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Mestrado sobre alfabetização

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A lógica de funcionamento da pós-graduação no Brasil

A lógica de funcionamento da pós-graduação no Brasil

Olá, tudo bem? Em nossa conversa de hoje iremos retomar as nossas discussões sobre as particularidades dos cursos de mestrado.

Como temos destacado ao longo das nossas diversas reflexões sobre mestrado e doutorado, esses cursos possuem diversas características e embora elas possam se repetir em universidades distintas, sejam elas públicas ou privadas, é crucial que levemos em consideração que cada uma dessas instituições possuem a sua própria lógica de funcionamento.

Quem concretiza essa lógica são os orientadores, pois, a depender da corrente filosófica-teórica-metodológica dessa instituição em questão, a escolha de certos autores com  qual você estava acostumado a trabalhar (ou que achou interessante com base em suas leituras prévias) pode ser inteiramente rejeitada.

Há o fato, também, de que uma mesma teoria pode ser interpretada de formas distintas pelas áreas, o que influencia na pesquisa.

Os cursos de mestrado/doutorado: características gerais

Após o ingresso em uma instituição de ensino superior (pós-graduação), você terá um tempo para desenvolver a sua dissertação, caso esteja no mestrado, ou uma tese, caso o seu curso seja de doutorado.

Há que se respeitar algumas etapas para que esse material possa ser aprovado em suas bancas de qualificação e de defesa. Em primeiro lugar, esse material precisa apresentar discussões profundas sobre o tema a ser desenvolvido, isto é, quando formos defender o nosso ponto de vista a partir dos diversos capítulos, não podemos recorrer aos achismos e impressões, pois esse texto precisa ser científico.

Contudo, para que ele seja entendido como científico, não basta citar fontes, elas precisam ser seguras e de qualidade.

Resgatar a literatura relacionada ao seu tema de pesquisa, sejam livros e/ou artigos, é de suma importância para que você passe uma maior credibilidade ao seu leitor.

O educar pela pesquisa: uma pauta urgente e necessária

O educar pela pesquisa: uma pauta urgente e necessária

Para discutirmos sobre os mestrados de nosso país, hoje, elegemos uma pauta que é mais reflexiva.

A educação é fundamental para que a ciência continue a progredir nas mais diferentes áreas e é por isso que hoje iremos discutir sobre os mestrados nessa área tão essencial ao desenvolvimento da vida humana.

Dentro dessa temática, há a questão da alfabetização.

Hoje, tem sido cada vez mais comum, infelizmente, que os alunos que estão entre os sextos e nonos anos ainda não estejam alfabetizados, o que faz desse problema urgente e relevante para ser debatido nas mais diversas esferas e áreas.

Hoje, existem diversos mestrados sobre a temática da alfabetização e gostaríamos de apresentar um panorama para que você, leitor, saiba como esse tema tão importante tem sido debatido pela nossa academia.

Questões como ensino e avaliação e ensino-aprendizagem são bastante discutidas atualmente.

O problema da não-alfabetização

O problema da não-alfabetização

A partir das nossas vivências e experiências, temos percebido que as crianças e adolescentes, de fato, estão com bastante problemas para relacionados à alfabetização e letramento.

Embora quando se discuta sobre os problemas de alfabetização automaticamente pensemos no contexto da escola, o problema é muito mais amplo, pois além da esfera escolar, ele perpassa pelas mais diversas dimensões da vida humana, o que faz com que elas fiquem defasadas.

Podemos citar alguns exemplos: no contexto familiar, na relação entre colegas, ao frequentarem espaços diversos, em qualquer um desses contextos, a ausência da alfabetização atrapalha a comunicação.

Nesse contexto, áreas como a Psicologia e as Ciências Sociais são muito benéficas, pois nos auxiliam a compreender a estrutura do pensamento humano, fornecendo-nos base para entendermos e, mais do que isso, encararmos esse problema.

A falta de letramento

O letramento perpassa as atividades de leitura e escrita.

Temos percebido que além das crianças e adolescentes terem dificuldades para ler e escrever, aqueles que conseguem não estão, de fato, letrados, pois não conseguem fazer sinapses, isto é, associações entre os mais distintos conhecimentos, ou seja, a leitura/escrita ficam fragmentadas e o pensamento crítico e reflexivo fica defasado, pois domina-se as técnicas de escrita e leitura, mas não consegue-se fazer uso produtivo desse conhecimento adquirido.

A capacidade de reflexão é reduzida e esse problema é repercutido em todas as esferas, não apenas quando são crianças e adolescentes, mas durante toda a sua vida.

Embora haja, sim, uma parcela expressiva de pessoas que conseguem ler e escrever, não conseguem fazer grandes alusões e ter uma opinião própria sobre esse conteúdo absorvido, o que faz com que o seu letramento não seja de qualidade.

Dificuldades para pensar

Pensar de forma crítica e reflexiva é algo mais complexo do que imaginamos.

Essa é uma das grandes dificuldades e, com isso, configura um dos grandes desafios que fazem parte do cotidiano do professor: fazer com que os alunos pensem, reflitam, indaguem, questionem e proponham intervenções frente ao conteúdo lido/escrito.

Contudo, a sua capacidade de associação se encontra bastante defasada, o que torna inviável esse processo de ensino-aprendizagem crítico e reflexivo.

A situação é complicada, porque, mesmo quando esses alunos são colocados diante de temas básicos, não conseguem opinar esse conteúdo, especialmente quando são postas questões de interpretação: procuram por fórmulas, ou, ainda, por argumentos que pertencem ao senso comum para que consigam responder, não havendo qualquer tipo de posicionamento frente a esse conteúdo com o qual tiveram contato.

O que tem sido pensado sobre o ensino-aprendizagem?

Com o objetivo de despertar o interesse desses alunos pela leitura e escrita, para que sejam, de fato, sujeitos letrados, muito tem sido debatido sobre novas metodologias de ensino, sobre formas distintas de se avaliar e sobre como lidar com as dificuldades para se fazer associações e interpretar os conteúdos diversos.

Parte dessa defasagem se dá em virtude de que em nosso país é muito comum que os alunos passem de ano de forma automática, sem que, de fato, estejam aptos para cursar os próximos anos letivos.

Essa defasagem tem se proliferado, pois os alunos chegam no último ano da educação básica (e até mesmo no ensino superior) sem que consigam interpretar e/ou debater textos, sobretudo quando são apresentados a assuntos que pedem por um posicionamento.

Devido a todas essas questões que apresentamos, surgem as dissertações que têm debatido sobre esse tema.

Os mestrados sobre os problemas de alfabetização

As dissertações que têm se ocupado em investigar os problemas relacionados tanto ao processo de alfabetização quando ao de letramento e sobre as suas respectivas dificuldades são as mais diversas.

Algo que faz com que a temática seja relevante é o estudo sobre os motivos que fazem com que esses alunos não consigam pensar de forma crítica e reflexiva sobre as mais diversas temáticas e problemáticas.

Discutir e elencar quais são as dificuldades mais comuns é algo bastante necessário e importante de ser debatido em nossa academia.

Algo que pode fomentar essa situação é a carência e a ausência de temas sociais, pois eles são os que mais despertam o senso crítico de um aluno.

Contudo, esses temas sociais não podem ser distantes do contexto de vida desses alunos, pois eles não serão capazes de opinar sobre algo que não faz parte da sua experiência/vivência de mundo.

O desenvolvimento intelectual dos alunos

A ausência de temáticas que fazem parte do cotidiano desses alunos fomenta um grande problema público: o prejuízo ao desenvolvimento intelectual dos alunos.

Esses reflexos serão repercutidos ao longo de toda a sua vida enquanto seres humanos.

A fim de reverter essa situação, sendo esse um processo longo e gradual, tornam-se necessárias e urgentes as pesquisas científicas.

Nós, enquanto cientistas e pessoas que se preocupam com as dificuldades de alfabetização e letramento, precisamos, por meio dos nossos estudos, auxiliar esses alunos a pensarem de forma mais crítica, contudo, para isso, é preciso que o ensino seja inclusivo e não excludente.

Assim sendo, por meio das nossas pesquisas, podemos apresentar novos métodos, ideias, ferramentas e instrumentos que propiciarão uma verdadeira transformação no contexto da sala de aula.

O desenvolvimento intelectual não é o mesmo para todos: é o nosso meio quem o define.

A construção do desenvolvimento intelectual

A depender das nossas condições culturais e intelectuais, pensar de forma mais crítica e reflexiva é muito mais viável, pois aqueles que possuem condições mais favoráveis ao longo de toda a sua vida estarão em contato com a arte e com a cultura, o que contribui de forma mais positiva para com uma formação mais ampla.

Contudo, nem todos possuem o mesmo acesso à cultura e, desse modo, é nosso papel tornar o conhecimento cada vez mais inclusivo e acessível a uma vasta gama de sujeitos.

Para reverter a situação desse aluno que durante toda a vida teve o acesso à cultura negado, é preciso que, constantemente, seja motivado e impulsionado a pensar.

Fazer com que esses alunos sejam cientistas e comecem a desenvolver as suas próprias ideias desde cedo é fundamental.

Eles devem ser incentivados a pensar sobre o mundo ao seu entorno, pois, com isso, serão capazes de construir sinapses diversas sobre os conteúdos.

A carência do meio social

A carência do meio social

O acesso nunca é o mesmo para todos e, sem dúvida, esse fator dificulta o processo de absorção do conhecimento.

Assim sendo, o principal desafio é trazer o cotidiano desses alunos para a sala de aula, pois é apenas desse modo que conseguirão estar em contato com uma realidade que é acessível para eles e, com isso, aos poucos, conseguirão construir as suas sinapses sobre o mundo ao seu entorno.

Para aprofundarmos nessa questão é preciso que recapitulemos a importância da pesquisa. Em nossa prática, temos percebido que incentivar esses alunos à pesquisa tem resultado em boas práticas.

Contudo, não basta que esses alunos pesquisem pelos temas nos mecanismos de pesquisa, como é o caso do Google.

É preciso que eles sejam impulsionados a construir projetos práticos e de acordo com o seu contexto de vida para fazerem da pesquisa um novo hábito, pois ela é emancipadora.

A importância da pesquisa

A pesquisa é emancipadora, contudo, para que resulte em boas performances, essa pesquisa não pode ser distante do contexto de vida dos alunos.

Essa ferramenta deve ser uma forma de despertar o interesse, o querer pesquisar.

Quanto mais esse aluno é motivado e instruído a pensar sobre um determinado tema, mais poderosas serão as sinapses a serem construídas após o contato com esse conteúdo.

Nesse processo, não basta ensinar as técnicas de escrita e leitura, pois elas não despertaram, por si só, o interesse pela pesquisa: esses alunos precisam querer estar em contato com essas atividades de escrita e leitura.

Quanto mais conhecimento esses alunos tiverem, mais fácil lidarão com as diversas disciplinas.

Entretanto, é preciso destacar que essa tarefa não é fácil, bem como demanda-se um processo de ensino-aprendizado que não seja fragmentado, mas sim multidisciplinar.

Atenção à realidade do aluno

Para que esse aluno consiga, de fato, ser um pesquisador, é crucial que se faça uso das ferramentas corretas.

Cada tipo de público responde melhor à certos instrumentos.

Essas ferramentas tomam forma a partir de atividades, como é o caso, por exemplo, de atividades manuais, de jogos e qualquer tipo de atividade que traga para o contexto da sala de aula o dia a dia desses alunos, pois é apenas dessa forma que se sentirão motivados e confortáveis para interagir tanto com o professor quanto com os demais colegas.

Há um outro problema com o qual precisamos aprender a lidar: o desinteresse por parte do aluno.

Mesmo levando atividades com as quais podem se sentir mais interessados, captar o interesses dos jovens é realmente um desafio.

Isso se dá em virtude de um outro problema: o intenso fluxo de informações com o qual nos deparamos atualmente.

O problema do excesso de informações

O problema do excesso de informações

A cada dia somos abastecidos como novas informações e, com isso, há benefícios e malefícios na mesma proporção.

Hoje, possuímos uma grade curricular que é pouco atrativa para esses alunos, o que dificulta ainda mais conseguir captar o seu interesse pelo conteúdo ensinado.

Muitos alunos não conseguem visualizar de que forma esse conteúdo pode ser útil para as suas vidas e, desse modo, acabam o rejeitando, sobretudo por serem muito distantes da sua realidade ou pouco atrativos.

Nesse sentido, é preciso que nos adequemos a esses interesses dos alunos, seja procurando por temas que podem capturar essa atenção seja fazendo uso de métodos, ferramentas e gêneros que despertam esse interesse.

Um assunto que, inicialmente, foi rejeitado, caso seja abordado a partir de uma nova maneira, pode obter justamente o efeito contrário.

É preciso buscar por estratégias que propiciem esse interesse.

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