos anos, a enfermidade passou a ser bastante estudada (BARBUTI, 2012). Dados americanos apontam que cerca de 25% da população descreve dor epigástrica crônica ou redicivante no andar superior do abdome, sendo a dispepsia funcional o diagnóstico mais prevalente encontrado, com uma incidência girando em torno de 1% ao ano(BARBUTI, 2012).

A maioria dos dispépticos apresenta sintomas por um período bastante longo, apesar de apresentar alguns períodos de remissão espontânea (BARBUTI, 2012). No entanto, ao contrário do que se poderia imaginar, o risco de desenvolver doença ulcerosa péptica, não parece ser diferente da população assintomática (BARBUTI, 2012). A prevalência é menor em idosos e parece ser discretamente maior no sexo masculino (BARBUTI, 2017). Além disso, é comum a associação dessa doença, a outras doenças funcionais, como a síndrome do intestino irritável, constipação e diarreia funcionais, indicando, portanto, um possível mecanismo fisiopatológico em comum (BARBUTI, 2012). Ademais, sabe- se que também é frequente a migração do paciente de uma doença funcional para outra (BARBUTI, 2012).

A “gastrite nervosa” é considerada um problema sanitário e socioeconômico de grande relevância, não apenas por sua alta prevalência, mas como também por seu caráter crônico e ausência de tratamento satisfatório (MATSUDA, 2010). Apesar de sua evolução benigna, sabe-se que esta doença pode afetar de forma significativa a qualidade de vida dos pacientes, refletindo em suas relações pessoais, sociais e laborais, ocasionando alterações psicológicas, do sono e da atividade sexual (MATSUDA, 2010). Por esses motivos, criou-se um consenso internacional: critérios de Roma III (último consenso), para facilitar o diagnóstico da doença. Os seguintes critérios necessários são:

1) queixas dispépticas durante os últimos três meses e que se iniciaram, no mínimo seis meses antes

2) fundamental a presença de um ou mais dos seguintes sintomas:

a) empachamento pós-prandial;

b) saciedade precoce;

c) dor epigástrica;

d) queimação epigástrica;

3) ausência de lesões estruturais (necessário realizar endoscopia digestiva alta) que possam justificar os sintomas (TACK, 2016).

Além disso, para uma melhor orientação propedêutica e terapêutica, os pacientes portadores de dispepsia funcional devem ser classificados de acordo com o sintoma principal em duas síndromes:

1) Síndrome do desconforto pós-prandial (predomina sintoma de empachamento pós-prandial e/ou saciedade precoce, que ocorre várias vezes por semana, nos últimos três meses) e/ou

2) Síndrome da dor epigástrica (predomina dor ou queimação localizada no epigástrio, moderada a intensa, intermitente e que ocorre, no mínimo, uma vez por semana, nos últimos três meses) (TACK, 2016).

Esses critérios, por sua vez, objetivam padronizar a linguagem científica sobre a dispepsia funcional tanto no que se refere à aplicabilidade clínica, ao se basear em sintomas bem definidos, como em relação à pesquisa científica (PASSOS, 2012).

Por fim, complementando o diagnóstico a partir dos critérios de Roma III, é necessário a realização de exames complementares, de imagem e laboratoriais, a fim de encontrar com mais precisão a causa da doença para que haja a escolha de um melhor tratamento (BARBUTI, 2012). Os exames são:

  1. Endoscopia digestiva alta – Deve revelar resultado normal ou apresentar alterações mínimas que não são capazes de explicar a sintomatologia. Visa afastar causas orgânicas, como úlceras, tumores etc.
  2. Ultrassonografia abdominal – Visa afastar causas biliares, inflamatórias e tumorais
  3. Hemograma – Pode alertar o médico para doenças orgânicas, como a presença de anemia, leucocitose, plaquetose, eosinofilia etc.
  4. Protoparasitológico – É essencial devido às más condições de saneamento básico, que acarretam incidência elevada de parasitoses intestinais, particularmente em regiões menos desenvolvidas (BARBUTI, 2012).

Mediante as diversas possibilidades de causas da doença, a maneira mais apropriada de tratar o paciente é através de uma abordagem ampla, mas individualizada, tentando identificar fatores desencadeantes ou agravantes da sintomatologia, inerentes a cada paciente (BARBUTI, 2012). Sem dúvidas, uma boa relação médico-paciente continua sendo imprescindível (BARBUTI, 2012). Além disso, é importante que os pacientes sejam esclarecidos de que seus sintomas são decorrentes de distúrbios funcionais e não caracterizam nenhuma doença grave ou risco de morte, assegurando-lhes que o problema será tratado de forma interessada e racional (BARBUTI, 2012).

É necessário também ressaltar que muitos pacientes obtêm melhora com simples mudanças em seu estilo de vida e adoção de hábitos salutares em seu cotidiano como a dieta mais saudável, atividade física regular e adoção de técnicas de relaxamento (BARBUTI, 2012). Dessa forma, recomendar hábitos dietéticos saudáveis (comer devagar, mais vezes ao dia, menor quantidade), evitando-se alimentos gordurosos, condimentados, ácidos, café, cigarro e álcool em excesso, tornam-se fundamental (BARBUTI, 2012). O empachamento pós-prandial em geral melhora com a retirada de alimentos gordurosos da dieta, enquanto a saciedade precoce pode ser aliviada com o fracionamento das refeições (BARBUTI, 2012).

A utilização de medicamentos, por sua vez, está indicada para as fases sintomáticas, cuja duração é variável, esperando-se pelos períodos de melhora clínica em que deverão ser suspensos. O tratamento medicamentoso preconizado visa aliviar o sintoma predominante (BARBUTI, 2012).

ABORDAGEM NA PSICOLOGIA

Para realizar uma abordagem psicológica relacionada à “gastrite nervosa”, é importante ressaltar a fisiopatologia das dispepsias no geral, bem como relacioná-la com o sistema nervoso e observar sua etiologia – fatores estressores, no caso da dispepsia funcional retratada neste artigo. Além disso, destaca-se que a fisiopatologia da dispepsia funcional ainda não é conhecida em um todo.

No cotidiano, é perceptível que a ansiedade e o estresse vêm se tornando doenças psiquiátricas comuns, e, diversas vezes, a dispepsia funcional está diretamente associada (HE et al., 2014). Ademais, pesquisas recentes em ratos fêmeas mostraram que há uma relação da dor inflamatória gastrointestinal com distúrbios psicológicos, pois o estresse provoca alterações e perturbações na fisiologia gastrointestinal, tal como alterações na mucosa intestinal e alterações na secreção de muco e ácido, bem como a disfunção da resposta inflamatória (LUO et al., 2013; LEVI et al., 2014).

Pesquisas afirmam também que situações potencialmente estressantes, como doenças, problemas matrimoniais, problemas na relação familiar, entre outros, podem desencadear sentimentos de medo, raiva, negação, insegurança e transtornos ou sintomas de ansiedades (MOREIRA et al., 2006; CHERUBINI et al., 2008).

Sabe-se que o trato gastrintestinal possui um sistema nervoso próprio, denominado sistema nervoso entérico, que é formado por dois plexos: um externo denominado plexo mioentérico, e outro interno, denominado plexo submucoso ou plexo de Meissner. Na gastrite, é verificado um aumento acentuado de permeabilidade da barreira gástrica que pode levar a lesões e atrofias progressivas da mucosa gástrica. Uma estimulação maior do nervo vago e da acetilcolina pode provocar mais produção de pepsina, gastrina e de secretina, enzimas estas que atuarão lesionando a parede estomacal.

a) Em pequeno grau, por um efeito direto da noradrenalina sobre o músculo liso, inibindo-o (exceto a muscular da mucosa, que excita).

b) Em maior grau, por um efeito inibidor da noradrenalina sobre os neurônios do sistema nervoso entérico.

Quando o homem se encontra sob sentimentos de medo, tristeza ou auto reprovação – fatores que levam à um estresse fisiológico – há uma redução da secreção gástrica, que se torna elevada com os sentimentos de agressividade e de raiva (MORENO, 2005). Tavares, Furtado e Santos (1984) afirmam que a estimulação da secreção gástrica começa no sistema límbico, e, quando suas estruturas são estimuladas, pode haver indução de respostas do sistema nervoso simpático e do sistema nervoso parassimpático. Dessa maneira, é possível afirmar a relação entre o stress e a “gastrite nervosa”.

Seu tratamento pode ser difícil e não há medicamentos de grande eficácia a serem usados, principalmente porque os fatores psíquicos que podem desencadear a dispepsia funcional – stress, raiva, tristeza, etc – serão tratados por meio de psicoterapias. Por fim, devem-se abordar os fatores emocionais com os pacientes, por meio de uma conversa franca e aberta, buscando também esclarecer ao paciente a provável associação de seus sintomas com distúrbios emocionais. A maneira mais apropriada de tratar o paciente é através de uma abordagem ampla, mas individualizada, tentando identificar fatores desencadeantes ou agravantes da sintomatologia, inerentes a cada indivíduo (QUIGLEY, 2008).

Uma boa relação médico-paciente é fundamental, pois torna-se necessário que os pacientes sejam esclarecidos de que seus sintomas são decorrentes de distúrbios funcionais e não caracterizam nenhuma doença grave ou risco de morte, assegurando-lhes que o distúrbio será tratado de forma interessada e racional. Na maioria das vezes, está indicada a psicoterapia ou outras técnicas que objetivem a redução do estresse, sendo observada excelente resposta em alguns subgrupos de pacientes (QUIGLEY, 2008)

METODOLOGIA

Realizou-se uma revisão bibliográfica sobre a Dispepsia funcional na visão médica e psíquica. Foi utilizado a base de dados Medline, Scielo, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).

Foram utilizadas as seguintes palavras-chave na busca: Gastrite, dispepsia, saúde, doença, aspectos psíquicos.

CONCLUSÃO

Em suma, é possível concluir que a dispepsia funcional precisa ser abordada tanto pela área médica, quanto pela área da psicologia. A partir desta revisão de artigos, foi possível compreender que o tratamento da doença necessita de uma visão das duas áreas, pois sua eficácia depende de uma abordagem medicamentosa, bem como uma abordagem que envolva um tratamento psíquico no paciente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, M. O.; DE OLIVEIRA, H. L. A.; NUNES, M. E.; DE OLIVEIRA, M. V. M.; Ansiedade e estresse em indivíduos diagnosticado com gastrite. Revista Bio Norte, v. 4, n. 1, fev. 2015.

BANDEIRA, K. A.; MARQUES, T. N.; IAMAMOTO A. S.; PEDREIRA, R. C.; O mito da gastrite nervosa. Revista de Patologia de Tocantins, v. 4, n. 1, 2017.

CHERUBINI, Zuleika Ana; BOSA, Cleonice Alves; BANDEIRA, Denise Ruschel. Stress and selfconcept in parents of children with fragile X-syndrome. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 21, n. 3, p. 409-417, 2008.

HAYASHI, S. et al. Endoscopic features of lymphoid follicles in Helicobacter pylori-associated chronic gastritis. Dig. Endosc., ago. 2014.

HE, Y. et al. Scalp acupuncture treatment protocol for anxiety disorders: a case report. Glob. Adv. Health Med., v. 3, n. 4, p. 35-9, jul. 2014

LOPEZ-MEDINA, G. et al. Gastric emphysema a spectrum of pneumatosis intestinalis: a case report and literature review. Case Rep. Gastrointest. Med., v. 2014, ID 891360, 5p. 2014. ;

LUO, J. et al. Experimental gastritis leads to anxiety- and depression-like behaviors in female but not male rats. Behav. Brain Funct., v. 9, p. 46, 2013.

MOREIRA, Simone da Nóbrega Tomaz et al. Estresse e ansiedade em mulheres inférteis. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 28, p. 358-364, 2006.

MORENO, Maria Teresa Nappi; DE ARAÚJO, Ceres Alves; Emoções de raiva associadas à gastrite e esofagite. Revista Mudanças – Psicologia da Saúde, 13 (1), jan-jun 2005, 1-269p

OLIVEIRA S. Prevalência e fatores associados à dispepsia em adultos na cidade de Pelotas, RS, 1999-2000 [dissertação]. Pelotas, RS.: Universidade Federal de Pelotas; 2001.

QUIGLEY EM, Keohane J. Dyspepsia. Curr Opin Gastroenterol. 2008; 24:692-7.

SHAIB Y, El-Serag HB. The prevalence and risk factors of functional dyspepsia in a multiethnic population in the United States. Am J Gastroenterol. 2004;99(11):2210-6.

SILVA FM. Dispepsia: caracterização e abordagem. Rev Med (São Paulo). 2008 out.- dez.;87(4):213-23.

SILVA FM. Dispepsia. In: Santos IS, Silva LL, Bensenor IM, editores. Clínica médica – diagnóstico e tratamento. São Paulo: Sarvier; 2008. p. 857-61.

[1] Doutor em Medicina pela UFMG

[2] Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Minas (FAMINAS), de Belo Horizonte.

[3] Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Minas (FAMINAS), de Belo Horizonte.

Rate this post
Marina Silveira Braga

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POXA QUE TRISTE!😥

Este Artigo ainda não possui registro DOI, sem ele não podemos calcular as Citações!

SOLICITAR REGISTRO
Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita