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A contabilidade como ferramenta de apoio a gestão nas empresas de e-commerce

RC: 101654
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/ferramenta-de-apoio

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

MENEZES, Vinícius dos Santos Gonzaga [1], MONTEIRO, Harrison Lucas [2], ROBERTO, José Carlos Alves [3], SERRA, Meg Rocha da Cunha [4], LOPES, Nelânia Ferreira [5]

MENEZES, Vinícius dos Santos Gonzaga. Et al. A contabilidade como ferramenta de apoio a gestão nas empresas de e-commerce. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 06, Ed. 11, Vol. 10, pp. 47-71. Novembro 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso:  https://www.nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/ferramenta-de-apoio, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/ferramenta-de-apoio

RESUMO

A contabilidade é essencial para o sistema de gestão das empresas, pois ela emite informações detalhadas sobre o patrimônio de uma sociedade empresarial. Com base no contexto das inovações tecnológicas, percebeu-se que os dispositivos sofisticados gerados pelos avanços, modificaram os mecanismos das empresas de forma externa e interna, e isso implicou na necessidade de atualização contínua pelo contador na sua maneira de operar, contribuindo com a emissão de relatórios financeiros e contábeis aprimorados, ocasionando uma gestão preparada com o amparo da contabilidade gerencial para tomada de decisões sábias, seja em situações pacíficas e até mesmo em casos extremos. Para auxiliar a investigação do tema foi abordado o seguinte problema: de que forma a contabilidade como ferramenta auxilia um negócio digital com um grande volume de informações e a mensuração de resultados? A presente pesquisa tem o objetivo de apresentar a importância do auxílio do instrumento contábil para empresas de e-commerce, demonstrando a natureza societária de uma empresa, o sistema de tributação e todas as etapas que compõem o processo de criação, legalidade e sustentabilidade das empresas, objetivando guiar o público para uma gestão qualificada. A pesquisa teve como embasamento pesquisas bibliográficas em livros, artigos, revistas de caráter científico, a partir da natureza básica. Apresenta-se neste artigo uma fundamentação que contribui com informações geradas pelos relatórios financeiros e contábeis, e sobre o papel que a contabilidade pode agregar de maneira geral, pois ela canaliza dados instaurados pelas transações e atividades das empresas, demonstrando que uma entidade que não possui um controle contábil, fica vulnerável às transformações do mercado. Conclui-se que a contabilidade como ferramenta de gestão para empresas físicas e virtuais é essencial devido a sua capacidade analítica e da sua coleta de dados que expressam toda situação patrimonial das empresas durante um espaço de tempo, e isso pode ser acompanhado pelo contador, pois ele é o profissional qualificado para compreender e realizar funções que ajudam uma entidade em vários sentidos, direcionando a empresa para o melhor caminho a ser tomado.

Palavras-chave: Contabilidade Gerencial, E-Commerce, Natureza societária, Tributação.

1. INTRODUÇÃO

Este artigo tem como objetivo demonstrar, em face do estudo bibliográfico, a relevância da contabilidade como ferramenta para empresas de e-commerce, tendo em vista a utilização de livros, revistas, artigos, que dão embasamento teórico e enriquecem a investigação científica, norteando os leitores sobre o funcionamento das empresas em virtude de sistemas aprimorados para atividades internas e externas ocasionadas pelos avanços tecnológicos, apresentando os modelos da natureza societária, os tipos de tributação das empresas, e verificando as similaridades das obrigações fiscais e tributárias de empresas físicas e digitais.

O mercado digital expandiu-se trazendo à tona novas possibilidades para as empresas, com foco na produção de produtos especializados no gosto dos clientes. Para a atuação adequada de tais empresas, faz-se necessário a união de profissionais capacitados que mantenham as empresas numa estrutura de desenvolvimento próspero (KOTLER, 2017).

Mediante as informações apresentadas, o problema do artigo concebeu-se em razão da contemplação da crescente busca e exploração no mercado digital, visando negócios e lucratividade. O objetivo geral desta pesquisa dispõe-se em identificar a importância da administração de grande volume de informações e mensuração de resultados, tendo em consideração a valoração do nível de gestão qualificada de um negócio digital por meio da utilidade dos métodos e conhecimentos oriundos da contabilidade, analisando a dinâmica das relações estruturais da natureza gerencial de entidades virtuais, e a decorrência dos processos das sociedades de maneira legalizada e sustentável, tencionando alocar a ideia de gestão tecnológica adequada ao público de interesse.

Dessa maneira, o problema da investigação indica o propósito do estudo, exibindo o conteúdo a ser verificado com base nos dados obtidos através pesquisa sobre a contabilidade, a fim de servir como auxílio para empresas no ramo virtual, destacando o funcionamento das empresas em conformidade com as mudanças significativas geradas pelas inovações na tecnologia. O problema de pesquisa é uma forma de delinear o tema, trazendo aprofundamento e foco para uma argumentação relacionada ao tema, em forma de questão (MAZUCATO, 2018). Portanto, de que forma a contabilidade como ferramenta auxilia um negócio digital com um grande volume de informações e a mensuração de resultados?

Os procedimentos metodológicos do artigo, efetuou-se por meio do interesse em designar informações precisas e técnicas ao público, utilizando as Ciências Contábeis como ferramenta de gestão para o e-commerce, tendo como objetivo nortear os usuários da contabilidade a identificar métodos adequados para o ramo eletrônico, auxiliando para ter uma boa gestão empresarial e financeira. A natureza utilizada na pesquisa foi básica estratégica, tendo em vista que os procedimentos, as ferramentas, os meios e os fins, foram concebidos conforme a investigação do tema, demonstrando a relevância do instrumento contábil para entidades e-commerce, e coletando dados para colaborar com a gestão financeira e empresarial dentro dos comércios eletrônicos. Quanto aos fins da pesquisa optou-se por ser descritiva com embasamento em documentos, livros, revistas e artigos já publicados, utilizando informações existentes que contribuíram com o tema, caracterizando a finalidade do uso da contabilidade para as empresas e-commerce. Quanto aos meios, este artigo baseou-se em uma pesquisa bibliográfica, utilizando citações e dados que endossaram o tema com o objetivo de agregar informações que constataram a contabilidade como dispositivo para regularizar uma empresa que atua no ramo virtual, demonstrando a importância do uso dela para gestão financeira e empresarial, e consequentemente, manter a saúde patrimonial de maneira positiva.

Os objetivos específicos, identificaram o aumento da prospecção diante dos negócios digitais em virtude da experiência uniforme e contínua, realizando uma análise na transformação de emergências e improvisos decorrentes das atividades de empresas virtuais com o auxílio do contador e dos seus conhecimentos sobre gestão empresarial, gerando um negócio próspero.

Sendo assim, apresentando a relevância do uso do instrumento contábil em conformidade com a aplicação adequada nas empresas digitais por meio do auxílio do contador, será analisado e demonstrado todo seu mecanismo, em virtude do contexto dos avanços tecnológicos; o modo a ser seguido para a regularização das entidades virtuais; além do controle estabelecido conforme as obrigações internas e externas com o uso do dispositivo contábil para o sistema de gestão financeira e empresarial.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica é a classificação do artigo que localiza os pontos vitais da investigação feita pelo pesquisador. É um texto estrutural que possui tudo o que já foi mencionado ou publicado por outros autores que tenham relação com o tema e o problema da pesquisa. Dessa maneira, é por meio do referencial teórico que se torna possível verificar a condição do problema em questão, tendo em vista a consistência do estudo e a direção do aspecto teórico.

Todo trabalho científico, necessita de um embasamento e suporte teórico, por meio de pesquisas (livros, podcast, artigo…), dessa forma trazendo aprofundamento na área de pesquisa e passando maior qualidade informativa em seus projetos (CARVALHO, 2019).

2.1 CONTABILIDADE

A contabilidade manipula, interpreta e identifica fatos e atos contábeis que são gerados pelas transações e decorrências do patrimônio de uma entidade. Por patrimônio da empresa, entende-se que são bens e direitos mais as exigências, que podem ser representados, genericamente, pelo resultado obtido pela soma dos ativos e passivos. Assim sendo, a contabilidade busca colocar em prática todos os entendimentos contábeis por meio de registros e demonstrações do resultado do exercício, ela auxilia as empresas em diversas situações, analisando fatos e atos oriundos das operações das empresas em um determinado período.

Para Montoto (2018, p. 74) “é uma ciência social que estuda o patrimônio de uma entidade econômico-administrativa, pessoa física ou jurídica, com o objetivo de obter registros classificados e sintetizados dos fenômenos que afetam a sua situação”.

A contabilidade atua diretamente ao patrimônio, por meio dela é possível analisar onde recursos estão sendo empregados e o retorno deles para com a lucratividade da entidade. Fiscaliza, filtra e classifica todas as informações financeiras, buscando transparência, credibilidade e instruir (LYRIO, 2015).

A contabilidade é importante para as empresas, pois ela é a ciência que estuda os negócios associados diretamente ao patrimônio da entidade. Dessa maneira, é indispensável deixar de utilizá-la para manter a saúde financeira e econômica de um negócio.

Um bom negócio é reconhecido pela apresentação da lucratividade e pelo retorno do investimento, de maneira organizada e completa, e isso se torna possível justamente com o auxílio do profissional formado na área das ciências contábeis. O profissional capacitado para lidar com os números e as informações do patrimônio da empresa é o contador, pois ele é o especialista em identificar e codificar os dados gerados pelas transações e operações que produzem efeitos no patrimônio das empresas, sendo o responsável por toda área econômica e patrimonial. Além disso, ele gera relatórios que geram transparência sobre as informações fiscais das atividades praticadas pela pessoa jurídica. A contabilidade demonstra toda saúde financeira das empresas, analisando os custos, receitas obtidas, despesas, e a lucratividade, ou seja, ela demonstra a situação de ativos e passivos. Ademais, as observações feitas pela contabilidade vão além do interno da empresa, ela identifica fatos externos que possam influenciar na natureza de atuação da empresa, além de verificar o funcionamento da entidade.

2.2 EMPRESAS DE E-COMMERCE NO BRASIL

O e-commerce é um comércio eletrônico, uma plataforma digital de comércio ou simplesmente pode ser designado como uma venda não presencial. É o mecanismo de vendas efetuadas por meio de um instrumento eletrônico, por exemplo, smartphones, computadores ou tablets. Surgiu em virtude do uso da internet, e ocasionou agilidade e facilidade nas interações de produtores e consumidores. Pode-se evidenciar pontos positivos sobre a utilidade do comércio tecnológico como, por exemplo, a praticidade fornecida aos usuários e clientes, a maneira mais rápida de criar anúncios, e a notável observação dos procedimentos com base em resultados, estimulando também a captação de clientes em conformidade com o monitoramento.

Segundo Teixeira (2015, p. 22), “constata-se que o acesso à internet cresceu muito nos últimos anos, o que foi crucial para a expansão do comércio eletrônico em todo o mundo, e também significativamente no Brasil”.

Com a chegada do acesso à internet, o mundo encontrou-se numa era evolutiva, também conhecida como a era da “revolução digital”, com o passar do tempo, as pessoas passaram a fazer praticamente tudo online ou utilizar a internet como facilitador para tal. O comércio ganhou uma nova perspectiva, além de ter a internet como alavancadora de imagem, foi possível sair do modelo tradicional onde para tudo se era necessário ir à loja física, agora é possível fazer pedidos de produtos e recebê-los na comodidade de seus lares ou estabelecimentos (CLARO, 2013).

Desde os tempos antigos aos tempos contemporâneos é possível notar o crescimento exponencial da tecnologia em virtude do ritmo acelerado das inovações, e isso também tem influência na dinâmica do mercado, embora antigamente os negócios tinham destaque pela atuação de atividades físicas, atualmente isso mudou devido aos avanços digitais. Grande parte dos clientes se deslocaram e passaram a efetuar compras e pedidos de produtos pela internet, e é precisamente nesse ponto, que o mercado também passou a tornar-se digital, visando à adaptação do modo operacional e da captação de maneira efetiva de clientes no contexto operacional e econômico das empresas. Muitas sociedades que atuavam em virtude de atividades realizadas de maneira física, tiveram que se adaptar ao ramo virtual para poder atender à demanda dos consumidores. A agilidade nas operações empresariais, exigiram mudanças significativas no estigma dos negócios, visando investimentos em centros para estocagem, e no alinhamento de aquisição elevada em tecnologia de logística. As empresas de e-commerce no Brasil têm apresentado crescimento em vários sentidos, onde a inovação se tornou, com o passar do tempo, o ponto decisivo para o negócio.

2.2.2 PERFIL DO GESTOR E-COMMERCE

O perfil de um gestor de e-commerce, é o de um profissional que tem o controle de uma loja online de uma sociedade. Conhecido também como e-commerce manager, ele é basicamente um diretor executivo (CEO – Chief Executive Officer), ou seja, ele possui as características fundamentais para alinhar uma entidade e uma equipe ao triunfo, além de possuir a autoridade elevada para a tomada de decisões. Para ter compatibilidade com o perfil de um gestor de um comércio eletrônico, é necessário possuir e desenvolver a capacidade estratégica e demonstrar uma visão global, e consequentemente, analítica. Ademais, deve-se atentar que, pelo fato de ser uma atuação no meio virtual, deve-se ter afinidade com a internet, dominando os recursos de marketing digital, e possuir experiência com o comércio de venda de produtos por unidade ou em pequenas quantidades. Em outras palavras, ter conhecimento considerável sobre o comércio varejista, além de apresentar a capacidade de liderança.

Para Ribeiro (2011, p. 15), “nesta nova realidade de globalização e digitalização, seja qual for a indústria, acredito que vencerão os players que tiverem maior capacidade de adaptação e rapidez de implementação de novas formas de gestão”.

O gestor e-commerce deve possuir uma série de habilidades e manejo ao utilizá-las, uma das principais é a adaptação, visto que o mercado está em constante atualização, para que uma empresa ou empreendedor autônomo se mantenha relevante em meio ao mercado digital, é necessário que seus produtos sejam modernos e diferenciados, quanto mais atualizado, maior qualidade e melhores preços, maior será a captação de clientes. Outra habilidade a ser observada é a capacidade de controlar estoques, em um ramo tão competitivo qualquer análise equivocada gerará prejuízos a empresa, logo a expertise em administrar a questão “oferta e demanda” se faz bastante essencial para reduzir perdas e ressaltar lucros (CHAFFEY, 2014).

O gestor de empresas e-commerce tem o controle com base nos procedimentos estratégicos que irão auxiliar a empresa a traçar as suas metas, ele é responsável em organizar toda a empresa em virtude do comércio eletrônico. Ele manuseia projetos envolvendo produtos em sites, e visualiza toda a logística voltada para a entrega e estocagem em centros de distribuição localizados em pontos favoráveis, fazendo cobranças virtuais e projetando a entrega dos produtos a seus consumidores. Além disso, ele utiliza técnicas de pesquisas sobre produtos para serem divulgados, e por meio dessas pesquisas gera prospecção de novos produtos. O gestor e-commerce é capaz de ser criativo em suas operações.

Contudo, apesar de atualmente tal cargo aparentar ser uma carreira promissora para quem investe em negócios digitais, é escasso profissionais qualificados no mercado para integrar a vaga de um gestor comercial eletrônico. O gestor possui um papel importantíssimo para as sociedades tecnológicas, pois ele é responsável por reunir dados relevantes, sujeito à análise de todo sistema operacional das empresas. A sua forma de atuação na prática, se identifica por meio de vendas online, análise de informações geradas pelas transações, produção de relatórios, observação do cenário competitivo, e monitoramento de fornecedores, considerando as metas estabelecidas no planejamento da entidade virtual.

2.3 EMPRESAS E-COMMERCE E NATUREZA SOCIETÁRIA

Empresas e-commerce são sociedades que atuam por meio do comércio eletrônico e que criam um elo entre o consumidor e o produtor. Entidades desse ramo vendem o serviço ou o produto por meios virtuais, e é geralmente conhecida pela entrega eletrônica. O e-commerce está associado à venda realizada pela internet, ocasionada tanto pelo produtor quanto pelo revendedor, nas redes sociais, ou em qualquer outra plataforma eletrônica.

A natureza societária também entendida como natureza jurídica, é a determinação de todo o sistema operacional e estrutural de uma sociedade, seja ela de caráter físico ou jurídico.

Segundo Schwab (2016, p. 29), “para se manterem competitivas, as empresas e os países devem estar na fronteira da inovação em todas as suas formas”.

A natureza societária de uma empresa é responsável pela indicação do caminho a ser seguido por uma empresa, após a devida análise, os sócios saberão em que determinação se encontra a empresa, direitos que passa a possuir e as normas que deverá seguir (SILVA, 2021).

A natureza societária das empresas, também chamada de natureza jurídica, é entendida como a fase que define a estrutura e o modo operacional da entidade, seja ela privada ou pública. Sendo assim, ao criar uma empresa é necessário saber quais serão as obrigações legais conforme o tipo de estrutura e negócio que a empresa irá tomar. Ao definir a natureza estrutural e o ramo específico da pessoa jurídica, é preciso conhecer as obrigações que as leis definem para serem seguidas, e com base nessas leis, elas serão aplicadas conforme a avaliação da quantidade de sócios, pelo capital social da empresa, e entre outros fatos identificáveis.

Para o governo, a natureza societária é uma forma de reconhecimento que possibilita o controle estável das operações em território nacional, o governo aplica exigências com base na natureza societária da empresa, visualizando a finalidade da pessoa jurídica e o seu quadro de sócios. Em relação às empresas e-commerce, pode-se dizer que os tipos se baseiam em virtude das relações das empresas digitais, dos seus objetivos, e da natureza do negócio, bastante similar ao funcionamento de empresas físicas.

2.3.1 TIPOS DE TRIBUTAÇÃO

No que diz respeito às interações e aplicações tributárias de empresas e-commerce, é necessário ter conhecimento dos principais impostos que são pagos pelas mesmas como, por exemplo, IRPJ (Imposto sobre Renda Pessoa Jurídica), PIS (Programa de Interação Social), COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). O sistema de recolhimento de empresas no ramo tecnológico é semelhante ao de empresas físicas, todavia, as pequenas diferenças podem ser observadas em manter o compliance fiscal, que é a utilização de práticas diferentes no procedimento contábil e fiscal de uma pessoa jurídica, as quais estão voltadas para os ajustes às obrigações vigentes legais.

“Não há diferenças em relação à carga tributária para o empresário, entre uma venda realizada por um estabelecimento físico e uma venda virtual”. (BERSELLI, 2016, p. 5).

Com o fortalecimento da internet e a melhora da estabilidade (qualidade), foi perceptível a atenção das pessoas e das empresas para o comércio eletrônico. Dessa forma, uma grande quantidade de dinheiro começou a rodar em circulação, como forma de fiscalização e captação de tributos, foram definidos uma série de impostos condizentes com a modalidade do comércio empregada, tendo o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) como o principal (GOMES, 2018).

A forma de recolhimento e incidência dos impostos são semelhantes entre as operações das empresas físicas e digitais, e as maneiras se dão pelo aumento do faturamento das atividades exercidas. Pode-se citar como os principais tributos recolhidos em empresas no ramo do comércio eletrônico, o IRPJ, ICMS, PIS, COFINS, IPI, ISS, CSLL, porém, o que mais se destaca em virtude da atuação de vendas e comercialização de produtos realizadas pelas entidades virtuais é o ICMS.

Dessa maneira, é importante ter conhecimento das obrigações a serem seguidas pela pessoa jurídica (mesmo que as maneiras de tributações sejam similares a de uma empresa no ramo físico), sendo exigível manter o negócio regular perante os órgãos competentes. Assim, sob a perspectiva da natureza tributária, deve-se manter as operações do patrimônio da sociedade dentro das obrigações legais fiscais, pois respeitando e prosseguindo de maneira harmônica com as exigências fiscais, consequentemente, as complicações na Receita Federal Brasileira em consideração das informações fornecidas serão amenizadas.

2.3.2 TIPOS DE MARKETING

O marketing trata-se do aprimoramento dos lucros obtidos por meio da produção tática da empresa, dos serviços prestados e das ofertas de mercadorias que correspondam às necessidades do grupo de consumidores. Os tipos de marketing têm como alicerce o campo digital ou físico, onde as empresas que operam nesses ramos, utilizam estes dois canais.

O marketing gera diversas soluções para o negócio, além das várias estratégias que são adequadas para os tipos de operações, concebendo resultados com base na estratégia aplicada. Os modelos de marketing geralmente são compreendidos pela forma de planejamento, e as estratégias definem o resultado na captação de clientes, e consequentemente, no resultado do exercício das empresas.

Para Brito (2013, p. 19), marketing “é o conjunto de ações voltadas para o mercado consumidor (aquele em quem queremos atender/criar necessidade e desejo), com vistas ao atingimento de resultados”.

Com a chegada da “era digital”, aumentou o nível de comunicação, avaliação, interação e formação de opinião. O marketing como ferramenta de atração entre as empresas e os clientes, tem como objetivo e desafio atrair mais clientes e aumentar o seu nível de interação com as marcas, mesmo com a internet tão presente no cotidiano, as pessoas ainda são alvejadas por informações de diversas fontes, logo cabe aos gestores de marketing buscar estratégias para melhor captar e atender aos seus clientes. (KOTLER, 2017).

Com a chegada da era digital as empresas passaram a possuir novas possibilidades para alavancarem suas marcas, contudo, passou-se a ter novas obrigações no espaço comercial competitivo. Basicamente, todas as empresas tiveram que optar pela modernização de seus processos de operação e a forma com que divulgavam sua marca e seus produtos. Previsto anteriormente por entusiastas da tecnologia, as empresas que não desenvolvessem e acompanhassem o crescimento tecnológico ficavam para trás, em muitos casos levando ao fechamento da empresa.

A acessibilidade promovida pela internet somada com os avanços tecnológicos ao ponto de as pessoas possuírem “computadores de bolso”, acrescentou novas possibilidades de divulgação de produtos, e por meio de estratégias, aproximou as corporações do seu público.

Atualmente, existem diversos tipos e modelos de marketing, contudo, os mais utilizados por quem deseja alavancar a marca e subir o número de vendas é o marketing de conteúdo, marketing digital e marketing pessoal. O maior conselho de diversos especialistas (incluindo Philip Kotler, conhecido como o pai do marketing) é de segmentar os produtos de uma marca a um público definido e investir tempo e recursos para estratégias de assimilação. Logo, o objetivo principal tornou-se mais do que apenas vender, e passou a integrar os clientes como parte da empresa, onde, além de divulgar sua marca e produtos, também a defenderá e a alavancará nas redes sociais.

2.3.3 TIPOS DE CLIENTES

Os tipos de clientes de uma sociedade possuem perfis diferentes, e esses perfis fazem a diferença na hora da divulgação e venda do produto. No ramo do comércio digital ou até mesmo em estabelecimentos físicos, são encontrados os mais variados perfis, que possuem peculiaridades inerentes à escolha do produto, a satisfação da qualidade do produto, ao atendimento e aos serviços oferecidos pela empresa.

Segundo Mehta (2017, p. 11), “cada cliente e todo cliente merece uma experiência incrível e um compromisso incansável com o sucesso deles, por parte dos fornecedores”.

Existem diversos tipos de clientes, de maneira simples e direta, do cliente que comprará praticamente tudo o que lhe for sugerido por alguém que lhe transmita credibilidade, ao cliente jogo-duro, que precisará investidas e negociações para que ele talvez se interesse pelo produto divulgado. O processo de captação do cliente começa desde o momento em que foi exposto a uma propaganda, até ao fechar uma compra no caixa, cabe ao bom vendedor se adaptar a cada cliente e lhe conduzir (HSIEH, 2017).

As empresas precisam se manter em constante evolução e fazer das mudanças sua realidade constante, atraindo atenção, despertando interesse e aproximando pessoas (clientes) de suas metas.

Existem diversas formas de definição sobre os tipos de clientes (pessoas alvo), suas formas de pensamentos e como fisgá-los, contudo, buscando por definições mais concisas e diretas deparamo-nos com dois tipos de clientes “o fiel e o não fiel”. Independentemente do quão boa seja a estratégia, o alcance das propagandas e a lábia do divulgador (ou vendedor), só servirá para atrair o cliente, não para mantê-lo. Quando se cita sobre manter o cliente, a palavra-chave é “fidelidade”, como a própria palavra indica, trata-se sobre ser fiel e constante.

Adaptação e inovação é o que atrai e mantém, lealdade é algo que necessita de lapidação constante, essa forma de posicionamento é o que torna clientes fiéis ou apenas um cliente ocasional. Enquanto o cliente fiel tem sentimentos e elos com determinada(s) empresa(s), o cliente ocasional “pula de galho em galho”, sem paradeiro. Logo, não pode ser contabilizado precisamente como alvo de uma campanha de marketing ou desenvolvimento de produtos. Entretanto, o poder dos clientes fiéis não só mantém compradores mensuráveis, como capta novas pessoas e instrui uniformemente as operações e lançamentos futuros.

2.4 A CONTABILIDADE COMO DESAFIO PARA O COMÉRCIO ELETRÔNICO

A contabilidade como desafio para o e-commerce está sempre se adaptando ao cenário evolutivo dos negócios, quanto aos avanços tecnológicos que incrementam novas possibilidades em todos os meios sociais. Precisa-se de constante atualização para gerar avanços no mercado e manter a saúde patrimonial da organização, em aspectos financeiros, sociais e econômicos. Softwares, aplicativos, sistemas sofisticados e com soluções com base nas atividades das empresas, são práticas que fazem parte do espaço das entidades.

Para Marion (2015, p. 28) “a contabilidade geral, necessária a todas as empresas, fornece informações básicas a seus usuários e é obrigatória para fins fiscais”.

A contabilidade atua como ferramenta para a gestão patrimonial, por meio dela se faz possível melhor qualidade nas tomadas de decisões, tanto em questões burocráticas como em questões judiciais, reduzindo prejuízos e levando maior aproveitamento dos recursos da entidade, além de auxiliar diretamente no cumprimento das obrigações fiscais (BRINCKMANN, 2014).

O comércio eletrônico ou e-commerce apresenta-se como uma oportunidade para as pessoas que desejam migrar para o mercado digital ou iniciar sua jornada no empreendedorismo.

No âmbito digital, a importância do contador é tão relevante como para o ambiente tradicional (empresas físicas, atendimento presencial). Assim como a tecnologia trouxe inovações e mudanças, o profissional contábil também se modificou frente às oportunidades e correspondeu a necessidade do mercado. Passou de fiscal para indicador de possibilidades e auxiliar nas tomadas de decisões, com diversas funções em comum ao ambiente de trabalho tradicional, tendo como funções principais:

– Auxiliar a empresa com questões fiscais;

– Desenvolvimento do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);

– Controle do balanço patrimonial;

– Auxiliar na tomada de decisões no que tange ação da empresa e dos sócios;

Como citado anteriormente, o contador passou a possuir o posto de consultor (também conhecido como consultor contábil), atuando diretamente na formação de ideias, nas tomadas de decisões e, muitas das vezes, como o gerente comercial dentro da empresa auxiliada.

2.4.1 CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade gerencial de empresas abrange práticas que auxiliam na tomada de decisões. A gestão contábil, analisa e estuda as melhores ações à empresa, gerando estratégias no sentido amplo e específico para a entidade. Assim sendo, o papel gerencial envolve a análise do fluxo de ações das empresas, o controle das despesas, o retorno do investimento aplicado em uma ação, a precificação de produtos e a verificação das maneiras de destacar a empresa perante o mercado. A contabilidade de gestão está relacionada na maneira como os gestores irão demonstrar e obter lucratividade com base no planejamento para a empresa.

Segundo Santos (2018, p. 18), “a contabilidade gerencial mensura e relata informações financeiras e outros tipos de informações que ajudam os gerentes a atingir as metas da organização”.

A contabilidade voltada para o ramo empresarial atua por meio de relatórios contábeis, atuando na apuração do patrimônio e nos resultados da organização. O papel da contabilidade de maneira simplificada é traçar metas cabíveis a empresa e regular, já a contabilidade gerencial atua diretamente com os gerentes das organizações, visto que são grandes responsáveis pelo cumprimento de metas e controlar o andamento da entidade (MONTOTO, 2018).

A contabilidade gerencial atua diretamente na parte interna da empresa, onde o contador atua por meio de análise interna, buscando conferir todos os tipos de relatórios dos setores financeiros e contábeis, além de analisar a real dimensão do patrimônio da empresa.

Por meio da contabilidade gerencial, análise interna detalhada e estudos de mercado, o contador poderá apresentar relatórios com pontos que deverão ser observados e acompanhados internamente, e atuará diretamente como consultor para decisões pertinentes ao desenvolvimento da empresa.

2.4.2 CONTABILIDADE FISCAL

A Ciência Contábil possui vários ramos, dentre os quais a parte fiscal tornou-se relevante para qualquer negócio, seja de pequeno, médio e grande porte. A contabilidade fiscal baseia-se nas operações das empresas que as deixam sujeitas às obrigações tributárias. Segundo as normas de fiscalização estabelecidas por lei, a parte contábil fiscal é responsável por registrar as operações das sociedades para apresentar em seguida, pagamentos e declarações de tributos. Toda essa análise e todo esse processo fiscal é realizado pelo contador, que é o profissional adequado para lidar com essa situação. Logo, será ele quem irá realizar a organização e controle completo de todo patrimônio da entidade, apurando registros e lucros dos impostos.

Para Neto (2019, p. 32), “a base de cálculo, conforme a Constituição Federal, deve ser definida em lei complementar, estando sua alteração sujeita aos princípios da legalidade”.

A contabilidade fiscal tem por objetivo analisar o patrimônio da empresa, buscando apurar ao máximo seus dados, promovendo maior exatidão em seus relatórios, dessa forma o contador proverá um melhor planejamento tributário, possibilitando que a empresa se encontre em meio a todas as legalidades fiscais. (CREPALDI, 2014).

A contabilidade fiscal ou a contabilidade tributária refere-se a sua principal área de atuação que são os tributos e o conhecimento a respeito deles, permitindo maior exatidão ao pagamento tributário.

Todo empreendedor no Brasil precisa pagar impostos, além de possuir conhecimento sobre as complicações ao interpretar leis e calcular adequadamente o valor dos impostos a pagar. Tendo isso em mente, o aconselhável é que o empreendedor invista na formação de uma boa equipe no que tange análises fiscais e prestação de contas.

Nesse processo, o contador que possuir os devidos conhecimentos sobre leis e ter acesso aos balanços e relatórios da empresa, poderá atuar diretamente na função de contador fiscal, contudo, há ressalvas de que erros poderão vir a acontecer devido cálculos imprecisos ou a falta no fornecimento de documentos pertinentes à operação.

2.4.3 RELATÓRIOS CONTÁBEIS

Os relatórios de contabilidade são uma ferramenta importante e eficaz para o sistema gerencial da empresa. Dessa maneira, é possível ser notificado sobre os problemas presentes e futuros da sociedade, elaborando formas de soluções a serem verificadas. Os demonstrativos contábeis, informe ou relatórios, são documentos da contabilidade que são gerados em virtude dos dados obtidos pelo sistema financeiro e econômico das empresas durante um determinado período, os quais são importantes para apurar a situação do patrimônio do negócio. Dessa forma, possuindo essa ferramenta no funcionamento da empresa, o gestor é capaz de ter controle dos gastos e ter acesso a rentabilidade da empresa, agrupando informações importantíssimas para a organização e reduzindo até a questão dos impostos.

Segundo Santos (2018, p. 16), “o Sistema de Informações Contábeis (SIC) consiste de partes manuais e informatizadas, inter-relacionadas e interdependentes, que faz uso de processos como coletar, classificar, resumir, analisar e gerenciar dados”.

Os relatórios contábeis têm por finalidade verificar a realidade patrimonial que uma empresa ou entidade possui, após devida análise e pesquisa interna e externa. Após etapa de pesquisa, o relatório passará a ser informativo, relatando a realidade da empresa de maneira detalhada e transparente, estando sujeito a futuras análises e julgamentos. (SILVA, 2015).

Os relatórios contábeis são realizados pelos setores contábeis, buscam transmitir informações técnicas e relevantes às questões financeiras da empresa (despesas, estoque, custos…). Tais informações são recolhidas internamente, buscando passar a maior quantidade de dados para a composição dos relatórios.

Os relatórios são realizados de forma periódica, variando pelo nicho da empresa, o segmento que atua, o tamanho da linha de produção. Em alguns casos, os relatórios são realizados mensalmente. Contudo, existem relatórios que são realizados em maior prazo de tempo (trimensal, anualmente), trazendo um novo aparato de informações e uma nova avaliação para com os relatórios produzidos anteriormente.

Existem relatórios que são obrigatórios por parte da empresa, normalmente designado a questões externas (prestação de contas, informações para investimentos balanço patrimonial, …), e existem os relatórios internos, também conhecidos como não obrigatórios, que possuem a função de reforçar as tomadas de decisões e as análises anteriores, enfatizando os pontos de observação dentro de uma organização.

2.5 RELATÓRIOS FINANCEIROS

Os relatórios financeiros estão associados ao fluxo financeiro que ocorre com base nas operações das empresas, porém, para ter relatórios precisos é necessário ter todo um planejamento visando a mensuração e objetivos. Os documentos financeiros, além de servir para o setor financeiro pelo simples fato de apresentar dados econômicos, também apresentam a saúde financeira de uma pessoa jurídica. Ou seja, os relatórios financeiros são informações condensadas e descritivas dos fatos financeiros de uma empresa durante um determinado período. Dessa maneira, é a principal forma de conduzir as áreas das operações de uma empresa, em virtude das informações. Por meio da análise dos relatórios, é possível definir e traçar metas de melhoria de crescimento a curto, médio e longo prazo.

Para Diniz (2015, p. 72), relatórios financeiros são “todas as demonstrações contábeis elaboradas pela organização, que servirão de base de informações para a análise econômico-financeira”. Lodo, eles “englobam tudo o que possuir informações relevantes financeiramente, desde avaliações técnicas, informações a respeito do fluxo de caixa, além das informações contidas por relatórios do setor contábil e administrativo” (GELBCKE, 2018).

Os relatórios financeiros compõem os estudos realizados internamente em uma empresa e tem como objetivo relatar de maneira transparente como a empresa se encontra financeiramente.

Normalmente, os relatórios financeiros são realizados com o levantamento de informações internas por parte dos diversos setores de uma empresa, levando em consideração as informações obtidas pelo setor administrativo e contábil, além das informações contidas no relatório de ambos os setores para compor um grupo de informações que serão transmitidas aos gestores.

O papel dos relatórios financeiros é analisar detalhadamente a empresa (balanço patrimonial, despesas, custos, valores a receber, liquidez) e contribuir para a lucratividade da empresa e redução de custos.

2.5.1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

O planejamento financeiro é o documento que aponta o caminho a ser traçado pela empresa, e é indispensável para gerar um bom negócio. Este documento almeja demonstrar um controle que garanta por meio de funções, o resultado positivo do exercício na saúde do caixa, e que leve em consideração às metas do plano de negócios, podendo ser, esses procedimentos, de curto, médio ou longo prazo. Dessa maneira, nenhuma empresa pode renunciar o plano de negócios, independente da grandeza da sua atuação no mercado, a entidade deve ser completa, considerando o macro e micro campo dos negócios, e deve ser gerado com o auxílio de um contador que é o profissional preparado para isso.

Segundo Marion (2015, p. 435), “só pelo conhecimento do passado (o que ocorreu) se poderá fazer uma boa projeção dos fluxos de caixa para o futuro”.

O corpo de doutrinamento contábil faz uma série de sugestões e normatiza alguns procedimentos, com o intuito de melhor estabelecer o processo de desenvolvimento econômico. O planejamento financeiro está incluído nisso, por meio dos relatórios referentes ao setor financeiro e com base nas metas futuras, é bastante recomendado que o faça para maior desenvolvimento socioeconômico (SILVA, 2021).

O planejamento financeiro é essencial para gerar ordem nos negócios, uma vez que ele estabelece objetivos com o qual a empresa terá que seguir com base nas instruções definidas de maneira estratégica. Ele gera controle sobre as ações de maneira antecipada, ou seja, faz toda uma análise das metas sejam elas de curto, médio ou longo prazo.

Para isso, é necessário estudar os próximos passos do negócio, analisando possibilidades, prestando atenção nas variáveis do mercado, e ter um grupo de procedimentos que se relacionam para compreender e organizar a gestão de recursos financeiros, tendo em vista a lucratividade, a melhoria do bem-estar da empresa, e a visualização do retorno do capital aplicado na ação. Essas ações se referem aos custos, despesas incorridas, as receitas ganhas ou obtidas, e ao cenário inerente às situações do mercado. Além de ser um documento de plano de negócios, ele aponta para o rendimento da empresa, e trata do uso de ferramentas para ter controle que possam assegurar a saúde do fluxo de caixa da pessoa jurídica, considerando as metas alcançadas durante o exercício da atividade da sociedade.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Segundo Amorim (2016, p. 139), “a técnica e métodos a serem utilizadas na investigação científica podem ser escolhidas desde a exposição do problema, da formatação da suposição e da limitação do objeto científico”.

A metodologia se expressa pela necessidade em utilizar os métodos adequados para explicar uma abordagem sobre uma determinada área de conhecimento. Ela exprime o caráter científico no artigo, dando ênfase em cada fase da pesquisa. Logo, a metodologia consiste em demonstrar o caminho trilhado pelo pesquisador até o resultado da investigação, apresentando as ferramentas, meios e fins sobre a natureza científica da temática.

3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Segundo Severino (2013, p. 108), “os procedimentos podem ser alterados e utilizados de diferentes formas ou etapas. Condizendo com a pesquisa e os métodos compatíveis a mesma”.

Os procedimentos metodológicos desta pesquisa, realizaram-se por meio do interesse em alocar informações precisas e técnicas ao público, com o objetivo de nortear, identificar e auxiliar.

3.1.1 QUANTO À NATUREZA

Para Libório e Terra (2015, p. 40), “a estrutura de uma pesquisa se molda de acordo com a natureza do trabalho científico, pela área de conhecimento e o tema abordado pelo projeto”.

Para Soares et al. (2018, p. 27), “o procedimento técnico é concebido por meio da contemplação ordenada de acontecimentos, da atividade de investigação, das conclusões e da veracidade da ciência nas consequências do estudo científico”.

A natureza da pesquisa foi básica estratégica, tendo em vista a abordagem feita por meio de pesquisa bibliográfica, mediante a investigações feitas em livros, artigos e revistas de aspecto científico, extraindo e utilizando citações que enriqueceram a pesquisa acadêmica.

3.1.2 QUANTO AOS FINS

Segundo Amorim (2016, p. 134), “se faz necessário um objeto final, para nortear as etapas de um estudo ou pesquisa científica”.

Segundo Vergara (2016, p. 78), “entende-se que uma pesquisa descritiva, objetiva-se a análise e revelação das informações de parte metodológica”.

Quanto aos fins, a pesquisa optou-se por ser descritiva com embasamento em documentos, livros, revistas e artigos científicos publicados, utilizando informações já existentes que possam colaborar com o tema, organizando os fatos e apresentando a relevância.

3.1.3 QUANTO AOS MEIOS

Para Mazucato et al. (2018, p. 70), “evidencia-se que se faz necessário para a elaboração de um trabalho científico, a qualidade das informações que servirão de base para a formação do conteúdo contido no trabalho”.

Segundo Zanella (2013, p. 36), “destaca-se como privilégio a praticidade para a atividade de pesquisa, por meio de fontes relevantes como ferramenta de conhecimento informativo e auxiliar”.

Quanto aos meios, optou-se em pesquisa bibliográfica, que é o estudo feito por meio da coleta de dados de artigos, livros e revistas de caráter científico, utilizando citações que possam endossar o tema com o objetivo de agregar informações que servirão como alicerce na criação de propostas.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de pesquisa teve por intuito reunir informações a respeito do papel da contabilidade para empresas voltadas ao mercado digital, buscando detalhar em etapas cada participação que o profissional contábil pode ter para com a empresa e com seu desenvolvimento socioeconômico.

Diante disso, essa pesquisa teve como objetivo geral reunir informações necessárias para transmitir a importância da contabilidade no e-commerce, desde o processo inicial de criação até a etapa final que seria a compra efetivada de serviços ou produtos. Esse conhecimento foi passado de maneira dissertativa, reunindo informações advindas de fontes como artigos científicos, revistas acadêmicas, sites e livros.

Tendo em vista a pergunta problema do trabalho: De que forma a contabilidade como ferramenta auxilia um negócio digital com um grande volume de informações e a mensuração de resultados? Este foi solucionado por meio das informações geradas pelos relatórios financeiros e contábeis, além de ter sido informado o papel que a contabilidade pode agregar de maneira geral, pois ela canaliza dados instaurados pelas transações e atividades das empresas, demonstrando que uma entidade que não possui um controle contábil, fica vulnerável às transformações do mercado. O contador direciona a empresa para o melhor caminho a ser tomado, e é o responsável em guiar a empresa com base estratégica, utilizando métodos contábeis e analisando o patrimônio da empresa, a curto, médio e longo prazo, por meio dos dispositivos contábeis, de modo a conceber benefícios na saúde econômica e financeira para o negócio, seja físico ou digital.

O objetivo específico inicial foi atendido por meio da citação dos tipos de clientes e as etapas de conquista dos mesmos. Tais etapas têm por objetivo segmentar corretamente cada tipo de cliente, desde os instáveis, até aos mais fiéis que se tornam defensores e propagadores de uma marca.

O segundo objetivo específico atingiu a meta por meio da explicação sobre a importante atuação do contador no que se diz respeito a qualidade de gestão, além de citar a importância da cooperação de profissionais de áreas interligadas, atuando em conjunto para a solução de possíveis problemas, análise interna e externa, além da prevenção de possíveis acontecimentos a respeito da empresa.

O terceiro objetivo específico foi atingido por meio de citações, explicações e exemplificações da atuação de um contador capacitado ou de um gestor versátil no ramo digital, enriquecendo, desta forma, o conhecimento do leitor e o trazendo para mais próximo do que está à procura.

A pesquisa partiu da hipótese de que com a chegada da nova era tecnológica e o mercado digital cada vez mais em alta, se faz necessário uma boa base de conhecimentos para melhor atuação no ramo digital. Porque devido a emergência e oportunidades, cada vez mais o número de interessados nessa área vem aumentando, trazendo muitas pessoas inexperientes ou até momentaneamente incompatíveis com o mercado digital. Por meio dessa questão, o trabalho foi elaborado com a intenção de fornecer informações e solucionar uma parte das principais questões relacionadas à atuação no ramo digital. Durante o trabalho foi efetuada diversas pesquisas por meio de livros, artigos, redes sociais, sites, entre outros. E constatou-se o trabalho em auxiliar todo o processo de empresas e-commerce. Por meio dessa pesquisa inicial, já foi possível trazer respostas e soluções para diversos problemas que atingem empreendedores e entusiastas do ramo digital.

Sendo assim, a recomendação para novas pesquisas é investir uma boa quantidade de tempo para o desenvolvimento de uma forma que seja possível nortear pessoas independente de suas classes sociais, aproximando as pessoas do empreendedorismo e dos profissionais responsáveis pela sua manutenção.

REFERÊNCIAS

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[1] Graduando do curso de Ciências Contábeis.

[2] Graduando do curso de Contabilidade.

[3] Orientador.  Mestre em Engenharia de produção. Especialista Logística empresarial. Graduado em Administração com Ênfase em Marketing.

[4] Orientadora. Mestra em Engenharia de Processos Industriais pela UFPA , especialista em Controladoria e Auditoria Contábil pelo Ciesa, Graduada em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário do Norte. Graduada em Ciências Econômicas pelo Centro Universitário do Norte.

[5] Orientadora. Especialista em Auditoria Contábil, Financeira e Tributaria e Graduada em Ciências Contábeis.

Enviado: Outubro, 2021.

Aprovado: Novembro, 2021.

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