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A Necessidade da Qualificação na Mão de Obra na Construção Civil

RC: 8831
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CONTEÚDO

OLIVEIRA, Maria de Lourdes de [1], NUNES, Marcus [2]

OLIVEIRA, Maria de Lourdes de; NUNES, Marcus. A Necessidade da Qualificação na Mão de Obra na Construção Civil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 03. Ano 02, Vol. 01. pp 566-579, Junho de 2017. ISSN:2448-0959

RESUMO

A capacitação da mão de obra para a construção civil tem se mostrando cada vez mais imperativa para o sucesso de uma edificação. Entendendo que falta uma melhor formação técnica desta mão de obra e com estudos mostrando que a maioria das patologias em edificações na construção civil do Brasil são adquiridas durante a etapa de execução da obra, e estando tais insucessos muitas vezes associados à baixa qualificação profissional, é que esse artigo focou em obras na fase de execução. A construção voltada para o bem-estar da humanidade é uma atividade humana milenar, cuja evolução do modus faciendi está diretamente relacionado a própria evolução tecnológica do homem e na atualidade, tem-se no concreto o material mais empregado nessas construções. Diante de tais fatos, esse artigo tem por objetivo fazer uma breve investigação nos procedimentos de preparo dos concretos utilizados em obras residenciais de pequeno porte, fazer levantamentos da qualificação profissional e da escolaridade dos pedreiros, atores dessas construções, na cidade de Nova Venécia/ES. Da conclusão, diante dos resultados da pesquisa, finaliza-se que há necessidade de uma maior qualidade e aprimoramentos nos procedimentos das técnicas de construção. Para tanto propõem-se, mudanças nos procedimentos de preparação do concreto, de modo a garantir a segurança e a durabilidade das estruturas, viabilizados através de cursos continuados de capacitação, objetivando qualificação técnica desses profissionais.

Palavras-Chave: Mão-de-obra, Concreto, Qualificação da mão-de-obra.

INTRODUÇÃO

Ao nos referirmos às obras na construção civil nos lembramos de dois nomes quase que imediatamente: pedreiro e cimento. Apesar da ocupação de pedreiro ser uma das profissões mais antigas já registradas e o cimento ser matéria prima em serviços de engenharia, estando presente quase na totalidade desses serviços, isso por si só não garante qualidade em uma construção, pois muitas patologias surgem ao longo do tempo nas edificações.  Essas patologias podem se manifestar de diversas maneiras, tais como: trincas, fissuras, infiltrações, danos por umidade excessiva na estrutura. Frente a essa conjuntura, os procedimentos equivocados na fase de execução em uma obra ganham destaque, uma vez que pesquisas mostram que a maioria das patologias nas construções do Brasil são adquiridas por falhas de execução (OLIVEIRA,2013 e MARTINS, 2006).

Patologias nas edificações do Brasil. Fonte: OLIVEIRA, 2013.
Figura 01 –  Patologias nas edificações do Brasil. Fonte: OLIVEIRA, 2013.

Justifica-se portanto, a importância de rever essa etapa específica, cujos resultados se traduzem em falta de economia, segurança duvidosa e pouca qualidade da construção. Trata-se de erros em que a displicência e o desconhecimento das tecnologias, causadas pelos profissionais envolvidos, acabam aumentando o valor da obra em até cinco vezes, como alerta Santos (2014), em entrevista com a professora-doutora Sandra Maria de Lima, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte.

Diante de tais fatos é necessário voltar a atenção para quem executa o serviço dentro das obras e a forma pela qual o serviço está sendo executado. A mão-de-obra utilizada é considerada a mais desqualificada entre os setores da indústria, sendo formada por pessoas sem oportunidades de estudo, mas com capacidade de efetuar serviços braçais, sem entender as reais responsabilidades existentes no seu processo de trabalho. Segundo AMARAL (1999), isso contribuiu de forma contundente para que a mão-de-obra de construção civil tenha vícios e hábitos prejudiciais à sua produtividade global.  Outrossim, várias outras são as publicações que abordam a falta de qualificação profissional como gargalo para as empresas da construção civil, que por conta disto tem dificuldades de cumprir as várias etapas de uma obra, devido a exatamente essa baixa qualificação técnica.

Todas as etapas de uma obra na construção civil são importantes, mas muitas dessas etapas vem sendo colocada em segundo plano, por motivos vários, que podem iniciar bem antes da obra começar, quando por exemplo, escolhe o proprietário por não arcar com os Projetos Técnicos. Mas essa economia, inocência ou ignorância por parte dos proprietários, na esperança de contenção de gastos, coloca em cheque a qualidade da obra, pois acabam resultando num efeito colateral de acréscimo de custos da construção. Esse aumento no custo da obra tem forte indícios nos gastos excessivos de materiais, que não necessariamente garantem um serviço de qualidade, corroborada pelo aparecimento de vários tipos de patologias. Na maioria das vezes os proprietários também optam pela mão de obra mais barata disponível na cidade, o que por si só já é um grande problema.

Nesse cenário, para cumprir os objetivos desse estudo, fez-se necessário acompanhar algumas obras na fase de execução, para posterior análise de dados. Mas, na impossibilidade de se seguir todas as etapas das obras visitadas como fonte dessa pesquisa, optou-se pelo estudo do concreto consumido, em algum instante, nessas obras. Essa escolha está na relevância do produto, que faz parte do cotidiano da população, sejam nos centros urbanos, no meio rural ou no meio industrial.

No mundo o concreto é o material mais utilizado para realização de obras na construção civil. Pela simples observação, é visível o predomínio de obras de concreto armado ou concreto simples na paisagem urbana de Nova Venécia. A excelência deste município de encontrar-se dentro de grandes maciços de rocha granítica, de depósitos naturais de areia e fábricas de cimento em municípios circunvizinhos, reafirma o predomínio da utilização deste produto nas construções.

Como balizamento para as boas técnicas do concreto, recomenda-se a NBR 12655:2015 e a NBR:14931:2004, que referem-se ao preparo do concreto e execução de estruturas de concreto respectivamente. Mas, ironicamente, mesmo a construção civil brasileira sendo relevante para o desenvolvimento do país, ela é construída artesanalmente e majoritariamente por mãos sem qualificação técnica e analfabeta (BLANCO,2007 apud FERREIRA JÚNIOR,2012), e esse trabalhador sem o devido domínio das técnicas de construção acaba por negligenciar essas normas.

Não obstante, sabe-se que construção civil é importante para o crescimento de uma região, pois a sua atividade emprega um grande número de trabalhador da construção civil, além de possibilitar que o comércio local se desenvolva com a venda de materiais e equipamentos para as obras. Segundo BUFON e ANSCHAU (2016), a construção civil é um dos maiores, se não o maior ramo de serviço que mais absorve trabalhadores.  Estes trabalhadores, na grande maioria, mostram-se com baixo índice de escolaridade e baixa qualificação profissional comparado com outros setores. Mesmo com esta deficiência, a construção civil é ainda a que tem a maior participação no Produto Interno Bruto –  PIB com 64,7% do total da cadeia produtivas, conforme dados da Câmara Brasileira da Indústria e Construção – CBIC (2012).

Não menos importante que a fase de projetos e execução é a correta especificação e aquisição dos materiais. Problemas patológicos originados na falta de qualidade dos materiais e componentes são ressaltados por Oliveira (2013), chegando a 6%. Fabricantes de materiais vêm de forma contínua melhorando e lançando novos materiais no mercado, porém, a escolha destes materiais pode se tornar complicada pela deficiência de informações técnicas para orientar e subsidiar a especificação aliada à ausência ou deficiência de normalização. Com a crescente quantidade de novos materiais no mercado, nem sempre devidamente testados e em conformidade com os requisitos e critérios de desempenho, a probabilidade de patologias também é crescente. É importante ressaltar que a escolha dos materiais não deve tomar por base apenas o preço, pois o baixo custo pode significar material de qualidade inferior.

Não obstante, não é incomum, presenciar o vendedor no comércio de materiais de construção, oferecendo o produto “novo” para o pedreiro. Esses funcionários nem sempre tem conhecimento técnico necessário para dar essas orientações ou instruções e como muitas vezes o proprietário da construção delega ao pedreiro a responsabilidade de adquirir o material durante as várias etapas da construção, todos esses fatores podem vir a comprometer a qualidade da obra. Comprar material de construção requer alguns cuidados.  Não basta adquirir o produto.

Alguma atenção e cuidado devem ser tomados durante a sua compra e aquisição dos materiais de construção. A data de validade do produto deve ser sempre verificada e como vem impressa na embalagem é de fácil verificação. Adquirir o cimento com muitos dias de antecedência, pode gerar um desperdício futuro, com o descarte do produto vencido.

Isso posto, outro grande cuidado a ser tomado na ocasião da compra do cimento é com o tipo de cimento a ser utilizado na construção. No Brasil existem vários tipos de cimentos que são normalizados, e a escolha desse cimento a ser usado, irá depender o tipo de obra, do preço e da disponibilidade. Essa escolha deve ser bem-feita, uma vez que substâncias atacam o cimento e podem provocar lixiviação (água doce, ácidos encontrados no leite, sais que dissolvem o hidróxido de cálcio do cimento, graxas/óleos) e expansão (quando o cimento é dissolvido pelas substâncias agressivas, formam novas substâncias que provocam a expansão do concreto). Além do cimento, outros produtos como pisos, azulejos e louças sanitárias precisam também de uma certa atenção, pois costumam sair de linha com muita frequência. Produtos fora de linha representam um risco para o consumidor caso haja a necessidade de reposição dos mesmos.

Nessa direção, um pedreiro apesar de desempenhar funções básicas em uma obra, necessita ter conhecimentos de vários aspectos importantes da construção, como saber consultar plantas dos projetos, ter conhecimento para realizar marcações em um terreno onde será feita a obra, possuir conhecimento dos vários tipos de materiais que serão aplicados durante a construção, ter ciência dos equipamentos disponíveis para o seu trabalho, além de ter uma escolaridade mínima. Mas, infelizmente, muitas desses pré-requisitos não podem ser preenchidos, e falhas durante a execução serão inevitáveis.

Diante da baixa escolaridade e falta de qualificação técnica desses trabalhadores, apurada durante a pesquisa, indaga-se o porquê desses profissionais não estudarem ou terem estudado tão pouco. Um dos problemas que está associado a baixa escolaridade é a evasão escolar [3], que tem sido relacionada a situações diversas. Suspeita-se que após um dia longo de trabalho no sol ou manipulando grandes pesos ao longo do dia é pouco provável que se encare um banco de escola das 19:00 h às 22:00 h. Então, seria muito difícil prolongarem o seu dia em educação continuada ou em cursos, como EJA, EAD, SENAI, pois são cursos que demandam tempo. A estatística mostra que cursos noturnos tem um maior índice de evasão. Esta afirmação pode ser comprovada segundo fonte do Ifes/Campus Nova Venécia: No ano de 2015 no curso noturno de Técnico em Edificações, a taxa de evasão escolar foi de 27% e a taxa de retidos foi de 63,1%.

Nesse cenário, mesmo precisando de estudos mais criteriosos, questiona-se: quantos cursos de capacitação profissional e quais voltados para a construção civil foram oferecidos no município? Por levantamentos feitos durante essa pesquisa, o Ifes/Campus Nova Venécia ofereceu nos últimos 8 anos, apenas 2 cursos de extensão que foram viabilizados através da Coordenadoria de Pesquisa e Extensão[4], com os temas “Recomendações no preparo, transporte, lançamento, adensamento, cura e desforma do concreto” e “Sistemas de Impermeabilização”, que contribuíram efetivamente, para a melhoria dos cursos futuros, cujo foco principal será o de qualificar pedreiros e auxiliares.

A qualificação para o trabalho vai muito além da educação básica: “Todos dependerão de conhecimento e de educação além do mínimo. A educação básica será exigida com rigor e possivelmente habilidade em várias junções” (MOTTA, 2000).

METODOLOGIA DA PESQUISA

Para atingir os objetivos dessa pesquisa, o estudo se deu através de pesquisas de campo e de revisões bibliográficas apoiadas em autores cujo foco está nas peculiaridades da construção civil. A pesquisa de campo feita no primeiro instante através de visitações a construções em fase de execução, com coleta da porção de concreto para verificação da resistência à compressão, e aplicação de questionários estruturados, que teve como população os pedreiros dessas obras. A escolha para a pesquisa foram as obras residenciais de até 02(dois) pavimentos, do Bairro Filomena, em Nova Venécia/ES (Figura 02), cuja amostra foi de 10(dez) obras visitadas. Os dados coletados foram tanto qualitativos, quanto quantitativos.

Localização do Bairro Filomena, objeto de estudo. Fonte: Google mapa.
Figura 02 – Localização do Bairro Filomena, objeto de estudo. Fonte: Google mapa.

A PESQUISA DE CAMPO

A pesquisa desenvolveu-se no período de fevereiro de 2016 à dezembro de 2016. Entre o período citado, os pedreiros dessas obras ao serem visitados na própria construção, respondiam à um questionário que foi aplicado de forma direta e com perguntas objetivas.

Nesse período, concomitantemente às entrevistas, eram moldados corpos de prova para posterior transporte ao laboratório. Durante a moldagem dos corpos de prova foi possível acompanhar, por um breve período, a execução em concreto, de algum elemento da estrutura (Infraestrutura ou Supra Estrutura) para observações de procedimentos.

Quando se fala em obras de construção civil, encontra-se 02(duas) situações: as que as normas recomendam e as que são percebidas nas obras. As falhas nas obras são recorrentes de vários fatores como falha de projeto, falha de execução, baixa qualidade dos materiais, falta de planejamento. Na especificidade do concreto a tendência é a mesma e têm-se novamente as duas situações: a que sai dos estudos de laboratórios e aquelas encontradas no cotidiano da maioria das obras no Brasil.

A normalização técnica do Brasil é conduzida pela ABNT desde 1940; a normalização na construção é um instrumento de firmação da tecnologia nacional e de transferência de tecnologia entre regiões do país. Norteados pelas normas técnicas é que são definidos os níveis de qualidade dos materiais e componentes, os métodos de ensaio para avaliá-los, os procedimentos para planejamento, elaboração de projetos e execução de serviços e os procedimentos para operação e manutenção das obras.

À partir da leitura de Bauer (2008), com estudos abordando procedimentos de dosagem do concreto, sabe-se serem bem definidos os consumos e as relações entre cimento, areia, brita e água. Mas, durante essa pesquisa, o que se observou nessas obras de pequeno porte foi um consumo excessivo de cimento, constatado após análise dos traços. Porém é possível utilizar os materiais de forma racional, mantendo-se a qualidade e a resistência dessas estruturas de concreto.  No planejamento e manuseio do concreto em obra, o ideal seria que se levasse em conta alguns fatores importantes, como:

  • A classe do cimento que melhor atende àquele serviço;
  • O armazenamento e controle do estoque de cimento;
  • Verificação da granulometria da areia e tipos de brita para aquele traço;
  • A umidade da areia para dosar a quantidade de água a ser inserida na mistura para não interferir na relação água/cimento;
  • Umedecer as formas antes do lançamento do concreto;
  • Escoramento e desforma de acordo com as normas;
  • Uso de betoneira e do vibrador, durante a concretagem;
  • Traço dosado com uso de padiolas e pré-definido;
  • Cura do concreto segundo recomendações da norma.

No entanto, ao se fazer essa pesquisa, confrontadas as observações pertinentes ao estudo com as recomendações de normas, em muitos aspectos foram bastante diferentes dos procedimentos recomendados, estando em discordância àquelas exigidas pela norma. Os pedreiros afirmavam que:

  • Na maioria das vezes o concreto é mexido no chão, no braço, sem betoneira;
  • A brita usada é a mais fina para facilitar a virada do concreto manualmente;
  • Não tem conhecimento da importância do fator a/c e que sempre acrescenta mais água quando for necessário para facilitar a produção manual;
  • A desforma das peças é feita muitas vezes no dia seguinte à concretagem;
  • Não tem conhecimento que existe um cobrimento mínimo de armadura;
  • O adensamento do concreto é com um pedaço de vergalhão;
  • A cura é feita apenas nos 02(dois) primeiros dias ou não é feita;
  • Conforme mostrado na (Figura 03), o material é estocado nas calçadas, sem a preocupação da contaminação do mesmo.
Estocagem indevida de material. Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 03 – Estocagem indevida de material. Fonte: Elaborado pelo autor.

Um gesto aparentemente inofensivo, como o de aumentar da quantidade de água na dosagem do concreto, além de aumentar a relação água/cimento, causando considerável diminuição da resistência mecânica, deixa o elemento estrutural mais vulnerável às intempéries, pois eleva a porosidade da peça concretada. Porém esta atitude foi uma prática comum presenciada nas obras objetos dessa pesquisa. O próprio pesquisador ao acompanhar a concretagem para coleta de corpos de prova e de dados inerentes aos procedimentos na produção do concreto, testemunhou que não havia um controle rigoroso na produção do concreto, sendo que a sua produção na maioria das vezes, ocorria de forma manual, conforme (Figura 04), e sem uma quantidade de água de amassamento pré-estabelecida.

Produção manual do concreto. Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 04 – Produção manual do concreto. Fonte: Elaborado pelo autor.

Na (Figura 05), está ilustrado que, apesar da concretagem ter acontecido no dia anterior, a desforma das peças aconteceu no dia seguinte à concretagem, o que comprometeu a cura do concreto, uma vez que a exposição diária ao sol e do vento, provocaram a evaporação da água da mistura ou de amassamento, impossibilitando a plena hidratação do cimento.

Retirada prematura de formas. Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 05 – Retirada prematura de formas. Fonte: Elaborado pelo autor.

MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA

A aparelhagem utilizada para moldagem dos corpos de prova, o uso do tanque de cura e da prensa para rompimento e medição da resistência à compressão, foi cordialmente cedido pelo Ifes, Campus Nova Venécia, ES.

Foram utilizados corpos de prova cilíndricos de (10 x 20) cm e moldados de acordo com a NBR 7680: extração, preparo e ensaio de testemunhos de concreto e a NBR 5738:2015 – Moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos ou prismáticos de concreto – Método de ensaio.

A aparelhagem utilizada e mostrada na (Figura 6), foi:

  • 03 moldes cilíndricos de 10×20 cm para corpos-de-prova devidamente limpos e aplicados desmoldantes a base de óleo vegetal na face interna dos corpos-de-prova conforme (Figura 4 e 5);
  • Haste de compactação de seção circular em aço de 16 mm de diâmetro por 600 mm de comprimento;
  • Colher de pedreiro, concha e gola.
Materiais auxiliares na moldagem dos corpos de prova. Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 06 – Materiais auxiliares na moldagem dos corpos de prova. Fonte: Elaborado pelo autor.

Para a coleta dos corpos de prova, durante acompanhamento da concretagem, nas obras visitadas (Figura 07), estas se deram de acordo com NBR 5738:2015, e com o testemunho de 03 corpos de prova por obra visitada. Após coleta de material, procedeu-se o transporte e a cura do mesmo.

Moldagem dos corpos de prova. Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 07 – Moldagem dos corpos de prova. Fonte: Elaborado pelo autor.

TRANSPORTE E CURA DAS AMOSTRAS

Todos os corpos de prova foram moldados no local das obras visitadas, seguindo as recomendações das normas, transportados após 24 horas para o laboratório do Ifes e tiveram cura mínima recomendada de 28 dias. Até o início dos ensaios, os corpos-de-prova foram conservados imersos em água saturada de cal, conforme a (Figura 08).

Tanque de cura: Laboratório de Concreto. Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 08 – Tanque de cura: Laboratório de Concreto. Fonte: Elaborado pelo autor.

ENSAIO

Após a cura dos corpos de prova, houve o rompimento dos mesmos na Prensa de Ensaio à Compressão do Concreto, (Figura 09), cujas resistências médias foram medidas e registradas através de um relatório gerado eletronicamente. Os procedimentos de ensaio a compressão dos corpos de prova, foram norteados segundo a NBR 5739:2014 – Concreto – Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos – Método de ensaio.

Prensa para ensaio à compressão do concreto. Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 09 – Prensa para ensaio à compressão do concreto. Fonte: Elaborado pelo autor.

LEVANTAMENTOS DE DADOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os resultados da pesquisa foram organizados por meio de tabelas, gráficos e comentários sobre cada atuação com os pedreiros envolvidos.

No levantamento sobre o grau de escolaridade dos pedreiros, registrados na (Tabela 1) e (Gráfico 1), os números mostram uma baixa escolaridade, onde dos pedreiros entrevistados, 80% possui o Ensino Fundamental incompleto e 20% concluíram o Ensino Fundamental. Nenhum dos entrevistados mencionaram ter avançado para o Ensino Médio ou Ensino superior.

Segundo Neves (2014) identificar a escolaridade ajuda na orientação e estruturação de um curso de qualificação para aquela mão de obra específica, uma vez que aulas muito teóricas podem desmotivar a busca e continuação de novos saberes, pela incapacidade de compreensão plena dos assuntos abordados.

Levantamentos da escolaridade dos pedreiros. Fonte: Próprio autor.
Tabela 1 – Levantamentos da escolaridade dos pedreiros. Fonte: Próprio autor.
Escolaridade dos pedreiros. Fonte: Próprio autor.
Gráfico 1 – Escolaridade dos pedreiros. Fonte: Próprio autor.

Na (Tabela 2) estão representados os levantamentos feitos referentes a procedimentos com o concreto produzido e utilizado em cada obra, e dos projetos técnicos disponibilizados para o pedreiro para execução da obra. Em se tratando dos projetos, nesta tabela pode-se observar que 40% das construções apresentaram Projeto de Arquitetura, 10% exibiram Projeto Elétrico, 20% apresentaram Projeto Estrutural e 10% apresentaram Projeto Hidrossanitário.

Os projetos de engenharia são a guia para a execução de uma obra. Porém, pesquisa do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, de 2015, mostra que até 80% das construções residenciais no Brasil são feitas sem a presença de um engenheiro ou arquiteto. São as chamadas autoconstruções, e que mostram que tanto o proprietário quanto o pedreiro, quando optam pela não contratação de projetos ou responsáveis técnicos, trazem para si a responsabilidade da construção.

Segundo Campos filho (2004), sabendo-se que a construção civil é um dos ramos da indústria que mais absorve trabalhadores com baixo índice de instrução formal, o fator humano terá grande influência na qualidade final do produto e da edificação, e que poderá ser afetada pela má interpretação dos dados técnicos. Nesse contexto, Fujimoto (2005) alerta de que nem sempre esse trabalhador da construção tem as reais aptidões para desenvolver as tarefas que lhe são designadas. Impulsionada diante da necessidade do primeiro emprego, tais fatos culminarão na insatisfação pessoal dentro da obra, na desinformação a respeito das técnicas construtivas, no desconhecimento sobre a aplicação dos materiais de construção, na deficiência de habilidades para interpretar projetos.

Levantamentos de projetos e procedimentos. Fonte: Próprio autor.
Tabela 2 – Levantamentos de projetos e procedimentos. Fonte: Próprio autor.

Para melhor compreensão e se tratando dos procedimentos exclusivamente de preparo do concreto apontados durante a pesquisa, na (Tabela 3) observa-se que todos os concretos foram dosados em latas de 18 litros, com traços variando para um mesmo elemento estrutural. Destes, 90% foram preparados sem auxílio da betoneira e   adensados manualmente. Porém a NBR 6118:2015, item 12.3, prescreve que o amassamento manual só deve ser aplicado em obras de pequena importância, onde o volume e a responsabilidade do concreto não justifiquem o uso do equipamento.  80% das execuções não respeitaram o cobrimento mínimo de armaduras, quando a NBR 6118:2014 limita o cobrimento mínimo das armaduras em função da agressividade do ambiente onde ela foi construída. Na cura do concreto, 90% não aplicaram nenhum procedimento de cura. Sabe-se que a cura do concreto resume-se em manter a superfície do concreto úmida, sombreada e protegida, durante um período que a norma brasileira recomenda como sendo de pelo menos 7 dias. 30% utilizaram o concreto após adição da água de amassamento, respeitando esse tempo limite recomendado, e com 70% ainda aplicando o concreto mesmo que o tempo, após adição da água de amassamento, tenha sido extrapolado. O tempo recomendado de lançamento de um concreto convencional, conforme a NBR 7212 é de 150 min ou 2 horas e 30 minutos, após a 1ª adição de água. Finalmente, para a remoção de formas, o prazo mínimo de desforma foi respeitado em 10% das obras pesquisadas, de acordo com o recomendado pela ABNT NBR 14931:2004.

Percentual de procedimentos levantados. Fonte: Próprio autor.
Tabela 3 – Percentual de procedimentos levantados. Fonte: Próprio autor.

No (Gráfico 2), os dados coletados nas 10 obras, e que abordaram os procedimentos para a produção e tratamento do concreto, foram dispostos em forma de barras, com a quantidade dos serviços apontados nessas. Neste gráfico, os elementos estruturais concretados durante a visitação, foram 6 vigas e 4 pilares.

Levantamentos de projetos e procedimentos. Fonte: Próprio autor.
Gráfico 2- Levantamentos de projetos e procedimentos. Fonte: Próprio autor.

Das resistências médias à compressão, compiladas após rompimento dos corpos de prova, estas estão demostradas no (Gráfico 3), pode-se observar que 90% das obras apresentaram uma resistência abaixo do recomendado por norma. A NBR 6118:2014, recomenda uma resistência mínima de 20 MPa para o concreto armado. Porém, com a revisão da norma NBR 6118:2003, essa condição já era exigida e a utilização de concreto de 18 MPa deixa de ser permitida para uso estrutural, sendo admitida somente em fundações e obras provisórias. Nenhuma das obras estudadas eram provisórias ou o elemento concreto era uma fundação. Mesmo que a resistência de 24,6 MPa tenha ficado acima de 20MPa, está em desacordo com o projeto estrutural disponibilizado na obra, que especificava 25MPa. Portanto, em função das baixas resistências apuras, denota-se a desqualificação dos concretos produzidos.

Gráfico 3 – Resistências médias dos concretos. Fonte: Próprio autor.
Gráfico 3 – Resistências médias dos concretos. Fonte: Próprio autor.

CONCLUSÃO

O principal objetivo desse trabalho foi o de detectar as principais falhas nos procedimentos de execução do concreto, através de visitação a diferentes obras de pequeno porte residenciais, e frente aos resultados obtidos, apresentar sugestões de mudanças de procedimentos na preparação e tratamento do concreto utilizado nessas construções.  Somado às falhas observadas durante a execução dessas obras, está a baixa qualificação técnica dos profissionais, que são barreiras expressivas na qualidade de uma construção.

Não há um modelo pronto a ser seguido para alcançar o sucesso em uma construção, porém alguns procedimentos tornam-se básicos, e diante das implicações como resultados da pesquisa, percebe-se que há um descaso no planejamento e na execução de estruturas de concreto, evidenciando assim, a necessidade de investimentos em fiscalização das obras por órgãos competentes e da capacitação dos trabalhadores da construção civil. Acredita-se que preparando e tratando o concreto na obra com um pouco de dedicação e capricho é possível melhorar consideravelmente a qualidade do concreto confeccionado in loco. Além disso, economizar no cimento. Para que estes problemas sejam parcialmente resolvidos, aponta-se como necessário, investimentos em minicursos de capacitação, visitas técnicas em obras com grande controle tecnológico, participação em palestras. Quem arcaria com os custos? Acredita-se que bons resultados seriam alcançados através de parcerias e boa vontade política e de gestão, como a união entre PMNV-Prefeitura de Nova Venécia, Ifes/Campus Nova Venécia/ES, CREA/ES-Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, Construtoras do Município, Comércio de Materiais de Construção. Este último com a responsabilidade de capacitar os seus funcionários para uma orientação com maior conhecimento técnico e eficácia durante a venda de um determinado produto.

Deste modo, esse trabalho expressa a importância de se investir na qualificação profissional da mão de obra da construção civil. Deve-se alertar a sociedade e as autoridades públicas acerca das consequências advindas da má execução de estruturas de concreto da cidade, destacando para o comprometimento da vida útil da construção, o efeito psicológico sobre os moradores do imóvel através das manifestações patológicas, e o efeito financeiro através de pequenos reparos de tempo em tempo. E que não acabam nunca.

Assim, diante do diagnóstico e falhas comprovadas durante as visitas à obras em fase de execução, seria possível uma melhoria considerável na metodologia de construção viabilizados através de pequenos cursos de capacitação e continuada, pois sabe-se que a todo tempo mais materiais de construção e com melhores desempenhos estão disponíveis no mercado, além de revisões e alterações periódicas de normas.

Apesar de dificuldades em se obter estudos mais recentes que abordassem este tema tão específico, uma vez da escassez de narrativas, sabe-se da necessidade em se aprofundar mais sobre o assunto e da relevância do mesmo. Ainda que se trate de um estudo exploratório, acredita-se ser útil para os gestores da construção civil e para a sociedade em geral, pois a baixa qualidade de procedimentos das técnicas construtivas e de uma resistência mecânica dos concretos tão baixa, atinge a todos os envolvidos, pois geram dúvidas sobre a segurança e durabilidade dessas edificações, quando não, havendo necessidade de interdição da mesma.

Solucionar o problema da baixa qualificação da mão de obra tem sido um desafio, porém acredita-se que uma fiscalização dos órgãos competentes (CREA /PMNV) mais eficiente, exigindo projetos técnicos básicos como condição de início de obra, e cursos de capacitação da mão de obra seriam atitudes que poderiam atenuar os insucessos gerados nessa etapa da construção.

Tão importante, se não urgente, é dar um retorno quão breve possível à esta mão-de-obra tão carente de conhecimento. Tudo pode ser ensinado e assimilado, porque é bom, porque traz benefícios à sociedade e ao meio ambiente, porque eleva a auto estima do trabalhador.

Este trabalho é o fragmento de uma observação em uma pequena cidade do Espírito Santo.

SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS

Como sugestões de trabalhos futuros, com o objetivo de maior aprofundamento na percepção do dia a dia das técnicas de manuseio e qualidade do concreto produzido nas obras de pequeno porte, aponta-se a necessidade da análise da água de amassamento.

Sabe-se que a quantidade de água adicionada ao concreto está intimamente ligada a durabilidade da estrutura do concreto. Porém, não menos importante é a qualidade de água de amassamento, principalmente pela presença de cloretos. Dada à importância do assunto, a NBR 6118:2014 limita o teor de cloretos presentes na água de amassamento do concreto a 500mg/l por saber-se que são prejudiciais a estabilidade química das armaduras.  De tais fatos, sugere-se estudos envolvendo a influência da qualidade da água de diferentes fontes (poço artesiano, água tratada), na resistência do concreto.

Identifica-se a necessidade da sequência deste estudo para que a qualidade da construção civil seja aprimorada continuamente, e através da conscientização dos envolvidos, que trabalhadores melhores preparados, podem contribuir melhor com a sociedade e com meio ambiente.

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Disponível em http://www.abnt.org.br. Acesso em 20 de junho de 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estrutura de concreto- Procedimentos. Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estrutura de concreto- Procedimentos. Rio de Janeiro, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739:2014: concreto- Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos ou prismáticos do concreto- Procedimentos. Rio de Janeiro, 2014.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12655:2015: concreto- Preparo, controle e recebimento. Rio de Janeiro, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14931:2004: execução de estrutura de concreto- Procedimentos. Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.  NBR 7680:2015: extração, preparo e ensaio de testemunhos de concreto. Rio de Janeiro, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738:2015:concreto: procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova de concreto – método de ensaio. Rio de Janeiro, 2015.

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FERREIRA JÚNIOR, Aldo Alvim Rodrigues. A avaliação de competências para qualificação de profissionais na construção civil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal Fluminense. 2005.

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http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/10/mais-de-80-dos-brasileiros-fazem-obra-sem-arquiteto-ou-engenheiro.html: acessado em 19 de abril de 2017.

COPYRIGHT. Direitos autorais: Os autores são os únicos responsáveis pelo material incluído no artigo.

3. Plano Estratégico de Ações de Permanência e Êxito dos Estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo Identificação Campus: Nova Venécia Diretora Geral do Campus: Welliton de Resende Zani Carvalho Portaria da Comissão responsável pelo Plano Estratégico: PORTARIA Nº 383, DE 09 DE NOVEMBRO 2015.

4. Os cursos de capacitação: “Sistema de Impermeabilização” e “Recomendações no preparo, transporte, lançamento, adensamento, cura e desforma do concreto” foram ofertados no ano de 2014 na instituição, pelas professoras engenheiras civil Aline Antônia de Castro e Maria de Lourdes de Oliveira.

[1] Instituto Federal do Espírito Santo; Universidade Vale do Cricaré.

[2] Universidade Vale do Cricaré.

5/5 - (6 votes)
Maria de Lourdes de Oliveira

2 respostas

  1. Bom dia,
    Gostei muito do artigo e estou usando-o como base para uma resenha crítica do curso de engenharia civil, e precisaria de mais informações a cerca da formação acadêmica dos autores, seria possível disponibilizar informações como anos de formação, especialização e, se possuirem, outras obras do ramo?
    Att,
    Maria Eduarda.

  2. Melhores cumprimentos para a equipa de trabalhos
    Este artigo é de extrema valia, pois, como Gestor Financeiro e investidor, está inclusa esta parte de construção civil que gosto imenso. Tenho técnicos que precisam destes instrumentos de aprendizado, será possível da vossa parte haver disponibilidade de outros temas relacionados?
    Att:
    Zeferino Manuel Paulo

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