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Potenciais turísticos de Parintins/AM

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ARTIGO ORIGINAL

SERRÃO, Victor Antunes de Souza [1]

SERRÃO, Victor Antunes de Souza. Potenciais turísticos de Parintins/AM. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 03, Vol. 09, pp. 13-32. Março de 2019. ISSN: 2448-0959.

RESUMO

O Estado do Amazonas, além da incontestável beleza da biodiversidade da Região Amazônica, possui, no município de Parintins, diversos e potenciais atrativos turísticos. No entanto, como se sabe, a gestão do turismo não é tarefa das mais fáceis, pois assim como a gestão das organizações, exige de seus gestores uma constante adequação ao mercado consumidor. No caso de Parintins, o gerenciamento do turismo é ainda mais complexo, pois o Festival Folclórico, além de ser um recurso turístico que traz divisas ao município, está diretamente envolvido em um contexto histórico, cultural e afetivo com a população local. Em paralelo ao sucesso da festa, nota-se que Parintins não tem desenvolvido o turismo local, não conseguindo se adequar ao perfil de turismo que o atual mercado consumidor exige. Partindo dessa perspectiva, este estudo delimita-se a uma perspectiva de gestão turística e tem sua problematização engendrada na dificuldade em se gerir os potenciais turísticos (atrativos turísticos, patrimônios históricos e culturais), tendo como objetivo descrever os desafios e perspectivas para a gestão turística dos potenciais turísticos do município de Parintins. De forma crível, esta pesquisa faz compilação teórica ao atual panorama da temática por meio de estudos e literatura relevante. Menciona-se ainda que, metodologicamente, este estudo teórico e teórico reflexivo, de abordagem qualitativa e caráter exploratório, torna-se pertinente a partir da conscientização da necessidade de avanços na discussão sobre a temática abordada. Conclui-se que, apesar dos problemas, o setor de turismo é totalmente capaz de se desenvolver em Parintins, desde que se faça um planejamento a curto, médio e longo prazo capaz de explorar corretamente os atrativos turísticos do município.

Palavras-chave: Turismo, Potencial Turístico, Patrimônio Histórico e Cultural.

1. INTRODUÇÃO

O Estado do Amazonas, além da incontestável beleza da biodiversidade da Região Amazônica, possui, no município de Parintins, diversos e potenciais atrativos turísticos1. Situado à margem direita do Rio Amazonas, o município fica distante da capital, Manaus, a 369 km em linha reta e 420 km via fluvial, possuindo uma população estimada em 113.832 habitantes (IBGE, 2016). Recentemente, o Presidente da República sancionou a Lei no 13.571/2017 que confere à cidade o título de Capital Nacional do Boi-Bumbá. Conforme consta na justificativa do Projeto de Lei, “o Festival Folclórico de Parintins é o maior espetáculo de ópera a céu aberto da América Latina e o maior de folclore no mundo” (BRASIL, 2017a, p. 1).

Sobre a importância do Festival Folclórico de Parintins, Brito et al. (2010) descrevem que os Bois de Parintins conseguiram consolidar-se através de uma festa única e representativa, que ganhou espaço e reconhecimento no cenário nacional e internacional, transformando-se em um negócio lucrativo dentro de vários segmentos, como Turismo, Arte, Eventos, Entretenimento, etc. Conforme reportagem do Jornal da Ilha (2016), “Parintins hoje é considerada um dos 65 destinos indutores de turismo do Brasil e uma cidade referência em turismo dentre os mais de 5.000 municípios brasileiros.”

No entanto, como se sabe, a gestão do turismo não é tarefa das mais fáceis, pois assim como a gestão das organizações, exige de seus gestores uma constante adequação ao mercado consumidor (ZENONE, 2011). No caso de Parintins, o gerenciamento do turismo é ainda mais complexo, pois o Festival Folclórico, além de ser um recurso turístico2 que traz divisas ao município, está diretamente envolvido em um contexto histórico, cultural e afetivo com a população local. Isto é, a gestão requer funcionar com o profissionalismo de uma administração de empresa, contudo sem perder a essência das tradições populares que a permeiam.

Em paralelo ao sucesso da festa, nota-se que Parintins não tem desenvolvido o turismo local, não conseguindo se adequar ao perfil de turismo que o atual mercado consumidor exige. Segundo Barbosa (2004, p. 111), “o turismo local constitui numa mediação possível de dar algum dinamismo econômico aos lugares, representada pela possibilidade de geração local de ocupação de renda, que por sua vez, constitui o braço economicista da ideologia do localismo/regionalismo.” Na economia local, o turismo sempre apresenta destaque, pela criação de inúmeros empregos diretos e indiretos e pelo incentivo à diversidade econômica local a partir do desenvolvimento dos setores em iniciativas baseadas em sinergias locais (RODRIGUES, 2007). Logo, o turismo é capaz de prover uma multiplicidade de benefícios à população.

Nesse prisma, o turismo em Parintins necessita, primeiramente, desenvolver e fomentar os potenciais turísticos da região, além do potencial do Festival Folclórico, para que amplie as atividades econômicas locais. De acordo com o site do Ministério do Turismo, o turismo pode impulsionar aproximadamente 52 setores da economia, gerando o efeito multiplicador em setores ligados direta e indiretamente à atividade (BRASIL, 2010). Assim sendo, compreende-se que o turismo constitui como uma atividade de desenvolvimento e/ou crescimento a partir do fomento de iniciativas que levam a uma melhoria da qualidade de vida da população.

Essas iniciativas estão atreladas a forma de organizar o turismo para fins de planejamento, gestão e mercado. A organização do turismo pode ser estabelecida a partir dos elementos de identidade da oferta e também das características variáveis da demanda. As relações estabelecidas entre oferta, demanda e o turismo, refletem uma realidade ambígua entre as aspirações de preservação e os interesses por benefícios econômicos (MELO, 2015). Dessa forma, uma das saídas às cidades geradoras de ofertas culturais, como Parintins, é contemplar seu patrimônio como um eixo de desenvolvimento encontrando, na gestão turística, uma estratégia para suportar altos custos de recuperação e manutenção de seus centros históricos e suas expressões culturais (MELO, 2015).

Diante do exposto, numa concepção ampla, o patrimônio pode ser conceituado como o conjunto de bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico, que pertence ao povo, para qual o estado e a administração existem. Rolim (2013) reforma essa discussão ao conceituar “patrimônio” como uma obra arquitetônica com valor histórico que guarda resquícios de uma memória coletiva. Lima (2004) complementa ao afirmar que a cultura produz o sentimento de pertencimento, da identidade, e que também é uma grande aliada na conservação de prédios e monumentos históricos. Por ter esse caráter, histórico e representativo da história coletiva, esses patrimônios necessitam de uma proteção integral do poder público pois não podem ser destruídos ou descaracterizados, havendo, assim, necessidade do reconhecimento de bens materiais e imateriais (BRASIL, 2017).

A partir do ideário anterior, define-se os tipos de turismo (Ecoturismo, Turismo Rural, Turismo de Aventura, Turismo Cultural, Turismo de Pesca, etc.), e a identidade cultural do turismo, que pode ser segmentada pela existência, em um território, de:

Quadro 1. Segmentações do turismo em um território

Segmentações Descrição
Atividades, práticas e tradições Agropecuária, pesca, esporte, manifestações culturais, manifestações de fé.
Aspectos e características Características geográficas, históricas, arquitetônicas, urbanísticas, sociais, dentre outros.
Determinados serviços e infraestrutura Saúde, educação, eventos, lazer e hospedagem.

Fonte: Adaptado de Brasil (2010).

Dadas às diversas segmentações em que o turismo está estruturado dentro de um território, uma categoria de segmento merece aporte valorativo especial para o desenvolvimento deste trabalho: Aspectos e características, que englobam potenciais turísticos (atrativos turísticos, patrimônios históricos e culturais). De acordo com Cerqueira; Zorzi (2010), a utilização de bens culturais e naturais como atrativos ou recursos turísticos são práticas comuns em cidades que possuem bens naturais e culturais passíveis de visitação. Isso acorre porque o turista brasileiro é interessado na conservação do patrimônio e na cultura; e o estrangeiro se atenta à história que a cidade carrega (VIANA, 2015). Assim, tendo em vista sua abordagem complexa vinculada a importância dos patrimônios históricos e culturais e a dificuldade da exploração turística dos atrativos turísticos no município de Parintins, surge o seguinte questionamento: Quais os principais desafios e perspectivas para a gestão turística dos potenciais turísticos de Parintins?

Este estudo delimita-se a uma perspectiva de gestão turística e tem sua problematização engendrada na dificuldade em se gerir os potenciais turísticos (atrativos turísticos, patrimônios históricos e culturais), tendo como objetivo descrever os desafios e perspectivas para a gestão turística dos potenciais turísticos do município de Parintins. De forma crível, esta pesquisa faz compilação teórica ao atual panorama da temática por meio de estudos e literatura relevante. Menciona-se ainda que, metodologicamente, este estudo teórico e teórico reflexivo, de abordagem qualitativa e caráter exploratório, torna-se pertinente a partir da conscientização da necessidade de avanços na discussão sobre a temática abordada. Nota-se também, que a percepção humana, no que tange ao desenvolvimento turístico local, já justifica, por si só, a realização deste ensaio teórico.

A partir desse engendro metodológico, denota-se a dificuldade em gerir os potenciais turísticos da cidade possivelmente influenciada por condições políticas, sociais e econômicas, pois pouco se debate em Parintins a respeito da melhor maneira de auxiliar o setor público e os diversos elos interessados em explorar os potenciais turísticos da cidade acerca de soluções de aprimoramento do setor de turismo.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 TURISMO E INFRAESTRUTURA TURÍSTICA

O Turismo pode ser definido como o deslocamento de pessoas para lugares diferentes do seu ponto de origem, exercendo, a partir do desenvolvimento local, impactos negativos e positivos. Por ser um fenômeno de interação entre o turista e o local turístico, o turismo oferece um intercâmbio cultural entre o visitante e o residente, aumentando a compreensão e o respeito às diferenças, através do respeito às outras culturas (BARRETO, 2007). Nesse contexto, o planejamento turístico se torna primordial a fim de minimizar os impactos negativos e potencializar os positivos, decorrentes do segmento. Conforme descrição de Dias (2005), os investimentos em infraestrutura básica e de apoio turístico melhoram as condições de vida dos moradores, ao mesmo tempo que favorecem os visitantes. Já segundo o Ministério do Turismo, as obras de infraestrutura turística impactam diretamente no turismo do país, atraindo mais turistas e melhorando as experiências nos destinos (BRASIL, 2017b).

Acredita-se, portanto, que desenvolver as potencialidades locais, por meio da construção de infraestrutura básica para o correto funcionamento das atividades turísticas, pode ser uma solução que agregue valor e compromisso socioeconômico da população com a cidade de Parintins, gerando uma imagem positiva e reforçando a potencialidade do turismo local junto aos turistas.

2.2 POTENCIAIS TURÍSTICOS

Como já mencionado, o turismo é uma fonte de desenvolvimento econômico. Conhecendo essa importância, destacam-se as localidades que, além de saberem reconhecer seus potenciais turísticos, criam alternativas que mantenham suas atividades. Assim, cidades vêm implementando estrutura e opções de recreação destinadas a atrair demandas por turismo, lazer e entretenimento. No entanto, para que haja presença do turismo num determinado local, “é preciso um ordenamento territorial que considere a paisagem e a qualidade ambiental, seja de locais já inseridos em roteiros de visitação, seja pela inclusão de locais turisticamente virgens” (SILVA, 2004, p. 38). Sendo assim, o crescimento das potencialidades turísticas, de uma localidade, depende da capacidade de valorização e reconhecimento dos potenciais turísticos locais já existentes e da criação de novas formas de recreação para atrair turistas.

2.3 PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

Os Potenciais Turísticos geralmente possuem histórias por detrás de suas existências. Os Patrimônios Históricos são formados por bens com valores culturais que devem ser conservados para a compreensão do presente e conhecimento do passado. Choay (2006, p. 11), conceitua Patrimônio Histórico e Cultural como “as estruturas familiares, econômicas e jurídicas de uma sociedade estável, enraizada no tempo e no espaço.” Kersten (2000), ao abordar este mesmo conceito, refere-se a fatos que realmente aconteceram, que se transformaram em marcos do presente, nos quais objetos, símbolos e mitos tradicionais, tornaram-se partes integrantes do processo de cotidiano de vidas do passado.

Em outros termos, entende-se que os patrimônios históricos e culturais devem ser tratados como uma parte da história, da vida do município e da população. Preservar e contar a história de cada monumento, não apenas à turistas como também, à população, são alternativas que podem ajudar na perpetuação da história destes patrimônios.

3. METODOLOGIA

De acordo com Gil (2007), o método científico é definido por intermédio de métodos e procedimentos técnicos utilizados para atingir o conhecimento sobre determinada sociedade, realidade ou problema formulado. Desse modo, o método utiliza-se de procedimentos metodológicos e técnicos para subsidiar, teoricamente, o objeto de estudo pesquisado. Assim, no que se refere ao tipo de abordagem, considerou-se oportuno trabalhar com a pesquisa qualitativa, tendo os potenciais turísticos de Parintins como foco principal. Zenone (2011, p. 306) argumenta que “a pesquisa qualitativa trabalha com o nível mais profundo de interpretação dos dados, exigindo do pesquisador habilidades de interpretação de dados.” À vista disso, como o objetivo da pesquisa têm o propósito de descrever os desafios e perspectivas na exploração dos potenciais turísticos do município de Parintins, optou-se, quanto aos fins de pesquisa, pelo tipo de pesquisa exploratória, que, segundo Zenone (2011), é o passo inicial para qualquer pesquisa pois objetiva o aprimoramento de ideias. Quanto aos meios de pesquisa, utilizou-se a técnica de pesquisa bibliográfica, a qual se coletou informações com base na teoria adotada, tornando o estudo, assim, teórico e teórico reflexivo.

A coleta de dados foi realizada, inicialmente, a partir de informações coletadas em livros, artigos acadêmicos, monografias, sites governamentais, sites de turismo, periódicos locais, nacionais e internacionais. Como subsídio de referenciação dos patrimônios históricos da cidade de Parintins, foi feita uma consulta de um periódico local que faz alusão ao planejamento e ações de marketing para os patrimônios edificados no centro histórico da cidade.

4. DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A GESTÃO TURÍSTICA DE POTENCIAIS TURÍSTICOS EM PARINTINS/AM

O turismo é visto como atividade econômica com vasta potencialidade geradora de efeitos na maioria das vezes observados como “positivos”. Em Parintins, ainda não se investe adequadamente nos potenciais turísticos locais, nem se busca desenvolvê-los, tornando o município ainda refém de atividades econômicas primárias. De acordo com Melo; Araújo-Maciel e Figueiredo (2015, p. 261-262), “a maior parte dos habitantes de Parintins ainda continua a sobreviver de atividades econômicas tradicionais como o extrativismo e a pesca. A produção agrícola ainda é de subsistência e o abastecimento sofre principalmente nos períodos do festival.” Destarte, acredita-se que os patrimônios históricos e culturais, os estabelecimentos de lazer, recreação e uma infraestrutura turística básica, representariam a possibilidade de desenvolvimento local, tornando a atividade turística uma fonte de receita ao município não apenas na época do festival folclórico, mas ao longo do ano, mesmo em períodos de sazonalidade turística, um dos períodos mais desafiadores aos destinos turísticos.

Em vista disso, descrever-se-á, logo abaixo, os desafios e perspectivas para a gestão turística dos principais potenciais turísticos do município de Parintins.

Figura 1. Bumbódromo. Fonte: www.parintins.am.gov.br

Bumbódromo. Inaugurado em 1988, o Bumbódromo foi construído no terreno do antigo aeroporto da cidade, pelo então governador Amazonino Mendes, com cujo nome foi oficialmente batizado. Projetado especialmente para acomodar a apresentação dos bois, hoje tem capacidade de acomodar mais de 17,5 mil pessoas e, recentemente, passou por uma obra de recuperação e ampliação sendo reinaugurado totalmente modernizado. A nova estrutura do Bumbódromo possibilitou, aos artistas e brincantes, desenvolverem novos experimentos com pesquisas práticas, técnicas e materiais na construção de alegorias, de formas de encenação, fantasias, músicas e danças. Diante dessa importância, o Bumbódromo se tornou o principal potencial turístico da cidade, principalmente após o decreto que considera os Bois Garantido e Caprichoso, patrimônios culturais do Brasil.

Figura 2. Lago do Aninga. Fonte: www.parintins.am.gov.br

Lago do Aninga. Há aproximadamente 10 km da cidade de Parintins, está localizada a Comunidade do Aninga, banhada pelo lago do mesmo nome. Para quem gosta de pescar e passeios de barco, o Lago do Aninga é o destino indicado, não apenas na época do festival folclórico, mas também durante o ano todo. Neste local, a pesca é autorizada e as águas reservam espécies conhecidas no cardápio dos reurantes. O Pirarucu e o Tambaqui são alguns dos peixes que mais atraem pescadores e turistas. Além da pesca, outro atrativo do lago do Aninga é o pôr do sol, com destaque às águas tranquilas, margeadas pela vegetação nativa, o que o torna uma boa opção para quem quer tranquilidade.

Figura 3. Praia do Uaicurapá. Fonte: www.parintins.am.gov.br

Praia do Uaicurapá. Parintins oferece uma diversidade de potenciais atrativos turísticos naturais, como a Praia de Itaracuera, banhada pelo Rio Uaicurapá. Com uma extensão de mais de 1 km, é muito frequentada por visitantes e parintinenses, não só no período da vazante, entre os meses de agosto e fevereiro, mas também em outras épocas do ano. Essa localidade é carinhosamente chamada pela população local de “Caribe Parintinense”, devido apresentar uma profusão de ilhas com praias de areia muito brancas e águas limpas que lembram o Rio Negro.

Figura 4. Catedral. Fonte: www.parintins.am.gov.br

Catedral. A Catedral pode ser considerada Patrimônio Histórico de Parintins. A primeira construção da igreja foi no ano de 1806, na Praça do Cristo Redentor, pelo Frei Carmelita José Chagas. A construção do prédio atual, iniciou-se em 1961 assinada pelo engenheiro italiano Giovani Butori que teve auxílio de Dom Arcangelo Cércua. A torre foi terminada em 1981, assinada por José Ribeiro e orientada pelo engenheiro Simão Assayag. A obra tem 42 metros de altura, 176 degraus e no topo se encontra a imagem da padroeira Nossa Senhora do Carmo.

Figura 5. Cidade Grande. Fonte: www.parintins.am.gov.br

Cidade Garantido. A Cidade Garantido é um complexo arquitetônico que abriga toda a estrutura de galpões de alegoria, curral (local de ensaios), presidência, diretoria e demais coordenações que fazem parte da administração do Boi Garantido. Neste ambiente, é possível encontrar alguns produtos oficiais do bumbá e a sala de troféus. Considera-se, este local, um potencial turístico, mas que precisa se adequar ao perfil de um atrativo turístico. Por exemplo, não há um museu que conte a história e os títulos do boi, não há também uma loja oficial que comercialize os produtos ao longo do ano.

Figura 6. Curral Zeca Xibelão. Fonte: www.parintins.am.gov.br

Curral Zeca Xibelão. O local de realização dos ensaios e festejos populares do Boi Bumbá Caprichoso é conhecido, popularmente, como Curral Zeca Xibelão, uma homenagem ao primeiro líder tribal do Boi Caprichoso, falecido em 1988. E se localiza na área considerada como “lado azul da cidade”, próximo ao centro da cidade. O local possui sala de troféus, pista para o público, área VIP, banheiros e camarotes. Como potencial turístico, o local apresenta esculturas do boi, para eventuais fotografias, música e opções para diversão. Como problemas, assim como o Boi Garantido, não há um museu que conte a história do boi e o local não tem um espaço tão grande.

Figura 7. Mercado Municipal. Fonte: www.parintins.am.gov.br

Mercado Municipal de Parintins. O Mercado Municipal de Parintins é uma obra erguida no século XIX, às margens do Rio Amazonas, entregue à população em 1937, podendo ser considerado Patrimônio Histórico. Hoje, o mercado é constituído pela venda de vários produtos como carne, peixe, verduras, dentre outros. É o local indicado para experimentar o café regional, que não dispensa a tapioquinha e o x-caboquinho (pão recheado com tucumã e queijo coalho). Portanto, é o local ideal para comer uma “tapioquinha autêntica”.

Figura 8. Balneário Cantagalo. Fonte: www.parintins.am.gov.br

Balneário Cantagalo. Localizado na comunidade do Aninga, o Balneário Cantagalo apresenta um píer, além de quadras de areia para futebol e voleibol, serviços de bar, restaurante, lanchonetes, palco para shows e bosque para acampamentos. Apresenta um deck para banho com chuveiros, igarapé natural e uma paisagem rural amazônica. Este atrativo turístico é acessado por estrada asfaltada, com iluminação e sinalização.

Figura 9. Lagoa da Francesa. Fonte: www.parintins.am.gov.br

Lagoa da Francesa. É o local onde os barcos atracam e muitos pescadores chegam com a produção do dia. Dezenas de barcos regionais desembarcam vindos da zona rural e outros municípios. A lagoa da francesa banha cinco bairros do município é e de vital importância pelos recursos naturais que oferece.

Figura 10. Serra de Parintins. Fonte: www.parintins.am.gov.br

Serra de Parintins. A Serra de Parintins situa-se a 15 quilômetros de barco, de Parintins, dentro do Lago da Valéria. Trata-se de uma pequena formação de 152 metros de altitude, circundada por espessa vegetação que faz divisa com o estado do Pará. O lago pode ser considerado Patrimônio Cultural por ter, no seio de sua cultura, acontecimentos míticos, pois é conhecido como um dos lagos mais piscosos da região. Os moradores afirmaram ter visto no lago, o “chupa-chupa”, misto de alienígena e vampiro que tem inúmeros registros de aparecimento na década de 1980. A região é conhecida por seus encantos e lendas, com notáveis descobertas arqueológicas, fazendo parte do roteiro dos cruzeiros nacionais e internacionais. Para potencializar ainda mais este atrativo turístico, a Prefeitura viabilizou, junto ao INCRA4, a construção de um porto na comunidade para atracação de lanchas vindas de navios transatlânticos.

Figura 11. Praça do Cristo Redentor. Fonte: www.parintins.am.gov.br

Praça do Cristo Redentor. A Praça do Cristo Redentor é um dos primeiros núcleos da cidade de Parintins, ocupando um lugar especial na memória afetiva dos cidadãos parintinenses, podendo ser considerada Patrimônio Histórico de Parintins. De 1956 a 1959, na gestão do ex-prefeito Lourival de Albuquerque Filho, a praça ganhou calçamento, jardim e iluminação. Em seu entorno, encontravam-se moradias de famílias tradicionais de Parintins como “Os Melo e Cohen”. No setor de economia, abrigava os empreendimentos como a Casa Ideal, do comerciante Lico Mendes. No dia 16 de abril de 1974, apresentou um requerimento pedindo que fosse oficializado, ao prefeito municipal, a proibição de mesas e cadeiras que vinham sendo colocadas pelo proprietário do Stop Bar. Hoje, a praça é local de apresentações artísticas e opção de recreação. O local dispõe de serviços de bar e uma via de construção com lanchonetes localizadas abaixo da superfície da praça.

Figura 12. Igreja do Sagrado. Fonte: www.parintins.am.gov.br

Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Fundada em 1945 com o nome de Igreja Nossa Senhora do Carmo, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus passou a ser chamada, desta maneira, no ano de 1962, após a construção da Catedral. Localizada em frente à escola mais tradicional de Parintins – Colégio Nossa Senhora do Carmo – a Igreja do Sagrado Coração de Jesus faz parte de um conjunto arquitetônico composto pelo Obelisco de Fundação da cidade e o Cruzeiro das Missões, edificações que representam o Patrimônio Histórico e edificado da cidade. Aliado ao valor histórico, como Patrimônio histórico, a paisagem natural impressiona quem visita o lugar que não deixa de se impressionar com o caudaloso Rio Amazonas e o lindo pôr do sol. O “Sagrado” é a segunda Igreja mais antiga de Parintins, inaugurada em 1º de agosto de 1888. A primeira foi construída onde, atualmente, está localizada a Praça Cristo Redentor, construída entre os anos de 1805 e 1806, servindo ao povo por mais de um século. Com a demolição, a Igreja foi reconstruída no novo local e recebeu novo nome após a construção da Catedral, na Avenida Amazonas.

Figura 13. Palácio Cordovil. Fonte: arquivo pessoal

Palácio Cordovil. Localizado na atual Praça Eduardo Ribeiro, neste prédio funcionou a Prefeitura Municipal de Parintins; o poder legislativo, o qual ocupava o salão nobre, local em que aconteciam suas respectivas sessões. O palácio cedeu espaço ainda para abrigar a biblioteca Vera Lúcia Simplício, o INCRA e a delegacia Militar, sendo um espaço que guarda várias memórias sociais. Atualmente, o local não é usado pelo poder público e se deteriora com o tempo.

Figura 14. Cine Oriental. Fonte: arquivo pessoal

Cine Oriental. Em 25 de dezembro de 1964, o Sr. Alberto Kazunori Kimura inaugurou um dos mais belos símbolos da história da Sétima Arte no município de Parintins: O Cine Oriental. A estrutura do prédio compreendia a 10m de largura por 33m de fundo e tinha capacidade para 150 cadeiras. O Cine Oriental, além de ser um espaço de diversão, era um local de encontros, paqueras e convívios sociais. Seu apogel foi na década de 70. Entre os fatores que levaram a sua decadência, podem-se ressaltar os tecnológicos, como o aparecimento da luz elétrica e principalmente a TV. O estabelecimento fechou suas portas em 1998 e atualmente, encontra-se abandonado.

Figura 15. Escola Araújo Filho. Fonte: arquivo pessoal

Escola Estadual Araújo Filho. Patrimônio histórico de Parintins, a escola teve sua construção iniciada no final do século XVIII. O prédio de estilo seiscentista, tem o forro de cedro bordado, trabalhado em linhas geométricas; o piso é de madeira nobre acapú e pau amarelo; há janelas de frente com sacadas, cujas linhas eram trabalhadas com incisos; os porões eram amplos com várias colunas de sustentação. No ano de 1989, foi denominada de Escola Estadual Araújo Filho e em 1998, tornou-se Patrimônio Histórico de Parintins. É um estabelecimento de ensino e patrimônio cultural sempre visitado pelos navios turísticos que ancoram na cidade, sendo também, referência da educação parintinense.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da análise das descrições e observações realizadas durante esta pesquisa, fica evidenciado a importância de se conhecer os principais potencias turísticos da cidade de Parintins. Desta forma, conclui-se que o turismo, no município, é uma alternativa para o desenvolvimento da cidade, oportunidade de emprego, geração de renda, lazer e entretenimento. Por meio do levantamento bibliográfico, foi possível descrever os potenciais turísticos de Parintins, relatando-se a história de cada lugar, os valores que os tornam patrimônios históricos e culturais, além de ter sido possível descrever os desafios e perspectivas para a gestão turística de potenciais turísticos, atendendo-se assim, ao objetivo da pesquisa.

Conclui-se, também, que Parintins tem um potencial turístico pouco explorado, incapaz de propiciar à população uma fonte de renda estável fora do período do festival folclórico. Os problemas encontrados estão na infraestrutura básica, infraestrutura turística e na ausência do poder público em incentivar promoções de atividades turísticas, bem como reintegrar patrimônios históricos e culturais abandonados no fluxo do tempo.

É importante ressaltar que existem inúmeros entraves para a gestão turística dos potenciais turísticos do município. Ao longo da consulta bibliográfica para o embasamento teórico crível deste estudo, nota-se uma expressiva ausência de abordagens literárias e científicas que busquem prover soluções de aprimoramento do setor de turismo na região de Parintins considerando políticas públicas e investimentos em infraestrutura turística, exploração de recursos turísticos, catalogação e reconhecimento de patrimônios históricos e culturais. Logo, o assunto é pouco debatido pois, mesmo que haja um interesse particular em desenvolver o setor, as políticas públicas e de fomento às atividades turísticas são deixadas de lado.

Apesar dos problemas, o setor de turismo é totalmente capaz de se desenvolver em Parintins, desde que se faça um planejamento a curto, médio e longo prazo capaz de explorar corretamente os potenciais turísticos do município. Também é importante que cada vez mais se debata a respeito do tema e que novos estudos sejam realizados, uma vez que o turismo, na cidade, demonstra amplo potencial para ser uma das principais atividades econômicas. No entanto, entende-se, aqui, que o turismo não deve ser transformado em um fenômeno essencialmente comercial com o único intuito de atender objetivos econômicos, mas sim, como um meio que possa auxiliar a cidade a ter uma identidade representativa, histórica e cultural, por meio do reconhecimento de potenciais turísticos existentes. Deixa-se, portanto, uma breve contribuição para pesquisas nas áreas de Turismo e Administração, mostrando um vasto campo de estudo ainda a ser explorado pelos profissionais destas áreas e afins.

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1 “É o recurso natural ou cultural formatado em negócio que atenda todas as especificações necessárias para comercialização e recepção de turistas, com responsabilidade social, ambiental e cultural” (SEBRAE, 2012, p. 11). 1

2 “É qualquer manifestação da natureza ou da cultura que tenha capacidade de atrair turistas, em nível regional, nacional e/ou internacional, e possa servir de “matéria-prima” para a formatação de um atrativo turístico (negócio). Para o recurso turístico se transformar em atrativo turístico, este deve receber intervenções no que se refere a infraestrutura, gestão, segurança, promoção e comercialização, que o torne um produto comercializável. Ex.: áreas de rios; cachoeiras; mata; monumentos; manifestações culturais como artes cênicas, música, artesanato, folclore, gastronomia, tradições, usos e costumes, entre outros” (op. cit., p. 13).

[1] PÓS-GRADUANDO EM GESTÃO PÚBLICA PELA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS. GRADUANDO EM ADMINISTRAÇÃO PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS. GRADUADO EM TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA PELA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS, TECNÓLOGO EM LOGÍSTICA.

Enviado: Janeiro, 2018.

Aprovado: Março, 2019.

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Victor Antunes de Souza Serrão

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