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Como Aumentar A Nota Do Programa – Conhecendo A Atribuição De Notas Expedida Pela CAPES

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A atribuição de notas aos programas de pós-graduação

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre como se dá o processo de atribuição de notas aos programas de pós-graduação brasileiros. Quando nos referimos a esses cursos que ganham notas, estamos pensando nos cursos de mestrado e doutorado que fazem parte da modalidade stricto sensu. Muitos coordenadores de curso e acadêmicos em geral se questionam sobre como essas notas podem ser aumentadas. Essa é uma discussão que tem tirado o sono de muitas pessoas. Isso se dá em virtude do fato de que é a nota que irá determinar o alcance de certos benefícios. Dentre eles, há a quantidade de bolsas e a quantidade de recursos que o governo como um todo e as agências de fomento irão disponibilizar para essas universidades. Liberando a verba, o aluno passa a ter mais recursos. Contudo, às vezes, os alunos não se sentem muito motivados e, assim, não contribuem para que a nota aumente.

A falta de ânimo dos discentes

Muitos dos alunos-pesquisadores acreditam que por não terem tido o acesso à bolsa, aquilo que estão fazendo agora irá agregar benefícios para pesquisadores futuros e não para si. Essa é uma ideia errônea. Todo programa de mestrado e doutorado funciona de forma coletiva. Todos os envolvidos com esse programa são responsáveis, de forma direta ou indireta, pela nota obtida em cada quadriênio. Vamos esclarecer alguns pontos sobre isso ao longo do post. Essa pauta surgiu de uma colocação deixada por uma pessoa que nos acompanha em nossos canais oficiais. A pessoa coloca que muito tem sido falado sobre as estratégias para ingresso nos programas de mestrado, sobre como escrever projeto e sobre como desenvolver e publicar um artigo. Reconhece-se essa importância, porém, em razão das exigências que a CAPES coloca aos programas, gostaria de saber de que modo a nota dos programas pode aumentar.

Quais são as atividades que podem aumentar a nota de um programa?

Quais são as atividades que podem aumentar a nota de um programa?Embora a prática da publicação de artigos científicos seja a mais encorajada pelas universidades a fim de que os seus programas aumentem suas notas, há outras atividades que podem impulsionar esta nota. A dúvida que nos foi colocada é como os estudantes acadêmicos podem reagir frente a essas exigências da CAPES. Essa questão é muito fundamental. A primeira coisa que precisamos manter em mente é que devemos parar de demonizar a CAPES. O trabalho da CAPES, na verdade, é essencial para que os programas garantam que pesquisas de qualidade e relevantes sejam desenvolvidas e publicadas. A CAPES faz com que a pós-graduação brasileira no sentido stricto sensu funcione da melhor forma. O atendimento a essas regras faz com que o programa tenha relevância e impacto social. Contudo, é fato que todos os órgão reguladores acabam direcionando e ditando algumas regras que devem ser seguidas à risca.

As regras dos órgãos reguladores

As regras dos órgãos reguladoresEmbora certas regras possam não parecer justas aos olhos de alguns, elas são essenciais. Os cursos oferecidos na pós-graduação aumentaram muito. Se essa quantidade aumenta muito, a CAPES, enquanto órgão regulador, tem o dever de pontuar esses programas a fim de que os recursos disponíveis sejam distribuídos de forma mais justa. Desse modo, os programas que demonstram um maior comprometimento e engajamento com as atividades científicas recebem mais recursos. São programas que exercem impacto na sociedade que têm mais acesso, isto é, aqueles em que os alunos formados tendem a fazer diferença na sociedade. Há diversos aspectos levados em consideração pela CAPES. São os elementos que se encontram no Lattes. Como exemplo, podemos citar as aulas ministradas, cursos de curta-duração, participação em congressos, publicação de artigos, organização de eventos, dentre outras.

Atividades que agregam valor à minha instituição

São muitas as atividades que podem elevar a nota de um programa. Contudo, no caso de um congresso, por exemplo, se você conseguir participar com apresentação de trabalho, a sua universidade será ainda mais beneficiada. Todos os recursos no Lattes podem impulsionar a sua carreira acadêmica, como, por exemplo, o tipo de pesquisa desenvolvido, vínculos de trabalho, participação em grupos de pesquisa etc. Falamos bastante em publicação de artigos porque dentre as atividades pontuadas, os artigos científicos são os mais bem pontuados no eixo dos alunos. Ele ganha essa expressividade porque a produção acadêmica-intelectual, hoje, acaba sendo finalizada com a publicação de um ou mais artigos científicos. Por exemplo, você enquanto participante assíduo de um grupo de pesquisa contribui com essas pessoas, porém, o impacto dessas reuniões não pode ser mensurado se não há resultados concretos das reuniões.

O impacto social do pesquisador

O impacto social do pesquisadorO pesquisador que não publica, mesmo que esteja engajado com outras atividades, não exerce impacto nenhum na sociedade, pois as pessoas não sabem o que ele discute e no que está interessado. Apenas se você publicar os resultados das discussões feitas nesse grupo é que as pessoas começarão a visualizar o seu impacto (e do grupo também). O mesmo vale para os cursos de curta duração ministrados em um bairro específico e com um público específico. Se as ações sociais são somadas às atividades acadêmicas-intelectuais, com certeza o seu impacto será inegável. Assim, a CAPES leva em consideração para aferir as notas o exercício acadêmico de cada pesquisador. Precisamos, enquanto pesquisadores, produzir recursos intangíveis em prol da sociedade atual em que vivemos. Por esse motivo, o artigo ganha a sua popularidade. Se você vai em um congresso e não pública, não há ninguém impactado com o que foi debatido.

Por que publicar os resultados de um evento?

Por que publicar os resultados de um evento?Publique as suas considerações em um resumo expandido do evento que participou ou nos anais para que a sociedade reconheça a importância desse estudo. Sem que haja essa materialização do que foi debatido, a contribuição acaba sendo para com um número seleto de pessoas, em geral, para aquelas que foram até o evento. Você enquanto intelectual e acadêmico precisa trazer algo para a sociedade. Desde que as discussões feitas neste evento sejam convertidas em um artigo científico ou em algum material concreto, você deixa de ser um indivíduo que está apenas absorvendo o conteúdo e passa a ser um sujeito que está produzindo algo efetivo para a sociedade. Todas as possibilidades de pontuação que a CAPES fornece e as variáveis que são criadas a cada avaliação estão ligadas à compreensão social da ciência. Dentre essas novas demandas, a CAPES tem analisado o que o pesquisador fez a cada cinco anos.

A análise dos últimos cinco anos do pesquisador

A análise dos últimos cinco anos do pesquisadorSuponhamos que há um aluno com uma bolsa, isto é, está recebendo financiamento do governo para executar a sua pesquisa em uma região específica e em um nível específico (graduação). Este mesmo aluno pode ir para uma outra região realizar um curso de mestrado e ele novamente recebe recursos por um período determinado. O Estado, por sua vez, espera que haja um retorno por parte desse estudante que teve a sua pesquisa financiada. O Estado quer saber quais foram as contribuições deste aluno durante o curso e o que fez depois, após ter obtido o título. Esse interesse é comum, também, para verificar se o aluno que saiu de uma comunidade migrou para ela depois para integrar o corpo docente e de pesquisadores. Com isso, o programa ganha uma nota ainda maior, pois entende-se que ele tem impacto social. Desse modo, a CAPES apresenta uma série de requisitos para mensurar essa participação.

A quantificação do impacto social

A fim de que a CAPES saiba se a instituição tem alcançado esse impacto social, mensura-se a produção científica produzida em um período específico. Diante deste cenário, marcado por cobranças, pressões e inquietações de pessoas diversas, há questionamentos sobre as muitas cobranças da CAPES. Algo que você não pode deixar de manter em mente é que a CAPES acaba se baseando em outras métricas para criar os seus próprios mecanismos que irão avaliar a produção científica brasileira. Assim, as pessoas que acabam desenvolvendo mais atividades acadêmicas, acabam sendo mais beneficiadas, assim como os programas dos quais fazem parte. Desse modo, o pesquisador que passa o seu mestrado ou doutorado inteiro sem publicar um artigo científico (irá publicar apenas a sua dissertação ou tese e um artigo após essa conclusão), pode acarretar certos prejuízos para o programa do qual faz parte.

Prejuízos ao programa de mestrado ou doutorado

Um curso de mestrado costuma durar, em média, dois anos, enquanto os doutorados, quatro anos. Ficar todos esses anos sem publicar nada sobre a pesquisa enquanto recebe investimento por parte do governo não é algo bem visto na academia e pode causar sérios danos a sua carreira enquanto pesquisador. Por outro lado, há um acadêmico que recebe o mesmo recurso e que é muito mais engajado com a comunidade científica. Além do seu trabalho final, compromete-se com a pesquisa, ou seja, mergulha, de fato, nesse universo. Para tanto, além de desenvolver a sua dissertação ou tese de forma séria e engajada, participa das reuniões do grupo de pesquisa, publica artigos científicos, participa de eventos científicos com apresentação de trabalho, dentre outras atividades acadêmicas que prezam pela divulgação do conhecimento que é produzido dentro das universidades.

O retorno social de um pesquisador

Um pesquisador que participa das reuniões em grupos de pesquisa, que divulga os resultados de sua pesquisa e que se compromete em devolver o investimento que recebeu para a sociedade na forma de conhecimento com toda certeza será bem visto. Desde que esse aluno esteja comprometido com as atividades acadêmicas e com projetos sociais (como é o caso, por exemplo, dos projetos de extensão), os resultados a serem vertidos para a sociedade são muito benéficos. Esse perfil de pesquisador desenvolve as atividades durante todo o seu curso de mestrado ou doutorado. Nas duas situações os pesquisadores recebem o mesmo recurso, a diferença é que um faz o básico (a dissertação e um artigo) e um engajado com a ciência. Esses costumam publicar de dois a três artigos por ano. Esta dinâmica é desenvolvida dentro da própria instituição. Quanto mais imerso você estiver, mais credibilidade você terá.

Aqueles que produzem mais são mais favorecidos?

Como os alunos engajados com a pesquisa estão sempre produzindo, eles acabam sendo mais beneficiados do que os alunos que apenas fazem o básico. Esses não conseguem se destacar, pois não há engajamento. Essa questão suscita um intenso embate acadêmico, pois, realmente, há diversas instituições que enfocam mais na produção voltada ao social, isto é, incentivam a publicação de pesquisas que possam realmente sanar as demandas e solucionar os problemas atuais e urgentes da sociedade e instituições que enfocam mais na formação intrínseca. Nós, enquanto acadêmicos, a depender do contexto no qual estamos imersos, seremos impulsionados a agirmos de acordo com a lógica defendida por esta instituição. Quanto mais ela produz, maiores serão os benefícios que você poderá obter. Algo que devemos frisar é que tudo o que está no Lattes é produção acadêmica e eleva a nota.

Por que debate-se tanto sobre a produção científica?

Hoje, fala-se muito sobre a produção científica porque ela impulsiona a nossa carreira de pesquisador. Assim, quanto mais artigos publicarmos, bem como relatos de experiência, resumos e resenhas críticas e infinitas outras atividades, maiores serão as chances de elevarmos o potencial do nosso programa. São muitas as formas que podemos contribuir com a sociedade. Ao desenvolvermos uma resenha sobre um livro que lemos para uma disciplina, poderemos ajudar um aluno do Ensino Médio a compreender um conceito teórico. Ele terá contato com um conhecimento sério e de qualidade, que é embasado em autores críveis. Desde alunos do Ensino Fundamental até vestibulandos podem ser beneficiados com o seu conhecimento.

Além de beneficiar essas pessoas que possuem objetivos específicos, você também estará ajudando a própria sociedade a se informar com dados que são verdadeiros e que irão contribuir para que a sua formação seja mais completa. É por esse motivo que se fala tanto em produção intelectual. Os artigos científicos são os materiais que chegam com mais facilidade à sociedade em geral, por isso são tão incentivados e impulsionados pela própria CAPES. Esperamos que com esse post tenhamos esclarecidos as principais dúvidas sobre a produção científica e como ela pode elevar o patamar do seu curso/programa. Mesmo que seja difícil atender a todas as regras, precisamos ver a CAPES como uma poderosa aliada.

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