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Processo de seleção para ingresso no Mestrado – O que precisa ter?

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Conhecendo os critérios para ingresso em um programa de mestrado

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre um assunto muito importante, sobretudo se você está com a pretensão de ingressar em um curso de mestrado nos próximos meses ou anos. Como são diversas as variáveis que precisamos levar em consideração para que este processo seja o mais tranquilo possível, ao longo desse post temos a pretensão de apresentar alguns critérios que podem facilitar esse ingresso. Lembre-se, sempre, que cada instituição tem a sua própria dinâmica de funcionamento, cada realidade é única e possui características que podem variar bastante. Diante desse cenário múltiplo, iremos apresentar alguns aspectos gerais que costumam aparecer nos editais de todas as instituições que oferecem cursos de mestrado na modalidade do stricto sensu. Como mencionamos no edital, é preciso destacar que esta é a ferramenta mais importante e decisiva que temos em mãos. Consulte!

Como se preparar para ingressar em um programa de mestrado?

Como destacamos, iremos apresentar alguns elementos que você deve saber (que podem ser consultados no edital da universidade que pretende ingressar) antes de passar pelo processo seletivo em si. Os critérios que devemos considerar são muitos. Hoje, optamos por aqueles relacionados com a titulação a ser obtida, aqui, como estamos falando de mestrado, esta titulação é de mestre. Diante disso, iremos conversar sobre os requisitos que você precisa atender a fim de que possa participar do processo seletivo para ingresso em um curso de mestrado. Esta pauta de hoje foi suscitada por uma pessoa que nos acompanha em nossos canais oficiais. Ela perguntou se uma pessoa que ainda está na graduação pode se inscrever em um processo seletivo para ingresso no mestrado. Tudo irá depender do momento no qual você se encontra nesse curso de graduação. Precisamos compreender os níveis da graduação.

Os níveis da graduação

Em geral, um curso de graduação dura de 4 a 5 anos (com exceção dos cursos de Medicina, que, em média, duram 6 anos). Se você estiver em uma primeira graduação, nos primeiros anos, você ainda não poderá realizar um curso de mestrado. Se você já tiver feito uma graduação anteriormente (e concluí-la), poderá participar desta seleção, e, caso aprovado, poderá matricular-se. Se você está em um curso de mestrado e resolve fazer uma segunda graduação também é possível. Se você estiver na sua primeira graduação, será necessário que você a termine primeiro ou que esteja no último ano no momento do processo seletivo e que já tenha concluído este curso no momento da matrícula no mestrado. Alguns editais permitem que o aluno que se encontra no último semestre da graduação possa participar do processo seletivo.

A abertura dos editais

A abertura dos editais

As instituições que oferecem cursos de mestrado costumam abrir os editais entre agosto e outubro. Nesses documentos, estabelecem os critérios que serão levados em consideração na seleção. A matrícula será feita em fevereiro ou março do ano seguinte, de modo que, até lá, precisará ter concluído a sua graduação. Assim, o aluno que se encontra no último semestre consegue participar dessa seleção. Em geral, a graduação é concluída entre novembro e dezembro em uma agenda normal. É normal que a aprovação no mestrado venha antes dessa conclusão da graduação. Há, ainda, processos seletivos que ocorrem no meio do ano. Eles costumam ser abertos entre abril e maio, logo, você já terá concluído a graduação. Dessa forma, o aluno que atende a esses requisitos pode ingressar no mestrado. Caso não se enquadre a sua carga horária não poderá ser adaptada, e, além disso, não conseguirá comprovar a conclusão.

Atenção as possibilidades que o edital lhe fornecesse: os alunos especiais

Embora esses casos sejam mais raros, gostaríamos de mencionar. Existem alunos que desenvolvem pesquisas científicas desde a graduação. Por terem um projeto de pesquisa muito bom e por serem reconhecidos como pesquisadores notáveis na área na qual desenvolvem esse estudo, podem ingressar nesses programas de maneira diferenciada. Em geral, esses alunos ainda estão na conclusão e não estão no último semestre do curso. Assim, inscrevem-se como alunos especiais nas disciplinas ofertadas pelo programa que deseja fazer parte. Contudo, terá que conciliar as exigências da graduação com as demandas dessas disciplinas que optou fazer como aluno especial. Como essas disciplinas já estão sendo cursadas, caso seja aprovado, este aluno poderá eliminá-las quando ingressar nesse programa. A maior parte dos programas segue esta regra.

Comprovando a documentação

Comprovando a documentação

Essas regras são seguidas à risca, pois no próprio momento da inscrição o sistema dessas universidades pedem para que algumas informações sejam comprovadas com as devidas certificações. Dentre elas, temos, justamente, a certificação da conclusão da graduação. em razão desse cenário, precisamos discutir sobre as instituições de ensino superior brasileiras que firmam parcerias com instituições estrangeiras. Essas tendem a ser mais flexíveis, porém, são raras, pois a grande maioria estabelece essas regras sobre as quais conversamos como requisitos mínimos para o ingresso. Assim, devemos chamar a sua atenção para o fato de que se está pensando em sair de uma graduação e ingressar de forma automática em um mestrado, é preciso que tenha em mente que está escolhendo uma carreira muito específica, que é uma carreira voltada à pesquisa e à docência no ensino superior.

A finalidade de uma carreira acadêmica

A finalidade de uma carreira acadêmica

A carreira acadêmica apenas será positiva para aqueles que se identificam com a pesquisa e com a docência. Esta questão é importante de ser debatida porque temos percebido que nos últimos anos esses alunos estão procurando por um mestrado e, em muitas das vezes, continuam até o nível do doutorado apenas para que sejam identificados como mestres e/ou doutores. Buscam apenas esse reconhecimento, mas acabam se frustrando e tendo uma jornada bastante dificultosa, pois, como temos enfatizado ao longo de nossos posts, a carreira acadêmica carrega uma série de responsabilidades e exigências, o que demanda o investimento integral de seu tempo e dedicação. Muitas pessoas realizam a sua formação em série, de modo que ao terminarem a graduação engatam no mestrado e ao terminarem o mestrado engatam em um doutorado, porém, é preciso que haja certa cautela ao tomar essa decisão.

As estratégias das áreas de atuação

Antes de realizar a sua formação de forma sequencial, analise se o contexto que deseja atuar aceita bem mestres e doutores, pois, caso não haja essa pesquisa prévia, você poderá não ser contratado pela empresa com a qual deseja trabalhar. Ao optar pelo ingresso em um mestrado e em um doutorado, entende-se que a carreira que você deseja desempenhar é a de pesquisador e docente, o que pode não ser o interesse dessa empresa. Assim, aqueles que optam pela carreira da pesquisa precisam se provar a cada dia para que consigam renome, isto é, para consolidar o seu nome neste mundo que é marcado por diversos pesquisadores. Se você completar todos os níveis da cátedra acadêmica de forma sequencial irá conseguir esses títulos ainda muito jovem. Por um lado é bom, mas a falta de experiência é algo que pode ser apontado. Pode ser difícil encontrar um emprego em virtude desses anos de dedicação exclusiva.

Dificuldades para ingressar no mercado de trabalho

Dificuldades para ingressar no mercado de trabalho

Essa é uma pauta muito importante sobre a qual temos que conversar com muita cautela. Com base em relatos que chegam até nós, concedidos pelos próprios pesquisadores que enfrentam essas dificuldades, temos notado que aqueles que optam por a realização em série de cursos stricto sensu após a graduação não têm conseguido emprego. Essa é uma realidade que atinge a todas as áreas, porém, a economia, a administração e engenharia são alguns exemplos das mais afetadas. Em geral, aqueles que passam longos anos na academia não costumam ser bem vistos aos olhos do mercado, visto que há a preferência por especialistas do que por mestres e doutores, sendo mais difícil ainda para doutores. Como esses mestres e doutores possuem um currículo amplo em uma área de atuação específica, adentram no cenário corporativo querendo receber a mais por serem mestres e/ou doutores.

A prática de mercado

Muitos pesquisadores possuem um currículo interessante, porém, pouca prática de mercado, o que faz com que sejam rejeitados, especialmente por empresas que priorizam aqueles que possuem essa experiência real com a área na qual irão atuar. Preferem o conhecimento prático às reflexões teóricas. Essas pessoas, em geral, possuem trinta anos ou um pouco mais de trinta anos e não possuem quase nada de experiência profissional, o que impede uma contratação. Ter essa idade e nunca ter trabalhado não é algo bem visto pelas pessoas que possuem uma mentalidade mais business e que comandam o mundo empresarial. Desse modo, se o seu objetivo é sair da graduação e emendar com um mestrado e/ou doutorado, vale à pena realizar esta investigação prévia sobre as empresas de sua área e como se relacionam com a academia. Uma avaliação sobre este cenário é a melhor estratégia.

Avaliando o cenário da minha área de atuação

Antes de ingressar em um mestrado e/ou doutorado analise quais têm sido as estratégias empregadas pelas pessoas que fazem sucesso em sua área e que se encontram no contexto corporativo a fim de que você replique essas táticas e consiga se inserir no mercado de trabalho após o término desse mestrado e/ou doutorado. Analise os caminhos trilhados por essas pessoas, quais são as organizações das quais fazem parte, dentre outras questões. Grande parte das alegações do cenário business diz respeito ao fato de que a academia não acompanha, de modo efetivo, às demandas do mercado, o que gera lacunas. Com isso, torna-se válido reiterar que as empresas têm afirmado que não têm recebido retorno por parte dos acadêmicos. As universidades, por outro lado, também colocam algumas barreiras àqueles que desejam trabalhar no contexto da educação superior.

A experiência em docência

A experiência em docência

Se, por um lado, o mercado de trabalho fora dos muros da universidade não têm contratado por falta de experiência profissional na área, as universidades também não estão muito distantes dessa lógica. Grande parte das instituições de ensino superior amparam-se na defesa de que não é possível contratar essa mão de obra, uma vez que não possuem experiência com a docência. Contudo, como temos destacado, cada caso é um caso. Pode ser que o contexto no qual deseja se inserir seja mais flexível. O que pretendemos com essa discussão é que você compreenda a realidade como ela é, para que quando for procurar por uma oportunidade de emprego tendo seguido essa sequência, você já conheça os desafios com os quais pode se deparar ao longo de sua jornada. Essas são as queixas mais frequentes feitas pelos próprios alunos e pelas organizações.

Quando o ingresso direto é indicado?

Você pode realizar esses cursos de forma sequencial, desde que esteja consciente das dificuldades que poderá vir a enfrentar. A sequência que deverá obedecer é a graduação, seguida do seu curso de mestrado e, por fim, de doutorado. Todavia, é de suma importância que você mantenha em mente que esse tipo de carreira é voltada para aqueles que desejam exercer a função de pesquisador e, sobretudo, de professor no ensino superior. Se você não tem interesse nessas atividades de pesquisa e docência ou, ainda, se você não tem certeza, indicamos que você investigue o que está acontecendo em sua área e de que forma os profissionais têm buscado aperfeiçoamento e, por consequência, melhores salários. Se a pesquisa/docência não é o que você sonha profissionalmente, não vale a pena ingressar nesses cursos, pois poderá acabar se frustrando.

Procure por uma carreira que tenha a ver com as suas projeções e metas de vida, isto é, alinhe os seus interesses pessoais com os profissionais. Para isso, é muito importante realizar um levantamento sobre as estratégias que têm sido articuladas por aqueles que fazem parte do mesmo contexto que você. Para finalizar, gostaríamos de chamar a sua atenção para o tipo de pós-graduação que é mais ideal ao seu perfil. Temos a pós-graduação no sentido stricto sensu, que está relacionada aos cursos de mestrado e doutorado convencionais, e temos, também, a pós-graduação no sentido lato sensu, em que são oferecidos cursos de especialização (aperfeiçoamento em uma área de atuação específica). Lembre-se: cada regra tem a sua exceção e não existe uma verdade absoluta. Existe aquilo que funciona, nesse momento, para você. Analise a sua região/cidade, recursos e tempo para fazer esse curso.

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