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Cuidado Integral Aos Pacientes Oncológicos

RC: 81088
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SILVA, Irenice Ferreira Da [1], SILVA, Elabe Evangelista De Menezes [2], PEREIRA, Izete Soares Da Silva Dantas [3]

SILVA, Irenice Ferreira Da. SILVA, Elabe Evangelista De Menezes. PEREIRA, Izete Soares Da Silva Dantas. Cuidado Integral Aos Pacientes Oncológicos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 03, Vol. 15, pp. 52-69. Março de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/cuidado-integral

RESUMO

O objetivo da pesquisa foi avaliar do ponto de vista dos usuários o cuidado integral dispensado pela Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer – LMECC aos pacientes oncológicos. Tratou-se de estudo qualitativo utilizando entrevista semiestruturada com 100 pacientes. As variáveis eleitas foram aspectos sociodemográficos, informações sobre a doença, tipo de assistência recebida e disponibilizada, qualidade do atendimento e sua integralidade, avaliação dos profissionais de saúde e da estrutura do Hospital. A pesquisa foi autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte com base na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde-CNS.  Constatou-se a predominância do sexo feminino, média geral da idade de 55,93 anos. O câncer de Mama correspondeu a 35% dos casos e intestino 10%. Os serviços do hospital e o atendimento aos pacientes foram considerados excelente e bom pela maioria dos participantes. Conclui-se pela importância da implementação de um atendimento integral aos pacientes oncológicos.

Palavras-chave: Oncologia; cuidado Integral, Assistência, Atendimento Multidisciplinar.

1. INTRODUÇÃO

O câncer é considerado a segunda maior causa de mortes no Brasil com impacto direto nas esferas social, epidemiológica e econômica. Acomete pessoas de todas as idades, gêneros, classes sociais, níveis de escolaridade, crenças e etnias, afetando de forma direta ou indireta todos aqueles que convivem com pessoas com câncer (INCA, 2018). Dados da Organização Pan-Americana de Saúde-OPAS informam que, no mundo, uma em cada seis mortes são relacionadas à doença. É, também, a segunda principal causa de morte no mundo e foi responsável por 9,6 milhões em 2018.  Cerca de um terço das mortes é decorrente dos cinco principais riscos comportamentais e alimentares: alto índice de massa corporal, baixo consumo de frutas e vegetais, falta de atividade física e uso de álcool e tabaco (OPAS, 2018).

Diante dessas estimativas e do contexto atual é necessário buscar meios para a promoção em saúde, a prevenção e a melhoria dos serviços prestados aos pacientes oncológicos, voltados para a articulação entre assistência e práticas de saúde (BATALHA, 2017).

O envelhecimento da população com a transição demográfica que vem ocorrendo em todos os países do mundo, o declínio da mortalidade e da fecundidade, o aumento da expectativa de vida, os estilos de vida moderno têm contribuído para o aumento dos casos de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), entre elas o câncer. Assim sendo, as DCNT são um dos maiores problemas de saúde pública na contemporaneidade, por gerarem perda na qualidade de vida, decorrente das limitações proporcionadas pela doença, bem como um grande impacto econômico para as famílias e a sociedade. O câncer é uma doença que ao longo da história tem causado medo, sofrimento para todos que se relacionam com a pessoa acometida (BATISTA; MATTOS; SILVA, 2015).

O câncer é um termo usado de forma genérica para um grande grupo de doenças que pode afetar qualquer parte do corpo (INCA, 2018). Os pacientes e familiares vivenciam uma sobrecarga psicológica em função do que a doença representa e a sua associação com a morte. Esses aspectos podem alterar fortemente a dinâmica das relações familiares desde o diagnóstico da doença até o tratamento e seus desfechos, muitas vezes, inesperados (NEVES et al., 2018). Nesse sentido, os serviços de saúde que atendem essa população específica devem se organizar de forma a considerar o cuidado integral do indivíduo com câncer, garantindo inclusive, quando necessário, os cuidados paliativos (ANDRADE, 2020; ATTY; TOMAZELLI, 2018; BATALHA, 2017).

O câncer constitui-se numa importante questão de saúde pública em virtude de seu crescente impacto sobre a rede de serviços de saúde e sobre a agenda de ações no sentido de dar resposta ao que é constitucionalmente esperado.  A intervenção na área requer a participação de diferentes especialidades do campo da saúde e em diferentes níveis. A prática humanizada é de vital importância em qualquer setor envolvido durante o atendimento do paciente oncológico. O estabelecimento de uma relação mais próxima entre a equipe multiprofissional e as pessoas acometidas pode impactar de forma positiva, na busca de soluções para os problemas, o que vai repercutir na qualidade de vida o que caracteriza uma abordagem de cuidados paliativos (BATALHA, 2017; FRANÇA et al., 2019).

Esses cuidados possuem a mesma prioridade que os preventivos e curativos, segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS É definida como uma abordagem que promove qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento. A OMS coloca a Medicina paliativa no mesmo plano de prioridade que a Medicina Preventiva e a Curativa (OPAS, 2018).

A continuidade do cuidado em saúde dos pacientes com câncer pode ser considerada como um fator prognóstico positivo. O conhecimento sobre o planejamento, a gestão, implementação da assistência, monitoramento e avaliação dos equipamentos sociais que oferecem serviços voltados à atenção integral dos pacientes se torna importante no enfrentamento dessa doença (FARIA; GUDE; LIMA, 2020).

Nesse sentido, o objetivo da pesquisa foi avaliar do ponto de vista dos participantes oncológicos o cuidado integral dispensado pela Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer – LMECC, no município de Mossoró/RN.

2. REVISÃO DE LITERATURA

Um modelo que tem se destacado no atendimento e tratamento dos pacientes oncológicos é a integralidade, ou seja, a existência dos serviços em um único complexo, possibilitando uma melhor troca de informações entre os diversos níveis de saúde, um seguimento do tratamento mais adequado e uma adesão maior por parte dos pacientes (CARNUT, 2017; COSTA, 2020; DOUBERIN, 2019).

Silva; Bezerra e Tanaka (2012) firmam que além da universalidade do acesso e da equidade, o  princípio da integralidade representa o reconhecimento das necessidades de saúde dos  indivíduos e que essas devem ser satisfeitas.  Os diferentes níveis de atenção devem ser contemplados bem como a articulação entre os diferentes serviços. As estratégias para que esse desafio seja alcançado implicam que vários fatores intervenientes sejam contemplados e    pautadas no acolhimento e vínculo entre usuários e equipes. A população brasileira, vem enfrentando vários desafios para ter acesso à saúde com dignidade, assegurada, constitucionalmente, pelo Estado (BRASIL, 2018)

As pessoas diagnosticadas com câncer se constituem um desafio nos serviços de saúde e para a equipe multiprofissional dada a complexidade da doença e do quanto representa esse diagnóstico, tanto para o paciente, quanto para a família e amigos. Num primeiro momento as pessoas não sabem lidar com o fato de uma pessoa próxima estar acometida por uma doença, geralmente entendida como terminal. A doença se torna uma ameaça à integridade humana, levando as pessoas ao questionamento sobre o sentido da vida. Surgem   inúmeras preocupações, principalmente a da morte. O diagnóstico do câncer é sempre de difícil compreensão (ANDRADE, 2020).

A integralidade no atendimento em saúde faz parte  das Diretrizes do Sistema Único de Saúde-SUS e está constitucionalmente contemplada na Carta Magna quando afirma o direito da população a um atendimento integral no seu Artigo 198, II (BRASIL, 2018, b).

Desde o início da  década de 1980 que a integralidade é um princípio que está incorporado  às  propostas de  programas abrangentes para grupos específicos, no Brasil. Apesar do seu uso o termo não apresenta um consenso quanto a sua definição. Compreende aspectos que envolvem desde o cuidado nas mais diversas dimensões do ser humano,  integração da equipe multiprofissional e à oferta e articulação dos serviços em níveis crescentes de complexidade tecnológica até a  regulação das políticas públicas (SILVA; BEZERRA; TANAKA, 2012).

A Lei 8080/90 (BRASIL, 2021) reforça esse direito e estabelece a necessidade de que o indivíduo seja compreendido numa dimensão holística, entendendo a sua essência biopsicossocial. Em se tratando de uma doença como o câncer, esse entendimento ganha maior relevância na medida em que todas as necessidades devem ser atendidas o que deve ser realizado a partir da integração das ações desde a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Para que esse  princípio da  integralidade seja exequível, há necessidade de uma articulação da saúde com outras políticas públicas,  assegurando  uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos acometidos e de suas famílias (CARNUT, 2017; COSTA, 2020; FARIA; GUDE; LIMA, 2020).

A Lei nº 12.732 de 22/11/2012 ( BRASIL, 2021) dispõe sobre o primeiro tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada e estabelece prazo para seu início. Segundo essa Lei os pacientes com neoplasia maligna têm direito ao primeiro tratamento assegurado no SUS no prazo de até 60 dias. Para esse prazo considera-se o dia em que foi dado o diagnóstico em laudo patológico. Um prazo menor, pode ser considerado para o paciente conforme a necessidade terapêutica do caso, registrada em prontuário único (GABE, 2018).

A integralidade tem por base as ações de promoção, prevenção de agravos e recuperação da saúde, de modo a permitir a percepção holística do paciente, considerando o contexto histórico, social, político, familiar e ambiental em que se insere. Envolve o ato de cuidar das pessoas por meio de ações coesas e interligadas e o incentivo às práticas de promoção de saúde e prevenção de agravos, sem prejuízos das práticas assistenciais. A atenção integral é, ao mesmo tempo, individual e coletiva, evidenciando, assim, a necessidade de articulação entre a equipe multiprofissional (SILVA et al., 2017).

Do ponto de vista dos usuários dos serviços de saúde a ação integral tem sido, frequentemente,  associada ao tratamento respeitoso e digno por parte dos profissionais de saúde, bem como com qualidade de serviços, equipamentos, estrutura e um acolhimento adequado para as necessidades do paciente. A integralidade no atendimento do paciente com câncer, faz com que o tratamento seja mais eficiente e menos traumatizante, haja vista que uma atenção de caráter multidisciplinar reduz a morbimortalidade e os transtornos causados no decorrer do tratamento da doença (BRASIL, 2018b; COSTA, 2020; GONZALEZ- GRANDON; VALÁDEZ-BLANCO, 2020).

O atendimento integral extrapola a estrutura organizacional hierarquizada e regionalizada da assistência de saúde, se prolonga pela qualidade da atenção individual e coletiva assegurada aos usuários do sistema de saúde, requisita o compromisso com o contínuo aprendizado e com a prática multiprofissional. Esse aspecto considera e respeita às diferenças das pessoas e as necessidades específicas de cada um. Quando se reflete sobre esse aspecto é possível garantir práticas terapêuticas mais adequadas a cada contexto, e a participação ativa do usuário no seu tratamento (CARNUT, 2017).

O controle de qualquer doença depende muito da promoção à saúde, prevenção, detecção precoce, tratamento e assistência direta aos pacientes, que é realizada pelos profissionais em saúde, comprometidos com a ética da saúde e com a defesa da vida, seja do indivíduo ou da população, nos diversos tipos de serviços de saúde (FARIA; GUDE, 2020).

No que se refere à atenção à saúde dos indivíduos em cuidados paliativos, sabe-se que o  câncer é um evento estressor para aqueles que são acometidos pela doença, bem como para os profissionais e familiares diretamente envolvidos no cuidado dessas pessoas (BATALHA, 2017; INCA, 2018; ITKIN et al., 2020).

Atty e Tomazelli (2018) corroboram com esse entendimento quando afirmam que os cuidados paliativos  se  referem a uma intervenção que visa  melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias diante do risco de morte associado a uma doença. Assim sendo, esses cuidados devem estar centrados na pessoa, valorizando as necessidades do paciente de forma que este receba informações adequadas e culturalmente apropriadas sobre seu estado de Saúde. e o seu papel nas tomadas de decisões sobre o tratamento recebido (PILATTI, 2019).

Os profissionais que atuam no tratamento oncológico e que estão em contato direto com os pacientes e seus familiares, devem estar atentos ao quão relevante é a prestação de um atendimento humanizado e individualizado. Ao reconhecer as necessidades do paciente e de sua família, cria-se um vínculo de confiança desses com o profissional,  favorecendo todo o processo terapêutico, diminuindo os medos e angústias. Além disso, auxilia na atuação do profissional e no desenvolvimento da terapêutica já que considera o paciente como um ser individualizado e de características próprias sejam elas físicas e/ou emocionais, e melhora a eficácia do tratamento utilizado. Todo e qualquer atendimento prestado deve ser baseado nas relações humanas, na humanização. As pessoas são diferentes e, consequentemente, pensam de maneiras diferentes. Assim é relevante considerar que atender pessoas corresponde a dar assistência a um público heterogêneo. Quando inserimos a humanização nesse contexto, levamos em conta a importância da comunicação entre profissional e paciente para facilitar a relação confiança-respeito (SILVA et al., 2017).

3. METODOLOGIA

Tratou-se de um estudo descritivo, transversal, qualitativo, realizado através de entrevista semiestruturada com 100 pacientes da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC) em Mossoró/RN. Os pacientes entrevistados estavam vinculados ao serviço no período de agosto de 2018 a julho de 2019, correspondendo a 8% do total de pacientes acompanhados nesse serviço de saúde.

Foram incluídos na pesquisa os pacientes com vínculo formal no serviço público que se encontravam em tratamento na instituição nos últimos 5 anos e autorizaram por escrito a participação no estudo por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Os participantes foram escolhidos de forma aleatória, sendo entrevistados nos dias de atendimento na instituição. Foram excluídos da pesquisa os pacientes que não faziam tratamento no âmbito da LMECC e que por algum motivo faziam o tratamento fora do domicílio.

Antes da assinatura do TCLE todos os participantes foram informados quanto aos objetivos da pesquisa, riscos, benefícios, indenizações e ressarcimentos bem como sobre a liberdade em participar ou não, sem que isso lhes trouxessem prejuízos para si ou para a sua família.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (CEP-UERN) sob o número CAAE: 03581918.6.0000.5294 e Parecer nº 3.101.720 de 23 de dezembro de 2018.

Os resultados obtidos foram organizados em um Banco de Dados informatizado com o auxílio do programa estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) na versão 17 e submetidos a uma análise estatística descritiva, por meio de medidas de frequência absoluta e relativa das variáveis estudadas, apresentando-se os resultados em tabelas.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados das entrevistas realizadas com os pacientes podem ser visualizados na Tabela 1. na qual se apresenta os dados sociodemográfico dos participantes que compõem o perfil.

Tabela 1. Dados sociodemográficos dos pacientes entrevistados. Mossoró, 2019.

Variáveis N %
Sexo Feminino 64 64%
  Masculino 36 36%
Faixa etária 20-30 3 3,0%
  30-40 8 8.0%
  40-50 18 18,0%
  50-60 15 15,0%
  60 e mais 56 56,0%
Escolaridade Sem alfabetização 16 16%
Fundamental 49 49%
Ensino Médio 28 28%
Superior 7 7%
Estado civil Casado(a) 43 43%
Solteiro(a) 22 22%
Viúvo(a) 11 11%
União Estável 11 11%
Divorciado(a) 6 6%
Separado(a) 4 4%
Raça/cor Pardo 52 52%
Branco 40 40%
Negro 7 07%
Amarelo 1 1%
Renda Até 2 salários 77 53,3
3 a 5 salários 23 39,2
Situação laboral Ativos 21 21%
  Desempregados 30 30%
Aposentados 49 49%

Fonte: Elaborado pelos autores

Dentre os participantes da pesquisa constatou-se que a maioria é do sexo feminino 64 %. Quanto à faixa etária observou-se maior predominância a partir dos 50 anos, confirmando que o câncer é uma doença que está, também, associada ao envelhecimento celular, como já tem sido constatado em outros estudos (LOCATELI et al., 2020; MACHADO et al., 2017).

Em relação ao nível de escolaridade, a maioria (49%) informou que frequentou o ensino fundamental e 16% que não tiveram acesso à educação formal. Alguns aprenderam a assinar o nome para resolver situações pontuais. Somente 7% teve acesso ao ensino superior.

Em relação a raça/cor, a maioria se declarou parda (52%) e nenhum participante se declarou indígena. Apenas 1,0% se definiu como amarelo.

O Censo do IBGE classifica a população brasileira em branca, preta, amarela, parda e indígena. No entanto as pesquisas mostram que a discriminação, no Brasil,  depende mais de como as pessoas são classificadas pelos outros do que da maneira como elas próprias se veem  (DAFLON; CARVALHAES; FERES JÚNIOR, 2017). Assim  a maior  parte das pessoas que tem uma pele menos escura se assumem como parda e não como  pretas em função do preconceito existente.

Em relação a procedência dos pacientes foram relatadas 27 cidades, municípios do Rio Grande do Norte (RN) e 2 da Paraíba (PB). Quanto ao local de moradia, 47% dos pacientes residem no município de Mossoró – RN, sendo 78% na zona urbana e 22% na zona rural. Dessa forma, fica clara a importância dos serviços oferecidos pela LMECC para a região e arredores. Muitos pacientes verbalizaram durante as entrevistas os benefícios de fazer seu tratamento em Mossoró, não ter que se deslocar para Natal ou Fortaleza, podendo dormir no conforto da sua casa e ainda economizar com passagens e estadias.

A renda familiar da maioria, 77% era de até 2 salários-mínimos, não sendo citadas rendas superiores a 5 salários-mínimos.

Um dado importante é o da situação laboral. O estudo mostrou uma prevalência do número de aposentados correspondendo a 49% dos entrevistados, seguido dos desempregados com 30%.  Apenas 21% estão na ativa.

Quando questionados sobre a profissão que exerceram ou exerciam, as mais prevalentes foram a agricultor (33%), doméstica (15%) e comerciante (11%). Assim sendo, 41% dos pacientes não tem uma profissão definida. Infere-se que são pessoas que vivem na informalidade e/ou realizam outras atividades de forma pontual, popularmente conhecida na região como “viver de bico”.

A identificação dos tipos de cânceres entre os entrevistados mostrou o predomínio de câncer de mama 35,0% dos demais tipos seguidos de câncer de intestino (10%).

Vários fatores de riscos são apontados para essa neoplasia incluindo aqueles  que podem estar relacionados ao ambiente,  aos hormônios, à idade  e à própria genética  de cada pessoa, indicando que não há uma causa única e exclusiva.  Os estudos constatam que esse tipo de câncer é menos frequente em mulheres jovens. A partir dos 35 anos  a incidência aumenta, sendo mais comum  após os 50 anos (DOUBERIN et al., 2019).

A qualidade de vida e a sobrevida dos pacientes oncológicos estão, também, diretamente relacionadas com as comorbidades apresentadas. Essas outras doenças e agravos associadas  às neoplasias são frequentes, motivo pelo qual se buscou conhecê-las. As comorbidades foram declaradas por 60% dos participantes que afirmaram ser portador de alguma outra doença, sendo mais comuns a Hipertensão (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM). Entre esses 53.3% relataram hipertensão arterial sistêmica, 36,7% o diabetes mellitus e 25% o tabagismo. Seguiram-se etilismo 18,3%; doenças osteoarticular 15,0%; obesidade 8,3%; cardiopatias 8,3; renais 5,0%; hepáticas 1,7% além de outras como lúpus e asma, 3,3%. Patologias como lúpus e asma foram citadas, incluindo-se como outras comorbidades. Vale salientar que é comum muitas dessas comorbidades se apresentaram de forma simultânea. Esses resultados corroboram com outros estudos realizados com pacientes oncológicos onde os sistemas vascular e endócrino foram os mais afetados e a HAS e DM foram as condições clínicas predominantes ((DOUBERIN et al., 2019; COSTA et al., 2020).

Esses e outros aspectos da doença  chamam a atenção para o fato de que os profissionais da saúde devem dar   uma maior atenção nesse quesito, proporcionando a população usuária da LMECC, o atendimento na Instituição e oportunizando o acesso a políticas de prevenção e promoção a saúde, tornando possível um diagnóstico precoce (MENDES; VASCONCELLOS, 2015; MORAIS, 2020; PEDROSA; POLEJACK, 2016).

Um dos aspectos questionados aos pacientes foi o histórico familiar para conhecer se na família outras pessoas foram acometidas por algum tipo de neoplasia. Sabe-se da existência dos fatores genéticos como um dos possíveis causadores da doença. Entre os entrevistados 47% declararam possuir histórico familiar de parente de primeiro grau com a doença. A média de tempo com a enfermidade foi de 29 meses, com achado mínimo de 1 mês e máximo de 192 meses. Esses dados comprovam o que já é consenso na literatura sobre a existência de fatores hereditários na determinação do câncer (INCA, 2018).

Ao buscar a opinião dos pacientes sobre a qualidade dos serviços/atendimentos recebidos na Instituição, pediu-se para pontuar em quatro níveis: excelente, bom, regular e ruim.  A avaliação teve a pontuação apresentada na tabela 2.

 Tabela 2. Avaliação dos pacientes sobre os Serviços oferecidos pela LMECC, Mossoró, RN, 2019

Serviços Excelente Bom Regular Ruim

 

Total
Clínica médica 37,0 63,0 1,0 100,0
Cirurgia 76,8 23,2 100,0
Internação 68,4 30,3 1,3 100,0
Nutrição 57,1 38,8 4,1 100,0
Alimentação 56,6 37,4 5,0 1,0 100,0
Medicação 64, 0 34,0 1, 0 100,0
UTI 79,2 16,7 4,1 100,0
Radioterapia 69, 8 25,6 4,6 100,0
Quimioterapia                                      68,7 30,1 1,2 100,0
Psicologia 68,0 32,0 100,0
Fisioterapia 55,0 40,0 5,0 100,0
Odontologia 52,9 41,2 5,9 100,0
Serviço social 62,3 35,3 2,4 100,0
Cuidados paliativos 66,7 33,3 100,0
Transfusão de sangue 59,3 40,7 100,0

Fonte: Elaborado pelos autores

Os resultados da avaliação mostram que há uma grande satisfação dos pacientes para com os serviços prestados pela LMECC, haja vista que os índices de avaliação excelente foram expressivos, assim como houve apenas uma avaliação ruim da assistência. É importante destacar, que apenas o setor relacionado com alimentação teve uma única avaliação como ruim.

A importância da adoção do atendimento humanizado tem sido ressaltada em vários estudos.  Durante um tratamento de saúde e, especialmente, no caso do oncológico é de vital importância a humanização na prática dos profissionais da equipe multidisciplinar em qualquer setor envolvido. Durante o tratamento oncológico, normalmente, se cria uma relação mais próxima com o paciente na busca de soluções que impactem positivamente no tratamento e melhorem a sua qualidade de vida (CARNUT, 2017; SILVA et al., 2020).

As pessoas diagnosticadas com câncer se constituem um desafio aos serviços de saúde e para a equipe multiprofissional dada a complexidade da doença e do quanto representa esse diagnóstico, tanto para o paciente, quanto para a família e amigos. Num primeiro momento as pessoas não sabem lidar com o fato de uma pessoa próxima estar acometida por uma doença, geralmente entendida como terminal. A doença se torna uma ameaça à integridade humana, levando as pessoas ao questionamento sobre o sentido da vida. Surgem   inúmeras preocupações, principalmente a da morte. O diagnóstico do câncer é sempre de difícil compreensão e aceitação (ANDRADE, 2020).

Avaliar a satisfação dos pacientes quanto ao serviço recebido na área da saúde tem sido cada vez mais utilizado como um importante parâmetro definidor da qualidade do serviço nos estudos. Tais pesquisas apresentam um aspecto subjetivo, porém sabe-se que elas são importantes avaliadores do estado de saúde final do paciente após a interação com o serviço de saúde, refletindo diretamente no resultado da qualidade do serviço recebido (PEREIRA et al., 2020; PILATTI, 2017; SANTANA, 2017; SOUSA; SOUSA, 2017; SUÁREZ-RIENDALÓPEZ-SANCHEZ, 2020).

A percepção dos pacientes da LMECC sobre a qualidade do serviço prestado pelas equipes médica e de enfermagem estão representados na tabela 2. Os dados mostram que 97% dos pacientes tiveram facilidade para conseguir marcar uma consulta médica especializada na LMECC, e a totalidade dos participantes (100%) afirmaram que o atendimento foi satisfatório, sendo avaliada como excelente por 65%, bom por 33% e regular por 2%. Em relação às informações coletadas sobre a equipe de enfermagem foi constatado que para 100% dos pacientes, esses profissionais forneceram todo o suporte necessário na LMECC, sendo os serviços por eles prestados avaliados pelos pacientes como excelente por 72%, bom 27% e regular por apenas 1%.

Todos os pacientes que recebem o diagnóstico de tumor maligno acabam passando por diferentes períodos de adaptação à doença e aos tratamentos as quais são submetidos. Entender como outras pessoas enfrentam as doenças graves poderia ajudar o paciente oncológico e sua família a se preparar para lidar com suas próprias enfermidades. A humanização, durante o tratamento oncológico, permite a equipe multiprofissional criar uma relação mais próxima com o paciente, encontrando soluções para problemas que impactam negativamente na qualidade de vida. É importante que os profissionais adotem uma visão holística e que mantenham uma  postura  que  tenha em vista   não só  o  tratamento, mas   também   a   educação  do paciente  e  a  prevenção da  doença,  desenvolvendo  atividades de cuidado em todas as etapas do diagnóstico ao  tratamento (BUSHATSKY et al., 2017).

A descoberta do diagnóstico de câncer provoca em um indivíduo e na família uma sucessão de mudanças, visto que esta situação promove um grande conflito emocional, pois como possui o estigma social de doença incurável, as perspectivas da vida do paciente e de toda a sua família são abaladas pelo sentimento de temor da experiência inesperada que terão que vivenciar (SOUSA; SOUSA, 2017; SANTANA, 2017). Nesse contexto, há um entendimento por parte de vários pesquisadores que a espiritualidade ajuda as pessoas restaurar a esperança, e encontrar sentido para lidar com as incertezas que aparecem ao decorrer do tempo, fazendo com que o paciente enfrente, de forma mais corajosa e com mais esperança,  esse período difícil em sua vida (SUÁREZ-RIENDA; LÓPEZ-SÁNCHEZ, 2020).

No que se refere a variável Avaliação dos serviços e da estrutura da LMECC foi avaliada a visão e o relato dos pacientes mediante a experiência vivenciada no hospital, tendo embasamento em alguns questionamentos. Quando perguntados se houve cobrança por parte da LMECC por algum serviço ou tratamento, 100% dos pacientes relataram que em nenhum momento foram cobrados. A pesquisa mostrou que 86% dos pacientes tem conhecimento que a LMECC recebe doações para manter o hospital e oferecer uma assistência mais digna, pois 95% sabem da parceria da Liga do Câncer com o SUS (MEDICE, 2020).

Em relação ao tratamento foi perguntado se em algum momento, durante o tratamento, faltou medicações, sendo que 13% dos entrevistados apontaram que já sofreram com esse tipo de intercorrência. No entanto, relataram que são prontamente avisados pela LMECC por meio de ligação telefônica, assim que a medicação se encontra disponível para ser administrada ou distribuída pelo hospital.

O estudo mostrou que 100% dos pacientes entrevistados consideram a administração da LMECC satisfatória, de modo que para os mesmos o hospital está sendo bem administrado e possui uma boa gestão. Também foi verificado que 94% dos pacientes não teriam condições financeiras de fazer o tratamento ou obter os serviços necessários para sua saúde através de um hospital particular, Na análise socioeconômica constatou-se que há uma predominância dos pacientes com baixa renda ou amparados por benefícios ou aposentadoria pelo INSS. Nesse mesmo contexto, 96% dos entrevistados não relataram diferenças quanto ao atendimento da LMECC e a de um hospital particular, assim como 86% não necessitaram buscar outro serviço ou hospital para o seguimento do tratamento, mostrando que a assistência prestada aos mesmos, pela instituição, é adequada.

Os pacientes oncológicos que se encontram em tratamento nos serviços de saúde  devem receber atenção especial por parte da equipe multidisciplinar no sentido da  incorporação de estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento precoce,  tendo em vista os melhores prognósticos. Para que isso ocorra  a equipe de Saúde deve estar sensibilizada e preparada para proporcionar esse acompanhamento integral  voltadas ao acolhimento humanizado e celeridade no processo de diagnóstico e início do processo terapêutico.  Há necessidade de apoio emocional por parte desses profissionais desde a primeira busca do paciente por atendimento e ao longo do tratamento. Nesse sentido, as instituições de saúde representam locais privilegiados de difusão das  práticas de saúde na coletividade.  Convém ressaltar o papel da família considerado de fundamental importância durante todas as fases (COSTA et al., 2020).

Para finalizar a entrevista foi solicitado que os pacientes atribuíssem uma nota para a LMECC, a qual poderia variar de 0 até 10, sem necessidade de justificativa. Os resultados se mostraram positivos, pois o hospital alcançou a média geral de 9,8 mostrando que é possível oferecer um serviço de alta qualidade no SUS (PEREIRA et al., 2020; PILATTI, 2017; SANTANA, 2017).

Quando questionados sobre o impacto da LMECC para o seu tratamento, ficou evidente a satisfação com os serviços e a assistência prestada pelo hospital e pela equipe multiprofissional. Na visão geral, a LMECC proporciona um excelente atendimento, um acolhimento diferenciado dos pacientes por parte dos profissionais, os quais além de qualidade técnica, dão também um suporte emocional, contribuindo de forma significativa no estado geral do paciente.

Os pacientes, em sua maioria, não fizeram críticas a LMECC, pelo contrário, teceram vários elogios, mostrando bastante satisfação com os serviços utilizados bem como com os profissionais. Dentre as observações positivas feitas pelos pacientes, destacam-se a limpeza do hospital, a boa preservação dos equipamentos, o silêncio, a atenção dos profissionais de saúde, a poltrona confortável para os acompanhantes etc. Os entrevistados citaram que foi possível desenvolver uma relação de carinho e afeto com os profissionais de saúde, principalmente com a equipe de enfermagem, que de acordo com eles, está bem próxima (SANTANA, 2017; SOUSA; SOUSA, 2017; WARIUCHI; MARCON; SALES, 2016).

Por fim, quando questionados sobre a integralidade do serviço de saúde oferecido pela LMECC, com unanimidade, consideraram que o hospital fornece um atendimento integral ao paciente, pois tudo que eles precisavam em relação ao tratamento, era obtido, desde uma simples consulta até procedimentos mais complexos. São assistidos por profissionais de várias áreas da saúde, oferecendo um tratamento multiprofissional, tendo impacto tanto na cura, quanto no prognóstico da doença.

O cuidado com as pessoas acometidas de doenças com pouca ou nenhuma possibilidade de cura tem sido uma constante na sociedade humana e requerem a ação de uma equipe multidisciplinar, na qual cada um, reconhecendo o limite da sua atuação, contribuirá para que o paciente, em estado terminal, tenha dignidade na sua morte ((NEVES et al., 2018).

5. CONCLUSÃO

Diante destes achados, conclui-se que a LMECC oferece um serviço de alta qualidade para os pacientes tanto no que se refere a estrutura física e material, quanto no atendimento e na prestação de serviços especializados por parte dos diversos profissionais que compõem a equipe multiprofissional, o que a torna uma referência no estado do Rio Grande do Norte, sendo reconhecido pelos próprios pacientes como um hospital que fornece um atendimento de forma integral.

Dessa forma, a partir do conhecimento da população da pesquisa através dos dados e características sociodemográficas, bem como das suas patologias oncológicas primárias e comorbidades foi possível traçar um perfil dos pacientes acompanhados pela LMECC e, a partir disso, avaliar com mais acurácia a análise destes sobre o cuidado integral ofertado pelo hospital, uma vez que esta percepção está intimamente relacionada com essas variáveis.

A opinião verbalizada pelos participantes sobre a estrutura hospitalar, a prestação e qualidade dos diversos serviços, bem como desempenho das equipes de saúde da LMECC vieram de encontro a integralidade do cuidado em saúde na área oncológica, a qual é uma das especialidades que mais demanda a qualidade do serviço.

Os próximos passos para a pesquisa será aumentar a amostra para abranger outros participantes com o objetivo de incorporar maior robustez aos resultados alcançados, bem como divulgar os resultados deste artigo para os profissionais que fazem parte da LMECC e para a população do Rio Grande do Norte, como forma de fortalecer os serviços de alta qualidade de SUS que são desenvolvidos no estado do Rio Grande do Norte.

AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico- CNPq PIBIC  e a Liga Mossoroense de Estudos de Combate ao Câncer -LMECC  pela concessão da Bolsa de Iniciação Científica o que contribuiu para a realização da Pesquisa

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[1] Acadêmica De Medicina – Faculdade de Medicina.

[2] Bacharel em Medicina.

[3] Orientadora. Doutorado em Saúde Pública.

Enviado: Dezembro, 2020.

Aprovado: Março, 2021.

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