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Os Efeitos de Fatores Psicossomáticos no Tecido Cutâneo: Uma Revisão de Literatura

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CONTEÚDO

LIMA, Anadhelly Cristina da Silva de [1], HORA, Daisy Cristina Borges da [2], SCATOLIN, Henrique Guilherme [3]

LIMA, Anadhelly Cristina da Silva de; et.al. Os Efeitos de Fatores Psicossomáticos no Tecido Cutâneo: Uma Revisão de Literatura. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 06, Vol. 03, pp. 32-51, Junho de 2018. ISSN:2448-0959

Resumo

A pele tem, como principal função, a proteção e a defesa do meio exterior. Fatores psicossomáticos como estresse, ansiedade e depressão influenciam e podem desencadear disfunções no tecido cutâneo, como urticária, queimação, formigamento, dormência, sensibilidade, erupções, manchas, dermatite e eczema. A essas disfunções, em que sintomas físicos – doenças cutâneas – sem explicações físicas plausíveis são comuns damos o nome de transtornos somatoformes.  O presente estudo tem como objetivo, por meio de revisão de literatura, verificar os efeitos de fatores psicossomáticos no tecido cutâneo. Pesquisas sobre como o psicológico pode afetar o tecido cutâneo são feitas há bastante tempo, porém, pergunta-se, se realmente os fatores psicossomáticos causam disfunções no tecido cutâneo? O que justifica, assim, o tema proposto. Resultados concluem que sim, os fatores psicossomáticos afetam a pele, influenciando ou causando dermatoses como dermatite, psoríase, vitiligo, dermatite seborreica, acne vulgar, rosácea, hiperidrose e urticária. A estética pode auxiliar no tratamento psicológico proporcionando relaxamento e bem-estar com terapias como acupuntura, reflexologia podal, massoterapia e aromaterapia.

Palavras-chave: Pele, Estética, Psicologia.

1. Introdução

Indiscutível o ser humano é considerado um organismo que está em constante processo de adaptação. Desde o seu nascimento, os indivíduos são expostos a regras sociais e do bom convívio, ou seja, o que é moral, as quais ajudam a formar sua personalidade (ARANHA, 2009).

Cheio de necessidades físicas e psicológicas, como nos mostra Maslow em sua pirâmide, o homem precisa batalhar pelo que quer e as exigências não são poucas (SANTOS; FERRO; ALVES, 2016). Assim, atualmente, no mundo em que vivemos, os indivíduos parecem estar cada vez mais preocupados, estressados e ansiosos, convivendo constantemente com o medo e perdidos em suas decisões.

Influenciada por esses sentimentos, nossa pele, conhecida como tecido de revestimento que recobre o corpo, reflete tudo o que somos e se modifica conforme o humor ou o ambiente a que é exposta. Assim, não é surpresa que ela seja a primeira a manifestar disfunções quando transtornos psicológicos afligem o indivíduo (HOFFMANN et al., 2005).

O tecido cutâneo, ou pele como é popularmente chamado, é tido como o maior órgão do corpo humano, com a principal função de proteção/defesa e está estruturada em duas camadas – epiderme, derme -, além delas, a tela subcutânea ou – hipoderme -, unhas, pelos, glândulas sebáceas e sudoríparas também compõem o sistema tegumentar (PEYREFITTE et al., 1998).

A epiderme, tecido não vascularizado, é a camada mais superficial e está ligada diretamente com a função de proteger do organismo do meio exterior. Essa estrutura é composta de quatro subcamadas – germinativa, espinhosa, granulosa e córnea – e é onde as lesões podem ser vistas (SPENCE, 1991).

A derme, tecido vascularizado, é responsável pela nutrição e sustentação do tecido cutâneo (SPENCE, 1991).

A hipoderme, também chamada de tecido subcutâneo, tem como função principal o modelamento do corpo e a absorção contra grandes impactos (SPENCE, 1991).

Outras funções, além das citadas, são termo regulação, proteção da luz solar, absorção e secreção de líquidos e revestimento. A pele também exerce importante papel sensorial, determinado pelo tato, sendo responsável, também, por grande parte da visão que o indivíduo tem de si, ou seja, por sua autoestima (HARRIS, 2009).

Como visto, além do sentir físico, a pele pode ser afetada por fatores psicológicos e tais doenças cutâneas, quando causadas por esses fatores, são chamadas de psicossomáticas ou de transtornos somatoformes (CID-10, 2000).

Nesses transtornos, sintomas físicos como – doença cutânea – sem explicação plausível, são comuns e o indivíduo costuma tornar-se frustrado por não encontrar um diagnóstico preciso (CID-10, 2000); devido a esse fato, muitos são os procedimentos e encaminhamentos desnecessários que os pacientes se propõem a fazer, procurando uma causa, acarretando custos desnecessários e exposição a outros tipos de risco como doenças hospitalares (LAZARO; AVILLA, 2004).

Acontece que, quando os sintomas não levam, necessariamente, a uma doença física visível, o transtorno não é reconhecido, sendo tratado de formas inapropriadas, que, ao não apresentarem resultado definido, poderão agravar e aumentar o sofrimento do paciente que espera por uma resposta conclusiva (LAZARO; AVILLA, 2004).

Do indivíduo esperam-se muitas coisas e as situações de vida estressantes – como medo de não corresponder às expectativas geradas, as crises na economia, dificuldades no trabalho, perdas, desavenças, doença ou morte – podem ser fatores desencadeantes. Constantemente a somatização é considerada como exteriorização de “dor psíquica”, sob a forma de queixas corporais, em pessoas que não têm vocabulário para apresentar seu sofrimento de outra forma (LAZARO; AVILLA, 2004).

O que acontece é que, por trás dos sintomas físicos, podem estar envolvidos transtornos psicológicos, provocando sintomas como urticária, queimação, formigamento, dormência, sensibilidade, erupções, manchas, dermatite e eczema, e, além disso, como pesquisas mostram, doenças autoimunes como lúpus eritematoso e psoríase (CID-10, 2000).

A visão holística ensina que mente-corpo-ambiente-social estão interligados, e, assim, seria fato que tudo que afeta a mente, afetará o corpo que padecerá; portanto, fatores psicossomáticos causam, além de danos psicológicos, disfunções físicas. Alguns desses danos podemos perceber no tecido cutâneo como já visto (ESTEVES; GALVAN, 2006).

Pesquisas realizadas sobre a psicossomatização do tecido cutâneo são feitas há longo tempo. Surgem as dúvidas será realmente que a psicossomática causa disfunções no tecido cutâneo? E, de que modo a Estética, seguindo os fundamentos da terapia holística, pode ajudar a prevenir e a combater tais disfunções?

2. Metodologia

Após a aprovação do Comitê de Ética e Mérito Científico da UNIARARAS, sob o Protocolo 070/2017, realizou-se uma pesquisa bibliográfica online nos indexadores Scielo, Pubmed e na biblioteca da Instituição e, posteriormente, análise dos artigos científicos e monografias publicadas no período de 1984 a 2017.

3. Revisão de literatura

Quando falamos sobre os efeitos de fatores psicossomáticos no tecido cutâneo devemos, a princípio, começar por entender o que é essa estrutura propriamente dita: a pele.

A pele é vista como o primeiro sistema sensorial, o tato, a ser formado quando ainda somos embriões, isto é, nenhum outro órgão ainda está formado, mas ela está lá, em sua complexa estrutura (LEÃO, 2016).

O tecido cutâneo é considerado o maior órgão do corpo humano, correspondendo, em média, a 16% do peso corporal. Ele é composto por duas estruturas interdependentes uma da outra: Epiderme e derme (HARRIS, 2009).

Considerado como um órgão de barreira, sua principal função é a proteção dos órgãos internos de agentes externos que entram em contato com ela. Outras funções que cabem a esse tecido é a de termo regulação, permeação seletiva, absorção e secreção de compostos oriundos do metabolismo normal do indivíduo, participando da manutenção da homeostasia geral do organismo (HARRIS, 2009).

A epiderme, estrutura primária da pele, é um tecido não vascularizado, composto por várias camadas de queratinócitos, melanócitos, pelas células de Langherans e de Merkel. Por sua vez, o epitélio é dividido em duas faces: superficial, composta de orifícios pilosebáceos e rede microdepressionaria; e profunda, onde, através das papilas dérmicas, epiderme e derme se juntam formando a junção dermoepidérmica (SPENCE, 1991).

Além de suas duas faces, a epiderme é considerada como um epitélio multiestratificado, isto é, dividido em outras quatro subcamadas que irão diferenciar-se pelo formato dos corpos celulares encontrados respectivamente em cada uma e sua profundida no tecido (SPENCE, 1991).

As células da epiderme estão em constante renovação. As células produzidas pelo estrato basal migram para as camadas superiores, substituindo as que foram descamadas. Essas células sofrem mudanças em sua composição química e em sua forma, tornando-se hexagonais, enquanto vão alcançando a superfície até se tornarem anucleadas e se esfoliarem, já mortas. Esse processo leva em torno de 14 dias para pessoas mais jovens e em torno de 37 dias para pessoas com mais de 50 anos (LEONARDI, 2004).

Sob a epiderme encontramos a derme – tecido conjuntivo frouxo – ricamente vascularizada constituída por células fixas, como os fibroblastos, e por outras células que auxiliaram na imunidade. Sua principal função é nutrir e sustentar a epiderme. Outras funções desse tecido conjuntivo são participar do processo imunológico como segunda barreira, servir de apoio contra injúrias por traumas no tecido e participar da homeostase do organismo (PEYREFITE; MARTINI; CHIVOT, 1998).

É na derme que encontramos os anexos cutâneos como pelos, glândula sudoríparas apócrinas e écrinas, glândula sebácea, músculo pilomotor e unhas (PEYREFITE; MARTINI; CHIVOT, 1998).

Todas essas estruturas encontradas no tecido conjuntivo são constituídas por colágeno, em menor ou maior quantidade. O colágeno é uma proteína produzida pelos fibroblastos, as principais células residentes da derme (GOMES; DAMASIO, 2013) Além de constituir o tecido cutâneo e seus anexos faz parte da síntese de ossos, cartilagens e tendões. Os fibroblastos são responsáveis também, pela elaboração de fibras e de um elemento gelatinoso chamado substância amorfa, na qual os componentes dérmicos estão inseridos (PEYREFITE; MARTINI; CHIVOT, 1998).

A derme é dividida em duas faces distintas. A face superficial é formada por fibras, capilares sanguíneos e linfáticos, terminações nervosas e pelas papilas dérmicas, responsáveis pelas trocas nutritivas com as camadas profundas da epiderme (GOMES; DAMASIO, 2013). A face mais profunda é considerada como derme reticular ou tecido conjuntivo denso, constituída de feixes espessos de fibras intercruzados, responsáveis pela sustentação e elasticidade da pele (PEYREFITE; MARTINI; CHIVOT, 1998).

Sob a derme, encontramos a hipoderme, também chamada de tecido conjuntivo adiposo ou tela subcutânea. Essa estrutura é formada pelo tecido adiposo e por suas células, os adipócitos – células arredondadas com núcleo – e tem como principal função a metabólica, sendo assim envolvida com a transformação de energia. Outras funções da hipoderme são a forma e o modelamento do corpo que diferenciará homens de mulheres, barreira mecânica contra grandes atritos e equilíbrio da temperatura corporal. Assim como a derme, a hipoderme é um tecido altamente vascularizado (SAMPAIO, 1998).

A pele é o maior órgão sensitivo do corpo, possui diferentes receptores, sintetiza a vitamina D, detecta condições patológicas e também pode estar relacionada à excreção de sais (GOBBO, 2010); para que reaja de forma funcional é necessário que suas estruturas estejam preservadas e em condições consideradas normais. Quando essa complexa estrutura encontra dificuldades algumas lesões e disfunções podem aparecer. (BARATA, 1995).

As lesões cutâneas podem ser visualizadas em nível epidérmico e podem ter sido causadas por má circulação, inflamações, alterações negativas metabólicas, degeneração tecidual e aumento desregulado do volume das células (GOMES; DAMASIO, 2013).

Considerada pela medicina como o “espelho do organismo”, a pele expressa disfunções ocasionadas por doenças cutâneas, assim como reflexo de problemas em diferentes órgãos. Exemplos disso são as disfunções no coração no qual exista uma dificuldade na circulação periférica que influenciará na cor da pele, umidade da pele aumentada e em eritemas nodosos, causados pela doença tuberculose que afeta os pulmões, pode, também, e ter sua elasticidade prejudicada por doenças como acromegalia, mixedema e síndrome de Cushing (TEIXEIRA, 1984).

Devido ao fato de expressar reações diversas e por estar em contato com o meio externo, a pele é também considerada um órgão de comunicação.  Mais do que exteriorizar alterações físicas, o tecido cutâneo é influenciado a manifestar também fatores emocionais como estresse, ansiedade e depressão (PEYREFITE; MARTINI; CHIVOT, 1998).

Nas moléstias da pele, denominadas dermatoses, indiscutivelmente os fatores emocionais estão fortemente presentes, influenciando também no estado mental do indivíduo. Nesse sentido, fatores psicológicos podem agravar ou desencadear afecções cutâneas. Assim devemos falar sobre dois subgrupos básicos relacionados a doenças de pele dermatoses psicogênicas e psicossomáticas (RIVITTI; SAMPAIO, 1998).

Nas dermatoses psicogênicas, o sintoma de afecção cutânea é uma das manifestações, sendo considerada a inicial ou a mais evidente da sintomatologia. Todas as dermatoses têm como importante papel influenciador fatores emocionais como estresse, ansiedade e depressão, porém, em algumas doenças cutâneas, eles são os responsáveis pelo seu desencadeamento e evolução clínica, vistos, assim, como dermatoses psicossomáticas (RIVITTI; SAMPAIO, 1998).

As doenças psicossomáticas são manifestações, no corpo de origem psicológica, pela não resolução de conflitos emocionais, quando a mente passará a produzir mecanismos de defesa com o intuito de resolver a dificuldade ou a ameaça para o corpo, surgindo daí as doenças (FILHO; BURD, 2010).

O termo psicossomático foi utilizado pela primeira vez em 1808, pelo estudioso Heinroth, psiquiatra alemão, depois de já haver séculos de estudos sobre o assunto, sinalizando que as doenças somáticas surgiam de fatores etiológicos de aspectos mentais. Atualmente, esse conceito evoluiu e agora se fala não somente de aspectos mentais, mas sim de um organismo que se encontra imerso numa mente-corpo-sociedade, tornando-se um ser histórico em sua totalidade (SILVA; MÜLLER, 2007).

Assim, desde a primeira metade do século XX, estudos sobre a psicossomática   apontam que acontece a somatização das partes física e emocional. Ela ocorre por uma interferência da mente no corpo, onde há interação entre o sofrimento emocional e as doenças daquele corpo. Um exemplo disso é a úlcera péptica (FORTES; TOFOLI; BAPTISTA, 2010).

A partir da DSM-III, na década de 1980, o termo “somatização” foi atribuído aos transtornos mentais, nos quais se incluem os transtornos somatoformes e dissociativos, que têm como principal queixa sintomas inexplicáveis, havendo grande comprometimento social, em que o indivíduo tem dificuldade em perceber sua relação com o sofrimento emocional (MAGALHÃES, 2013).

Conforme o avanço histórico, houve a transformação dos modelos de saúde. Atualmente, sabe-se que toda e qualquer doença, em menor ou maior grau, também é determinada por aspectos psicológicos e sociais envolvidos na constituição do sujeito (RODRIGUES; FRANÇA, 2010).

Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define que ser saudável é ter qualidade física, mental e social e, não necessariamente, apenas a falta de uma doença. Com essa definição, o campo das doenças psicossomáticas ganhou espaço, posicionando-se entre as práticas da medicina (SILVA; MÜLLER 2007).

Os transtornos somatoformes ou – distúrbios somáticos – são caracterizados pelos sintomas físicos onde não foram encontradas fisiopatologias ou qualquer anomalia. Argumentos apontam que tais sintomas estão ligados a conflitos emocionais. A mente, na tentativa de diminuir a tensão intrapsíquica causadas por sofrimentos e conflitos internos, converte-os em queixas somáticas (REINERT, 2016).

Reinert et al. (2016) realizaram uma pesquisa com 1.200 atendimentos no Hospital Psiquiátrico em São Luís, Maranhão, a fim de identificar os sintomas dos transtornos somatoformes. Resultados dessas pesquisas apontam que os sintomas aparecem mais comumente em mulheres com menos de 30 anos, havendo pelo menos quatro sintomas de dor, entre eles dois sintomas gastrointestinais, um sexual e outro pseudoneurológico, nenhum deles explicado por exames físicos. Esses pacientes apresentam dificuldades que, nesses casos, geralmente é realizado com o auxílio do acompanhante do enfermo. Tais pacientes geralmente são enquadrados em grupos de pacientes problemas ou multiqueixosos, por suas inúmeras queixas.

Atualmente, na psicossomática estudam-se as interações entre os sistemas neurológico, biológico, psicológico e endócrino, tentando compreender esses agentes internos e externos que causam doenças físicas quando o psicológico padece (LIMA; ASIS, 2017).

Pesquisas atuais procuram entender a junção entre os fatores psicológicos e a psicopatologia dermatológica, no sentido de que poderiam alterar a fisiologia normal de resistência do tecido cutâneo e, assim sendo, deixando-os expostos a danos físicos que levariam a processos inflamatórios na pele. Observado isto, a conclusão a que se consegue chegar é a de que fatores considerados como estressantes para o organismo podem ser um desencadeador de doenças cutâneas (CONSTANTINI; CASTRO, 2013).

A área da psiconeuroimunologia defende que o estresse pode ser dividido em três fases: (1) em situação estressora a que o indivíduo reage para se defender; (2) em situação estressora que o indivíduo enfrenta, resistindo, buscando a homeostasia interna; (3) em situação estressora e não tendo como resolvê-la, o organismo exausto, desenvolve patologia no órgão mais predisposto geneticamente (LIMA; ASIS, 2017).

Lipp e Guevara (1994) defendem, ainda, que existe uma quarta fase no processo do estresse, tida como período de quase exaustão, momento em que, o indivíduo não consegue mais adaptar-se e nem resistir ao agente estressor; cedendo às tensões, as doenças começam a surgir em menor grau, até a fase de exaustão.  Essa fase viria entre a segunda e a terceira, intituladas respectivamente em 1- alerta; 2- resistência; 3- quase exaustão, proposto pelo  ISSL, e 4- exaustão (COUTO et al. 2017).

As doenças somáticas provêm exatamente disso, uma situação em que o indivíduo tenta combater, mas acaba perdendo a homeostasia interna e, exausto, o organismo desenvolve uma doença física. As doenças de pele em que mais podemos observar o fato psicossomático nas chamadas psicodermatoses são dermatite, psoríase, vitiligo, dermatite seborreica, acne vulgar, rosácea, hiperidrose e urticária (LIMA; ASIS, 2017).

De acordo com Constantini e Castro (2013), dados mostram que 70% dos casos de dermatite atópica foram suscitadas e exacerbadas por situações estressantes. Assim, as dermatoses são, de modo direto, influenciadas por fatores psicológicos, que podem ser divididos em quatro grupos:

  • doenças cutâneas que possuem fatores psiquiátricos secundários, reduzindo a autoestima e podendo levar o indivíduo à depressão, sendo as manifestações mais comuns desse grupo o vitiligo, a alopecia areata e o albinismo;
  • doenças cutâneas que os fatores psicológicos desencadeiam ou exacerbam seu aparecimento são chamadas de psicodermatoses e manifestações desse grupo são comumente acne, dermatite atópica, psoríase, eczema e a urticária;
  • escoriações na pele, causadas pelos indivíduos, devido-a fatores psiquiátricos, em sinal de distúrbios mentais que normalmente são obsessivo-compulsivos, transtornos delirantes e transtornos somatoformes;
  • lesões cutâneas causadas pelo uso de drogas psicotrópicas.

Anatômica e fisiologicamente, frente aos agentes estressores, o hipotálamo ordena a glândula hipófise a produzir o hormônio liberador de corticotrofina, que agirá estimulando a liberação do hormônio adrenocorticotrófica, que por sua vez, ativará os gânglios do sistema nervoso simpático os quais atuarão sobre as glândulas adrenais liberando epinefrina e norepinefrina, e assim, consequentemente, desencadeando reações no organismo equivalentes a quando ele precisa fugir. Isso causará o aumento da frequência cardíaca e da respiração (SANTANA; LOPES; SANTOS, 2017).

O estresse, como um dos principais fatores psicológicos gera sintomas físicos e psicológicos ou uma conjunção de ambos. Os sintomas físicos que podem ocorrer são diarreia, náuseas, tensão, dores musculares, abdominais e de cabeça, distúrbios do apetite e dermatológicos, tendo a queda de cabelos, forte ligação com estados de estresse acentuado. Já os sintomas psicológicos incluem excesso de medo, agressividade, pesadelos, angústia, ansiedade e relacionamento interpessoal prejudicado (SANTANA; LOPES; SANTOS, 2017).

O estresse foi observado pela primeira vez em pacientes com doenças diferentes, porém com sintomas comuns, pelo médico austríaco Hans Selye. Depois disso, ele deu a esse estado o nome de “síndrome de adaptação geral” que, com o passar do tempo o próprio médico chamou de estresse.  (ANSCHAU; STEIN, 2016).

O organismo mantém a homeostasia do corpo que pode ser alterada devido a reações psíquicas, como o estresse que se manifesta fisiologicamente. Não somente eventos negativos podem alterar esse equilíbrio tais como irritabilidade, medo, confusão, excitação, fome, dor, intensa euforia, mas também situações positivas que gerem ansiedade podem modificá-la (KLEINHANS, 2012).

Considerado como uma reação do organismo, o estresse possui componentes psíquicos, fisiológicos e bioquímicos, tidos como uma força e tensão, tornando uma somatória dos dois. O problema ocorre quando essa situação de estresse constante se estende e o indivíduo não consegue mais desfrutar desse estímulo como algo positivo. Quando se torna patológico, o estresse pode causar ansiedade, irritabilidade, instabilidade psicofísica e tensão (ANSCHAU; STEIN, 2016).

A ansiedade é considerada como um fator psicológico que faz parte do comportamento humano frente a ameaças e perigos (SANTOS; PESSOA; 2016). Sendo aceita como uma reação normal e tida como uma função biológica importante, ela funciona como um sistema de alarme quando o organismo se sente em perigo no ambiente em que se encontra (SANTOS; PESSOA; 2016).

Considerada como uma forma de estresse, esse aspecto psicológico pode ser sentido, não somente através do emocional, mas também fisicamente e mudar até o modo como o indivíduo se enxerga inserido na sociedade. Ela pode surgir de acontecimentos positivos e negativos na vida do indivíduo, normalmente quando   enfrenta situações difíceis no dia a dia. Apesar de ser considerada por diversos autores como saudável para o crescimento pessoal do indivíduo, ela é descrita como um estado de humor angustiante que deixa o ser inquieto e apreensivo sobre o futuro (SANTOS; PESSOA; 2016).

A ansiedade começa a ser considerada como uma patologia quando a sua interferência causa piora na qualidade de vida, desconforto emocional e queda no desempenho do indivíduo para cumprir suas funções rotineiras (SANTOS; PESSOA; 2016).

O transtorno de ansiedade é tido como um estado que ultrapassa os limites normais de ansiedade, gerando sintomas físicos e emocionais como suor, tensão, palpitação e pensamentos negativos considerados como perigosos pelo ansioso e, além do sentir momentâneo, esse transtorno gera manifestações somáticas e fisiológicas como dispneia, taquicardia, vasoconstrição ou dilatação, tensão muscular, parestesias, tremores, sudorese, tontura, entre outros distúrbios (SANTOS; PESSOA; 2016).

Altos níveis de estresse e ansiedade estão ligados a quadros de depressão. Num primeiro momento a depressão foi vista a partir do quadro de melancolia, sendo, naquela época, considerada como um sintoma daquele estado, sendo descrita por Esquirol como um quadro onde o indivíduo tem ideias negativas e fixas, que o fazem perder o sentido da vida e experimentar um abatimento e tristeza. Nesse momento da história, não existia diferença entre o estado de melancolia e a depressão para os psiquiatras e isto se seguiria até o ano de 1980 (PEREIRA; AZEVEDO, 2016).

Segundo o CID-10, a depressão é enquadrada nos transtornos afetivos, apresentando alteração no humor ou do sentir do indivíduo, modificando as atividades gerais do sujeito (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2000); sendo considerada como uma patologia que pode ter suas causas em fatores biológicos, em que a falta de alguns neuroquímicos importantes como a serotonina, noradrenalina e dopamina, envolvidos com a sensação de felicidade, alterariam o estado de humor do indivíduo.  Além disso, o sistema límbico, responsável pela sensação de bem-estar, está muito atrelado a sentimentos de angpustia, mal-estar e negativismo, quando suas atividades diminuem (PEREIRA; AZEVEDO, 2016).

Atualmente a depressão é vista como uma patologia multifatorial, podendo ser causada por diversos fatores ou pela junção deles (PEREIRA; AZEVEDO, 2016).

O sentir individual é uma coisa muito pessoal, o que é tido como estressante para um indivíduo pode não ser para outro. Assim, para o tratamento dos indivíduos devemos usar da visão holística, que procura ver o ser como uma coisa única, porém, dotada de diversos sentimentos dentro de si e assim procurar estratégias que ajudem o mesmo a combater esses fatores, ou viver melhor com eles (LIMA; ASIS, 2017).

Alguns tratamentos podem ser sugeridos para que esses indivíduos sejam auxiliados contra esses fatores psicológicos, que os deixariam mais calmos, com sentimento de bem-estar e em equilíbrio. Alguns desses tratamentos são a acupuntura, a reflexologia podal, a massoterapia e a aromaterapia (SANTANA; LOPES; SANTOS, 2017).

3.1 Acupuntura

A acupuntura é um tratamento feito por meio de agulhas que são inseridas em pontos motores que ativam potencial elétrico, estimulando as terminações nervosas, auxiliando no controle de estresse e ansiedade (SANTANA; LOPES; SANTOS, 2017). Através da estimulação nervosa pelas agulhas, os sistemas límbico e hipotalâmico são ativados, além deles, a substância cinzenta e a gênese reticular. Assim, essa interação com o sistema nervoso, auxilia contra a ansiedade, medo, pânico e estresse (SANTANA; LOPES; SANTOS, 2017).

3.2 Reflexologia podal

A reflexologia podal, técnica que consiste em apertar pontos específicos reflexos do pé que mapeiam todo o corpo, tem como o intuito equilibrar e restabelecer a saúde, auxiliando também nos tratamentos de estresse, ansiedade e depressão. (SANTANA; LOPES; SANTOS, 2017). Quando esses pontos são apertados, acontecem eventos que reduzem a tensão em todo o organismo, provocando uma sensação de bem-estar (SANTANA; LOPES; SANTOS, 2017).

3.3 Massoterapia e aromaterapia

A massoterapia pode ser indicada para estresse, ansiedade e depressão, sendo utilizada como prevenção e tratamentos dessas doenças auxiliando na redução do cansaço, problemas gastrointestinais, insônia, dor de cabeça e afecções infecciosas (SEUBERT; VERONESE, 2008). O toque em áreas enrijecidas proporciona o alívio, diminuindo o cansaço físico e mental, a massoterapia auxilia no alívio de estresse, ansiedade e depressão. (SANTANA; LOPES; SANTOS, 2017).

A massoterapia segue o fundamento de tratar o ser humano de forma integral, considerando espírito-mente-corpo-meio ambiente, influenciando e auxiliando o indivíduo que a recebe a se autoconhecer, tomando consciência de si mesmo, resultando assim em um momento de reflexão e auxiliando a repostas contrárias às do nervosismo, estresse e ansiedade. (BRAUNSTEIN; BRAZ; PIVETTA, 2011).

O benefício do relaxamento é tratado como o motivo principal pelo qual a massagem é aceita e faz tanto sucesso. Através do relaxamento funções importantes para o organismo ficam ampliadas, melhorando assim a circulação sanguínea que chega aos músculos e articulações, nutrindo-os e tonificando-os, estimulando o sistema nervoso, que responde com sensação de bem-estar em geral. Com leves movimentos a massoterapia consegue também reduzir edemas (CASSAR, 1998).

Os doentes que se fazem uso dessa terapia apresentam menos ansiedade e dor, controlando mais o seu próprio tratamento (ALMEIDA; DUARTE, 2000). Além disso, a massagem terapêutica resulta na melhora de algumas variáveis como raiva, desconforto físico e emocional, bem-estar emocional e no padrão de sono (ALVES et al., 2015).

Junto com a massagem pode-se utilizar óleos essenciais que despertam, através do olfato, boas sensações. Por meio de estímulos ao sistema límbico, nele existem componentes que estão associados de várias maneiras com a emoção, sendo este responsável pelos sentimentos, memórias, impulsos que serão desencadeados pelas substâncias que os óleos essenciais possuem nos levando a sentir e vivenciar diversas reações, atuando de diversas maneiras no organismo, particularmente com a sensação do prazer, da dor, da raiva, do medo e da tristeza.  (LIMA, 2016).

A aromaterapia tem efeitos positivos para a busca do equilíbrio, conseguindo grandes efeitos sobre as emoções que estão ligadas as plantas aromáticas e aos óleos essenciais, oferecendo cuidados terapêuticos à pessoa como um todo (LIMA, 2016).

Considerações finais

Retomando à problemática deste trabalho, conclui-se que atualmente é indiscutível que fatores psicológicos afetam o tecido cutâneo.  O ser humano, conforme o avanço histórico, deixa de ser cada vez mais considerado um sistema individualizado e mais do que isso, tratado além das suas queixas.

Hoje sabemos, graças à visão holística, que o homem é um ser integral e que deve ser visto dessa forma, mente-corpo-ambiente-sociedade, no qual quando um padece, o outro também padecerá, indicando, assim um sistema interligado.

Mentalmente, estamos envolvidos com sentimentos e emoções, e muitos dos quais ocorrem conforme vivemos no ambiente e na sociedade. Nossa própria personalidade se forma pela maneira como enxergamos o mundo. Algumas emoções como estresse e ansiedade, quando exacerbados, tornam-se doenças, que podem levar à depressão. Sentimentos assim exercem influência ou desencadeiam patologias na pele que são explicadas pela ciência, graças às descobertas feitas pelas áreas da psicodermatologia, endocrinologia, neurologia, psicologia e psiquiatria.

A estética, enquanto profissão, pode auxiliar no tratamento das doenças psicossomáticas por meio das terapias alternativas como massagem, aromaterapia, reflexologia podal e acupuntura.  Além disso, trabalhando em conjunto com uma equipe multidisciplinar, é necessário e indispensável o acompanhamento psicológico, que irá auxiliar no tratamento contra o estresse, a ansiedade e a depressão. Para as consequências na pele causadas por esses fatores, faz-se necessário o acompanhamento de um dermatologista.

Referências bibliográficas

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[1] Graduanda do Curso de Bacharelado em Estética, da Fundação Hermínio Ometto (FHO – UNIARARAS).

[2] Doutora em Imunologia pela Universidade de São Paulo (USP), 2003; Mestre em imunologia pela USP (1999). Especialista em Saúde Pública (Vigilância Sanitária) pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (1994) e em Micologia pelo Instituto Adolfo Lutz (1993). Graduada em Biomedicina pela Universidade de Mogi das Cruzes (1990). Atualmente é docente da Fundação Hermínio Ometto (FHO) – UNIARARAS. Possui experiência no desenvolvimento de protocolos de pesquisa com animais de experimentação e técnicas laboratoriais. Atua principalmente nos seguintes temas: imunologia, microbiologia e parasitologia humana.

[3] Possui pós-doutorado em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); mestrado (2007) e doutorado (2014) em Psicologia (Psicologia Clínica) pela PUC-SP. Possui bacharelado e licenciatura em Psicologia pela Universidade Metodista de Piracicaba (2003). Atua há 14 anos como psicoterapeuta de enfoque psicanalítico e há 10 anos como consultor na área de empregabilidade. Atualmente, realiza a função de psicólogo clínico com enfoque psicanalítico e organizacional. É analista credenciado junto à FESPSP (Fundação Escola de Sociologia Política do Estado de São Paulo). Também foi consultor credenciado à Secretaria de Gestão Pública do Estado de São Paulo (Fundap) durante 08 anos, prestando serviços de consultoria na área da Educação e Saúde. Atua como professor, em regime horista, no Centro Universitário Hermínio Ometto, em Araras (SP), como também coordena o curso de pós-graduação lato sensu em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Tem seis livros de psicanálise lançados nos EUA, vinte e seis artigos internacionais, três livros de psicanálise publicados no Brasil, dezessete artigos nacionais publicados, vinte e sete trabalhos publicados em países da América Latina (Argentina, Uruguai, Peru e Guatemala), três trabalhos na Espanha e oitenta e quatro resumos publicados em congressos nacionais e internacionais.

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Anadhelly Cristina da Silva de Lima

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