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Como posso ingressar no Mestrado depois de muito tempo?

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Voltando para o universo acadêmico depois de algum tempo: o que fazer para voltar à ativa depois de ficar fora desse contexto por um certo período?

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre uma temática que consideramos muito importante tanto para aqueles que se encontram dentro das nossas universidades e, sobretudo, para aqueles que já estão fora desse universo por um tempo, mas, por motivos diversos, resolveram voltar às suas carreiras para esse universo específico. Não é tarde para retomar. Dito isso, ao longo desse post iremos apresentar alguns dos aspectos que você deve considerar se está considerando integrar-se nesses espaços. São dicas que aqueles que estão nos momentos finais de seus cursos de graduação e que não sabem como prosseguir após esse término também podem considerar. É sim possível ingressar em um curso de mestrado mesmo que faça “muito tempo” que você terminou o seu curso de graduação, porém, existem alguns cuidados que deve tomar para escolher um tipo de mestrado adequado.

Nunca é tarde para recomeçar a estudar

Recomeçar a estudar

A primeira coisa que gostaríamos de reiterar nessa discussão é que nunca é tarde para estudar e começar de novo em um novo contexto, área e afins. Na verdade, esse processo de aprendizagem nunca tem um fim, pois aprendemos em nossa vida inteira. Seja na academia ou fora dela, estamos sempre aprendendo. Ao nos relacionarmos com as pessoas e com os espaços e ao termos contato com as informações passamos, novamente, a aprender um pouco mais. Ao termos contato com algo ou alguém passamos a aprender de forma automática com essa interação. Nem toda aprendizagem é acadêmica, mas se você também tem esse objetivo, iremos apresentar algumas dicas. Se você trabalhou muitos anos no mercado e agora deseja voltar para esse universo acadêmico, saiba que é possível. São algumas dicas que podem lhe introduzir melhor nesse contexto e que podem lhe ajudar a se adaptar de uma melhor forma.

Estou distante das universidades a muito tempo: o que fazer?

A pergunta que iremos responder ao longo dessa conversa é a seguinte: estou longe das universidades a muito tempo, o que devo fazer para ingressar em um mestrado depois desse hiatus? Há algo que pode me impedir? Muitas pessoas, ao terminarem os seus cursos de graduação, ficam, de fato, muito tempo longe desse contexto acadêmico, sobretudo aquelas que se adaptam ao contexto corporativo e às suas demandas. Consideramos essa preocupação muito válida. A fim de que esse medo possa ser substituído, iremos apresentar algumas dicas para que você volte a fazer parte desse universo. Em primeiro lugar precisamos lhe parabenizar, porque se você está lendo esse post e/ou assistiu ao nosso vídeo, significa que você está dando um passo muito importante rumo a essa reintrodução. Você está começando a se preparar e só o fato de estar fora desse mundo acadêmico pode ser algo muito bom.

O lado positivo de estar fora do contexto acadêmico

Acadêmico

Estando fora deste âmbito, as suas inclinações, objetivos e perspectivas estão antenadas ao que o mundo corporativo exige e, mais do que isso, ao que a sociedade mais precisa nesse momento. Além disso, a humildade é uma grande aliada, pois, quando somos humildes e reconhecemos que não sabemos tudo, um mundo de possibilidades se abre. Quando não temos domínio sobre algo pesquisamos e aprendemos muito mais. Existem pessoas que passam muito tempo em uma mesma linha de pesquisa/eixo temático e, dessa forma, ao longo dos anos, enxergam esse fenômeno a partir de uma visão muito específica. Acabam ficando muitos anos lendo sobre os mesmos autores e acabam não tendo humildade para reconhecerem que existem outros autores que podem contribuir da mesma forma. Assim sendo, a primeira coisa que precisamos levar em consideração nesse processo de compreensão é a humildade.

Reconheça que não podemos esgotar todo o conhecimento

Esgotar o conhecimento

A partir do momento que reconhecemos que é sempre possível aprender mais, mesmo que estejamos a anos pesquisando sobre o mesmo tema, a pesquisa fica muito mais fluida. É como se o nosso cérebro estivesse se abrindo, e, assim, permitimos que as informações sejam coletadas e analisadas de uma forma muito mais profunda. A partir do momento que nos colocamos enquanto pessoas que sabem tudo, colocamos uma barreira ao processo de absorção do conhecimento. Com isso, barramos a entrada de novas informações. Esse é o primeiro cuidado que devemos tomar ao retomarmos para o contexto acadêmico. Além disso, é de vital importância que você entenda que cada instituição funciona de uma forma bastante peculiar. Cada instituição possui a sua própria personalidade, e, com isso, as suas próprias demandas. Você é influenciado pelo modus operandi dessa instituição da qual faz parte.

A influência que recebemos das instituições que fazemos parte

influência das instituições

A partir do momento que ingressamos em uma instituição, passamos a receber influências diversas que repercutem em nosso próprio fazer científico. As linhas de pesquisa dessa instituição possuem as suas próprias especificidades, porém, de certa forma, acabam bebendo de uma mesma fonte, seguindo uma lógica muito parecida que acaba caracterizando a instituição como um todo. Se você adentrar na mesma linha de pesquisa em uma outra instituição poderá se deparar com um mundo muito diferente, pois os autores a serem lidos e a perspectiva pode ser muito diferente daquela seguida pela sua universidade anterior. É importante que você compreenda como essa instituição funciona, leia os trabalhos orientados pelo professor que deseja e investigue os currículos. Eles também costumam publicar diversos artigos científicos. Com isso, você passa a ter material para escolher um lugar ideal para você.

Escolha a instituição próxima aos seus ideais

É crucial que você faça parte de uma instituição com a qual concorda, com a qual compactua dos mesmos valores. Tome cuidado com o desespero nesse processo. Especialmente as pessoas mais velhas, que estão distantes desse contexto, acabam sendo dominadas pela euforia. Desde dois mil e cinco diversos programas de pós-graduação têm sido abertos, o que permite o ingresso a esses programas. Antes, era muito difícil conseguir fazer um mestrado ou doutorado. Hoje a lógica é diferente, visto que os mestrados e doutorados acabam sendo feitos logo após o término da graduação, uma vez que se tornou uma prática natural, visto que o acesso é maior. As possibilidades, desde os cursos técnicos até as especializações e mestrados e doutorados fizeram com que esses alunos busquem por esse aperfeiçoamento naturalmente. Os cursos nas modalidades à distância e híbrida também impulsionaram essa abertura.

Administrando as emoções ao adentrar em um curso de pós-graduação

Administrar emoções

A ansiedade e o fato de ser um sonho podem atrapalhar o pesquisador caso ele não consiga administrar bem essas emoções. Há algo fundamental que você deve considerar. Pode ser que a instituição da qual você deseja fazer parte tenha um perfil que é muito diferente do seu, e, caso você insista, esse mestrado pode ser bastante frustrante. Também devemos chamar a atenção para o fato de que alguns programas de pós-graduação possuem uma demanda muito forte, bem como bastante reconhecimento, porém, ele pode não ser o mais apropriado para você. A linha de pensamento acaba ficando muito presa a um certo caminho. Embora você tenha que pensar e refletir para compor esse estudo, o seu pensamento ficará muito preso à perspectiva teórica que essa instituição adotou para si. É fundamental que você faça parte de uma universidade que abarque bem o seu contexto, objetivo e linha de raciocínio.

Alinhando a academia com o seu contexto de vida

Se você trabalha, cuida da casa e possui entes dependentes de você, precisará de um modelo de mestrado que seja mais flexível. Investigue como as aulas são ministradas, com qual frequência, como os créditos acadêmicos serão cumpridos e como o trabalho final deverá ser elaborado. Analise, ainda, como essa instituição lida com a frequência de publicação de artigos científicos e participação em eventos e congressos. Esse é um processo constante de busca e aprendizagem. Não apegue-se ao título que irá receber, pois o mais importante é a construção da sua relação com a pesquisa. Não faça apenas porque é um sonho, pois muitas pessoas adoecem nesse processo. Temos visto diversos alunos desenvolverem depressão, ansiedade, fobias e transtornos como resultado desse mestrado/doutorado. A escrita de uma dissertação ou tese não é difícil/impossível, mas pode se tornar caso você não tome certos cuidados.

A complexidade (ou não) da escrita científica

Para quem já está imerso nesse contexto, a escrita científica não é um processo doloroso, desde que essa pessoa esteja confortável e feliz com as escolhas que fez até esse momento. Quanto mais inclinada essa pessoa estiver para a pesquisa e suas atividades, mais prazeroso será esse momento. Contudo, o desafio para a pessoa que está se introduzindo nesse contexto é entender se é isso mesmo que ela deseja como carreira. Seja honesto consigo mesmo e analise se você gosta de fazer pesquisa, de investigar a fundo certos fenômenos e de escrever sobre esses achados. Reflita se o seu interesse é desenvolver materiais que possam contribuir para com a sociedade na qual vivemos. Se as respostas forem negativas, é provável que você apenas esteja buscando por um título. Será que vale a pena passar por todo esse estresse apenas para obter um título? Fazer o que não gostamos gera uma série de consequências.

Por que devemos fazer aquilo que gostamos?

Fazer o que não gostamos pode gerar uma série de danos a nossa vida, seja ela pessoal ou profissional. Se você não tem paixão pelo que faz, nesse caso, pela pesquisa, o processo fica muito mais desgastante, pois você não verá sentido naquilo que está fazendo. Pensemos em um exemplo: há pessoas que amam realizar um certo tipo de exercício físico, porém, esse mesmo exercício pode ser odiado por outras pessoas, mesmo que seja algo benéfico. Há pessoas que não fazem exercícios porque odeiam e há aquelas que fazem porque beneficia a saúde, porém, quando há o gosto por essa prática, os ganhos são muito maiores. O mesmo exercício possui reflexos que divergem a depender da relação da pessoa com essa prática específica. No mundo acadêmico, há pessoas que a amam e que precisam estar sempre desenvolvendo algum estudo e há outras que não suportam, que fazem por obrigação, por precisarem concluir o curso.

Como saber se a pesquisa científica é pra você?

Se você gosta de ler, pesquisar, escrever e compartilhar os resultados dessa reflexão, a pesquisa científica pode ser muito vantajosa para você. Além disso, antes de ingressar nesse universo, investigue com profundidade o campo para que não haja arrependimentos. Entenda como funcionam as linhas de pesquisa, a instituição, como os trabalhos são escritos, qual a perspectiva teórica defendida, dentre outros aspectos. Aproveite os benefícios das redes sociais e converse com os alunos que fazem parte dessa instituição da qual deseja fazer parte, sobretudo aqueles orientados pelo professor que você tem interesse. Algo interessante, também, é que você pode testar se há uma identificação com esse meio antes de fazer a matrícula em um curso. Você pode frequentar um ou mais grupo de estudos e pode assistir aulas para analisar se é algo que deseja para a sua carreira.

A importância do diálogo

Entre em contato com o professor que mais lhe chamou a atenção e peça para assistir a uma de suas aulas para entender um pouco mais sobre como a instituição funciona. Geralmente, os professores não costumam negar. Contudo, devemos chamar a sua atenção para o fato de que algumas instituições são mais conservadoras e não permitem essa participação, mas elas são minoria. Diversas delas aceitam muito bem os alunos ouvintes, seja em seus grupos de estudo, seja nas aulas dos professores que integram o seu corpo docente. Esse processo é fundamental para que conheça essa dinâmica e para que tenha muito claro em mente se é isso o que deseja.

Analise se as exigências dessa instituição são passíveis a serem cumpridas por você nesse momento ou se elas são inviáveis, pois, caso o sejam, precisará procurar por uma instituição que seja mais flexível e que esteja mais de acordo com os seus objetivos pessoais e profissionais nesse momento. Também devemos fazer um apelo: se você deseja fazer um curso de mestrado ou doutorado apenas por causa do título, é muito provável que esse processo seja desgastante e frustrante para você, com mais perdas do que ganhos. Não ache, também, que é possível chegar a soluções conclusivas para um assunto. Esse estigma também costuma frustrar os nossos pesquisadores. O conhecimento

 

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