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O ensino confessional universitário adventista brasileiro: dos primórdios a atualidade

RC: 129974
358
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/universitario-adventista

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

ELEUTERIO, Kelly Costa [1], FLORES, Jorge [2]

ELEUTERIO, Kelly Costa. FLORES, Jorge. O ensino confessional universitário adventista brasileiro: dos primórdios a atualidade. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 10, Vol. 05, pp. 87-108. Outubro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/universitario-adventista, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/universitario-adventista

RESUMO

A rede particular de Ensino Adventista que está no mercado global há mais de 120 anos é sólida em seu segmento de atuação. Mas como esta instituição chegou, se estabeleceu e se solidificou no mercado de ensino superior brasileiro? Para elucidar esta problemática, este artigo objetiva apresentar um breve relato histórico do ensino adventista e sobre sua relevância atual. Entretanto, pormenorizado no Estado de São Paulo. Como também a consolidação desta Rede que atua há mais de um século no cenário educacional do Brasil. Além disso, será discorrido superficialmente sobre a ideia de manter o ensino confessional adventista num mundo pós-moderno. Esta investigação é de natureza bibliográfica, considerando como fontes consultadas João Rabello, Renato Stencel, Knight e outros. A conclusão resultante neste estudo é que o ensino, desde as séries iniciais até ao superior, adventista no Brasil tem propósitos evangelizadores e que na atualidade, apesar da dificuldade de manter sua identidade no mundo globalizado e líquido, o sistema vem se mantendo firme em seu propósito e filosofia.

Palavras-chave: História, Educação adventista, Ensino Superior, Confessional.

1. INTRODUÇÃO

O ensino adventista se apresenta de maneira interessante no cenário da educação Cristã mundial. Ferreira e Souza (2018, p. 4) pontua que a sua existência como instituição se apoia na escatologia profética de um movimento religioso interdenominacional que em seu discurso pregava as ideias oriundas do advento do Messias Cristão ao planeta Terra.

Na gênese da educação da instituição objeto, pode-se perceber inúmeros desafios impostos à época e como também na atualidade. Atualmente, a rede de ensino enfrenta os conflitos oriundos da pós-modernidade visualizados no processo de mercantilização do saber, imposto através da dinâmica das políticas educacionais praticadas em cada país e pelas orientações impostas por organismos internacionais. Exemplificando, um dos desafios é a não introdução do tema “identidade de gênero” no plano pedagógico escolar do Ensino Adventista. Visto que a recomendação do MEC e ONU é a inserção desse assunto que foge da filosofia da pesquisada (CONAE, 2014; ONU, 2022).

No entanto, a história da educação formal Adventista do Sétimo Dia no Brasil é desconhecida para alguns e o seu estabelecimento e solidificação como instituição universitária em solo paulista é uma incógnita para muitos. Vale pontuar que a educação adventista é centenária no Brasil e tem educado gerações desde a educação infantil ao ensino superior com excelência digna de reconhecimentos desde 1893 (FERREIRA e SOUZA, 2018, p. 3). E por conta da sua excepcional prestação de serviços educacionais, vale muito, elucidar essa questão para quem desconhece a história de uma grande formadora de cases de sucesso em vários ramos do cenário brasileiro e mundial. Como pequeno exemplo (pois são incontáveis os famosos e anônimos que são relevantes para a sociedade paulista, brasileira e mundial formados pela Rede em estudo) pode-se citar nos campos das artes Angela Brown (cantora de ópera) e Brian McKnight (cantor e músico), e nos negócios, o bilionário fundador da Golden Cross, Milton Afonso. Segundo o Wikipedia e o site Educação Adventista.org.br, respectivamente, os dois primeiros estudaram na Oakwood University (Alabama, E.U.A). E o empresário foi educado no Colégio Adventista Brasileiro, atual UNASP localizado em São Paulo.

Por conta do compromisso em formar cidadãos relevantes para a humanidade, sob a filosofia educacional alicerçada em princípios e valores bíblicos, a Educação Adventista tem se destacado como uma das maiores redes confessionais do mundo. Conforme o Projeto Pedagógico da instituição para o ano de 2022 (PROJETO PEDAGÓGICO, p. 5), a Educação Adventista deixa a sua marca no mundo em: “mais de 165 países, representada por 8.807 instituições que vão desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, (…) são mais de 106 mil professores comprometidos com a formação de, aproximadamente, 1,9 milhão de alunos”.  No Brasil são contabilizadas 331 unidades escolares (destas 15 unidades funcionam no regime de internato), 8.472 professores e 206.483 alunos matriculados. Já no Estado de São Paulo são 86 centros educadores, 2.678 docentes e 68.951 discentes (Projeto Pedagógico, p. 5). Além da missão expansional, o seu compromisso está também na qualidade pedagógica e do corpo docente. Dentro do perfil desejado, o professor tem que “Manter profissionalismo e aperfeiçoamento constante; Competência acadêmica” (PROJETO PEDAGÓGICO, p. 12).

Entretanto, sobre a dimensão física de cada unidade educacional, todas estão dentro do mais alto padrão de exigência institucional apresentando infraestrutura adequada, moderna e segura. Referente ao ensino, os alunos e professores fazem uso de materiais didáticos exclusivos, que otimizam o ensino oferecendo aos discentes uma gama de possibilidades de aprendizagem dentro das recomendações da BNCC – Base Nacional Comum Curricular (PROJETO PEDAGÓGICO, 2022, p. 20).

2. BREVE HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA REDE ADVENTISTA DE ENSINO

Para Ferreira e Souza (2018) a educação adventista chega ao Brasil no final do século XIX. Missionários protestantes oriundos da América do Norte aproveitaram a “onda liberal e as oportunidades criadas pelas leis brasileiras” para se inserirem no cenário educativo (FERREIRA e SOUZA, 2018, p. 2). No entanto, é necessário antes de prosseguir com a narrativa histórica desta Instituição em solo brasileiro, enfatizar sua origem que está associada com a história da IASD – Igreja Adventista do Sétimo Dia.

A IASD é a instituidora e mantenedora da Rede Educacional Adventista (PROJETO PEDAGÓGICO, 2022, p.4). A sua gênese como denominação eclesiástica está relacionada com o despertar religioso ocorrido no começo do século XIX no nordeste dos EUA. Esse movimento é denominado “Segundo Grande Despertar” (BUTLER, 1982, p. 10). Foi por conta dessa movimentação religiosa que foram estabelecidos: os shakers, mórmons, testemunhas de Jeová, mileritas e outras ramificações cristãs excêntricas (FERREIRA e SOUZA, 2018, p. 2). Com esse pano de fundo em mente, foi fundada em 1872 a primeira escola adventista na cidade de Battle Creek, Michigan, batizada de Battle Creek College (MAXWELL, 1982, p. 23). As questões básicas que motivaram a liderança da igreja na fundação desta escola foram as necessidades internas da denominação religiosa. Devido ao crescimento da igreja, surgiu a necessidade de melhorar a qualificação da liderança, dos aspirantes ao ministério evangélico e dos obreiros leigos adventistas com o intuito de estruturar a instituição e prepará-los para a missão de expandir.

A educação formal foi o último segmento institucional a ser estabelecido dentro da denominação. Ela foi precedida pelo estabelecimento da obra de publicação em 1849, da organização eclesiástica centralizada em 1863 e da obra médica em 1866. Em contraste, a igreja Adventista estabeleceu sua primeira escola em 1872 e não chegou a possuir um amplo sistema de escolas fundamentais até cerca de 1900. (KNIGHT, 2004, p. 23).

A fase seguinte é classificada como o Período Expansional, que se inicia em 1863 até o começo do século XX (ATAIDES, 2011, p. 62).  Essa é definida através da expansão institucional para além das fronteiras dos EUA. Entretanto, nesse interim, Stencel (2006, p. 41) observa que o sistema de ensino americano atravessou uma transição que atingiu sua plenitude durante o século XIX. Essa mudança foi devido ao resultado de uma reação a revolução industrial e à ruptura dos métodos tradicionais de aprendizagem educacional no trabalho, na família e no campo. Ademais, foi uma resposta ao processo de democratização que ocorreu desde o começo de 1800, onde o maior número de indivíduos conseguiu obter acesso à educação formal.

Considerando o contexto histórico descrito, vale enfatizar o ano de 1872. Nele, foi organizada a primeira escola da IASD  chamada Battle Creek College em Battle Creek, em Michigan, E.U.A (MAXWELL, 1982, p. 105). Para Silva (2001), a sugestão de fundar uma escola partiu de Ellen G. White. A incitação de oriunda da pioneira do movimento, em janeiro do mesmo ano, foi a inspiração que está contida no capítulo intitulado “A devida educação” (WHITE, 2007, p. 52-58). Nele, existem princípios para orientar gestores para a implantação do planejamento escolar. Ferreira e Souza (FERREIRA e SOUZA, 2018, p. 2) endossa: “Destinada a se tornar modelo, essa escola deveria dar especial relevância à Bíblia, desenvolver em seus estudantes o equilíbrio das faculdades mentais, físicas e espirituais e oferecer uma educação prática, aliando o trabalho físico com o labor acadêmico”. Essa instituição tornou-se modelo para as demais que viriam a seguir com o foco em dar especial relevância às Sagradas Escrituras. Todavia, a expectativa da mulher inspirada foi frustrada pois:

as autoridades adventistas não adotaram as sugestões de sua pioneira Ellen White, dando à primeira instituição educacional adventista a forma mais clássica e tradicional possível. Somente em 1882, com a fundação de um colégio em Healdsburg, Califórnia, é que as sugestões de Ellen White foram colocadas em prática. Assim, na década de 1890, as escolas paroquiais começaram a ser organizadas com um forte empenho da liderança da igreja, já que as escolas públicas eram moldadas pela mentalidade protestante norte-americana, que defendia particularidades que eram contrárias aos ensinamentos adventistas     (SCHÜNEMANN, 2005, apud FERREIRA e SOUZA, 2018, p. 5).

Por conta dessa postura dos líderes em questão, o resultado é que surgiram dois tipos de escolas: as paroquiais e os internatos (FERREIRA e SOUZA, 2018, p. 5).

A função básica dessas escolas era ensinar aos filhos adventistas os princípios doutrinários da igreja. As escolas eram pequenas, geralmente comum só professor, que era sempre adventista. Dessa forma, a educação fundamental se tornou parte integrante da estrutura adventista, tanto quanto a educação superior que, posteriormente, foi instituída nos internatos (FERREIRA e SOUZA, 2018, p. 6).

Contudo, Ferreira e Souza (FERREIRA e SOUZA, 2018, p. 3) relata que “em 1875, foi enviado o primeiro representante internacional para a Europa, sob a direção da liderança central”. Schwarz e Greenleaf (2009, apud FERREIRA e SOUZA, 2018, p. 3), aponta 1883 como sendo o ano em que a Igreja Adventista do Sétimo Dia se tornou uma denominação de renome mundial, crescendo e alcançando as terras brasileiras em 1893.

3. A REDE DE ENSINO ADVENTISTA CHEGA AO BRASIL

Depois que a instituição de ensino foi estabelecida e estruturada nos Estados Unidos da América, os líderes da organização viram a oportunidade de explorar a América do Sul. Como já se sentiam qualificados para a missão expansional, decidiram se aventurar em solos de além-mar. No início do adventismo no Brasil, o ensino tinha o foco de formar missionários seguindo o propósito da organização: de espalhar a sua mensagem pelo país recém-chegado. Timm (2004) expõe que:

Os pioneiros tinham a visão de que a escola era, em essência, uma forma dinâmica e sólida de expandir a Igreja Adventista na América do Sul. Eles aceitavam e praticavam o conselho de Ellen White de que ‘em todas as nossas igrejas devem haver escolas’. Para eles, a escola adventista era um elemento fundamental de expansão da Igreja. (TIMM, 2004, p. 33)

O ensino formal Cristão serviu, “nos seus diversos planos, como uma estratégia missionária, como um canal de inserção do protestantismo na sociedade brasileira” (MENDONÇA, 2008, p. 146). Com esse ideal sindicato, a missão se concretizou com a implantação da primeira escola Adventista da Rede em 1896, o Colégio Internacional de Curitiba (MENSLIN, 2017, p. 669). Sobre os primeiros passos dessa unidade, a:

escola progrediu rapidamente, o que devemos em parte ao sistema fonético do professor mineiro Felisberto de Carvalho, que introduzimos e defendemos malgrado a oposição dos colégios, como o grande Colégio Alemão, cujo corpo docente defendia o sistema hoje arcaico, tendo nós de sustentar uma disputa pelo jornal alemão ‘Der Beobachter’ (O Observador)5, defendendo o novo sistema. A escola, que começou com meia dúzia de alunos, acusou ao cabo de seis meses uma matrícula de mais de 120 alunos (VIEIRA, 2011, p. 17).

Por quanto, após o sucesso desse colégio pioneiro, implantado pelo prof. Guilherme Stein Jr. esse mestre continuou a sua jornada expansionista e fundou mais uma escola de educação elementar na cidade chamada Gaspar Alto, em Santa Catarina no ano de 1897 (MENSLIN, 2017, p. 671).

4. O ENSINO CONFESSIONAL UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA NO BRASIL

Em 1900, o Pr. Liepke, fundou e inaugurou o Colégio Superior, onde serviu como educador e gestor até o momento que o Colégio foi transferido para Taquari, Rio Grande do Sul em 1903, permanecendo no local apenas a escola paroquial de ensino elementar (STENCEL, 2001, p. 149). Em relação ao Colégio Superior de Taquari, o cientista adventista João Rabello (1990), em sua obra John Boehm-Educador Pioneiro, diz o seguinte:

[…] os administradores da obra votaram fundar um educandário em regime de internato e externato para moços e moças sendo então comprada, Taquarí, uma chácara, possivelmente em 1902 ou início de 1903, onde havia uma grande casa com três divisões amplas. Depois das necessárias reformas e adaptações, as aulas começaram no dia 19 de agosto de 1903 tendo Emílio Schenk como diretor. (RABELLO, 1990, p. 40)

A escola superior a princípio estava logrando sucesso. Porém,

o diretor do educandário, Pr. John Liepke começou a enfrentar alguns desafios. O primeiro deles foram os constantes comentários de que, à semelhança de Gaspar Alto, o Colégio Superior estava muito descentralizado em relação às outras regiões Do Brasil. O segundo, que o campo gaúcho não possuía recursos financeiros para poder operar a instituição. Ao se deparar com essas duas questões, em fevereiro de 1910 a conferência do Rio Grande do Sul recomendou a transferência do Educandário de Taquari para um ponto mais central do Brasil (STENCEL, 2001, p. 149 e 150).

Em 1911, o Colégio de Taquari fechou as portas e foi vendido por onze contos de réis “e este montante foi enviado para à conferência da União Brasileira, com sede em São Paulo, para fazer parte do fundo de educação a fim de se comprar o terreno do futuro campus do atual Instituto Adventista de Ensino”. (STENCEL, 2001, p. 150).

Com esse valor somado a doações, adquiriu-se uma propriedade em 28 de abril de 1915, no distrito de Capão Redondo, São Paulo. Neste ano, no dia seis de maio iniciou-se os trabalhos da edificação da primeira instituição de ensino superior adventista, (STENCEL, 2001, p. 151; MENSLIN, 2017, p. 674). As construções “avançaram de acordo com esforços humanos aliados às bênçãos de Deus”. (RABELLO, 1990 p. 109). Apesar da excelente localização para os fins propostos, as condições do estabelecimento da instituição foram difíceis. “Os primeiros momentos de instalação no terreno foram assim descritos: perto do córrego principal, na parte baixa da fazenda, armou uma barraca central, grande, que servia de cozinha, refeitório, sala de culto, de visita, etc.” (RABELLO, 1990 p. 96). Os recursos eram parcos, de modo que sua expansão nas duas primeiras décadas de estabelecimento foi delongada.

4.1 OS PRIMEIROS CURSOS UNIVERSITÁRIOS DA REDE DE EDUCAÇÃO ADVENTISTA NO BRASIL

O início do sistema universitário adventista no Brasil foi um tanto quanto penoso por conta do contexto que ele se iniciou. Como já foi mencionado, a ideia era a igreja expandir e crescer dentro e fora dos Estados Unidos da América e em cada igreja ter uma escola para atender a demanda de ensino formal dos filhos dos recém conversos. Porém, a falta de pastores, profissionais de saúde e educadores brasileiros para suprirem as necessidades que a igreja possuía era um desafio muito grande. Por conta disso, a instituição mantenedora da Educação Adventista decidiu criar os primeiros cursos de graduação no Estado de São Paulo.

4.1.1 O SURGIMENTO DO CURSO DE TEOLOGIA NA EDUCAÇÃO ADVENTISTA

Menslin (2017, p. 674) “analisa que com o crescimento do número de novos conversos ao adventismo, em solo brasileiro, e com a pouca presença de missionários estrangeiros enviados ao Brasil, era necessário criar centros de formação de novos líderes.” Por isso foi criado, como já exposto, os colégios de regime de internato e juntamente com ele o Seminário Adventista de Teologia. O curso de bacharelado iniciou-se em 1918 e a primeira turma teve 44 graduados no ano de 1922 no antigo Colégio da União Conferência Brasileira dos Adventistas do Sétimo Dia em São Paulo (ADECEANO, 1954). Nele, teólogos e ministros do evangelho foram graduados para suprirem e atuarem em diversas áreas da Igreja. No entanto, “historicamente o Seminário seja considerado uma instituição de nível superior para a denominação adventista, seu primeiro curso oferecido foi Teologia, o qual segundo legislação educacional brasileira não era reconhecido como tal até o início do século 21” (STENCEL, 2006, p. 154). E esse reconhecimento veio em 2003 quando “No segundo semestre, o UNASP, Campus Engenheiro Coelho obtém junto ao MEC o reconhecimento do curso de Teologia” (STENCEL, 2006, p. 275).

4.1.2 A IMPLANTAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM PELA REDE DE EDUCAÇÃO ADVENTISTA

Depois da implantação do curso de teologia, o curso de enfermagem foi a segunda faculdade criada no ano de 1943, mas também de difícil estabelecimento como foi o primeiro.

(…), foi firmado um convênio entre a Casa de Saúde Liberdade e a Cruz Vermelha Brasileira de São Paulo. Através desse convênio, em 1943 foi oferecido um curso de enfermagem de três anos, para seis alunos, cujas aulas eram dadas no próprio hospital. Formou-se desse modo a primeira turma de enfermeiros adventistas no Brasil. Era o ano de 1945. (KUNTZE, 2010, p. 121)

Essa primeira turma foi um marco para a Educação Adventista pois, além de ser a primeira turma de enfermeiros adventistas do Brasil, nela se graduou Maria Kudzielicz. Esse nome vale ser lembrado.

Com o passar dos anos o segmento médico-missionário adventista começou a avançar rapidamente em todo o território nacional. Surgiram os hospitais Silvestre na cidade do Rio de Janeiro (1949), Hospital do Pênfigo em Campo Grande (1952) e Hospital de Belém no estado do Pará (1953). Para suprir as emergentes necessidades, a Organização Superior da IASD chegou à conclusão de que seria necessário preparar enfermeiros com uma filosofia cristã adventista para que trabalhassem nestes hospitais (STENCEL, 2006, p. 163).

Mesmo havendo essa grande necessidade, “passaram-se cerca de 19 anos para que este sonho se concretizasse” (STENCEL, 2006, p. 163). Isso porque a instituição mantenedora do instituto de ensino decidiu em 1964 que a Escola de São Paulo, o antigo Instituto Adventista de Ensino, seria a sediadora do curso de Enfermagem (STENCEL, 2006, p. 163). “Um aspecto determinante para a implantação deste curso ocorreu em setembro de 1965, quando o IAE efetuou o chamado de Maria Kudzielicz para iniciar a elaboração do processo burocrático a fim de ser apresentado junto ao Ministério de Educação” (STENCEL, 2006, p. 163 e 164).

Após quatro anos de intenso trabalho, superação de obstáculos e graças à ajuda e orientação de amigos influentes tais como o Deputado Federal Ulisses Guimarães e o Reverendo José Borges Santos, no dia 30/05/68 foi autorizado o funcionamento da Faculdade de Enfermagem através do decreto nº 62.800 expedido pelo Conselho Federal de Educação na pessoa do Ministro da Educação e Cultura, Tarso Dutra (STENCEL, 2006, p. 163 e 164).

4.1.3 MAIS UM CURSO SURGE: PEDAGOGIA

Já havia sido estabelecido os cursos de teologia, de enfermagem e a próxima iniciativa seria pedagogia. “A ideia quanto à criação da Faculdade Adventista de Pedagogia surgiu a partir da pessoa do Pr. Nevil Gorski, IAE, São Paulo” (STENCEL, 2006, p. 165). Os motivos da implantação foram:

O primeiro deu-se a partir do instante em que a Faculdade de Enfermagem fora reconhecida pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC), isso produziu uma certa motivação em prosseguir avante. O segundo fator foi um fenômeno centrífugo, ou seja, o corpo de professores e obreiros da instituição, apercebendo-se do rápido crescimento do sistema educacional adventista, sonhou com a criação de um curso superior que pudesse preparar professores e líderes educacionais para trabalharem em nossas escolas. (STENCEL, 2006, p. 166 apud GORSKI, 1973)

Diante desses motivos, “no ano de 1971, tenta-se iniciar um curso de formação superior para professores de ensino religioso, o qual estaria ligado à Faculdade de Teologia” (SALES, 2019, P. 80). Isso por conta que essa graduação não tinha reconhecimento concedido pelas autoridades responsáveis de Brasília. Essas, só concederam dois anos depois com o decreto de n. 72.610, de 14 de agosto de 1973, publicado no Diário Oficial da União do dia 15 de agosto de 1973 (SALES, 2019, P. 80). Sales e Castro (SALES e CASTRO, 2018, p. 3) pontua que mesmo com a licença para o funcionamento do curso de pedagogia, o mesmo, funcionava como uma faculdade independente do IAE. A FAED – Faculdade Adventista de Educação “Em 1999 a FAED deixa de ser uma faculdade independente e passa a fazer parte do Centro Universitário Adventista, conforme o plano de expansão da instituição (SALES e CASTRO, 2018, p. 3).” Contudo,

a primeira turma de Pedagogia era composta de apenas 13 alunos e a cerimônia de formatura dessa turma ocorreu no dia 26 de junho de 1977. Esse evento contou com a presença da Dra. Eurides Brito da Silva, que na época era membro do Conselho Federal de Educação e estava representando o MEC. Sob o lema “Por Modelo o Grande Mestre” 10 alunas receberam seu diploma de graduação (STENCEL, 2006, p. 167).

4.2 ALGUMAS MUDANÇAS FÍSICAS SIGNIFICATIVAS NA INSTITUIÇÃO

Como já foi visto, o curso de teologia foi o primeiro curso superior da rede de ensino superior Adventista. No entanto, o CAB[3] e depois IAE – Instituto Adventista de Ensino estavam em Santo Amaro, no Capão Redondo como sede das suas faculdades. Anos depois da primeira turma licenciada em pedagogia, surgiu a ideia de transferir algumas faculdades do atual UNASP para um novo campus.

A partir da década de 1980, em virtude dos planos de criação de uma Universidade Adventista e necessidade de encontrar um local mais adequado à filosofia institucional de educação integral, afastada dos grandes centros urbanos, iniciam-se as construções de um novo campus no interior de São Paulo, na cidade de Artur Nogueira e Engenheiro Coelho (SALES e CASTRO, 2018, p. 3).

Essa mudança de localização geográfica aconteceu pelo acelerado crescimento da cidade sede da instituição.

A região em que o IAE estava localizado, o bairro do Capão Redondo, na sub-região de Santo Amaro, havia se ampliado e se desenvolvido sobremaneira nas últimas décadas. O local escolhido para ser uma escola distante dos centros urbanos agora fazia parte de uma região suburbana de intensa densidade populacional na região sul da cidade de São Paulo. Com isso, os planos de se manter a educação pautada nos princípios filosóficos adventistas estavam ameaçados (SALES, 2019, p. 83 e 84).

Quais princípios? Os que foram orientados pela co-fundadora da IASD. Ela afirma que:

Estabelecendo nossas escolas fora das cidades, daremos aos estudantes oportunidade de adestrar os músculos para o trabalho bem como o cérebro para pensar. Aos estudantes deve ensinar-se a plantar, a fazer a colheita, a construir, a se tornarem obreiros missionários aceitáveis nos ramos práticos (WHITE, 1975, p. 278)

Além disso, Sales expõe que “havia interesses por parte da sociedade e da prefeitura da cidade de São Paulo, em desapropriar parte da fazenda do IAE para a construção de um complexo habitacional popular” (STENCEL, 2006, p. 84). E isso se concretizou em 1979 com a desocupação de “80% de suas terras” (SALES, 2019, p. 84). A instituição estava com um grande problema, isso porque “após a desapropriação, não mais seria viável a expansão dos cursos e do número de alunos” (SALES, 2019, p. 85).  Princípios em cheque de um lado e pressão por parte do governo de outro. A mantenedora da instituição e responsável por ela tinha que solucionar essa questão.

A partir do decreto oficial de nº 18.891, de 21 de julho 1983, que promulgava a desapropriação parcial dos terrenos do IAE e da Superbom, e com o recebimento da indenização pela Prefeitura do município de São Paulo no valor de Cr$ 3.090.575.611,00 três bilhões, noventa milhões, quinhentos e setenta e 195 cinco mil, seiscentos e onze cruzeiros, cerca de U$ 4.300.000,00 quatro milhões e trezentos mil dólares, o grupo de líderes apresenta aquela que seria a melhor proposta para a futura construção do novo campus do IAE, a Fazenda Lagoa Bonita, localizada no município de Engenheiro Coelho, SP. Por fim, sob a orientação de especialistas na área de agronomia e demais áreas pertinentes, no dia 13 de setembro de 1983, os representantes dos órgãos superiores da IASD decidem unanimemente pela aquisição da Fazenda Lagoa Bonita (STENCEL, 2006, p. 194 e 195).

Com a aprovação por parte dos administradores da Igreja Adventista do Sétimo Dia e com o dinheiro da indenização foi possível comprar as terras pretendidas.

Seis meses após o início dos estudos do Plano Diretor, em 17 de junho de 1984, com a presença de líderes eclesiásticos e políticos do estado de São Paulo, foi lançada a pedra fundamental do Novo Campus do IAE. Na placa de lançamento encontram-se os seguintes dizeres: “Nesta colina, pela graça de Deus, será edificada a Universidade Adventista do Brasil, para a educação e salvação dos jovens e engrandecimento da pátria” (STENCEL, 2006, p. 195).

Por fim, vale pontuar e acrescentar ao que já foi discorrido nesse item em exposição. E Sales e Castro fazem muito bem ao pontuar que a:

concretização do ensino superior, ligado à IASD se deu somente no ano de 1969, com a consolidação do curso de Teologia (SALT) e a criação da Faculdade Adventista de Enfermagem (FAE), em seguida instala-se o primeiro curso de formação de professores da Faculdade Adventista de Educação (FAED) todos no antigo IAE (SALES e CASTRO, 2018, p. 3).

5. A REDE DE EDUCAÇÃO ADVENTISTA NO BRASIL ATUALMENTE

A IASD, enquanto mantenedora da rede de Educação Adventista, como já visto, fez um grande esforço para implantar escolas formadoras de mão-de-obra humana para servir aos interesses da instituição. O início árduo em implantar uma escola deu frutos: expandiu para São Paulo e outros Estados do Brasil. “Essa tendência de implantação de cursos superiores adventistas também foi seguida pela instituição adventista em outros estados como Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Pará que instalaram cursos em diversas áreas do conhecimento” (SALES e CASTRO, 2018, p. 3).

5.1 AS INSTITUIÇÕES SUPERIORES DA REDE DE EDUCAÇÃO ADVENTISTA NO BRASIL

De três cursos superiores, até o ano da publicação deste artigo, são ofertados dezenas de carreiras em licenciatura, bacharelados e tecnólogos. Além do Centro Universitário Adventista de São Paulo – UNASP, serão mencionadas outras instituições de ensino superior instaladas no Brasil. Além disso, como exemplo, será citado alguns cursos ofertados por essas faculdades.

IAP – INSTITUTO ADVENTISTA PARANAENSE

Uma das mais importantes Faculdades do Sul do Brasil, localiza-se no interior do estado do Paraná. (…) A Faculdade Adventista Paranaense possui várias unidades e a sede está localizada, no Paraná. (…)São vários cursos de graduação que a IAP fornece. Eles são divididos em bacharelado, tecnólogo e licenciatura. (…) A seguir você confere tudo sobre as carreiras presentes, assim você terá ciência sobre as inúmeras áreas oferecidas por essa Faculdade: Administração, Enfermagem, Direito, História, Geografia, Educação Física, Letras, Marketing, Engenharia, Fisioterapia e vários outros[4]

FADBA – FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA

A Faculdade Adventista da Bahia é administrada pelo Instituto Adventista de Ensino do Nordeste – IAENE, e mantida pela Instituição Adventista de Educação e Assistência Social Este Brasileira. A instituição faz parte da rede mundial de educação da Igreja Adventista do Sétimo Dia.(…) Cursos oferecidos pela faculdade: Administração, Ciências Contábeis, Enfermagem, Fisioterapia, Gestão da Tecnologia da Informação, Odontologia, Pedagogia, Psicologia, Secretariado e Teologia[5].

FAAMA – FACULDADE ADVENTISTA DA AMAZÔNIA

Vestibular FAAMA 2022 traz muitas vagas para preenchimento e se você tem interesse em começar seu curso superior o quanto antes saiba que nessa faculdade você encontra inúmeros cursos, oportunidades e uma educação de qualidade. Tudo o que você precisa para se formar como um ótimo cidadão nesse mercado tão concorrido. (…)Aproveite a variedades de cursos do Vestibular FAAMA 2022 para que você possa encontrar um que você queira fazer e queira atuar na área, isso é de fundamental importância. Administração, Ciências Contábeis, Direito, Agronomia, Biologia, Psicologia, Farmácia. Têm muitos cursos excelentes, a lista completa deles você confere no site. Se você já tem uma graduação e deseja fazer uma especialização saiba que essa faculdade também de ótimos cursos na área de pós, o que seria importante para você conferir também.[6]

FADMINAS – FACULDADE ADVENTISTA DE MINAS GERAIS

Uma das mais importantes Faculdades do Sudeste do Brasil, localiza-se no interior do estado de Minas Gerais. (…) Além disso, a FADMINAS possui aprovação do MEC (Ministério da Educação) além de ser considerada uma entidade importante para o ensino superior nessa região. (…) A seguir vamos catalogar os cursos mais procurados com inscrições abertas, para que você tenha conhecimento sobre quantas oportunidades essa Faculdade traz para você poder ir atrás da sua qualificação. (…)São diversos cursos de Graduação que a FADMINAS fornece. (…)Administração, Enfermagem, Direito, História, Geografia, Educação Física, Letras, Marketing, Engenharia, Fisioterapia e vários outros.[7]

UNASP – CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO

A UNASP oferece nesta edição de seu vestibular cerca de 1,6 mil vagas em 27 cursos de graduação presencial. A instituição conta com campus em São Paulo, Engenheiro Coelho e Hortolândia. Já a oferta a distância é de 3.080 vagas em casa uma das 20 opções de cursos.  Entre os cursos presenciais estão: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Direito, Engenharia de Computação, Nutrição e Enfermagem. Os cursos de Comunicação Interinstitucional, Fotografia, Marketing, Produção Audiovisual entre outros fazem parte das formações disponíveis na modalidade a distância.  São 77 polos de apoio presencial da instituição distribuídos em todas as regiões brasileiras.[8]

Contudo, como evidenciado, o ensino adventista no Brasil teve um crescimento considerado nesses 126 anos de existência. Além dos cursos de graduação existem os de pós-graduação, nas modalidades presenciais e a distância. No entanto, esta Rede de Educação ainda possui grandes desafios. E um deles será exposto no próximo tópico deste trabalho.

5.2 UM GRANDE DESAFIO QUE A REDE DE EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA ADVENTISTA ENFRENTA

Conforme o avanço das ações do pensamento educacional, o ensino superior dessa instituição se desenvolve com um sistema pedagógico peculiar: baseia-se na filosofia bíblico-cristã.

Toda a prática institucional, no âmbito da gestão, dos serviços de apoio e das ações pedagógicas, deve refletir o comprometimento individual e coletivo com a filosofia que orienta a instituição. A filosofia opera como instrumento balizador, integrador e norteador de toda a atmosfera social, cultural, pedagógica, bem como, das políticas e metas de cada setor. Fortalecer a marca distintiva da Educação Adventista que tem como alicerce a filosofia educacional Adventista fundamentada na cosmovisão bíblico‐cristã e nos escritos da educadora Ellen White, traduz‐se como um dos compromissos primordiais daqueles que a lideram. (WHITE, 2008, p. 54)

Atualmente, uma das maiores dificuldades da Igreja e da Instituição Educacional Adventista é chegar em um consenso sobre as responsabilidades de manterem a identidade confessional “num mundo individualista, competitivo e opressor, no qual globalizadores tentam incansavelmente destruir a identidade dos globalizados” (TIMM, 2004, p. 171). As escolas e universidades adventistas têm buscado manter sua identidade confessional, mesmo em ambientes de constante transformações sociais, procurando sempre harmonizar essa mudança com a sua filosofia. Mesmo com todos os esforços feitos por parte de cada liderança educacional já se sente em algumas instituições o efeito da secularização. Um dos fatores relevantes para se sentir o secular em suas instituições é devido ao número crescente de alunos indiferentes a doutrina educacional adventista, como também a contratação de professores fora do mesmo credo. Tudo isso por conta da construção crescente de prédios e aberturas de vagas para cursos superiores. Ao rever, bibliograficamente, o crescimento da instituição a partir de 1996 até 2002 Menslin (2017, p. 679-680) observa que “quanto mais aumentava o número de unidades e alunos, diminuía o percentual de alunos filhos de membros da igreja, como também o aumento percentual de professores que não confessavam a mesma fé”.

No entanto, a questão da secularização não é algo único por conta do mundo pós-moderno. Stencel (2006, p. 52) registra em sua tese doutoral que essa problemática foi vista na década de setenta do século XIX na primeira instituição de ensino que a IASD possuía localizada nos E.U.A.

Na visão de White havia uma falha na implantação do programa de reforma na única instituição educacional da igreja, o Battle Creek College (BCC). Para ela, o ensino da Bíblia era considerado opcional e apenas alguns dos estudantes freqüentavam as aulas dessa disciplina. O lado prático da educação era fraco, e o trabalho manual não se desenvolveu (STENCEL 2006, p. 52).

O que a pioneira da IASD sugeriu não foi colocado dentro do sistema curricular e o resultado foi um tanto quanto catastrófico no prisma dos valores cristãos da instituição escolar.

De acordo com Knight (1979) o currículo era dominado pelos prestigiosos clássicos que atraíam a atenção da grande maioria das instituições educacionais da época, muito embora a vasta maioria dos alunos não estivesse qualificada para a admissão no curso dos clássicos. Tal aspecto colocava em cheque toda a filosofia cristã sustentada por White em seus escritos. Entretanto, ao fazer referência ao conteúdo curricular do BCC, Knight (1979) ressalta que grande parte dessa atitude se deve à ignorância por parte dos educadores pioneiros quanto às questões basilares da educação cristã, o que afasta a intencionalidade consciente quanto ao enfoque curricular fundamentado na literatura clássica nos primórdios da instituição (KNIGHT, 1979 apud STENCEL, 2006, p. 52).

Por fim, essa situação está sendo recorrente e grande ameaça. Contudo, não pelo motivo antigo, mas pela quantidade de lentes formadores e iluminados cheios de ideias secularizadas.

6. BREVE RESUMO HISTÓRICO DE STENCEL

O que foi visto até então foi detalhes superficiais, entretanto, importantes para se entender como a Rede Adventista de Ensino, desde a educação básica até a universitária se expandiu e se tornou uma gigante mundial no segmento educacional. No entanto, para uma compreensão mais didática sobre a história do objeto de estudo, acredita-se ser de grande valia reproduzir a cronologia da Instituição investigada elaborada por Renato Stencel da sua tese doutoral sobre a referida. Com ênfase nos eventos relevantes ao estudo até o ano de 2000.

1879: Deu entrada no Brasil, através do porto de Itajaí, SC, o primeiro pacote de literatura adventista que continha 10 exemplares do periódico Stimme der Wahrheit (Voz da Verdade), publicado em Battle Creek, Estados Unidos.

1884: Um alemão por nome Dresler, professor primário em Brusque, SC, resolveu voluntariamente tomar sobre si o encargo de pagar e distribuir toda publicação adventista que lhe chegasse às mãos. Ele não era adventista e sua conduta até pouco recomendável, pois era um alcoólatra.

1887: Guilherme Belz, residente em Gaspar Alto, SC, deparou-se com o livro Gedanken über das Buch Daniel (Comentários sobre o Livro de Daniel) de Urias Smith.

1890: Em princípios desse ano Guilherme Belz e família, seguidos por vários vizinhos, inclusive as famílias Olm, Look e Thrun, decidiram guardar o sábado, mesmo sem conhecer qualquer adventista.

1893: Chega ao Brasil, desembarcando em São Paulo, o primeiro missionário designado pela Associação Geral da IASD, o colportor Albert B. Stauffer.

1894: Chega ao Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro, o segundo missionário adventista, o colportor W. H. Thurston acompanhado da esposa, vindos dos Estados Unidos. Sua missão era estabelecer naquela cidade um depósito de livros denominacionais para suprir as necessidades da colportagem local.

1895: Em abril desse ano o Pr. Francisco H. Westphal realizou o primeiro batismo de conversos adventistas no Brasil, na cidade de Piracicaba, interior de São Paulo. O segundo batismo ocorreu em Rio Claro, no mesmo Estado. Depois houve outros batismos em Indaiatuba, Brusque e Gaspar Alto, esses dois últimos em Santa Catarina. Chega ao Brasil o primeiro pastor, por nome Huldreich Graf. Criada a Missão Brasileira da IASD e organizada a primeira igreja no Rio de Janeiro. No dia 14 de dezembro, o Pr. Graf realiza um batismo de 23 pessoas em Santa Maria do Jetibá, ES.

1896: Nesse ano foi organizada a Igreja Adventista de Gaspar Alto, SC, sob a supervisão do Pr. Huldreich Graf. Em 1º de julho passou a funcionar em Curitiba, PR, o primeiro educandário adventista, Colégio Internacional de Curitiba, dirigido pelo Prof. Vicente Schmidt e logo a seguir pelo Prof. Guilherme Stein Jr. Chega ao Brasil o segundo pastor, Frederico W. Spies, vindo da Alemanha, onde havia sido Diretor de Colportagem.

1897: Em 15 de outubro foi estabelecida uma escola missionária adventista em Gaspar Alto, SC, iniciada pelo Prof. Guilherme Stein Jr.

1903: Uma segunda escola missionária foi fundada em Taquarí, RS, tendo como seu primeiro diretor o Prof. Emílio Schenk.

1910: Em face de novos e mais abarcantes planos, e também devido a não estar bem localizada, a IASD decidiu fechar a escola de Taquari(…).

1915: É fundado o Colégio Adventista Brasileiro, hoje Instituto Adventista de Ensino – Campus 1 (IAE- C1).

1922: No então Colégio Adventista gradua-se a primeira turma de formandos do seminário de Teologia (…).

1928: (…). Funda-se o Ginásio Adventista de Taquara, hoje Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), no Rio Grande do Sul.

1936: Foi estabelecida a Fábrica de Produtos Alimentícios Superbom, anexo ao Colégio Adventista Brasileiro.

1939: (…). Foi fundado o Instituto Teológico Adventista, hoje Instituto Petropolitano Adventista de Ensino (IPAE), em Petrópolis, RJ.

1943: Funda-se o Educandário Nordestino Adventista (ENA), em Belém de Maria, PE. (…).

1947: Funda-se, em Butiá, PR, o Ginásio Adventista Paranaense, hoje Instituto Adventista Paranaense (IAP), transferido posteriormente para Curitiba e anos mais tarde para o município de Ivatuba, PR, onde está atualmente.

1948: Iniciou-se o curso de enfermeiro-padioleiro, sob o comando de Pr. Domingos Peixoto da Silva, então Secretário da Liberdade Religiosa e Deveres Cívicos para o Brasil(…).

1949: (…). No município de Sumaré, próximo de Campinas, interior de São Paulo, começou a funcionar o Ginásio Adventista Campineiro, hoje Instituto Adventista São Paulo (IASP).

1961: É fundado (…) o Instituto Adventista Grão-Pará em Belém, PA.

1963: É fundado o Educandário Espírito-Santense Adventista (EDESSA), no município de Colatina, (…).

1968: É doado pelo INCRA área para o estabelecimento do Instituto Adventista Agro-Industrial da Amazônia Ocidental, em Mirante da Serra, RO.

1969: Começa a funcionar a Faculdade Adventista de Enfermagem (FAE), no IAE, SP.

1973: (…) começa a funcionar a Faculdade Adventista de Educação (FAED), no IAE, SP.

1974: É fundado o Instituto Adventista Agro-Industrial (IAAI), em Manaus, AM.

1975: O Centro Educacional Ilustrado (CEI) inaugura sua sede em Santo Amaro, SP.

1978: (…) Inauguração do edifício do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia (SALT) no IAE-SP. (…). O Instituto Adventista Transamazônico Agro-Industrial foi inaugurado. 1979: Foi fundado o Instituto Adventista de Ensino do Nordeste (IAENE), no Estado da Bahia. (…).

1980: (…). Estabelecido o Colégio Adventista de Salvador.

1981: Estabelecimento do programa de mestrado em Teologia pelo Seminário Adventista Latino-Americano (SALT), do IAE/SP (Reitor: Dr. Mário Veloso), junto a Divisão Sul Americana, bem como do Instituto Adventista do Nordeste. É fundado o Instituto Adventista Brasil Central, próximo à cidade de Anápolis, GO. Aquisição do terreno para a construção do Instituto Adventista Catarinense, entre as cidades de Blumenau e Joinville, no Estado de Santa Catarina.

1983: (…). Enquanto a compra da fazenda para o novo IAE é feita, é
estabelecido o Instituto Adventista de Ensino de Minas Gerais (IAEMG).

1984: (…), bem como é lançada a pedra fundamental no Novo IAE, em Artur Nogueira, SP. (…).

1985: É inaugurado o Instituto Adventista Brasil Central (IABC)

1987: Com a presença de representantes da Associação Geral da IASD, foi fundado no IAE o “Centro de Pesquisas Ellen G. White”.

1988: (…). Cursos de Letras e Ciências são acrescidos à Faculdade de Educação. No primeiro ano do Centro de Produção Artística (CPA/IASP) 57.919 pessoas foram atingidas através de concertos, semanas de oração, concílios, cultos, programas jovens, congressos, vigílias e acampamentos, e como resultado 1.140 não adventistas pediram estudos.

1996: (…). Celebração do centenário da educação adventista (…).

1998: Realizada a primeira defesa pública, pelo Pr. Luiz Nunes, de tese doutoral pelo SALT, bem como o I Simpósio da Memória Adventista no Brasil com o tema “História do IAE-Ct, 15 anos”, ambos no IAE- C2. O Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS) comemora 70 anos. O número de adventistas no Brasil chega a 882.352.

1999: (…). 50 anos do Instituto Adventista de Ensino (IASP). Conferido pelo MEC ao Instituto Adventista de Ensino o status de “Centro Universitário”, com sede no IAE – Campus 1, em São Paulo (STENCEL, 2006, p. 283 – 288).

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo com todos os desafios vencidos e que estão sendo enfrentados, para os líderes da IASD, foi um grande sonho a Criação do Centro Universitário adventista de São Paulo, em 1999. A inclusão entre os campis, até então com administrações independentes, passaram a relacionar com ações conjuntas, permitindo a criação de novos cursos superiores, convênios e pesquisas. A proposta de unicidade facilitou a origem da área de ensino a distância (UNASP-EAD), integração do Instituto Adventista de São Paulo (IASP), atual Unasp Hortolândia.

No entanto, a rede particular de Ensino Adventista que está no mercado global há mais de 120 anos é sólida em seu segmento de atuação. Mas como esta instituição chegou, se estabeleceu e solidificou no mercado de ensino superior brasileiro? A conclusão é que a IASD – Igreja Adventista do Sétimo dia trouxe a ideia de montar uma escola para servir de formadora de mão-de-obra missionária e esta, sempre esteve e ainda está mantendo de alguma forma a Rede de Educação.

Entretanto, tem intermediado a compra e venda de imóveis para o estabelecimento físico de campi ou na mudança de algum. Como exemplo registrado na história da instituição é o ocorrido no ano de 1975. Stencel (2006) registra, a oferta da compra de um terreno do IAE-SP por parte da LUBECA S/A e todas as instâncias da IASD a nível: mundial (AG), América do Sul (DSA), sul-sudeste do Brasil (USB), do Estado de São Paulo (AP) juntamente com o IAE se envolveram na negociação[9]. Representantes da AG, DSA, USB, IAE e AP se apropriaram do assunto a fim de tomarem uma decisão final (STENCEL, 2006, p. 184).

Outra forma de manter é na formação continuada de professores universitários para suprir a demanda da instituição. Outro exemplo histórico é a concessão de bolsas para qualificação dos seus docentes. De acordo com as atas do Conselho Deliberativo de 23 de junho de 1986, o IAE estava concedendo cerca de, 38 bolsas de estudos aos seus professores nos dois campi, sendo: (a) nove – graduação e, (b) vinte e nove – pós-graduação (STENCEL, 2006, p. 200).

No entanto, vale pontuar que a Rede de Ensino Adventista se consolidou e se tornou uma gigante global não por conta própria, mas com investimentos além dos financeiros. Que investimentos foram esses? Os conselhos de uma pioneira da Igreja referente a construção de escolas. Ellen White escreveu que em cada igreja plantada deveria existir uma escola. Por conta disso, a liderança da denominação mantenedora seguiu as orientações e, além de escolas de nível básico, instalou centros universitários no Brasil que ficaram relevantes na comunidade que estão inseridos. Além desse aspecto, tem sido significante também para a igreja local, pois o seu bojo filosófico tem sido aplicado de formar/preparar missionários, com o intuito de propagar o evangelho por todo o Brasil. Entretanto, esse propósito de ser um berçário missionário, tanto na formação específica na área teológica quanto no seu plano pedagógico tem encontrado ameaças. A porta de entrada tem sido por meio de alunos descrentes, mas que geram receitas e professores secularizados, porém competentes e dinâmicos em sua área de atuação. Por isso, de alguma forma suas ideias são propagadas e com isso a Rede de Educação Adventista tem visto como um desafio a transpor.

Contudo, sendo assim, esse estudo constatou que o ensino adventista logrou êxito em sua vinda ao Brasil, seguiu tendências que impactaram esta educação em seus diversos níveis, expandiu-se, adaptou-se e obteve grande crescimento, conseguindo por fim manter-se firme em seu propósito educacional e devocional.

REFERÊNCIAS

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UNASP recebe inscrições para o Vestibular 2022/2 de cursos EaD e presenciais. Seleção será feita por meio de prova de redação online. Mundo Vestibular – UOL . Publicado por Lucas Afonso 20/06/2022 15h35, atualizado em 20/06/2022 15h38. Disponível em: https://vestibular.mundoeducacao.uol.com.br/noticias/unasp-recebe-inscricoes-para-o-vestibular-2022-2-de-cursos-ead-e-presenciais/345029.html. Acesso em: 03/10/2022.

Vestibular FAAMA 2022 – Inscrição, Resultado. Cursos do Vestibular FAAMA 2022. Vestibulares. Disponível em: https://vestibular2022.net.br/vestibular-faama-2022-inscricao-resultado.htm. Acesso em: 06/10/2022.

VESTIBULAR FADMINAS – Inscrições, Vagas e Resultado Publicado em 4 de junho de, 2021. Vestibulares 2022. Disponível em: https://vestibulares.net/vestibular-fadminas/. Acesso em: 06/10/2022.

VESTIBULAR IAP – Inscrições, Vagas e Resultado Publicado em 4 de junho de 2021. Vestibulares 2022. |Disponível em: https://vestibulares.net/vestibular-iap/. Acesso em: 06/10/2022

VESTIBULAR IAP – Inscrições, Vagas e Resultado. Publicado em 4 de junho de 2021. Disponível em: https://vestibulares.net/vestibular-iap/. Acesso em: 06/10/2022

VIEIRA, R. C. de C. Primórdios criacionistas da educação adventista no Brasil: destacando a contribuição de um pioneiro. Brasília: Sociedade Criacionista Brasileira, 2011.

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APÊNDICE – REFERÊNCIA NOTA DE RODAPÉ

3. Nota: Colégio Adventista Brasileiro

4. VESTIBULAR IAP – Inscrições, Vagas e Resultado Publicado em 4 de junho de 2021. Vestibulares 2022. |Disponível em: https://vestibulares.net/vestibular-iap/. Acesso em: 06/10/2022

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7. VESTIBULAR FADMINAS – Inscrições, Vagas e Resultado Publicado em junho 4, 2021 by admin. Vestibulares 2022. Disponível em: https://vestibulares.net/vestibular-fadminas/. Acessado em: 06/10/2022.

8. UNASP recebe inscrições para o Vestibular 2022/2 de cursos EaD e presenciais. Seleção será feita por meio de prova de redação online. Mundo Vestibular – UOL. Publicado por Lucas Afonso 20/06/2022 15h35, atualizado em 20/06/2022 15h38. Disponível em: https://vestibular.mundoeducacao.uol.com.br/noticias/unasp-recebe-inscricoes-para-o-vestibular-2022-2-de-cursos-ead-e-presenciais/345029.html. Acessado em: 03/10/2022.

9. Nota. As siglas se referem respectivamente a nomenclaturas de sedes administrativas da IASD: AG – Associação Geral; DSA – Divisão Sul Americana;  USB – União Sul Brasileira; AP – Associação Paulista.

[1] Especialista em Docência no Ensino Superior pela Universidade Cidade de São Paulo – UNICID; Especialista em Geografia e História pela Universidade Cândido Mendes – UCAM; Licenciada em Pedagogia pela Universidade Adventista de São Paulo – UNASP – Engenheiro Coelho. ORCID: 0000-0002-7499-3928.

[2] Orientador.

Enviado: Agosto, 2022.

Aprovado: Outubro, 2022.

5/5 - (11 votes)
Kelly Costa Eleuterio

3 respostas

  1. Um excelente conteúdo! De leitura clara. Que conta com detalhes a educação adventista. Ótimo artigo!

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