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O impacto das doenças DORT/LER na saúde ocupacional do profissional de costura do ramo têxtil

RC: 88822
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

PEREIRA, Jaqueline Gomes [1], HEINSKI, Rosangela Maria Mendonça Soares [2]

PEREIRA, Jaqueline Gomes. HEINSKI, Rosangela Maria Mendonça Soares. O impacto das doenças DORT/LER na saúde ocupacional do profissional de costura do ramo têxtil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 06, Vol. 10, pp. 84-101. Junho de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/costura-do-ramo

RESUMO

A correta identificação por parte das empresas das condições impróprias de trabalho e da necessidade de prevenção das doenças decorrentes da ocupação que afetam os profissionais, ocasionando dores, inatividade e afastamentos, tornou-se imposição fundamental para seu desenvolvimento, competitividade e produtividade. O trabalho industrial do ramo têxtil, em especial, em razão dos movimentos repetitivos, da postura e da pressão da produção sequencial, constitui-se como um exercício propício ao desencadeamento de doenças oriundas da função laboral, como os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) e as Lesões por Esforço Repetitivo (LER). Objetivando analisar de que maneira é possível prevenir que as profissionais da atividade de costura do ramo têxtil sejam acometidas de DORT/LER, este estudo buscou identificar qual a percepção das trabalhadoras da área sobre os problemas de saúde oriundos de seu ofício, bem como verificar quais possíveis aspectos a modificar ou readequar para propiciar o bem-estar no trabalho e a saúde ocupacional. O método adotado para o estudo foi a pesquisa de campo para análise qualitativa, por meio da aplicação de coleta de dados através de entrevista semiestruturada. A partir da metodologia empregada e dos resultados atingidos, alcançou-se o conhecimento dos fatores que impactam na saúde das profissionais e da carência de atividades de orientação e prevenção de doenças como DORT/LER. Ao mesmo tempo, diante do apresentado, concluiu-se quão indispensável se estabelece a discussão dos aspectos a serem corrigidos no ambiente de trabalho industrial têxtil para a promoção da qualidade de vida dos colaboradores.

Palavras-chaves: DORT/LER, Saúde Ocupacional, Costureira.

1. INTRODUÇÃO

As empresas estão gradativamente percebendo o quão fundamental para seu desenvolvimento, competitividade e produtividade se estabelece investir na Gestão de Pessoas, qualidade de vida no trabalho dos seus colaboradores, atentando para a saúde ocupacional e a satisfação dos indivíduos com as atividades em que atuam.

Este trabalho tem como objetivo geral identificar e descrever as principais doenças Osteomusculares DORT/LER que afetam os trabalhadores do ramo têxtil, apresentando as doenças mais frequentes na saúde ocupacional afetando a Gestão de pessoas, quais as causas, sintomas e ações preventivas, a partir de dados coletados por meio de levantamento bibliográfico e pesquisa de campo realizada com trabalhadoras do setor. Com a construção deste estudo pretende-se, como objetivos específicos; qualidade de vida no trabalho na gestão de pessoas no ambiente industrial, incidência de problemas de saúde nos profissionais têxtis, doenças osteomusculares em saúde ocupacional-DORT/LER; objetivo prático; identificação das Percepções Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) pelos trabalhadores do ramo têxtil, analisar as Doenças Osteomusculares e os fatores causadores, sugestões na área de Gestão de Pessoas com Ações para Prevenção.

Em um primeiro momento, apresentam-se os conceitos de qualidade de vida no trabalho e os fatores contextuais que podem modificar a perspectiva positiva do trabalhador sobre o ambiente organizacional e o seu trabalho, quando acometido por doenças ou sintomas que diminuem sua produtividade ou satisfação. Em seguida, apresentam-se os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) e as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) decorrentes do trabalho de costura têxtil, descrevendo suas particularidades causais, de sintomas e consequências na vida do trabalhador. Por fim, apontam-se as medidas necessárias à promoção da saúde do trabalhador, evidenciando que a atuação da saúde ocupacional é indispensável para a identificação das modificações organizacionais primordiais à qualidade de vida do trabalhador de costura na indústria têxtil.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Os contextos teóricos que fundamentam a pesquisa sobre os conceitos referentes à qualidade de vida no trabalho, as doenças osteomusculares, bem como a descrição dos tipos de DORT/LER, apontando como estes problemas de saúde acometem os profissionais do ramo têxtil e de que forma podem ser prevenidos, foram reunidos através do levantamento bibliográfico de estudos anteriores sobre o tema.

2.1 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO NO AMBIENTE INDUSTRIAL

O conceito de qualidade de vida no trabalho é amplo e está relacionado à percepção dos indivíduos sobre o contexto de trabalho ao avaliarem aspectos da empresa e da atividade que desenvolvem confrontando-os com seus objetivos e expectativas, preocupações e necessidades. Salles e Federighi (2006) consideram que a qualidade de vida no trabalho é medida pelo profissional por meio da sua visão do que o trabalho lhe proporciona. No entanto, segundo os autores, esta perspectiva pode ser afetada

[…] pela saúde física da pessoa, estado psicológico, convicções pessoais, relações sociais e pela sua relação com as características provenientes do ambiente. Nesse sentido, a Organização Mundial de Saúde define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de doença” (SALLES E FEDERIGHI, 2006, p.269).

Neste sentido, fatores como a sobrecarga de trabalho, o esgotamento físico e mental, os conflitos, poucas perspectivas de progresso, a falta de autonomia, as pressões e os fatores ambientais inadequados e insalubres podem interferir na definição de qualidade de vida no trabalho pela ótica do trabalhador.

No ambiente industrial contemporâneo, as novas relações trabalhistas e de organização dos ambientes produtivos, cada vez mais acelerados para atender às demandas de mercado, refletem negativamente na saúde do trabalhador, desencadeando patologias que interferem no desempenho de sua ocupação e trazem limitações, desconfortos e até mesmo causam afastamentos do trabalho.

Segundo estudo sobre a qualidade de vida no trabalho e a saúde do trabalhador desenvolvido por Lacaz (2010), a organização do processo de trabalho é o a principal categoria que interfere na saúde do colaborador, principalmente devido à especificidade das tarefas do ramo têxtil quanto à repetitividade e velocidade de produção, contribuem para ocasionar sintomas de desconforto físico e até mesmo configuram fator desencadeante de dores contínuas, como DORT/LER, diminuindo a produtividade do trabalhador e gerando insatisfação.

Em estudo sobre DORT/LER, Sanches et. al. (2010) afirmaram que os indivíduos que atuam na produção industrial muitas vezes realizam

[…] horas extras com jornadas de trabalho extensas, atividades repetitivas em ritmos elevados de produção, acúmulo de funções, excesso de trabalho, inseridos em ambientes de trabalho inadequados e com falta de reconhecimento do trabalho realizado, ocasionando perda da identidade, estresse, esgotamento e insatisfação com o trabalho (GHISLENI e MERLO, 2005; LIMONGI-FRANÇA e RODRIGUES, 1999, apud SANCHES et. al., 2010, p. 319).

Todas estas situações nocivas provocam grandes prejuízos à saúde ocupacional e contribuem para a constatação da importância de investir na qualidade de vida no trabalho do profissional da indústria. Para Lacaz (2000), para que se estabeleça a qualidade de vida do trabalhador industrial é necessária a reestruturação produtiva, o que pressupõe ações de análise dos indicadores que expressam a relação existente entre a saúde (ou doença) do trabalhador e a gestão, divisão e organização da produção, demonstrando que as doenças relacionadas ao trabalho possuem causalidade mais complexa, que não pode ser negligenciada (LACAZ, 2000, p. 151).

Assim, ainda segundo o autor, quando se fala em soluções que levem à resolução dos fatores negativos à qualidade do trabalho industrial, é imprescindível que se tomem medidas sobre as questões de saúde, segurança e organização dos processos de trabalho no âmbito coletivo das relações sociais de trabalho, “para que fórmulas simplistas não sejam priorizadas quando se objetiva enfrentar a complexidade das questões que envolvem a temática” (LACAZ, 2000, p. 153-154).

2.2 INCIDÊNCIA DE PROBLEMAS DE SAÚDE NOS PROFISSIONAIS TÊXTEIS

A organização do trabalho tem repercussão sobre a saúde dos colaboradores, colaborando para que ocorram diversas situações de adoecimento. As chamadas doenças ocupacionais são originadas pela atividade desenvolvida pelo trabalhador ou ainda por efeito dos agentes de risco presentes no ambiente de trabalho.

Os trabalhadores da indústria têxtil comumente referem-se às regiões corporais envolvidas nos movimentos realizados no trabalho como os com maior frequência de dor ou desconforto. Estudiosos afirmam que a postura adotada na execução do trabalho e a repetição de movimentos influenciam significativamente para o surgimento de sintomas dolorosos, que incidem principalmente na coluna vertebral e membros inferiores e superiores.

Em estudo sobre as doenças do trabalhador da indústria têxtil, Trindade et. al. (2012, p. 385) afirmaram que o mapeamento dos riscos de adoecimento e observação da dinâmica de trabalho se mostram ações essenciais no campo da saúde do trabalhador, capazes de identificar as fontes de desgaste.

A busca por conhecimentos a respeito da incidência de problemas de saúde no ramo fabril leva-nos ao encontro de diversas pesquisas científicas que evidenciam a relação direta das atividades realizadas pelo trabalhador com as queixas majoritariamente de dores osteomusculares, em razão do uso da força muscular.

Maciel et. al (2006, p. 97), em observação da sintomatologia dolorosa dos profissionais da indústria têxtil, analisaram que as principais queixas dos trabalhadores se referiam a problemas na coluna, dores nas pernas, problemas nos joelhos e dormência nos braços.

Estudos mostram que os trabalhadores do ramo têxtil são submetidos frequentemente a níveis elevados de estresse, devido à sobrecarga e pressão pela produtividade e cumprimento de prazos, o que causa transtornos mentais – como a depressão – ou doenças osteomusculares – como DORT/LER.

Para Limongi-França (1990, apud Romero et. al., 2008, p. 86) os principais fatores de risco de DORT/LER são: a) a organização do trabalho, com tarefas repetitivas e obrigação de ritmo acelerado, excesso de horas trabalhadas e ausência de pausas; b) o ambiente de trabalho, com mobiliário e equipamentos que obrigam a adoção de posturas incorretas; c) as condições ambientais impróprias, como má iluminação, temperatura, ruídos e vibrações e; d) os fatores psicossociais, tais como estresse e demais patologias.

2.3 DOENÇAS OSTEOMUSCULARES EM SAÚDE OCUPACIONAL – DORT/LER

Diretamente relacionados aos aspectos de organização do trabalho, como atividades por períodos de tempo prolongados, os distúrbios osteomusculares estão entre as principais manifestações musculoesqueléticas provenientes da produção industrial. Segundo Trindade et. al. (2012, p. 109), estas lesões consistem em “danos ao organismo, decorrentes da utilização excessiva e falta de tempo de recuperação do sistema osteomuscular envolvido no trabalho”.

Romero et. al. (2008, p. 85) esclarece que os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e a Disfunção Osteomuscular por Esforço Repetitivo (DOER) são lesões que envolvem tendões dos dedos, mãos e braços, que inflamam por causa das tensões e estresses repetitivos.  Sanches et. al. (2010, p. 314) complementam que as doenças DORT/LER representam inúmeras doenças, como tenossinovites e tendinites, as quais possuem em comum o uso das extremidades do corpo.  Zavarizzi e Alencar (2018, p. 114) citam como sintomas das lesões: dor, parestesia e sensação de peso.

Segundo Comper e Padula (2013), no Brasil, a indústria têxtil ocupa a quinta posição em afastamentos por DORT. O trabalho realizado por costureiras, em razão das posturas incorretas e do movimento constante, causa dores difusas pelo corpo, diminuição da circulação e cansaço dos músculos de membros inferiores e superiores e das colunas lombar e cervical, todos sintomas característicos de DORT/LER.

Sanches et. al. (2010) apontam que os sinais de doenças como DORT/LER caracterizam-se por ser mal localizados e de intensidade variável, mas com

[…] sintomas inflamatórios nas articulações. Em geral não são facilmente diagnosticadas. O primeiro sinal desse ciclo vicioso é a dor, leve ou moderada e sempre ligada ao movimento, passando a ser contínua, difusa e intensa, com períodos de exacerbação, caracterizando-se também por uma dor noturna e demorada, com a ocorrência de vários sintomas como formigamento, dormência, choque, sensação de peso e fadiga, levando o profissional a não realizar o trabalho para fugir do incômodo da dor. Os estágios mais severos são acompanhados de sinais e sintomas clínicos intensos, que envolvem parestesias e perda de força muscular. As dores podem ser tão frequentes e intensas que trabalhar sentindo-as é tido pelo trabalhador como inerente ao próprio dia (SANCHES et. al., 2010, p. 315-316).

Segundo Zavarizzi e Alencar (2018, p. 114), os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) e as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) frequentemente implicam sucessivos afastamentos do trabalho por curtos e/ou longos períodos, bem como limitações em atividades cotidianas. Ainda segundo Romero et. al. (2008, p.86), as lesões DORT/LER “desaparecem quando detectados no início, caso contrário, podem exigir meses ou anos de tratamento e até correção cirúrgica”.

O progressivo crescimento das DORT/LER “[…] assume dimensões sociais e econômicas, refletidas no sofrimento e na incapacidade dos colaboradores para exercer suas atividades, bem como a geração de gastos significativos para organizações e saúde pública” (ROMERO et. al., 2008, p.86).

Trindade et. al. (2012) afirmaram a necessidade de investigações contínuas das realidades laborais para “compreensão mais ampla da relação existente entre o setor de trabalho e o adoecimento, tendo em vista as limitações impostas pelo tempo de observação dos fenômenos e singularidades de cada trabalhador” (TRINDADE et. al., 2012, p. 384).

A prevenção das doenças osteomusculares pressupõe que haja um programa de gestão industrial de reconhecimento no ambiente de trabalho dos riscos e

[…] dos fatores com potencial de dano, medidas adotadas para eliminação ou controle da exposição dos fatores de risco e proteção dos trabalhadores e recursos de vigilância em saúde e fiscalização do trabalho, objetivando identificar se o empregador cumpre suas obrigações quanto à identificação, à avaliação, à adoção de medidas corretivas de controle ambiental e de saúde do trabalhador. O plano de tratamento contempla desde a explicação para o paciente sobre a dor, orientação sobre posturas nas diversas atividades, utilização de medicamentos e de tratamentos com terapias ocupacionais, até a avaliação de desequilíbrios psíquicos, identificando formas precoces de seu aparecimento (DIAS, 2001, apud SANCHES et. al., 2010, p. 316).

3. METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos percorridos para a realização deste estudo, de maneira que alcançássemos os objetivos propostos de análise das doenças osteomusculares que acometem os profissionais da indústria têxtil, foram a pesquisa descritiva e exploratória, para análise qualitativa da coleta de dados, uma vez que procurava-se entender como ocorre o fenômeno das doenças ocupacionais no ramo têxtil a partir do estabelecimento de correlações entre os fatos e o ambiente observado.

Quanto à tipologia, a pesquisa teve caráter não-experimental, com a observação, registro, análise e correlação dos fatos e variáveis, sem manipulá-los. (MARTINS, 1990, p. 22). Segundo Gil (2002, p. 133), por ser menos formal, essa análise depende de muitos fatores, definindo o “processo como uma sequência de atividades, que envolve a redução dos dados, a categorização desses dados, sua interpretação e redação do relatório”.

O levantamento de dados da pesquisa realizou-se através de estudo de caso, para a abordagem dos aspectos a serem compreendidos, explorados ou descritos sobre o tema pesquisado (LAGE; HEINSKI, 2017; GARIBA JÚNIOR, 2007; ZANELLA, 2009; GIL, 2002). Quanto ao instrumento elaborado para a coleta de dados foi uma entrevista semiestruturada composta por perguntas abertas para identificação sociodemográfica da amostra, bem como de informações sobre o tempo de trabalho na indústria, de aspectos relacionados ao conhecimento que possuíam sobre DORT/LER e da presença de doenças ou dores decorrentes de suas atividades laborais.

Para o plano amostral da pesquisa foram selecionadas três funcionárias do setor de costura de uma empresa têxtil do município de Cachoeira do Sul – RS, com média de idade de 50,67 anos e média de 22,33 anos de experiência na profissão. Para auxiliar na coleta dos dados referentes à saúde ocupacional das participantes no ambiente laboral, utilizou-se um gravador para captura do áudio das respostas às questões das entrevistas, que possuíram duração de quarenta e cinco minutos cada.

A análise e interpretação dos dados seguiu a análise de conteúdo, que procurou estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos e outros conhecimentos sobre a temática, de forma a responder os objetivos de pesquisa desse estudo.

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA

Apresentam-se neste capítulo os resultados da pesquisa que buscou identificar e descrever as principais doenças Osteomusculares DORT/LER que afetam os trabalhadores do ramo têxtil. Para a realização deste objetivo, desenvolveu-se um estudo de abordagem qualitativa, de cunho descritivo com o procedimento metodológico de estudo de campo.

A coleta de dados aconteceu com a aplicação entrevista semiestruturada composta por perguntas abertas para identificação sociodemográfica da amostra, bem como de informações sobre o tempo de trabalho na indústria, de aspectos relacionados ao conhecimento que possuíam sobre DORT/LER e da presença de doenças ou dores decorrentes de suas atividades laborais. Para o plano amostral da pesquisa foram selecionadas três funcionárias do setor de costura de uma empresa têxtil do município de Cachoeira do Sul – RS, com média de idade de 50,67 anos e média de 22,33 anos de experiência na profissão. Para auxiliar na coleta dos dados referentes à saúde ocupacional das participantes no ambiente laboral, utilizou-se um gravador para captura do áudio das respostas às questões das entrevistas, que possuíram duração de quarenta e cinco minutos cada.

Assim, apresentação dos resultados seguirá os tópicos: identificação da amostra, identificação das percepções dos trabalhadores do ramo têxtil sobre as doenças Osteomusculares DORT/LER, análise das doenças Osteomusculares e os fatores causadores, sugestões de ações para prevenção.

4.1 IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA

Os dados obtidos apontam que o perfil sociodemográfico das participantes entrevistadas (Tabela 1) se estabelece em idade média de 55,6 anos, escolaridade de nível médio completo, tempo médio de trabalho na indústria têxtil de 22,3 anos na função de costureira e que anteriormente em sua maioria somente desenvolveram atividades laborais de áreas relacionadas ao setor fabril.

Tabela 1 – Perfil Sociodemográfico

Participante Idade Escolaridade Tempo de Trabalho Atividade Anterior
A 68 anos Ensino Médio 37 anos Professora
B 59 anos Ensino Médio 20 anos Costureira
C 40 anos Ensino Médio 10 anos Auxiliar industrial

FONTE: Entrevista Aplicada, 2019.

Quanto às condições gerais de trabalho das entrevistadas, observou-se que as jornadas de trabalho na confecção de roupas são de nove horas diárias de segunda a sexta-feira e quatro horas aos sábados, com pausas de dez minutos por turno para lanche e intervalo de almoço de uma hora. Com relação aos aspectos ambientais e físicos, o ambiente de trabalho possui ruído e iluminação precária, bem como os postos de trabalho são inapropriados para a correta execução do trabalho, resultando em má postura e dificuldades para visualização.

4.2 IDENTIFICAÇÃO DAS PERCEPÇÕES DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO (DORT), AS LESÕES POR ESFORÇO REPETITIVO (LER) PELOS TRABALHADORES DO RAMO TÊXTIL

Em relação à saúde ocupacional das costureiras entrevistadas, uma das questões mais relevantes da entrevista foi “Conhece ou já ouviu falar em DORT/LER?”. No que diz respeito ao conhecimento das entrevistadas sobre o que são os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORT e as Lesões por Esforço Repetitivo – LER, nenhuma das participantes possuía familiaridade com as nomenclaturas, tampouco conhecimento sobre como identificá-las corretamente ou preveni-las, ainda assim, todas apresentaram algum tipo de sintoma das     doenças mais comuns decorrentes das atividades de trabalho na indústria têxtil.   Isso mostra que envolver efetivamente os trabalhadores nos processos de identificação e eliminação dos riscos que envolvem as doenças é um dos aspectos fundamentais para o alcance de qualquer melhoria em suas condições de saúde, vida e trabalho (PORTO et al., 2004).

1 – Quadro de entrevistas

Perguntas Respostas
1.   NOME? A B C
2.   IDADE? 68 anos. 59 anos. 40 anos
3.   ESCOLARIDADE? Ensino médio. Ensino médio Ensino médio
4.   PROFISSÃO? Costureira. Costureira Costureira
5.   EMPREGOS QUE JÁ TRABALHOU? Professora, auxiliar administrativa, costureira. Costureira Costureira, auxiliar de indústria
6.   TEMPO EM CADA PROFISSÃO? 6 anos professora, auxiliar administrativa 4 anos, 37 anos de costureira. 20 anos de costureira 10 anos de costureira
7.   CONHECE OU JÁ OUVIU FALAR EM DORT/LER? Não. Não Não
8.   TEVE ALGUM TREINAMENTO OU ORIENTAÇÃO PARA PREVENÇÃO SOBRE DOENÇAS OCASIONADAS DEVIDO A PROFISSÃO NA SUA EMPRESA QUE TRABALHA HOJE? Não. Não Não
9.   QUAIS MELHORIAS PODERIAM SER ADOTADAS NA EMPRESA, PARA UMA MELHOR QUALIDADE NO TRABALHO? Conscientização   por parte dos gestores, para uma melhor de qualidade vida no trabalho. Treinamento adequado, com relação saúde, com profissionais treinados, como: fisioterapeutas, médicos Local apropriado para costura, melhorias na iluminação, móveis apropriados, ventilação
10.       TEVE ALGUM AFASTAMENTO DE SUA PROFISSÃO POR PROBLEMAS DE SAÚDE? Sim, fui aposentada por problemas na profissão de costureira. Não Não
11.       APRESENTA PROBLEMAS   DE SAÚDE RELACIONADAS COM SUA PROFISSÃO? Sim, artrose, desligamento tendões do ombro, lesões na região lombar. Sim, dor na coluna, região lombar Sim, dor na coluna, região cervical

FONTE: Entrevista Aplicada, 2019. 

4.3 ANÁLISE DAS DOENÇAS OSTEOMUSCULARES E OS FATORES CAUSADORES

Em relação à saúde ocupacional das costureiras entrevistadas, uma das questões mais relevantes da entrevista foi “Você apresenta problemas de saúde relacionados com a sua profissão?”. Todas as entrevistadas relataram apresentar algum tipo de dor ou desconforto oriundo do trabalho e os locais do corpo referidos como dolorosos pela totalidade da amostra foram coluna e membros superiores, provocados por doenças como lombalgia, artrose e tendinite.

Segundo Trindade et. al (2012, p. 113), a dor é uma das principais causas do sofrimento humano que acabam provocando disfunções físicas e psicossociais no indivíduo, diminuindo a sua qualidade de vida e interferindo em seu desempenho no trabalho e relações sociais. Zavarizzi e Alencar (2018) afirmam que a existência de desconforto corporal e incapacidade de dar conta das atividades do trabalho, em especial a dificuldade em manter o ritmo de trabalho e a sua qualidade, geram inclusive medo, insegurança e angústia (ZAVARIZZI; ALENCAR, 2018, p. 118).

Quando questionadas sobre a ocorrência de afastamentos do trabalho decorrentes de problemas de saúde, apenas uma das entrevistadas afirmou já ter se ausentado do trabalho por motivo de doença justamente pelas atividades que desenvolvia como costureira. Ocorre que, segundo Zavarizzi e Alencar (2018), para não ausentarem-se do trabalhado por medo do desemprego ou de se mostrarem doentes, os colaboradores acabam automedicando-se, objetivando alívio dos sintomas de dor com o uso de remédios como anti-inflamatórios e relaxantes musculares, ou ainda procurando atendimento médico emergencial na rede pública de saúde, normalmente em período extra-laboral, de forma que a consulta médica seja rápida e sem indicações de afastamentos do trabalho (ZAVARIZZI; ALENCAR, 2018, p. 117-118).

Os relatos das entrevistadas quanto aos sintomas de dores corporais ou doenças oriundas do trabalho estão descritos na Tabela 2, com base nas suas respostas à entrevista. Estes dados foram comparados ao perfil sociodemográfico das participantes, apresentando padrões já identificados em estudos anteriores, como o dos autores Maciel, Fernandes e Medeiros (2006) sobre os fatores associados às dores e doenças dos trabalhadores da indústria têxtil.

Tabela 2 – Sintomas decorrentes do trabalho

Participante Idade Tempo de Serviço Afastamentos do Trabalho Problemas de Saúde
a 68 anos 37 anos SIM Artrose, Lombalgia, Tendinite
b 59 anos 20 anos NÃO Lombalgia e Dores na Coluna
c 40 anos 10 anos NÃO Dores na Coluna e Cervical

FONTE: Entrevista Aplicada, 2019.

Conforme os estudos de Maciel et. al (2006), indivíduos do sexo feminino que exercem a mesma função há mais de seis meses têm aproximadamente três vezes mais chances de desenvolver LER/DORT, bem têm de duas a três vezes mais risco de desenvolvimento de LER/DORT em razão de fatores como sua estrutura física de menor resistência (massa muscular, composição corporal e tamanho); o acúmulo de líquidos nos tecidos que dificulta a melhoria nos casos de inflamação; e as atividades domésticas que sobrecarregam os membros superiores (MACIEL et. al., 2006, p. 99-101, apud SANCHES et. al., 2010, p. 317).

Como observado na empresa pesquisada, as participantes do estudo não possuem intervalos de pausa na atividade de produção, somente dois momentos ao dia para lanche, um a cada turno de trabalho. Estudos realizados anteriormente revelam que as pausas são muito importantes para o trabalhador que desenvolve tarefas repetitivas, proporcionando entre outras coisas a recuperação física do indivíduo e um melhor funcionamento mental (SANCHES et. al., 2010, p. 319).

Segundo Romero et. al. (2008, p.86) recomenda-se fazer pequenos intervalos com exercícios apropriados, alongamentos e mudar de posição constantemente para evitar que as lesões acometam o colaborador.

4.4 SUGESTÕES DE AÇÕES PARA PREVENÇÃO

Segundo informaram quando questionadas sobre a existência na empresa em que atuam de treinamentos ou orientações aos colaboradores sobre a prevenção de DORT/LER decorrentes do trabalho produtivo, não há investimentos da empresa em quaisquer atividades preventivas ou de orientação neste sentido, o que demonstra que a gestão da empresa necessita desenvolver ações voltadas à saúde ocupacional e, consequentemente, à qualidade de vida no trabalho.

Observou-se que é indispensável às empresas a percepção de que, uma vez que há indivíduos envolvidos no processo de trabalho, é justamente o capital humano que pode potencializar os aspectos positivos ou reforçar as fragilidades de uma empresa. Assim, contribui diretamente no desempenho de suas funções que a empresa ofereça um ambiente de qualidade ao seu colaborador, atentando-se à sua saúde, necessidades e interesses.

Segundo Knapik (2011), “A preocupação antecipada com a força de trabalho e com as competências humanas necessárias para a realização dos objetivos organizacionais exerce um importante papel no sucesso e na eficácia da área de gestão de pessoas” (KNAPIK, 2011, p. 56).

Questionadas a respeito dos procedimentos que a empresa poderia adotar para aumentar a qualidade de vida no trabalho, as entrevistadas afirmaram a necessidade de medidas de adaptação do local de trabalho e de ações de gestão voltadas à valorização pessoal e à promoção da saúde ocupacional por meio de atividades preventivas de doenças e presença de profissionais da saúde, conforme descrito na Tabela 3 abaixo.

Tabela 3 – Medidas para Qualidade de Vida no Trabalho

Participante   Medidas Apontadas
A Conscientização por parte dos gestores sobre a qualidade de vida no trabalho
B Treinamento adequado e profissionais de saúde, como Fisioterapeutas e Médicos
C Local apropriado para costura, com melhorias na iluminação, ventilação e mobiliário

FONTE: Entrevista Aplicada, 2019.

Segundo Comper e Padula (2013) “[…] a análise da exposição aos fatores de risco ergonômicos auxilia o planejamento de estratégias que contribuam para a melhoria das condições de trabalho e, consequentemente, para a redução dos distúrbios osteomusculares nesses trabalhadores” (COMPER; PADULA, 2013, p. 216).

Identificou-se que modificar as condições de saúde no trabalho, a partir da identificação dos elementos organizacionais e ambientais que afetam o efetivo desempenho dos sujeitos envolvidos no processo produtivo, possibilitaria à empresa minimizar os sintomas e, ainda, prevenir as doenças como DORT/LER decorrentes do trabalho no ramo têxtil, proporcionando, consequentemente, qualidade de vida no trabalho às costureiras.

Assim, sugere-se a elaboração de estratégias, tais como palestras educativas, treinamentos, educação continuada para propiciar cada vez mais a estes trabalhadores informações sobre as doenças que envolvem a saúde ocupacional nas empresas.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa deste trabalho de conclusão de curso possibilitou a discussão da forma de trabalho dos colaboradores da indústria têxtil, sobre sua qualidade de vida e problemas que acarretam o esforço repetitivo devido a forma incorreta de trabalho, para a prevenção das doenças DORT/LER dos trabalhadores do ramo têxtil. A pesquisa em si coletou dados, comprovando que todas as entrevistadas apresentavam sintomas das doenças Osteomusculares DORT/LER, e que todas não tinham conhecimento sobre as doenças da saúde ocupacional e da maneira de preveni-las. Diante do apresentado observou-se que os trabalhadores do ramo têxtil são submetidos frequentemente a níveis elevados de estresse, devido à sobrecarga e pressão pela produtividade e cumprimento de prazos, excesso de horas trabalhadas e ausência de pausas, ambiente de trabalho com mobiliário e equipamentos inadequados e condições ambientais impróprias, como má iluminação, temperatura, ruídos e vibrações.

Este trabalho aponta como a Gestão de Pessoas pode ajudar a prevenir essas doenças com o treinamento da maneira adequada de se trabalhar com este tipo de atividade. Tendo como objetivo geral identificar e descrever as principais doenças dos trabalhadores do ramo têxtil; objetivos específicos apontando a qualidade de vida no trabalho, as incidências dos problemas de saúde dos trabalhadores têxteis, e as principais doenças DORT/LER; objetivos práticos relatando a percepção das trabalhadoras sobre as doenças, fatores causadores e sugestões na área de Gestão de Pessoas com ações preventivas.

Os objetivos da pesquisa foram alcançados, pois obteve-se o conhecimento dos trabalhadores deste ramo sobre as doenças Osteomusculares DORT/LER, e assim apresentando as doenças mais frequentes, foi explorado causas e principais prevenções; propondo sugestões para poder prevenir essas doenças decorrentes da saúde ocupacional que abrange as empresas. A pesquisa metodológica foi bastante instrutiva sobre o assunto, de modo claro e objetivo, mostrando a importância do papel da Gestão de Pessoas para que haja uma preocupação com a saúde ocupacional do trabalhador, para que estes recebam treinamento adequado e informações necessárias sobre essas doenças que afetam sua profissão e vida pessoal.

A respeito da análise das condições do trabalho, verificou-se que a empresa lócus da pesquisa possui jornadas de trabalho de várias horas, com número reduzido de pausas para descanso. Além disso, há diversas adequações a serem realizadas nos aspectos ambientais e físicos do ambiente de trabalho.

Houve limitações com a pesquisa, devido a carga horária de trabalho das trabalhadoras e do tempo que cada uma tinha disponível para poder realizar a entrevista.

A importância da abordagem deste tema para as empresas e funcionários é a melhoria da qualidade de vida destes profissionais, até mesmo, evitar afastamentos provisórios e permanentes de seus funcionários. Para futuras pesquisas no campo acadêmico, também se pode aprofundar o tema e entrar em outras profissões deste ramo ou de outros, podendo assim, trazer informações a comunidade em geral, focando nas medidas preventivas para doenças Osteomusculares DORT/LER.

Por fim, concluiu-se, que as empresas precisam de um profissional de Gestão de Pessoas que se preocupe com a prevenção de doenças osteomusculares iniciando uma conscientização dos trabalhadores, para a correta identificação de sinais de desgaste e adoecimento, bem como na sinalização da presença destas patologias para a gestão da empresa, de forma que se possam construir estratégias para evitar seu agravamento precocemente.

REFERÊNCIAS

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[1] Pós-graduada em Docência no Ensino Superior em Administração pela Faculdade Dom Alberto, RS-2020. Graduada em Administração pela Universidade Luterana Ulbra, RS-2019.

[2] Orientadora.

Enviado: Fevereiro, 2021.

Aprovado: Junho, 2021.

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Jaqueline Gomes Pereira

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