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Sexualidade em casais: uma revisão narrativa da literatura à luz da terapia cognitivo-comportamental

RC: 96550
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL 

SALES, Fabiana Antônia da Conceição de [1], ALVES, Thamires Pereira [2]

SALES, Fabiana Antônia da Conceição de. ALVES, Thamires Pereira. Sexualidade em casais: uma revisão narrativa da literatura à luz da terapia cognitivo-comportamental. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 09, Vol. 02, pp. 48-65. Setembro de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/terapia-cognitivo-comportamental

RESUMO

O debate envolto das questões relacionadas à sexualidade transcorre-se desde os períodos nômades, quando o homem buscava o convívio em sociedade. Dessa forma, demandas relacionadas aos conflitos conjugais de tal ordem tem sido explorada pela bibliografia especializada. A partir desta perspectiva, uma das abordagens psicológicas que vem se destacando em razão de seu caráter teórico-científico e pertinência quanto às suas intervenções é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), desta forma, quais os pontos que denotam a Terapia Cognitivo-Comportamental no que tange o manejo clínico para as demandas relacionadas a sexualidade em casais? O presente trabalho objetiva averiguar as contribuições da clínica cognitivo-comportamental para as demandas relacionadas aos conflitos sexuais em casais; analisar a eficácia da terapia cognitivo-comportamental voltada para casais; examinar o manejo clínico da terapia cognitivo-comportamental para as demandas relacionadas a sexualidade em casais. Para tanto, explora-se este cenário mediante uma revisão narrativa da literatura, assim, a busca do acervo literário ocorreu em consultas nas bases de dados Scielo, PePSIC que abordam a temática, num período preestabelecido de 2015 a 2019, salvo as devidas exceções. Nesse ínterim, os dados evidenciaram que as maiores queixas que chegam à clínica psicológica são os casos de infertilidade e disfunções sexuais, é possível mencionar que tais acometimentos afetam em grande demasia sujeitos do sexo feminino. Entretanto, as postulações e manejos da TCC se mostram eficazes no tratamento desses impasses, através da psicoeducação, reestruturação dos pensamentos disfuncionais, treino comunicativo e de habilidade sociais, bem como outras técnicas comportamentais. Conclui-se, portanto, que ainda há uma necessidade de propor novos olhares para o enfoque dos conflitos sexuais com casais e a terapia cognitivo-comportamental, dado que a bibliografia excede em informações etiológicas, causas e motivadores, mas carece no detalhamento de estudos no Brasil que englobem, exclusivamente, a TCC e tais queixas.

Palavras-chave: Terapia de Casal, Sexualidade, Terapia Cognitivo-Comportamental.

1. INTRODUÇÃO

Para a compreensão das relações amorosas, como também, da construção da sexualidade dos casais é necessário discorrer através da sua construção histórico-cultural, visto que, é assinalado por Lins (2012), que existem várias concepções acerca da origem da humanidade, algumas que reconhecem os traços genéticos como percussores da criação da humanidade, e aqueles que defendem a evolução da cultura, como um fator preditor de comportamentos.

Segundo Lins (2012) todas as mudanças que ocorreram a partir das modulações histórico-cultural, interferiram diretamente nas relações amorosas, uma vez que, à priori não se dissociava o vínculo entre sexo e procriação. Homens não tinham um papel ativo no nascimento de um filho e isso foi um comportamento repetido por milênios, sendo exclusivo da figura feminina.

Na atualidade existem funções diferentes entre um casal, a cultura e época influenciaram diretamente na mudança deste cenário antes tão impensado para a figura masculina. Lins (2012), destaca que as funções do casal só foram despertas a um pouco mais de cinco mil anos atrás, trazendo uma ideação de posse masculina onde a mulher e o filho eram pertencentes somente a esta figura, sendo este também o provedor da economia do lar, trazendo assim um novo conceito sobre família na sua época.

Sob essa perspectiva, os conflitos de ordem conjugal vêm sendo averiguados na bibliografia especializada, envolvendo seus motivos, intensidade e demandas. Assim, é possível aludir que, massivamente transcorrem aos casos de dificuldades sexuais dos casais que adentram com ainda mais ponderação a clínica psicológica (COSTA; CENCI; MOSMANN, 2016).

Em consonância, as estratégias de resolução de problemas utilizadas pelos casais para a tranformação adaptativa dos conflitos predizem se o desenvoltura da situação será mais ou menos eficaz. Isto posto, os mesmos buscam a adoção de comportamentos com a intenção de gerar melhores soluções diante os entraves, logo, os parceiros procuram a negociação através de táticas tanto adapatativas e funcionais quanto o contrário (SCHEEREN et al, 2015).

A Terapia Cognitivo Comportamental vem ganhando destaque no ambito cientifico no que tange o manejo clínico com casais, nesse sentido, os estudos afirmam que a abordagem comportamental adquiriu grande influência no desenvolvimento de mecanismos para o tratamento de casais em desalinho. Primeiramente, os métodos comportamentais foram utilizados no desenvolvimento do intercâmbio social e do contrato marital. Sem embargo, a Terapia Cognitivo-Comportamental tornou-se destaque entre os principais compêndios deste segmento, em especial, por apresentar maiores evidências empíricas do manejo para a resolutividade de queixas conjugais (DATTILIO, 2011).

Com isso, as aplicações e intervenções com casais, mediante os conceitos postulados por Beck (2013), mais especificamente, vêm sendo desenvolvidas e aperfeiçoadas de maneira gradual e contínua. Determinados procedimentos que haviam antes sido aplicados eminentemente no tratamento de transtornos mentais (depressão e ansiedade) começaram a ser ajustados para a intervenção em questões conjugais Processos cognitivos, aspectos emocionais e volitivos provocadores inevidentes das relações amorosas, constituíram-se como objeto de estudo na clínica cognitiva com casais. Os princípios que envolvem esse pleito referem-se à reestruturação de pensamentos disfuncionais, reconhecimento e habilitação dos afetos, a transfiguração de modelos de comunicação e a expensão de estratégias para a solução de conflitos diários de maneira mais assertiva (PAIM; CARDOSO, 2019).

Consoante a literatura supracitada, a temática envolta nas demandas relacionadas a sexualidade em casais, continua sendo uma lacuna nos nos debates teóricos, sendo esta, ainda, uma área de estudo que suscita reflexões no âmbito prático, com isso posto, quais os pontos que denotam a Terapia Cognitivo-Comportamental no que tange o manejo clínico para as demandas relacionadas a sexualidade em casais?

O presente trabalho objetiva averiguar as contribuições da clínica cognitivo-comportamental para as demandas relacionadas aos conflitos sexuais em casais; analisar a eficácia da terapia cognitivo-comportamental voltada para casais; examinar o manejo clínico da terapia cognitivo-comportamental para as demandas relacionadas a sexualidade em casais.

A metodologia utilizada para a construção deste texto é a revisão narrativa da literatura, pois possui como escopo auxiliar no reconhecimento das variantes integrantes do objeto que se insere no estudo, bem como unifica com coesão as argumentações do pesquisador. Nesse ínterim, é adequada para elucidar e discutir sobre um determinado assunto, fazendo observações críticas e atualizações acerca da temática (GIL, 2017; FRANCO; RODRIGUES, 2018).

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O CONCEITO DE SEXUALIDADE AO LONGO DO TEMPO

A evolução do conceito de sexualidade no decorrer da história nos apresenta diversas tangências, pois é a partir da modernidade que houve esclarecimentos, rompimentos de crenças e mitos foram desconstruídos, uma que vez, o conhecimento sobre esse terreno estava detido e ocultado nas mãos de poucos, ditos intelectuais ou líderes das correntes moralistas. Desse modo, a época da pré-história é marcada pela subsistência precária, sendo a norma básica a sobrevivência e a sexualidade inserida no contexto social de maneira não pacificadora. Na medida que o homem passa a ter uma habitação fixa e percebe na ordem natural seus modos de sobrevivência, a sexualidade torna-se objeto da cultura, introduzida num conjunto de normas, valores e teorias (SILVA; MAIA, 2008).

Destaca-se que na Grécia os aspectos como aporte físico e beleza eram cultuados em nome do poder, assim, o homem acreditava que um espírito de nobreza habitava o seu corpo, sendo apenas o sexo masculino considerado digno de exercer sua liberdade, careciam as mulheres, crianças, escravos e imigrantes à margem inferior da sociedade. Cabe aludir que o casamento se configurava como instituição basilar e monogâmica e, na teoria, a mulher apenas em casos de provocações extremas poderia requerer ao divórcio. No entanto, o adultério e a infidelidade não se constituíam requisitos inclusos nestas acepções. Na Roma, diferentemente da episteme anterior, a tradição supervalorizava a castidade e a honradez, entendendo os casos matrimoniais em que a inocência das mulheres estivesse em pleito no lugar de promíscua renegando-as quaisquer atribuições sociais (ZERBINATI; BRUNS, 2017).

Os povos hebraicos consentiam a sexualidade por via de um código moral religioso. Visualizam com tamanha naturalidade e entendiam que tal aforismo possuía apenas fins de procriação (SILVA; MAIA, 2008). Contudo, a mulher ainda se fazia alvo direito de observações, a título de elucidação o período mênstruo denotava um estado de impureza espiritual. Já na Idade Média, a questão da sexualidade se insere nos meandros do catolicismo, regidas por padrões tautológicos, punitivos e repressivos. Para tanto, a partir do século VIII, surgem transformações nos comportamentos e ideários sociais, a sexualidade estava envolta de questões emocionais e filosóficas, buscavam-se o amor genuíno e puro, expelindo o amor sexual. Nesta mesma episteme, a Igreja torna-se uma organização questionada, sua autoridade é alvo de contestação e o aparecimento de numerosas seitas realçam conceitualizações ainda não feitas. Ademais, as mulheres passam a ser símbolos de perseguição, onde o conteúdo relacionado a sexualidade é tachado de feitiçarias (DINIZ; OLIVEIRA; GROKORRISK, 2017).

Oportunamente, na era do Renascimento transição da Idade Média à Idade Moderna houve um fato que canonizou toda a civilização da época gerando ansiedade e preocupações, tal ocasião se deu mediante o aparecimento de infecções de teor sexual, em especial, a sífilis. A doença foi considerada um castigo das divindades supremas com relação à promiscuidade, sobrevindo a ser um dos maiores flagelos da humanidade. Posteriormente com a burguesia, a datar o século XVI, a sociedade atravessou por tenras mudanças, ou seja, os domicílios ganharam quatros, camas, salas de refeição e privacidades, de modo que, esses processos provocaram o que sucedeu a sexualidade um marco na manifestação da intimidade e domínio individual das famílias e relações amistosas (VIEIRA et al, 2016).

Consequentemente, os séculos consecutivos XX e XXI também foram impactados por essas transformações, inclusive, de teor científico-tecnológico, que determinaram a comunicação de novas ideais e conhecimentos acerca do campo em órbita. Paralelamente, as atitudes e comportamentos sexuais modificaram-se, apresentando-se de formas mais abertas e conscientes. A quebra de arquétipos arraigados se mantém ainda constante, isto posto, é também indissolúvel negar que as modificações já conferidas na trajetória deste construto, bem como, às novas maneiras de exercer a sexualidade são aceitos hodiernamente. Diante disto, o homem assume outras posturas, pautadas na educação que sua história o concedeu e, não apenas focalizando na mera reprodução, mas sobretudo, abordando o sexo como um dos constituintes da vida humana (OLIVEIRA; CARDOSO; DENARI, 2017).

2.2 A PSICOTERAPIA DE ORIENTAÇÃO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), configura-se como um recurso terapêutico elaborado para o tratamento majoritariamente de sujeitos que experienciavam transtornos emocionais durante o período de 1960 e 1970. Tomando como fio condutor as inquietações contidas por Aaron Beck e Albert Elis, tal método é utilizado também para classificar um apanhado quantitativo superior a 20 abordagens que estão inseridas no modelo proposto por tais autores (NEUFELD; CAVENAGE, 2010). Nessa lógica, as abordagens cognitivo-comportamentais possuem bases teóricas comuns, contudo, distanciam-se no que se refere a utilização de estratégias e conceitos para a efetivação de sua prática (KNAPP; BECK, 2008).

Logo, a TCC é visualizada como diretiva, focal e estruturada, pautada na existência da interconexão entre cognição, emoção e comportamento, sendo esses três aspectos constituintes da tríade em TCC, na qual a primeira exerce influência direta quanto aos demais componentes, ou seja, perante os sentimentos e ações dos sujeitos (BECK, 2013; HOFMANN, 2014). Outrossim, a TCC objetiva, prioritariamente, a reestruturação cognitiva que, por conseguinte, proporcionará a modificação de comportamentos disfuncionais, sendo ainda, uma perspectiva teórica e técnica focalizada na resolução de impasses apresentados pelos sujeitos (KNAPP et al, 2004).

Consoante com isso, os sujeitos são depreendidos enquanto dotados de crenças nucleares que correspondem a maneira como percebem a si, aos outros e ao mundo que o cerca, sejam elas disfuncionais ou não. Consoante, as crenças nucleares são estruturas cristalizadas e, haja vista, geralmente difíceis de mudanças, ocasionando sofrimento psíquico e predisposição ao surgimento de psicopatologias, as quais se subdividem em três, a saber: (1) desamor, (2) desamparo e (3) desvalor (BECK, 2013).  Dito isto, a primeira faz menção a crença de não se sentir amado por terceiros ou por si, rejeitado e incapaz de ser gostado e/ou amado; quanto a crença de desemparo, faz referência ao sentimento de abandono e, consequentemente, solidão por outrem; e por fim, a crença de desvalor centra-se na ótica de que o sujeito tem de si como inferior aos demais e inviabilizado, comumente relacionada a questões de autoestima (KNAPP et al, 2004).

Portanto, torna-se imprescindível no manejo do processo psicoterápico a percepção que o sujeito tem dos eventos ocorridos em seu cotidiano (HOFMANN, 2014), pois, é mediante a interrelação entre sua concepção frente aos fatos e os elementos constituintes da lógica tripartite em TCC que possibilitará ao terapeuta a identificação de crenças, pensamentos automáticos (PA), disfunções cognitivas, estratégias compensatórias e eventos geradores de comportamentos disfuncionais, sendo então, possível a compleição da conceitualização cognitiva e plano de tratamento para o caso. Desse modo, a atuação terapêutica terá enfoque na reestruturação intelectiva tencionando que as distorções cognitivas e PA sejam reformulados, suscitando a modulação comportamental e emocional duradoura por meio de intervenções diretivas e sessões estruturadas próprias da teoria, mediante as peculiaridades dos pacientes e metas estabelecidas por ambos paciente e terapeuta para o setting de psicoterapia (BECK, 2013).

2.3 A PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL COM CASAIS

A TCC aplicada a casais aparece no cenário psicológico mediante as bases comportamentais e tem seus estudos embrionários no ano de 1982 com o artigo “Terapia Cognitiva com Casais”, desenvolvido pelo estudioso Norman Epstein, no qual forneceu aos psicoterapeutas da abordagem um padrão de como poderiam aplicar o método cognitivo em uma sessão em conjunto para sujeitos que adentravam a clínica por questões de conflitos maritais/conjugais. Entrementes, novas pesquisas emergiram com o desígnio de compreender os casais em suas numerosas demandas e configurações relacionais e/ou afetivas (CARDOSO; NELFELD, 2018).

Desse modo, a convivência entre pares exige inúmeros motes a serem compartilhados, dentre eles o manejo com o dinheiro, a possibilidade de expansão da família, lazeres, conflitos culturais, pensamentos, familiares dentre variáveis que são apresentadas durante a construção de uma relação conjugal. Não obstante, também são destacados os motivos e impasses que desencadeiam um casal irem à procura da terapia conjugal, tais como o aumento de discussões, insatisfação na vida e disfunções sexuais, dificuldades individuais ou coletivas de problemáticas que necessitam uma intervenção profissional, além de que, fatores como estresse aparecem na contribuição do desenrolar das famigeradas crises maritais (DATTILIO, 2011).

Os principais objetivos da TCC para casais diante deste panorama são a reestruturação de pensamentos disfuncionais, a administração emocional, a modificação de padrões de comunicação inadequados, a psicoeducação e o desenvolvimento de táticas e esquemas para a resolução de conflitos diários mais efetivos. De natureza igual, a abordagem ainda combina elementos de treinamento de habilidades sociais, tal qual, de experiências irreais sobre a vida matrimonial, o uso de ensaios e ajustes comportamentais ou de acordos para mudanças estratégicas positivas aos conjugues conforme determinada situação emergida. Como se não bastasse, frisa-se que a verificação do controle que os eventos ambientais desempenham sobre as ações volitivas consistem num instrumento útil para os psicólogos na compreensão das adversidades exibidas pelos casais (BECK, 2013; CARDOSO; DEL PRETTE, 2017).

A seguir será apresentado uma tabela coma alguns exemplos de recursos técnicos que o psicólogo utiliza no que tange a intervenção clínica com casais.

Tabela 1: Técnicas utilizadas para demandas relacionadas a conflitos conjugais.

TÉCNICAS COGNITIVAS
TÉCNICA DEFINIÇÃO
Flecha descendente Constitui-se na identificação das crenças centrais e intermediárias com relação a situação-problema, facilitando através da demonstração processual e clara do terapeuta ao paciente à influência dos pensamentos automáticos.
Pensamentos automáticos (PA’s) +

Descoberta guiada

Trata-se da conscientização de informações para o paciente, mediando suas cognições disfuncionais a sentidos idiossincráticos dados a cada situação, bem como, a emoção e ao ato comportamental.
Questionamento socrático A partir da identificação e do registro dos pensamentos disfuncionais, o paciente é levado a avaliá-los, por via da intercessão do terapeuta, logo, através de perguntas o paciente depara-se ao modo como pensa e, ao longo disso, a técnica prescinde que este toma uma verdadeira compreensão acerca das suas tomadas de decisões, baseando-se na racionalidade de seus pensamentos e conclusões próprias.
Registro de pensamentos (RP’s) Consiste em fazer com que o paciente saiba identificar e analisar de maneira consciente seus pensamentos, emoções e comportamentos conflituosos, provocando o sujeito a refletir e traçar respostas mais assertivas às suas cognições negativas.
TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS
TÉCNICA DEFINIÇÃO
Ensaio comportamental Refere-se a uma espécie de simulação na qual o terapeuta, em consonância, com o paciente representa situações de interações sociais já vivenciadas ou que serão enfrentadas num momento posterior.
Habilidades sociais Fundamenta-se na manutenção de uma classe de ações cristalizadas, assim, o paciente é levado a um processo de aquisição de um novo repertório e, em suma, mais assertivo de comportamentos sociais.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Na tabela anterior é proposto de maneira ilustrativa o que se têm utilizado de forma usual nos tratamentos maritais. Conforme a Tabela 1, são apresentadas algumas ferramentas e suas definições constitutivas, subdividas em duas classes: técnicas cognitivas e técnicas comportamentais (WILSON et al, 2014).

2.4 METODOLOGIA

Considerando que o método é o alicerce substancial para a condução do pesquisador na obtenção dos resultados esperados, sucede-se para efeitos deste estudo a efetuação das seguintes etapas (Figura 1).

Figura 1: Etapas para organização da revisão narrativa da literatura.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

2.5 CONJUGALIDADE

A união conjugal entre duas pessoas pode se tornar uma vivência marcada por dificuldades quando os conflitos naturais de um relacionamento íntimo não são superados, somado aos desencontros e seus efeitos. Dessa maneira, o comprometimento desse vínculo acaba por gerar experiências traumáticas, onde o casal pode se manter refém de hábitos relacionais totalmente disfuncionais, ocasionando o distanciamento mútuo e, por vezes, no rompimento dos laços amorosos (FLEURY; ABDO, 2016). Contudo, os achados da literatura consolidam que a TCC se constitui como um modelo baseado em evidências clínicas, protocolares e empíricas quanto a sua efetivação, pautando-se em uma comprovação de validade teórica-científica e com padrões avançados para um modelo de intervenção em psicologia. Sua eficácia e aplicação têm resultado em propostas singulares no trabalho com os diversos públicos, desde a clínica infanto juvenil à clínica com casais (DAVID; CRISTEA; HOFMANN, 2018).

Com vista disso, as terapias na modalidade comportamental têm subsidiado grandes respostas as demandas oriundas de ordem marital tanto a curto como a longo prazo, bem como, em queixas de teor moderado a severo. Assim, a utilização de programas que trabalham a comunicação e a solução de problemas com foco nas emoções apresentam êxitos mais significativos do que somente aludir ao segmento comportamental. No entanto, a teoria sintetiza que a intercomunicação afetiva é importante, todavia, habilitar os sujeitos na condução de uma melhor expressão dos seus sentimentos e das formas como os seus pensamentos sobre outrem interferem nesta modulação é de suma relevância para ressignificar questões advindas dos conflitos de relacionamento. Ora, é por via desses argumentos que se salienta o manejo clínico das postulações da TCC (BOLSINI-SILVA; MARTURANO, 2015).

Posto isto, na terapia com casais recomenda-se, em primeira instância, tomar como referência as características saudáveis da relação, uma vez que, ao longo do tempo, tais cônjuges tendem a cimentar um padrão próprio de convivência. Nessa direção, a TCC (BECK, 2013) em virtude do seu caráter diretivo e ativo, contribui de forma específica e auxilia majoritariamente nas mudanças de esquemas cristalizados, que influenciam na alteração do estado de humor, dos sentimentos e das ações dos sujeitos. Logo, este modelo tem sido operado nas terapias com casais para que os membros dessa relação entendam seus pensamentos e comuniquem-se assertivamente evitando que os desentendimentos cheguem em primeiro lugar (GOTTMAN; GOTTMAN, 2015).

As demandas que circundam a clínica psicológica são as mais variadas, isto é, existem inimagináveis fatores que levam com que o casal busque o processo psicoterápico, citando casos como discussões excessivas, educação dos filhos, divórcio, falha no diálogo mútuo, fatores no âmbito profissional e financeiro, infidelidade e contrariedade nos quesitos sexuais (FLEURY; ABDO, 2016) Não obstante, é sobre essas últimas que dedilharemos a seguir, visto que, as adversidades na atmosfera sexual é um dos coeficientes de adoecimento psíquico nos vínculos maritais. Um estudo quantitativo (SOUZA; SANTOS; VIVIAN, 2015) produzido numa clínica-escola de uma Instituição de Ensino Superior da região metropolitana de Porto Alegre (RS), evidenciou que 2,3% dos casos de procura espontânea por atendimento psicológico estão atrelados a padecimentos sexuais, em consonância, a pesquisa realizada na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas) afirmou um escore relativo de 64,3% quanto aos benefícios que a psicologia exerce devido ao seu tratamento (FAM; FERREIRA NETO, 2019).

De acordo com o mencionado, cabe aludir que referente a terapia cognitivo, a literatura é bastante precisa ao nomear os casos de infertilidade e disfunções sexuais como os maiores contingentes dos casais na busca da intervenção psicoterapêutica. Por esse ângulo, é certo que numa esfera em que a exigência se eleva cotidianamente no que diz respeito aos papéis sociais, ao sucesso e ascensão profissional e financeira, como também, à necessidade de narrar uma história de vida recheada de experiências felizes. Às vezes deparar-se com algo repentino, que nunca havia sido interrogado anteriormente, é um acontecimento desencadeador de vários riscos e agravos. A parentalidade compõe um importante sustentáculo nas relações, a alternativa de uma vida sem filhos torna-se um desvio a lógica dos padrões, ocasionando o desenvolvimento de quadros ansiogênicos e depressivos (GALHARDO et al, 2015).

É importante apontar que as causas que podem causar infertilidade e que são comuns aos casais são: o tabaco, o álcool, a ingestão de drogas, o stress, a alimentação, as infecções de transmissão sexual (ISTs), da mesma maneira que, outras inflamações genitais na mulher ou na qualidade do esperma no homem. Dessa forma, os sujeitos acometidos enfrentam um sofrimento psíquico intenso, com respeito a si mesmos, a família, amigos, no âmbito do trabalho e coletividade, sendo ainda, que as consequências da infertilidade são temerosas a nível pessoal e social (WANG et al, 2016). Como é sabido, as reações entre os parceiros diante da eventual problemática são distintas, autores apontam que os homens tendem a evitar discursar, na instância em que as mulheres se inclinam a ruminar a respeito. Tal movimento não se dá a esmo, visto que essa incidência pode culminar em ressentimentos e dificuldades nas falhas de comunicação entre as partes (GALHARDO et al, 2015).

Pode-se através de uma revisão sistemática efetuada acerca da repercussão da infertilidade sobre o bem-estar psicológico, a convivência marital e as relações sexuais, que os casais possuem relacionamentos afetivos mais estáveis do que aqueles considerados férteis, assim como, expuseram maiores índices de empenho e lealmente na intimidade emocional e libidinosa (LUK; LOKE, 2015). À vista disso, o trabalho realizado com 96 mulheres diagnosticadas com infertilidade em Portugal (FONSECA, 2016) denotou resultados positivos em detrimento aos casais que buscam apoio e tratamento em psicoterapia, as comorbidades como ansiedade, stress global e depressão foram de fato pervasivos. Entretanto, tal benfeitoria está coercitivamente atrelada ao manejo da TCC, dado que a percepção sobre a autoeficácia compreende a reestruturação dos processos cognitivos, PA, da psicoeducação sobre as distorções cognitivas e do uso do treino de habilidades/competências como métodos mais eficazes (MONTEIRO, 2016).

Em uma análise feita por alguns estudiosos têm-se estimado que cerca de 43% das mulheres norte-americanas, e 40% a 70% das portuguesas reportam alguma lamúria concernente à atividade sexual, caindo na denominação de disfunções sexuais. No Brasil, não existe um escore que seja consenso, porém, constaram que a prevalência desse impasse atinge cerca de 67,7% das mulheres, dados provenientes de uma revisão de literatura desenvolvida pelos mesmos autores, com a intenção de lançar esclarecimentos sobre a temática (WOLPE et al., 2017). Nesse ínterim, as disfunções sexuais são conceituadas como perturbações ou consternações associadas em uma ou ademais etapas do circuito sexual (e.g, desejo, excitação, orgasmo e resolução) comprometendo o andamento do exercício sexual de forma satisfatória (ANDRETTA; OLIVEIRA, 2011).

Neste público, a hipoatividade do anseio libidinoso, transtornos de aversão sexual, bem como de excitação sexual, do orgasmo ou transtornos dolorosos (e.g, dispareunia e vaginismo), pode ser um fator habitual. Para pensar esse campo de discussão, é notório que tais disfunções acometem em demasia o sexo feminino, assim, tabulações evidenciam que dentre as facetas desse fenômeno aquelas de maior constância são: dispareunia (40,9%), perturbações do orgasmo (55,8%) e vaginismo (16,7%). Além disso, os fatores etiológicos incluem a presença de estados emotivos, baixa autoestima, imagem corporal distorcida, vivências prévias traumáticas, elementos da cultura e aspectos individuais da relação conjugal. Esse direcionamento tem uma importante significação, a partir daí o entendimento acerca das disfunções sexuais carecem de uma amplitude de elementos que vão desde fatores biológicos à história subjetiva de cada sujeito (SANTOS; MEDEIROS, 2017).

Portanto, do ponto de vista psicológico, a quantidade de pensamentos disfuncionais manifesta-se em maior escala nos sujeitos com disfunção sexual, apresentando ideações de reprovação e fracasso, negação e ausência de juízos eróticos do que aqueles isentos dessa condição. Na ocasião, o uso da TCC elicia uma série de mudanças cognitivas e comportamentais, iniciando-se com a avaliação, logo, inclui-se no processo a psicoeducação, a reestruturação cognitiva, as estratégias compensatórias, técnicas comportamentais (e.g., treino masturbatório, intenção paradoxal, começa-para, para-comprime e outras) tencionando a aproximação sexual do casal e reconhecimento do paciente e, ainda, o plano de prevenção à recaída (CARDOSO, 2018). A TCC por ser considerada uma abordagem estruturada no presente e direcionada na resolução de problemas atuais, transfigurações de estímulos cognitivos e comportamentos disfuncionais (impróprios ou inadequados) retratando variantes de brevidade, objetividade e diretividade (BECK, 2013), tem-se mostrado não apenas uma alternativa promissora no manuseio das disfunções sexuais, mas, sobretudo, nas demandas de ordem sexual com casais.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em súmula, foi percebido que os relacionamentos percorrem um processo que engloba aspectos tanto internos quanto externos desde a tenra idade, permeando pelos processos de estruturação subjetiva, formação de vínculos, bem como, das forças advindas do ambiente. Inúmeros fatores são preponderantes para o processo de percepção de que existem demandas que limitam ou adoecem os aspectos saudáveis de um relacionamento conjugal, no entanto, é de suma importância salientar que a compreensão das razões embutidas no ato da busca-ativa por um aparato de cuidado, como também, o manejo clínico das técnicas empregadas no que tange aplicabilidade das intervenções propostas pelo terapeuta,  e a adesão do tratamento por parte do casal são de suma importância para uma condução mais assertiva e com chances de ter êxito nos resultados.

A aliança terapêutica e a psicoeducação estabelecidas na relação entre o casal e o psicólogo desenvolvem um ambiente transparente e seguro para que novas habilidades na resolução de conflitos, formas de processamento de conhecimentos, pensamentos adaptativos sejam instaurados. Dentro dessa lógica, alude-se para o potencial preditivo que a abordagem cognitivo-comportamental desvela nos mais variados casos e demandas, demonstrando sua eficácia clínica e teórico-científica.

Nesse ínterim, os dados evidenciaram que as maiores queixas que chegam à clínica psicológica são os casos de infertilidade e disfunções sexuais, é possível mencionar que tais acometimentos afetam em grande demasia sujeitos do sexo feminino. Entretanto, as postulações e manejos da TCC se mostra eficaz no tratamento desses impasses, através da psicoeducação, reestruturação dos pensamentos disfuncionais, treino comunicativo e de habilidade sociais, bem como outras técnicas comportamentais. Conclui-se, portanto, que ainda há uma necessidade de propor novos olhares para o enfoque dos conflitos sexuais com casais e a terapia cognitivo-comportamental, dado que a bibliografia excede em informações etiológicas, causas e motivadores, mas carece no detalhamento de estudos no Brasil que englobem, exclusivamente, a TCC e tais queixas.

Ao longo da pesquisa foi percebido um baixo investimento no que tange a pesquisa da TCC e sexualidade de casais em contexto nacional apresentando dados empíricos e transversais e/ou longitudinais, como também, uma carência em detrimento ao desenvolvimento teórico com o sexo masculino, dado que os cortes propostos na literatura englobam, majoritariamente, às mulheres.

Isso aponta para a necessidade de novos olhares para a produção de conhecimentos e, na tangente desse campo, os aspectos literários aqui discutidos servem de ilustração, uma vez que, cooperam para sinalizar uma lacuna teórica existente no que concerne a relevância dos problemas conjugais de juízo sexual analisados na perspectiva cognitivo-comportamental.

Destarte, é cabível mencionar que os achados nos permitirão traçar reflexões pertinentes aos profissionais envolvidos e ao núcleo acadêmico, cooperando diretamente nas formulações que sustentam o pensar na clínica e suas vicissitudes aos mais diversos contextos.

REFERÊNCIAS

ANDRETTA, I. OLIVEIRA, M. S. Manual prático de terapia cognitivo-comportamental. 1. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011.

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[1] Bacharel em Psicologia pelo Centro Universitário Vale do Salgado.

[2] Mestrado em Psicologia Social pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia Social da Universidade Federal da Paraíba.

Enviado: Junho, 2021.

Aprovado: Setembro, 2021.

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Fabiana Antônia da Conceição de Sales

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