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Gestão do Conhecimento e Instituição Pública de Ensino Superior: Um estudo de caso do sistema integrado de bibliotecas da UEA

RC: 69957
201
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/administracao/sistema-integrado

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

MACEDO, César Müller dos Anjos [1], SOUZA, Andrea Lanza Cordeiro de [2], SILVA, Itanilde de Angiolis [3], MADURO, Márcia Ribeiro [4], LIMA, Orlem Pinheiro de [5], OLIVEIRA JÚNIOR, Nilson José de [6], ARAÚJO, Paulo César Diniz de [7]

MACEDO, César Müller dos Anjos. Et al. Gestão do Conhecimento e Instituição Pública de Ensino Superior: Um estudo de caso do sistema integrado de bibliotecas da UEA. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 12, Vol. 14, pp. 89-110. Dezembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/sistema-integrado, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/administracao/sistema-integrado

RESUMO

Este estudo visa destacar os aspectos conceituais sobre o conhecimento científico e gestão do conhecimento. Assim, a pesquisa teve como objetivo principal compreender as práticas de gestão do conhecimento pelos bibliotecários do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade do Estado do Amazonas (SIB/UEA). O estudo demonstrou quais as práticas exercidas pelos Bibliotecários do Sistema são serviços públicos e qual sua eficácia no processo de compartilhamento de informações e serviços para a sociedade. Este assunto é de grande relevância, principalmente para a comunidade acadêmica, uma vez que este é o universo que permeia todas as áreas de conhecimento, sendo, portanto, indispensável à todos aqueles que buscam aprimorar seus conhecimentos. No tocante à metodologia, parte-se de um estudo de caso, com a aplicação do questionário nas bibliotecas do SIB/UEA. Os resultados mostraram que o SIB/UEA é composto por muitos profissionais capacitados que fazem uso das práticas de Gestão do Conhecimento no seu cotidiano dentro das bibliotecas do Sistema e que, com elas, promovem outros serviços, atendendo, de forma isonômica, tanto o público interno das bibliotecas quanto a sociedade na localidade em que estão inseridos. Com base nos resultados obtidos, foi possível identificar e destacar as principais atividades de GC que os bibliotecários do SIB/UEA fazem uso e que são, consequentemente, serviços públicos. Por fim, vê-se a transformação de biblioteca convencional em uma biblioteca eletrônica ou digital. Esta é uma atividade que atua diretamente com as questões de geração da GC, viabilizando a atualização da biblioteca na sociedade atual e, também, torna mais fácil o acesso às informações científicas, que serão disponibilizadas para uso interno da universidade, como, também, para toda a população, que poderá fazer uso deste serviço.

Palavras-chave: Conhecimento Científico, Gestão do Conhecimento, SIB/UEA, Serviços Públicos.

1. INTRODUÇÃO

Muitas informações podem ser adquiras à todo o momento, sendo que essas informações geram conhecimentos, os quais podem ser aplicados em várias áreas da sociedade. Toda a gama de informações, assim como o processo de geração de conhecimentos, podem ser modificados à todo o momento, dependendo do contexto em que esses conhecimentos foram inseridos. Uma informação pode ter várias facetas e gerar muitos conhecimentos, sendo que o conhecimento pode apontar para diversos resultados a partir da interpretação que foi feita dele. O contexto social sempre está em constante mudança, motivado, sobretudo, pelas novas tecnologias que, a cada dia, são modificadas, fazendo com que a sociedade mundial seja ainda mais globalizada e interligada. Destarte, a produção de informações tem se tornado maior em seus diversos meios produtivos. Um desses meios são as universidades, consideradas fábricas de conhecimento. A coletividade do meio universitário é levada de encontro ao tripé ensino, pesquisa e extensão, que são os pilares dessas instituições.

As instituições públicas de ensino superior são dotadas de conhecimentos, coletados, organizados e compartilhados por bibliotecas. Estas, por sua vez, são formadas por equipes de profissionais capacitados para lidar com o fluxo de conhecimentos dentro dessas instituições, processo este denominado de gestão do conhecimento. É por meio deste princípio que esta pesquisa teve como objetivo principal compreender as práticas de gestão do conhecimento pelos bibliotecários do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade do Estado do Amazonas (SIB/UEA), demostrando quais são as práticas exercidas pelos Bibliotecários do Sistema e quais são consideradas um serviço público, além de apontar qual sua eficácia nesse processo. A pesquisa destacou, também, aspectos conceituais sobre o conhecimento científico e gestão do conhecimento. Os resultados desta pesquisa foram obtidos por meio da aplicação de um questionário fechado com perguntas de múltipla escolha, direcionado aos bibliotecários do Sistema.

Os formulários foram enviados via e-mail eletrônico para cada servidor, de acordo com a biblioteca de sua unidade (Escolas Superiores, Centros de Estudos Superiores e Núcleos de Estudos Superiores). Com a análise das informações, foi identificado que o SIB/UEA, por meio dos bibliotecários que compõem o Sistema, faz uso das práticas de Gestão do Conhecimento, aplicando-as nas suas atividades cotidianas e realizando outros serviços que beneficiam toda a comunidade acadêmica e a população em geral da cidade em que estão inseridos.

2. GESTÃO DO CONHECIMENTO

O alicerce do conhecimento científico é a ciência, que, por sua vez, consolida-se a partir da interação entre os saberes acumulados por meio de paradigmas, testados por anos, analisados e comprovados por diversos campos de domínio. O ser humano sempre foi ativo, sempre quis saber mais, procurar por algo além do que já foi visto. Hawking (2001, p. 3) diz que “nossa busca de descobertas alimenta nossa criatividade em todos os campos, não apenas na ciência”. É notório saber que a partir do momento em que nos comunicamos, estamos trocando e disseminando informações, seja do próprio ponto de vista, seja do ponto de vista do outro. É essencial tomar nota para a troca de informações, pois, nesse processo, eu analiso e me identifico ou discordo com uma opinião, seja ela individual ou coletiva. Segundo Ghedin (2003, p. 10) “o indivíduo que possui a capacidade de analisar e discutir problemas de forma inteligente e racional, sem aceitar, automaticamente, suas próprias opiniões ou opiniões alheias, é um indivíduo dotado de senso crítico”.

O posicionamento crítico não exige, necessariamente, um arcabouço crítico, mas busca o silogismo no ato de pensar e de confrontar com aquilo que já possui.  A forma de diálogo e as opiniões que tomamos ao longo do tempo são consideradas formas de conhecimento. Assim, Dutra (2001, p. 5) define conhecimento como “o conjunto de crenças mantidas por um indivíduo acerca de relações causais e fenômenos”. Segundo Ghedin (2003, p. 276) “o conhecimento já traz em si a criticidade, pois sem ela, ele seria apenas uma opinião que procura as sombras do real e não a realidade ou o fenômeno tal qual se mostra”. Deste conhecimento, pode-se inferir que há uma provocação do saber quando trocamos informações e as definimos como opiniões para nossa vida. Marx (2005, p. 52) enfatiza que “não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas ao contrário, é o seu ser, social que determina sua consciência”.

É mais vantajoso aprender em sociedade, isto é, em grupo, equipe ou em família, pois é a melhor maneira para formalizar a consciência do indivíduo e, consequentemente, seu conhecimento. Na coletividade, os indivíduos são capazes de criar e, até mesmo, transformar as percepções das coisas. Para isso, deve haver a quebra de paradigmas que possibilitam o aprimoramento ou mudanças de concepções de tal ideia. Essa questão de saberes dentro das universidades é nomeada de conhecimento científico, pois são as universidades os espaços de ensino que fomentam, com mais frequência, essas temáticas, ou seja, são elas que contribuem, de certa forma, para com os melhoramentos sociais. Como afirma Terra (2003, p. 157) “as instituições de ensino possuem potencial científico e tecnológico e estão caminhando na mesma direção das organizações empresariais, que tendem a diferenciar-se umas das outras por aquilo que sabem e como utilizam o que sabem.”

Assim sendo, utilizando o saber científico para o aprimoramento de cada área, Kuhn (2017, p. 264) diz que “raramente comunidades científicas diferentes investigam os mesmos problemas. Em tais casos excepcionais, os grupos partilham várias dos principais paradigmas”. Tal situação faz com que as diversas áreas compartilhem de informações e difundam os seus resultados. Cada linha de atividade desencadeia diferentes processos, que ocorrem simultaneamente e exigem, dos profissionais que trabalham com essas informações, o envolvimento e conhecimento de todos os processos, uma vez que o desempenho de um setor depende do desempenho do outro. E, desta forma, estes profissionais podem exercer o importante papel de mediadores da informação e fornecer, aos usuários, facilidades de acesso às fontes de informação relevantes para o processo de criação do conhecimento científico e tecnológico (ROSTINOLA, 2006).

O uso e difusão do compartilhamento entre os indivíduos profissionais da mesma área é essencial aos incentivos iniciais da prática de gestão de conhecimento.  De certa forma, são todos os componentes que fazem do compartilhamento um bem de significativa importância, tanto para o indivíduo, como profissional, quanto para uma instituição ou organização. Entendemos, então, que conhecimento científico, diferente de outros tipos de conhecimento, são saberes que foram estudados e comprovados metodologicamente por campos específicos dos conhecimentos e que foram disseminados e aceitos pelos demais campos do saber ao longo do tempo. Entre as principais revoluções, o conhecimento científico aprimorou-se e ganhou um maior espaço nas organizações, principalmente nas empresas que se atualizam constantemente e procuram pela inovação. Nesse ambiente de mudanças contínuas, segundo Dazzi e Angeloni (2009, p. 20), “novas formas de gestão têm sido discutidas como alternativa ao modelo tradicional, uma destas formas é o modelo de gestão baseado no conhecimento”.

Deste modo Leite (2007, p. 138) afirma que “a gestão do conhecimento (GC) surge e tem como habitat natural as organizações empresariais e, como objeto, o conhecimento organizacional”. Considerando a importância do conhecimento como fonte de inovações e sucesso competitivo, as organizações o abraçaram de tal forma que os estudos relacionados aos processos da GC começaram a ser realizados. Angeloni (2008, p. 2) enfatiza que “a gestão do conhecimento é um conjunto de processos que governa a aquisição, a criação, o compartilhamento, o armazenamento e a utilização de conhecimento no âmbito das organizações”. Esses processos são de grande valor para as organizações, pois, cada um, está alinhado com outros setores, fornecendo-lhes informações e mantendo atualizado todo o sistema da organização. Para um bom entendimento da GC, é válido fazer uso da metáfora do “guarda-chuva”.

O guarda-chuva conceitual da GC” pressupõe que, debaixo dele, são abarcados vários temas, ideias, abordagens gerenciais e ferramentas orientadas para questões da informação e do conhecimento organizacionais, comunicantemente distintos e imbricados […]. Assim, gestão do conhecimento é uma área “guarda-chuva”, que envolve e incorpora diferentes abordagens comunicantes entre esses vários temas, aliados aos outros pilares citados anteriormente, que possibilitam e delimitam a formação de um possível referencial teórico de sustentação ao qual intitular-se-á Gestão do Conhecimento (ALVARENGA NETO, 2008, p. 7).

A figura 1 demonstra de forma didática a abrangência da GC, destacando os seus principais pontos e tecendo uma teia acerca dos setores e temáticas alinhadas umas às outras, evidenciando a metáfora citada anteriormente.

Figura 1 – Mapa conceitual sobre gestão do conhecimento

Fonte: Carvalho, Souza e Loureiro (2002)

Para fazer a interligação entre esses diversos setores de conceitos, atividades e áreas, é necessário que o conhecimento seja introduzido e formalizado pela GC. Desta forma, é válido salientar como o conhecimento adentra nas organizações e instituições e como ele se transforma em serviços. O conhecimento é adquirido por meio de dois tipos mais comuns: o conhecimento tácito e o explícito, que carregam definições distintas, porém, ambos são interdependentes entre si, necessários à aprendizagem da GC.

Conhecimento tácito é o conhecimento pessoal, que é de difícil formalizar ou comunicar a outros. É constituído do kno-how subjetivo, dos insights e intuições que uma pessoa tem depois de estar imersa numa atividade por longo período de tempo (CHOO, 2003, p. 36).

São as experiências e os processos de aprendizagem adquiridos ao longo da vida que dota o ser humano de conhecimento tácito. Este tipo de conhecimento é particular, é o que se tem como determinante e de diferencial do outro indivíduo, que também tem suas próprias experiências e intuições. Choo (2003, p. 36) explica que o “conhecimento explícito é o conhecimento formal, que é fácil transmitir entre indivíduos e grupo. É frequentemente codificado em fórmulas matemáticas, regras, especificações, e assim por diante”. É o tipo de conhecimento mais recorrente nas empresas, crucial à realização de determinadas atividades. Para tanto, é necessário ter procedimentos (manuais), que serão norteadores para todos que irão realizar tais processos. Por meio do conhecimento tácito que adentra na instituição como o conhecimento que o indivíduo possui de suas experiências, será formalizado para que os demais possam fazer usos de tal conhecimento, que já será caracterizado como conhecimento explícito, pois foi codificado e compartilhado entre os demais.

Esses conhecimentos são articulados de forma que possam ser vantajosos para uma empresa ou instituição, que, por sua vez, categoriza, formaliza e dissemina um serviço ou produto que irá fomentar benefícios tanto de cunho cultural/social quanto financeiro. Contudo, para chegarem à esse nível de alcance informacional, as organizações precisam de profissionais altamente capacitados que farão todo o processamento desses conhecimentos. Um desses profissionais é o bibliotecário, que faz parte de uma equipe capacitada para determinados fins.

A equipe de informação é vigorosamente tratada como uma equipe interdisciplinar, formada por diversos profissionais de diversas áreas, como especialistas em conteúdo (bibliotecários e pesquisadores de mercado), projetistas, facilitadores de bases informacionais, agentes de ligação e sentinelas tecnológicos (gatekeepers) (DAVENPORT, 2008 apud ALVARENGA NETO, 2008, p. 137).

Diante de tal cenário, evidencia-se o papel do profissional bibliotecário como agente contribuinte e como um dos pilares da organização, tanto na biblioteca quanto nos diversos setores. A equipe de informação fornece sustento de forma holística para todos em uma organização, como também, na instituição. As entradas de conhecimentos nas organizações fazem com que os conhecimentos tenham uma interação. O processo de compartilhamento do conhecimento visa a partilha de conhecimentos tácitos e explícitos por meio de práticas formais e informais.

2.1 A BIBLIOTECA NO PROCESSO DE GC

Sendo o bibliotecário um membro da equipe de informação da organização, é válido salientar seu ambiente profissional no espaço cultural e social, uma vez que o ambiente de trabalho e as relações (formais/informais) neste espaço contribuem para uma formação completa, dinâmica e atual, pois, o momento em que vivemos tende a proporcionar maiores vantagens informacionais e, consequentemente, demanda-se profissionais que estejam, de fato, interligados à sociedade do conhecimento.

Um dos diversos títulos que têm sido adotados para designar a época em que vivemos é “sociedade do conhecimento”. A adoção dessa nomenclatura deve-se ao fato de que ocorre atualmente não apenas um salto qualitativo no acúmulo de conhecimento humano, similar aos que ocorreram em outras épocas (FERREIRA et al., 2006, p. 152).

As organizações de aprendizagem têm-se potencializado em virtude do acúmulo de conhecimento, expandindo-os por meio das tecnologias. Ter adaptabilidade no contexto social atual é preciso, quiçá, necessário, para vivermos hoje em dia. Depreendendo-se do cunho profissional, as organizações são essenciais no que toca à geração e transmissão do conhecimento, por exemplo, as instituições públicas de ensino superior (universidades) são uma das maiores geradoras de conhecimento profundo, técnico e científico.

Tradicionalmente, as universidades são reconhecidas como espaços de produção e transferência de conhecimento científico por excelência […]. Parecem, até o momento, ser raras as iniciativas sobre a gestão do conhecimento científico resultante de atividades de ensino e pesquisa no ambiente acadêmico que levam em consideração os processos de comunicação científica (LEITE, 2006, p. 206).

As raridades destas pesquisas formam e se transformam por certo em um bem valioso para muitas outras organizações, principalmente para as que necessitam de conhecimentos cientificamente comprovados. Neste contexto acadêmico, tem-se as bibliotecas universitárias, que são especializadas na área em que os cursos são oferecidos e fornecem apoio informacional para pesquisadores de áreas afins. A gestão estratégica está ligada a diferentes fatores que são distintos entre si, mas se relacionam de tal forma que buscam o aprimoramento de todo o processo informacional da instituição. A figura 2 demonstra os elementos básicos para o processo de atividades realizadas para a gestão do conhecimento em bibliotecas universitárias.

Figura 2 – Elementos básicos para a gestão do conhecimento em bibliotecas universitárias

Fonte: Castro (2005, p. 100)

Esses processos são necessários e importantes para aprimorar e beneficiar todo conhecimento gerado pela biblioteca, benéfico para todos da instituição. São, por certo, conhecimentos essenciais, pois, quando bem estruturados, com objetivos claros, aprimoram toda a instituição.

O objetivo da gestão do conhecimento na biblioteca […] é promover a troca de conhecimento entre o pessoal da biblioteca, reforçar a consciência e habilidades de inovação, elevar o entusiasmo das pessoas e possibilitar a aprendizagem, fazendo com o que o conhecimento seja melhor aplicado nas atividades da biblioteca e transformar a biblioteca em uma organização de aprendizagem (TOWNLEY, 2001, p. 10).

Este objetivo evidencia, de forma geral, a otimização de toda a biblioteca e, consequentemente, da instituição em que ela está inserida. É válido salientar que a biblioteca não é um setor estático da instituição, pois, constantemente, é aprimorada e gera informações a todo o momento, sendo que a sua plataforma de conhecimentos e atualizações capacitam a aprendizagem cotidianamente.

2.2 O SISTEMA INTEGRADO DAS BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – SIB/UEA

Na instituição pública de ensino superior, como a Universidade do Estado do Amazonas – UEA, existe um relevante compartilhamento de informações e conhecimentos, que é encontrado no Sistema Integrado de Bibliotecas da UEA – SIB/UEA.  De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional da UEA (DPI-UEA) 2017-2021, a Biblioteca Central é órgão suplementar da UEA e possui 24 Bibliotecas Setoriais (Escolas Superiores, Centros de Estudos Superiores e Núcleos de Estudos Superiores) formando o mencionado SIB/UEA. (DPI, 2016, p. 237). Assim, Ferreira (2006, p. 114) afirma que “o conceito de sistemas, incorporado aos estudos organizacionais, está relacionado à ideia de um conjunto de elementos interligados para formar um todo”. Desta forma, o SIB/UEA interliga todas as bibliotecas de sua rede, as quais fazem o compartilhamento de diversos conhecimentos, formulando o chamado conhecimento multidimensional.

É o que diz Chanlat, (1992 apud ANGELONI, 2008, p. 27) “o ser humano é, por excelência, um ser multidimensional no agir, pois seu modelo mental, baseado em seus valores, crenças, aspectos culturais, experiências de vida, entre outros, direciona o seu modo de agir”. O SIB/UEA tem, como missão, organizar, preservar e disseminar a informação para a produção do conhecimento, dando suporte às atividades educacionais, científicas, tecnológicas e culturais da UEA, assim como expande seus serviços à comunidade em geral (DPI-UEA, 2016, p. 237):

O acervo tem a finalidade de atender a comunidade universitária, […] em todas as áreas do conhecimento, através do processamento técnico, organização e controle do material informacional, contribuindo para a formação intelectual e profissional do cidadão e para a transformação da sociedade (DPI-UEA, 2016, p. 237).

Os bibliotecários do SIB/UEA fazem uso deste aspecto de tal forma que englobam as práticas da GC. Esses profissionais multiplicam seus conhecimentos por meio das interações entre as outras bibliotecas do sistema. É o que Sveiby (1998, p. 28) comenta “o conhecimento e a informação crescem quando são compartilhados; uma ideia ou habilidade compartilhada com alguém não se perde, dobra”.  A multiplicidade de ideias geradas pela interação de pessoas é um dos fatores em que o SIB/UEA propõe como determinante para a GC. A partir dela, são gerados processos que viabilizarão melhores serviços disponibilizados para o público-alvo da biblioteca.

As bibliotecas podem desenvolver a gestão do conhecimento dentro de seu ambiente, otimizando seus serviços e criando processos direcionados a ele e também aos seus funcionários. Além disso, as bibliotecas podem desenvolver a GC para o ambiente externo, com o objetivo de auxiliar a organização em que está inserida e conquistar participação mais ativa nesta. Ela pode também desenvolver ações voltadas para os seus usuários. Se a biblioteca possuir uma cultura voltada para a Gestão do Conhecimento, todos sairão ganhando: empresa, funcionários e a unidade de informação (PIFFER, 2009, p. 36).

São certos processos positivos que fazem a biblioteca e a instituição serem organizações de alto nível intelectual, pois ter a informação não é tudo, porém, saber fazer uso de tal informação, a ponto de rentabilizar e distribuir por diversos setores adequadamente os benefícios são, de fato, atividades que desenvolvem as organizações. Essas atividades são realizadas por diversos profissionais capacitados intelectualmente para gerir processos, sendo que a habilidade mais vantajosa é o seu desenvolvimento e sua competência em análise de resolução de problemas (ALVARENGA NETO, 2008).

3. METODOLOGIA

Sabe-se que a metodologia consiste em uma meditação em relação aos métodos lógicos e científicos. Inicialmente, a metodologia pensava-se nesta como parte integrante da lógica que se focava nas diversas modalidades de pensamento e a sua aplicação. Posteriormente, a noção que a metodologia era algo exclusivo do campo da lógica foi abandonada, uma vez que os métodos podem ser aplicados a várias áreas do saber. Deste modo, este estudo realizou-se tendo, como metodologia, a pesquisa de campo, que, segundo Prestes (2019, p. 31), é caracterizada como “aquela em que o pesquisador, através de questionários, entrevistas, protocolos verbais, observações, etc., coleta seus dados investigando os pesquisados no seu meio”. Assim, aplicou-se um questionário contendo 8 questões objetivas e dissertativas, elaboradas mediante ferramenta do Google Formulários e enviado para as 24 (vinte e quatro) Bibliotecas que compõem o Sistema Integrado de Bibliotecas da UEA.

Por meio das respostas obtidas, foi possível fazer uso dos métodos quantitativos, que, segundo Fonseca (2002, p. 20), reiteram o fato de a pesquisa quantitativa ser “influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros”. Os resultados foram expressos por meio de gráficos. Como público respondente, considerou-se os profissionais que fazem parte do SIB/UEA, bibliotecários, auxiliares de bibliotecas e administrativos, conforme aponta o item de resultados e discussões.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Assim sendo, com a aplicação do questionário, foram obtidas as informações necessárias para analisar as perspectivas que foram idealizadas dos objetivos propostos para este estudo.

Gráfico 1 – Faixa Etária dos Profissionais

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

No primeiro item, foi identificado que cerca de são 57% dos bibliotecários do SIB/UEA correspondem à faixa etária de 31 a 40 anos, 28,6% tem idade de 51 anos ou mais, além de terem um percentual de 4,3% mais jovem, entre 20 e 30 anos. Esses percentuais mostram que os profissionais que trabalham com a GC nessas bibliotecas são pessoas que já tem uma determinada experiência de vida, ou seja, são dotados de conhecimentos tácitos, como menciona Choo (2003). Isto evidencia que, no contexto atual, as instituições têm sido integradas por profissionais de diferentes idades, que inserem perspectivas diferentes para o contexto do ambiente de trabalho em que laboram. No gráfico 2, vislumbra-se, na pesquisa realizada, a análise sobre o grau de instrução dos bibliotecários do Sistema. Nota-se que 6% dos profissionais das bibliotecas têm nível superior completo e 4% desses bibliotecários são especialistas. Esses dados dão ênfase ao posicionamento de Alvarenga Neto (2008), que define que a equipe de CG é formada por pessoas capacitadas acima da média.

Os resultados mostraram, ainda, que não houve nenhuma porcentagem relacionada aos demais níveis intelectuais de pós-graduação, o que restringe a análise a dados especializados em um tipo de formação acadêmica. Para completar a afirmação do autor, infere-se que esses profissionais precisam de incentivos para participar de programas de formação continuada, isto é, demanda-se mais capacitações que os tornem mais aptos para trabalharem com diversas atividades pelo SIB e na própria instituição. Isso pode ser analisado com maior cuidado pela Biblioteca Central. Quanto à análise do tempo de trabalho do profissional do SIB/UEA exercido no setor público, foi um dos questionamentos feitos e as respectivas respostas foram bem equiparadas, pois foi possível identificar que 28,6% são profissionais que têm até 05 (cinco) anos de trabalho, assim como 28,6% são profissionais que têm o tempo de serviço de 06 (seis) a 10 (dez) anos, além de 14,3% terem entre 16 (dezesseis) a 20 (vinte) anos de tempo serviço e 28,6% terem mais de 16 (dezesseis) anos de serviço.

Os dados apontam, portanto, para as experiências dessas pessoas que contribuem tanto com o sistema como com a instituição, devido ao fato de o tempo dedicado à essas careiras ser bastante significativo. Essa perspectiva vai de encontro com a afirmação de Choo (2003), quando menciona que o conhecimento explícito está entre o compartilhamento de experiências e informações do indivíduo com os demais que integram a equipe de trabalho.

Gráfico 2 – Formação Acadêmica

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Gráfico 3 – Tempo de Trabalho

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Desses profissionais fora, ainda, analisadas as funções que eles ocupam na instituição: 57,1% são Auxiliares de Bibliotecas, 28,6% são Bibliotecários, 14,3% são Assessores Técnicos. Com esses resultados, pode-se ter uma visão acerca de como o SIB/UEA é composto por uma equipe de profissionais bastante coesa, em que os profissionais tendem a se conhecerem, e, assim, compartilham de paradigmas semelhantes, além de traçar aspectos com a afirmação de Alvarenga Neto (2008) ao dizer que a equipe de CG é formada por pessoas de diferentes funções para tratar das demandas contidas na GC.

Gráfico 4 – Função que ocupa

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Com relação à temática principal abordada no artigo, foi questionado se esses profissionais sabem o que é e se já ouviram falar sobre a GC. As respostas foram descritas na tabela 1, demonstrando-se paradigmas semelhantes, além de traçar aspectos com a afirmação de Alvarenga Neto (2008), pois entende-se que a equipe de CG é formada por pessoas que exercem diferentes funções para tratarem das demandas contidas na GC. As respostas foram descritas na tabela 1.

Tabela 1 – Gestão do Conhecimento Segundo os Profissionais do SIB/UEA

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Para identificar, de forma consistente, as práticas de GC que os profissionais do SIB/UEA fazem uso, utilizou-se das perspectivas de Shanhog (2000), pois o autor afirma que as bibliotecas devem incluir algumas práticas que fomentam o seu gerenciamento. Mediante essas práticas, os entrevistados responderam de acordo com as unidades que trabalham. Os itens são mencionados no quadro 1:

Quadro 1- Gestão da inovação do conhecimento

Gestão da inovação do conhecimento: que refere-se à gestão da produção, difusão e transferência do conhecimento em si, como nos sistemas de redes mantidas por instituições e organizações. Você faz uso de quais destes? a) Pesquisas de novas tendências em Bibliotecas;

b) Transformação de biblioteca convencional para biblioteca eletrônica ou digital;

c) Atividades de gerenciamento de conhecimento.

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Os dados demonstram que a prática mais evidente foi a transformação da biblioteca convencional em uma biblioteca eletrônica ou digital. As perguntas foram respondidas por 6 profissionais, 2 deles também constataram que realizam atividades de gerenciamento do conhecimento e não houve nenhum resultado para o item de pesquisa de novas tendências em bibliotecas.

Quadro 2 – Gestão da disseminação de conhecimento

Gestão da disseminação de conhecimento: as bibliotecas devem desempenhar o papel de mobilizar o conhecimento e usar os diferentes meios e canais para difundi-lo. a) Criação de documentos próprios da biblioteca;

b) Aprimoramento da qualidade da equipe da biblioteca;

c) Utilização de todos os meios de comunicação para o bom funcionamento das redes.

 

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Nesta questão, ficou evidente que uma minoria faz uso da produção de documentos referentes à biblioteca, e, de outra forma, foi identificado que o aprimoramento da qualidade da equipe é uma prática bastante exercida, segundo 7 das respostas obtidas. Para 2 dos profissionais, a utilização de todos os meios de comunicação é essencial ao funcionamento da rede.

Quadro 3 – Gestão de aplicativos de conhecimento

Gestão de aplicativos de conhecimento: as bibliotecas devem conceder especial importância para prover serviços que facilitem as pessoas adquirir conhecimento e que possam exercer as funções máximas e eficiência da informação e do conhecimento. a) Apoio na criação de mídias digitais para empresas, governos, organizações públicas e instituições de pesquisas científicas onde sua biblioteca está inserida;

b) Criação de coleções de documentos ou livros digitalizados;

c) Na sua biblioteca é oferecido outro serviço ao público externo da universidade?

 

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Neste item, foi possível identificar que 3 dos profissionais, em suas unidades, apoiam a criação de mídias digitais. Ademais, 5 bibliotecas fazem a criação de documentos ou livros digitalizados e, quanto ao questionamento de serviços oferecidos à comunidade externa da universidade, 85,7% mencionaram que não prestam nenhum outro serviço ao público externo, o que é contraditório, uma vez que a biblioteca (seja ela de qualquer tipologia), em seu existir, já é destinada para atender às demandas informacionais da população que está ao seu redor, porém, 14,3% disseram que prestam demais serviços, como a disponibilização do acesso ao Repositório Institucional, assim como Revistas Eletrônicas.

Quadro 4 – Gerenciamento de recursos humanos

Gerenciamento de recursos humanos: o ponto de partida está na formação de pessoas para promover o ambiente da biblioteca. Na sua unidade é feito o fortalecimento técnico e intelectual da equipe da biblioteca, como por exemplo, a educação em ética profissional? a) Sim

b) Não

Qual? Especifique

Fonte: Dados da pesquisa (2020)

Nesta questão, foi possível saber quais as capacitações que são feitas pelos bibliotecários. Constantemente, foram mencionado as ofertas de oportunidades de capacitação, qualificação continuada, ofertas de apoio, a manifestação de reconhecimento dos progressos individuais dos trabalhadores, a promoção de avaliações periódicas do desempenho e a satisfação de sua equipe de trabalho. Desta forma, os dados asseveram que os profissionais têm buscado por um contínuo aprimoramento em suas aptidões intelectuais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim sendo, conclui-se que, com os resultados obtidos, foi possível identificar e destacar alguns pontos sobre as principais atividades de GC que os bibliotecários do SIB/UEA fazem uso e que são, consequentemente, serviços públicos. A transformação da biblioteca convencional para biblioteca eletrônica ou digital é uma atividade que trabalha diretamente com as questões de geração da GC, pois viabiliza a atualização da biblioteca na sociedade atual e fomenta, também, uma maior facilidade de acesso às informações científicas, disponibilizadas para uso interno da universidade, como, também, para toda a população, que poderá fazer uso deste serviço. Há, ainda, o apoio à criação de mídias para empresas, governos, organizações públicas e instituições de pesquisas científicas onde a biblioteca está inserida. A contribuição das bibliotecas do SIB/UEA para esses órgãos é, de fato, importante, pois mostra que a equipe da biblioteca tem a capacidade e competência para sugerir caminhos facilitadores para alcance informacional, de acordo com o público-alvo de cada órgão.

Tem-se, também, a criação de coleções de documentos ou livros digitalizados. Esta atividade propicia, à todos, o acesso às informações, algo que apenas seria possível se o indivíduo se deslocasse até o local da biblioteca em outros momentos. A disponibilização desses materiais na íntegra eleva as facilidades e comodidade para às pessoas acessarem esses materiais, independentemente de onde estiverem, tornando a população mais conectada com a biblioteca. Por fim, há a capacitação da equipe de informação. Esta é uma atividade interna do SIB/UEA, mas não compete responsabilidade somente do Sistema levar as qualificações para esses profissionais, pois, o indivíduo que trabalha neste espaço de informação e conhecimento, deve buscar meios e caminhos para se auto capacitar também. Adequando-se às questões da sua realidade, sua capacitação irá implicar nas atividades externas à biblioteca em que está lotada. Quanto mais capacitadas as equipes, maiores serão os benefícios gerados para todo o público interno e externo da biblioteca.

É evidente o quanto o SIB/UEA contribui com o gerenciamento da CG no Sistema e “rentabiliza” a formação, atendimento e desenvolvimento (social, econômico, científico) das demandas informacionais do público nas localidades que estão inseridos (municípios) e que em rede, na forma de Sistema, compartilha, seja direta ou indiretamente, com a população em geral de todo o Estado, conhecimentos científicos.

REFERÊNCIAS

ANGELONI, M. T. Organizações do conhecimento: infra-estrutura, pessoas e tecnologia. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

ALVARENGA NETO, R. C. D. de. Gestão do conhecimento em organizações: proposta de mapeamento conceitual interativo. São Paulo: Saraiva, 2008.

CARVALHO, R. B. de.; SOUZA, R. R.; LOUREIRO, R. Como implantar gestão do conhecimento. In: Congress Anual da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento, 2, 2002, São Paulo. Anais […]. São Paulo: UFSCar: SBGC, 2002.

CASTRO, G. Gestão do conhecimento em bibliotecas universitárias: um instrumento de diagnóstico. 2005. 160 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, 2005.

CHOO, C. W. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Editora Senac, 2003.

DAZZI, M. C. S.; ANGELONI, M. T. Compreendendo o significado de gestão do conhecimento e a importância da comunicação em seu compartilhamento: um estudo de caso. Revista eletrônica do mestrado profissional em administração da UnP, Natal, Ano 1, v. 1, out. 2008.

FERREIRA, V. P. et al. Modelos de gestão. 2ª ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.

GHEDIN, E. A filosofia e o filosofar. São Paulo: Uniletras, 2003.

HAWKING, S. O universo numa casca de noz. 5ª ed. São Paulo: Arx, 2002.

KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 13ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2017. (Debates, 115).

LEITE, F. C. L. Comunicação científica e gestão do conhecimento: enlaces conceituais para a fundamentação da gestão do conhecimento científico no contexto de universidades. TransInformação. Campinas, n. 19, v. 2. Maio. 2007.

LEITE, F. C. L.; COSTA, S. Repositórios institucionais como ferramentas de gestão do conhecimento científico no ambiente acadêmico. Perspect. ciênc. Inf., Belo Horizonte, v. 11, n. 2, maio./ago. 2006.

MARX, K. Marx. 5ª ed. São Paulo: Nova Cultural, 2005. (Coleção os pensadores).

PIFFER, B. P. A atuação do bibliotecário na gestão do conhecimento: uma abordagem preliminar. 2009. 73 f. Monografia (Bacharel em Biblioteconomia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2009.

SVEIBY, K. E. A nova riqueza das organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

TERRA, J. C. C. Gestão do conhecimento e e-learning na prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

TOWNLEY, C. t. Knowledge management and academic libraries. College & research libraries, Chicago, v. 62, p. 44-55, jan. 2001.

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO

GESTÃO DO CONHECIMENTO E INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO DE CASO DO SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS DA UEA

Prezado (a)

Solicito sua colaboração, para a participação na pesquisa sobre a GESTÃO DO CONHECIMENTO E INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO SUPERIOR: um estudo de caso do Sistema Integrado de Bibliotecas da UEA, do pesquisador César Müller dos Anjos Macedo do curso de Pós-Graduação em Gestão Pública da Universidade do Estado do Amazonas. O principal objetivo é compreender as práticas de gestão do conhecimento pelos bibliotecários do SIB/UEA com o intuito de demonstrar se as práticas exercidas pelos Bibliotecários do Sistema são consideradas um serviço público e qual sua eficácia nesse processo. Destacamos que o resultado desta pesquisa será apresentado como Artigo Científico Final do curso de Pós-Graduação.

Solicitamos que este instrumento seja respondido em todas as questões. Agradeço sua colaboração!

1- Gênero

(  ) Masculino (  ) Feminino (  ) outros

2- Idade

(  ) 20 a 30 anos

(  ) 31 a 40 anos

( ) 41 a 50 anos

( ) 51 anos ou Mais

3- Formação Acadêmica

Curso Superior                         ( ) Incompleto ( ) Completo

Especialização                         ( ) Incompleto ( ) Completo

Mestrado                                  ( ) Incompleto ( ) Completo

Doutorado                               ( ) Incompleto ( ) Completo

Pós-Doutorado                        ( ) Incompleto ( ) Completo

4- Em qual Biblioteca você trabalha? Especifique__________________________________

5- Tempo de Trabalho no Setor Público

( )Até 05 anos

( ) 06 até 10 anos

( ) 11 até 15 anos

( ) 16 a 20 anos

( ) 11 até 15 anos

( ) Mais de 16 anos

6- Cargo de Chefia

( ) Sim ( ) Não

7-Função que Ocupa

( ) Coordenadoria

( ) Gerência de Setor

( ) Diretoria

( ) Gestor

( ) Bibliotecário

( ) Auxiliar de Biblioteca

( ) Outros. Especifique__________________________________

8- Você já ouviu falar em Gestão do Conhecimento. Para você o que é a Gestão do Conhecimento?

( ) Sim ( )Não

Especifique__________________________________

9 – Com base na perspectiva de Shanhog (2000), a gestão do conhecimento (GC) em bibliotecas deve incluir as seguintes práticas que contribuem para o gerenciamento da biblioteca, mediante essas práticas responda de acordo com a sua unidade informacional se você faz e como pratica o item:

a) Gestão da inovação do conhecimento: que refere-se à gestão da produção, difusão e transferência do conhecimento em si, como nos sistemas de redes mantidas por instituições e organizações. Você faz uso de quais destes?

(  ) Pesquisas de novas tendências em Bibliotecas;

(  ) Transformação de biblioteca convencional para biblioteca eletrônica ou digital;

(  ) Atividades de gerenciamento de conhecimento.

b) Gestão da disseminação de conhecimento: as bibliotecas devem desempenhar o papel de mobilizar o conhecimento e usar os diferentes meios e canais para difundi-lo.

(  ) Criação de documentos próprios da biblioteca;

(  ) Aprimoramento da qualidade da equipe da biblioteca;

(  ) Utilização de todos os meios de comunicação para o bom funcionamento das redes.

c) Gestão de aplicativos de conhecimento: as bibliotecas devem conceder especial importância para prover serviços que facilitem as pessoas adquirir conhecimento e que possam exercer as funções máximas e eficiência da informação e do conhecimento.

( ) Apoio na criação de mídias digitais para empresas, governos, organizações públicas e instituições de pesquisas científicas onde sua biblioteca está inserida;

(  ) Criação de coleções de documentos ou livros digitalizados;

(  ) Na sua biblioteca é oferecido outro serviço ao público externo da universidade?

(  ) Sim ( ) Não

Qual? Especifique__________________________________

d) Gerenciamento de recursos humanos: o ponto de partida está na formação de pessoas para promover o ambiente da biblioteca. Na sua unidade é feito o fortalecimento técnico e intelectual da equipe da biblioteca, como por exemplo, a educação em ética profissional?

( ) Sim ( ) Não

Qual? Especifique_______________________________

[1] Especialista em Gestão Pública.

[2] Doutora em Biodiversidade e Biotecnologia na Amazônia.

[3] Especialista em Administração Pública pela Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) e Especialista em Gestão Pública Municipal pela Universidade Federal do Amazonas.

[4] Doutora em Administração.

[5] Doutor em Engenharia de Produção.

[6] Mestre em Contabilidade e Controladoria.

[7] Doutor em Administração.

Enviado: Novembro, 2020.

Aprovado: Dezembro, 2020.

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