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Tipos de pós-graduação – Nível de mestrado – Quais são as exigências para fazer um curso de mestrado

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Quais são as variáveis que devo levar em consideração?

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre algumas variáveis que você precisa levar em consideração antes de procurar por um curso de mestrado que seja de sua preferência. Chamamos essas variáveis, na verdade, de exigências. A primeira coisa que você precisa levar em consideração é que a consulta ao edital é indispensável, pois, ali, constam todos os dados essenciais que você precisa saber sobre o processo seletivo ao qual irá se submeter. Além disso, há uma série de requisitos prévios que você precisa atender, como, por exemplo, a submissão de um projeto de pesquisa, sendo que nele irão constar alguns tópicos essenciais, como, por exemplo, a introdução, metodologia, fundamentação teórica e outros dados. Embora o projeto de pesquisa seja um dos critérios mais recorrentes, há uma série de outros requisitos importantes que gostaríamos de abordar ao longo desse post que são decisivos no processo.

Modelos dos programas de pós-graduação

Como temos salientado ao longo de nossos posts, essa série tem o objetivo de esclarecer alguns pontos sobre os modelos de pós-graduação atuais. Embora o nosso foco hoje sejam os cursos stricto sensu, iremos abordar um pouco sobre o lato sensu também. Esse post vale para quem deseja ingressar em um mestrado e também para quem já está nesse meio. Apenas para retomar, iremos falar sobre os cursos reconhecidos pela CAPES, isto é, que lhe permitem o exercício da profissão de forma legal. No post anterior, discorrermos sobre o mestrado acadêmico, especialmente sobre os formatos presencial, à distância (EAD) e híbrido. Na sequência, apresentamos os principais pontos sobre o mestrado profissional, também oferecido nesses três meios. Agora que você já conhece as características desses cursos, iremos nos debruçar nas exigências. Lembre-se, sempre, que estamos lidando com um terreno arenoso.

Demandas dos cursos de mestrado de caráter profissional

A primeira coisa que precisamos pontuar é que assim como nos cursos de mestrado acadêmico, as exigências aparecem na forma de créditos acadêmicos, porém, eles são mais flexíveis. Dentre esses créditos, em primeiro lugar, temos as disciplinas, que se dividem entre obrigatórias e eletivas. Além disso, precisará, também, participar de eventos científicos, como simpósios e congressos, bem como publicar artigos científicos. Embora essa realidade seja comum aos dois tipos de mestrado, cada um possui as suas especificidades. Por exemplo, a sua participação em um evento científico ligado à sua linha de pesquisa conta muito para o programa de mestrado no qual está matriculado. Suponhamos que você seja do setor farmacêutico e que todos os anos ocorra um evento particular na sua linha de pesquisa. O programa ganha com essa participação, seja em uma feira ou em um simpósio.

Os eventos direcionados a uma áreaOs eventos direcionados a uma área

No caso dos eventos direcionados para um certo setor/finalidade, é muito mais provável que eles impactem na nota do seu programa de mestrado profissional do que no acadêmico. No caso do mestrado acadêmico, é comum que aceite-se e contabilize-se apenas eventos científicos. No caso do profissional, eventos da área como um todo podem ser utilizados para a eliminação de créditos. Mesmo que haja essas particularidades, de certa forma, seguem as mesmas exigências. Diante disso, pode ser que o seu programa não aceite, especialmente aqueles com uma inclinação mais acadêmica, mesmo que façam parte da linha profissional. Isso se dá em virtude do processo de adaptação desses cursos nesse novo cenário. É marcado por uma forte resistência. O mestrado e o doutorado profissional buscam pela sua emancipação. Diversos cursos possuem o nome de profissional, mas possuem uma veia acadêmica.

A veia acadêmica nos cursos profissionais

Muitos desses cursos carregam o nome de profissionais, mas acabam sendo tradicionais em todas as suas exigências, incluindo o desenvolvimento do trabalho final. Poderá acontecer que mesmo na sua banca você seja surpreendido se não tomar boas decisões. Se escolher uma banca que seja cem por cento acadêmica, poderá ter um feedback nada positivo, pois não estão acostumados com essa vertente. Pode ser que esses professores surgiram contribuições mais teóricas para um trabalho que tem uma inclinação mais prática, o que pode afetar todo o foco do estudo. Essa é uma questão muito delicada, pois, em tese, a proposta desse tipo de curso não é a de ser tão teórica. Claro, todo trabalho pede pela fundamentação teórica, porém, alguns estudos têm uma reflexão mais filosófica-teórica do que prática, que parta, de fato, para o campo. Os trabalhos nesse tipo de curso costumam ser muito mais práticos.

Os trabalhos requeridos pelos cursos profissionais

Em virtude da finalidade desse tipo de mestrado, os trabalhos costumam ser mais práticos, como, por exemplo, produtos e/ou serviços, patentes, aplicativos, softwares e hardwares, protocolos, manuais, técnicas e afins. Diante disso, dispensa-se a realização de uma discussão teórica mais densa. Os conhecimentos são básicos e suficientes para sustentarem o tema que está sendo debatido, porém, o intuito é o de apresentar esse trabalho prático, sobretudo as suas características e finalidades. Esse é um cenário bastante complexo e demanda que estejamos todos com a mente muito aberta. Conhecer essas diferenças é fundamental, pois é apenas dessa forma que podemos argumentar e questionar quanto às exigências que fogem do escopo do mestrado profissional. Esse conhecimento é fundamental para que saibamos o que cabe ou não à nossa realidade/proposta de pesquisa.

As orientações no mestrado profissional

Diferentemente daquilo que muitos pensam, mesmo nos cursos de mestrado profissional, você precisará passar por uma sequência de orientações. Mesmo que seja um trabalho “menor”, ele não poderá ser desenvolvido sozinho. Você não o fará sozinho. A figura do orientador é essencial nesse processo. Esse trabalho precisará atender a uma série de normas para que seja aprovado. Elas podem ser consultadas no manual da sua própria universidade. Ademais, a orientação desse trabalho é obrigatória. É uma jornada que irá propiciar a você a compreensão panorâmica sobre o tema que está desenvolvendo. É apenas com esse auxílio, advindo de uma pessoa com experiência na área, que você conseguirá construir um bom trabalho. Contudo, antes desse trabalho, você precisará desenvolver um projeto. Em geral, ele é submetido logo na inscrição, porém, com certeza passará por modificações significativas.

A dissertação é obrigatória no mestrado profissional?

Alguns programas, em virtude desse processo de adaptação, ao menos têm usado o termo dissertação para se referirem a esses trabalhos finais. Isso decorre do fato de que o próprio termo aponta para o desenvolvimento de um trabalho mais teórico, reflexivo, logo, são mais práticos. A conceituação teórica aparece em uma menor proporção. Diante disso, esse termo pode ganhar o título de “trabalho final”. Termos como manual e produto final também são recorrentes no mundo acadêmico de hoje. Essas instituições conseguiram se emancipar e, com isso, propõem um novo formato, uma nova filosofia. Além disso, temos percebido uma certa recorrência no ano de dois mil e vinte nos editais para ingresso aos programas de mestrado profissionais: a apresentação prévia de um projeto, algo que já é comum nos cursos de mestrado acadêmico. Contudo, as normas para esse projeto profissional são um pouco diferentes.

Diferenças estruturais nos projetos do mestrado acadêmico e profissional

Temos percebido que, nos cursos de mestrado acadêmico, é muito comum que o candidato, no momento apropriado, tenha que apresentar o tópico da fundamentação teórica. Neste capítulo, devemos apresentar, em um mestrado ou doutorado acadêmico, os pressupostos de pesquisa e alguns dos principais conceitos e autores que embasam esse pressuposto. É interessante que você traga para a discussão autores já consagrados na área, a fim de que o projeto ganhe uma maior expressividade. Todas essas dicas aplicam-se aos projetos submetidos aos cursos acadêmicos. Para argumentar sobre as suas alusões, terá que partir de teorias já consolidadas. Contudo, no mestrado profissional, esse tópico nem sempre aparece. Algumas instituições/programas exigem, porém, outras, não. Os projetos em algumas delas não seguem parâmetros tão rigorosos, como ocorre no mestrado acadêmico.

Os projetos no mestrado profissional são mais flexíveis?

Sim. Geralmente, quer-se, apenas, ter uma ideia geral acerca do que você deseja desenvolver nesse curso de mestrado profissional. É interessante manter isso em mente, porque, se você deseja fazer um mestrado profissional, e, ao ler o edital, percebe que as regras são muito próximas da lógica acadêmica, pode acabar não sendo uma boa ideia ingressar nesse programa, em virtude das finalidades serem diferentes. A tendência de você ter que se adequar aos moldes do mestrado acadêmico é muito mais comum. Quanto mais próximo for esse edital do modelo acadêmico, maiores serão as chances de a sua dissertação também possuir essa inclinação. Por esse motivo, conheça quais são os professores disponíveis, as linhas de pesquisa e como essa instituição lida com o mestrado profissional. Acesse o Lattes desses professores e analise qual deles mais te chama a atenção e se os seus interesses de pesquisa são próximos.

O diálogo com o futuro orientadorO diálogo com o futuro orientador

Antes mesmo de ingressar no programa, é muito importante ter um primeiro contato com o orientador. A primeira estratégia indicada é enviar um e-mail para ele, e, se possível, marcar uma reunião. Além disso, você pode analisar as suas chances investigando os seus últimos trabalhos para identificar quais são os assuntos que despertam a atenção desse possível orientador. Isso é muito importante, pois, se você está procurando por um curso profissional, não será benéfico procurar por um orientador que tenha essa pegada mais acadêmica, porque ele não será capaz de orientar um trabalho mais prático. Se você deseja trabalhar na academia com o seu campo de atuação, precisa procurar por um professor com interesses semelhantes. É muito comum que as pessoas que procuram por um curso acadêmico tenham o interesse de ministrarem aulas no ensino superior. Analise bem os seus anseios e prioridades e decida.

Quando o mestrado profissional se torna vantajoso?Quando o mestrado profissional se torna vantajoso?

Tudo irá depender dos seus interesses. Se o seu objetivo é o de produzir patentes, novas tecnologias, produtos, manuais e afins, com certeza esse curso terá muito com o que agregar à sua formação, e, ainda, à sua carreira. Essas possibilidades de trabalhos manifestam-se, como vimos, nos próprios termos desse trabalho final que substitui a dissertação, como, por exemplo, manuais, patentes, bulas e muitas outras possibilidades. Esse é um fato curioso, pois embora seja uma tendência nova, temos percebido que certos cursos de mestrado profissionais prezam pelo desenvolvimento de bulas. Feitas essas considerações, podemos discorrer sobre uma exigência elementar: a qualificação. É bom que reste claro que, no mestrado profissional, algumas pessoas conseguem, de fato, construir e defender um trabalho que tenha a cara de um curso profissional. Diante disso, alguns programas não exigem essa seção de qualificação.

A seção de qualificação é obrigatória?

Tudo irá depender da filosofia defendida pelo programa. Alguns deles, por serem, de fato, mais práticos, dispensam esta etapa da qualificação. Isso decorre do fato de que esses programas entendem que não é necessário que esse aluno passe por uma banca teórica, visto que a finalidade do trabalho é outra. Ele terá a figura do orientador, responsável por acompanhá-lo durante toda essa trajetória de pesquisa, logo, dispensa-se a qualificação, pois é o professor o responsável por dizer se esse produto está apto para ser lançado no mercado. Assim, parte-se para a defesa, porém, não são todos os programas que pulam essa etapa da qualificação. Os que possuem uma pegada mais acadêmica com certeza não irão dispensar essa etapa. O que você deve analisar é se esse curso que está pleiteando já se emancipou ou se ainda hoje possui muitos resquícios da carreira acadêmica.

A defesa final do seu trabalho

Seja o seu trabalho uma nova tecnologia, software, aplicativo, sistema, manual e afins, precisará passar pelo processo de defesa. A apresentação desse trabalho final é obrigatória, registrada, inclusive, na forma de Ata. Todos os cursos de mestrado e doutorado reconhecidos pela CAPES, sejam eles acadêmicos ou profissionais, são muito sérios. Todo esse processo, inclusive, é divulgado ao público por meio do Diário Oficial, de modo que a data, horário e local são divulgados por esse órgão oficial do governo. Como essa defesa é pública, qualquer um poderá participar. Após a realização da sessão, a Ata de Defesa é enviada à própria CAPES. O reconhecimento do título vem depois. Por fim, quanto ao tempo de duração desse curso, você terá de dezoito a vinte e quatro meses para concluir esse mestrado, admitindo-se a prorrogação até os trinta meses. O período ideal é o de vinte e quatro meses.

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