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Quando você deve iniciar o seu mestrado? A idade pode influenciar no ingresso em um curso de mestrado? Quais são os mitos e verdades relacionados aos cursos de mestrado? Considerações gerais

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O que você deve levar em consideração antes de ingressar em um curso de mestrado? Fazer ou não um mestrado nesse momento?

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre uma questão que afeta diversos de nossos pesquisadores: qual o momento certo para ingressar em um curso de mestrado? O primeiro ponto que deve ser esclarecido é que não existe uma regra, de modo que o momento ideal é particular a cada contexto de vida, porém, há alguns fatores que podem lhe ajudar a chegar a essa resposta, que é específica para cada pessoa. Nesse sentido, iremos lhe apresentar algumas variáveis para que você seja capaz de fazer esse curso no momento certo e para que escolha um que esteja alinhado com os seus objetivos pessoais, acadêmicos e profissionais. Há, também, uma outra questão que aflige os nossos pesquisadores: o fator idade. Muitos se questionam se a idade é um fator que impede ou não o ingresso em um curso de mestrado ou doutorado. É sobre essas questões que iremos nos deter nessa conversa de hoje.

Existe um tempo ideal para ingressar em um curso de mestrado?Existe um tempo ideal para ingressar em um curso de mestrado?

Não são raras as dúvidas sobre a possibilidade de ingressar em um programa de mestrado em um período específico. A pergunta que irá nortear a nossa discussão de hoje é a seguinte: é viável ingressar em um programa de mestrado após os quarenta anos e seguir para um doutorado, investindo, dessa forma, na carreira acadêmica, de pesquisador? Nós acreditamos que isto é perfeitamente possível. Não há uma idade máxima para que busquemos o conhecimento e o aperfeiçoamento. Esta é uma questão importante de ser debatida porque há dois cenários possíveis: aqueles alunos que após o término da graduação partem para o campo de trabalho, para o mercado, e aqueles que permanecem na academia e investem na carreira acadêmica. No caso desse segundo perfil de alunos, após o término da graduação, já prosseguem para um mestrado e doutorado, porém, não é uma regra, embora seja comum.

O exercício da profissão

Os alunos muito engajados com a carreira acadêmica procuram pelo mercado de trabalho apenas após o término dessa formação (doutorado ou pós-doutorado). Levam-se anos até que tentem ingressar no mercado de trabalho, o que não acontece com o outro perfil de alunos. Nesse sentido, como esses alunos estão há muito tempo dentro da academia, a sua inclinação teórica é muito maior, em razão da produção em massa de materiais e das leituras constantes de materiais que fornecem bases para seus estudos. Assim, podem ter pouco conhecimento prático, pois não estão exercendo a profissão. Ficaram a vida toda ou uma grande parte dela apenas no domínio teórico, o que não acontece com o profissional de mercado. No profissional de mercado que deseja ingressar nessa carreira de pesquisador um pouco mais tarde, é natural que não tenha tanto conhecimento teórico.

O conhecimento teórico e práticoO conhecimento teórico e prático

Embora o profissional de mercado não tenha tanto conhecimento teórico, o seu conhecimento prático é muito rico e tem muito com o que contribuir no cenário acadêmico. É um profissional que entende como esse mercado funciona na prática, e, dessa forma, pode tornar o conhecimento produzido na academia mais efetivo. O trabalho com os autores, teorias e conceitos se dá de forma diferenciada. Ambos os perfis aqui apresentados têm muito a agregar à academia. Não existe um que seja melhor ou pior, mas sim diferenças, sendo que essas é que irão apontar qual é o melhor tipo de curso para o seu perfil. São diferenças relacionadas à forma como esses pesquisadores lidam tanto com o domínio prático quanto com o teórico. Mesmo que um profissional seja mais prático que o outro (ou mais teórico), a sua participação na academia é essencial. É esse conhecimento gerado que faz com que a sociedade evolua.

O conhecimento em suas variadas formas

Seja esse conhecimento mais prático ou mais teórico, saiba que é de ambos que a sociedade necessita para que os sujeitos se emancipem. Em razão dessa relação com os diferentes campos, teórico e prático, observamos as particularidades voltadas à forma de produção da ciência. Percebemos que a pesquisa é algo muito democrático. Isso se dá em virtude do fato de que não há uma idade mínima e máxima para que comecemos a produzir e compartilhar conhecimento com quem necessita. Como sabemos, na academia, há diversos grupos e núcleos de pesquisa. Eles reúnem tanto aqueles pesquisadores que já estão há mais de trinta anos na academia, contribuindo com ela, quanto aqueles que iniciaram a sua jornada nesse momento. Sejam essas pessoas mais novas ou não (em termos de experiência e de idade), ambas são essenciais para que a nossa sociedade continue a evoluir da melhor forma.

Não deixe que a idade limite as suas escolhas

Ao pesquisar pelos membros de um grupo ou núcleo de pesquisa, você perceberá que eles são diversos (não apenas em termos de idade), são pessoas de diversas regiões, contextos culturais, idades e que compactuam de valores múltiplos, mas há objetivos em comum que as conectam. Embora muitos acreditem que a idade pode limitar as escolhas, isso não deve lhe restringir. Um mestrado, por exemplo, dura apenas dois anos, de modo que logo você já poderá atuar como pesquisador e docente. Mesmo o doutorado, que dura um pouco mais de tempo, não é algo que levará muitos anos, provocando o início tardio. Ele dura quatro anos. Somando o tempo de investimento no mestrado e doutorado, totalizamos seis anos. Esses anos passam muito rápido. Também é pertinente que você saiba que a carreira de pesquisador não tem um prazo de validade e demanda um investimento constante, pois o conhecimento é dinâmico.

A dinamicidade da carreira de pesquisaA dinamicidade da carreira de pesquisa

Como o conhecimento não pode ser esgotado, a carreira acadêmica nunca tem um fim. Precisamos de novas mentes trabalhando em prol de uma missão em comum, que é a de fornecer conhecimento seguro e de qualidade a fim de que as pessoas se emancipem. Devido a sua forma de funcionamento, fornece subsídios durante toda a sua vida, de modo que, mesmo que fique um tempo fora, pode retornar a qualquer momento. Além disso, com o passar dos anos, adquirimos uma maior maturidade, de modo que passamos a enxergar essas situações de uma maneira mais assertiva. Uma mesma teoria estudada há muitos anos atrás, quando lida novamente, pode provocar interpretações bastante diferentes, uma vez que o nosso olhar, experiências e vivências são outras. Não há limite de tempo aceitável para que você escreva e divulgue os resultados de suas experiências com a leitura desse conceito, teoria e afins.

Os autores basilares

Há autores que mesmo que já estejam contribuindo com a comunidade acadêmica há bastante tempo, nunca deixam de ser relevantes. Assim sendo, continuam a ser citados e referenciados nos mais diversos trabalhos. Com isso, percebemos que não há uma idade que demarca o fim da relevância de um pesquisador, sendo este, portanto, um mito. Muitos desses autores basilares continuam publicando obras sobre temas que têm investigado ao longo de sua trajetória, frequentando eventos científicos e realizam outras atividades que demonstram os seus interesses atuais em pesquisa. Esses autores já estão consolidados, e, dessa forma, continuam sendo lidos e citados pelos pesquisadores das mais diversas idades. É essa a vantagem da carreira de pesquisador: ela não tem um fim porque o conhecimento não pode ser esgotado, pois um pesquisador sempre terá com o que contribuir ao longo dos anos.

As possibilidades de pesquisa

Em razão da fluidez e dinamicidade do conhecimento, são muitas as possibilidades de pesquisa que podemos aderir para nos engajarmos com as atividades de pesquisa. Dentre essas, há a publicação de livros ao longo dos anos, bem como de artigos científicos, resenhas e outros materiais científicos de interesse coletivo; você pode, também, dedicar-se ao exercício docente, seja no ensino básico ou no superior, a depender do seu contexto; pode realizar palestras, oficinas, cursos e minicursos; e pode contribuir de outras formas com a construção de nossa ciência. Nesse sentido, a carreira de um pesquisador não tem um fim determinado. Quem decide quando é o momento de começar, dar uma pausa e encerrar é apenas você. Tenha você quarenta, cinquenta, sessenta anos ou mais, não tenha receio, com certeza pode iniciar esse curso. Tome controle de sua vida e determine quando é o momento ideal para você.

A importância da autoanáliseA importância da autoanálise

Antes de tomar uma decisão, é muito importante que você analise o seu contexto de vida para que a sua escolha seja assertiva. Cada momento de nossa vida demanda certas escolhas. Caso esse seja o ideal para você, aproveite a sua maturidade conquistada ao longo da vida para iniciar uma nova fase rumo ao aperfeiçoamento. Entretanto, muitos ainda têm receio de ingressar nesses novos espaços por conta do fator idade, uma vez que há muitas pessoas mais novas nesses cursos de mestrado e doutorado. O que precisamos pontuar é que estamos todos ligados a gerações diferentes e as oportunidades postas às gerações mais antigas não são as mesmas de hoje em dia. O acesso ao conhecimento tornou-se muito mais democrático com os anos. Houve um período, por exemplo, que, para ingressar no mestrado, o candidato precisava comprovar a sua experiência, o que não é mais exigido nos processos seletivos atuais.

As diferentes formas de se contribuir

Em razão das escolhas que fazemos ao longo da vida, as nossas inclinações mudam. Aqueles alunos que optam pela permanência nas universidades após o término da graduação terão acesso a um conhecimento mais teórico, estando mais envolvidos, portanto, com as atividades acadêmicas. Por outro lado, alunos que partem para o campo e lá permanecem, estão ligados a uma outra realidade e têm objetivos diferentes, porém, nada impede que retornem às universidades no momento que acreditarem ser o oportuno. As pessoas que estão no campo têm mais experiência de vida e costumam retornar ao contexto acadêmico depois de alguns anos. Nunca é tarde para recomeçar. O seu conhecimento empírico é de vital importância para que a sociedade continue a evoluir. Se a pesquisa é uma carreira que você almeja e se identifica, a idade é um fator irrelevante. Basta escolher um curso que tenha a ver com o seu perfil.

Os objetivos dos cursos de mestrado e doutoradoOs objetivos dos cursos de mestrado e doutorado

Hoje, os programas de mestrado e doutorado atingem públicos diversos. Há aqueles mais indicados para profissionais que desejam agregar esse conhecimento empírico ao teórico e aqueles para alunos com uma inclinação essencialmente teórica. Ambos são considerados como cientistas, integrem eles programas acadêmicos ou profissionais. Contudo, certos estigmas sociais, como “é tarde demais”, “sou velho demais”, “o momento já passou” ainda impedem as pessoas de retornarem à academia. Entretanto, eles são apenas estigmas, pois, como ressaltamos, o funcionamento da academia depende das demandas do conhecimento. Como este não se esgota, a demanda da academia por novos pesquisadores também nunca terá um fim. A velocidade e fluidez com a qual aprendemos é particular para cada pessoa, independentemente da idade. Cada um aprende de uma forma e em um tempo específico.

A carreira acadêmica como impulsionadora do conhecimento

Algo que precisamos frisar é que a carreira acadêmica nos impulsiona a buscar pelo conhecimento de forma constante, o que beneficia a própria sociedade, que necessita desse conhecimento. É uma carreira que leva o pesquisador a pensar além do senso comum, e, portanto, em coisas que nunca havia pensado antes, problemas esses que afetam a vida em sociedade no dia a dia. É uma carreira que fornece ao pesquisador subsídios para que desenvolva o seu pensamento crítico e converta esse saber em produções que possam acessibilizar esse conhecimento.

O crescimento de uma pessoa que busca pelo conhecimento é uma das principais vantagens desse tipo de carreira. Ele agrega valor não apenas a sua vida profissional e acadêmica, mas também a sua vida pessoal. Nesse processo, você terá contato com uma série de pessoas, sendo elas de diferentes regiões, faixa etária, gêneros etc. O contato com professores essenciais em sua área do conhecimento também fará com que você evolua enquanto acadêmico e ser humano. Temos um corpo docente muito privilegiado em diversas instituições que fará toda a diferença em sua jornada rumo ao conhecimento.

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