REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

Trabalhos manuais: possibilidades para uma longevidade ativa

RC: 125952
485
5/5 - (4 votes)
DOI: ESTE ARTIGO AINDA NÃO POSSUI DOI
SOLICITAR AGORA!

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

ESQUIVEL, Ana Paula de Souza Ferreira [1], VELLASCO, Tania Regina Douzats [2]

ESQUIVEL, Ana Paula de Souza Ferreira. VELLASCO, Tania Regina Douzats. Trabalhos manuais: possibilidades para uma longevidade ativa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 08, Vol. 08, pp. 52-67. Agosto de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/longevidade-ativa

RESUMO

É cada vez maior o número de pessoas idosas no mundo, e desde tempos remotos o homem deseja descobrir os segredos da eterna juventude. O envelhecimento é uma das últimas etapas de vida do ser humano. Etapa esta que tem se demonstrado cada vez mais longeva e ativa. De que forma os trabalhos manuais podem contribuir para o desenvolvimento de uma longevidade ativa? Esta é a questão norteadora desta pesquisa, cujo objetivo geral consiste em verificar as possíveis contribuições dos trabalhos manuais como possibilidade para o desenvolvimento ativo e longevo dos idosos. Além de, descrever como o envelhecimento tem se tornado ativo; como os trabalhos manuais têm sido utilizados na psicoterapia e investigar a possível contribuição dos grupos de trabalhos manuais como rede de apoio aos idosos. Para elaboração do artigo, utilizou-se uma pesquisa de cunho bibliográfico em livros e plataformas digitais. Constatou-se os benefícios dos trabalhos manuais como instrumento para o desenvolvimento de uma longevidade ativa. Além disso, os benefícios dos trabalhos manuais em grupo também foram abordados como possibilidade não só de desenvolvimento no processo de envelhecimento saudável, mas também, trabalhos em grupo, irão desenvolver os relacionamentos interpessoais criando uma rede de apoio e relação que, nessa fase da vida, são essenciais no processo da busca pela longevidade ativa.

Palavras-chave: envelhecimento, longevidade ativa, trabalhos manuais.

INTRODUÇÃO

Muitas canções e quadros foram criados sobre o tema do envelhecer. E de forma poética, lúdica, bem-humorada ou melancólica tem feito parte da cultura brasileira sem que, na maioria das vezes, se perceba isso. “A coisa mais moderna nessa vida é envelhecer” diz a letra de Arnaldo Antunes; Marcelo Jeneci e Ortinho (2009). Ele ainda acrescenta “não quero morrer, pois quero ver como será que deve ser envelhecer”. Ele continua a canção de forma bem-humorada relatando alguns acontecimentos que podem fazer parte dessa fase da vida do indivíduo. Seja como for, querendo ou não, envelhecer não sai de moda, como diz tão bem a letra da música. E fato é, que talvez quase todo ser humano deseje envelhecer.

Grinberg e Grinberg (1999, p. 15), afirmam que “a humanidade sempre se preocupou com o envelhecimento”. De acordo com os autores, desde os tempos da longínqua Mesopotâmia (6.000 a. C.), passando por Hipócrates até os dias atuais, o homem vem se preocupando e procurando formas de rejuvenescer-se. Existem as famosas histórias fazendo alusão às fontes da juventude, mas ainda não encontraram cientificamente uma fórmula do rejuvenescimento. Ainda não se conseguiu criar a tão sonhada fórmula da juventude.  Embora já existam cientistas que pesquisem alimentos e substâncias que têm capacidade de promover o rejuvenescimento e retardar o envelhecimento natural do ser humano, ainda falta um caminho a percorrer. Não há respostas quando a pergunta é: “como nunca envelhecer?”. Envelhecer é parte do processo natural, assim como ser criança ou adolescente. São fases, estágios pelas quais quase toda pessoa passará. A população mundial vive cada vez mais. O mundo está envelhecendo de forma cada vez mais ativa.

Pensando em verificar possíveis contribuições para o desenvolvimento de um envelhecer mais ativo, a questão que norteia este artigo é: De que forma os trabalhos manuais podem contribuir para o desenvolvimento de uma longevidade ativa? O objetivo geral consiste em verificar as possíveis contribuições dos trabalhos manuais como possibilidade para o desenvolvimento ativo e longevo de idosos. E os objetivos específicos em: descrever o processo de envelhecimento ativo; apontar como trabalhos manuais tem sido utilizado na psicoterapia e demonstrar através das pesquisas a contribuição dos grupos de trabalhos manuais como rede social e de apoio aos idosos para uma longevidade ativa.

Prefaciando o livro Terapias cognitivos-comportamentais com Idosos dos organizadores Freitas; Barbosa e Neufeld (2016), Anita Liberalesso Neri (2016), afirma que, faz  parte do processo natural do envelhecimento questões relacionadas a perda de velocidade no que diz respeito aos processos cognitivos, perda da força muscular (o tônus) , fluência verbal (a pessoa fala de forma mais lenta, menos articulada), alterações de audição (muitos idosos nessa fase da vida precisam usar aparelhos auditivos) e visão (dificuldade para enxergar), ou seja, questões estas que afetam a abrangência da comunicação,  da mobilidade, da atividade e da aprendizagem. De forma mais direta, algumas pessoas perderão a força, terão dificuldades de andar, dificuldades de falar, de ouvir, passarão a esquecer com mais facilidade as coisas e terão mais dificuldades de assimilar coisas novas e aprender. Além disso, existem questões de dependência, maus tratos, isolamento, luto, depressão e até mesmo questões de ordens mais específicas como as questões hormonais, por exemplo. Portanto, há naturalmente, os déficits de décadas de existência.

E apesar de todos os déficits próprios do envelhecimento, em 2020 a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), declarou 2021 à 2030 como a década do envelhecimento saudável.

ENVELHECIMENTO ATIVO

Na distopia “Admirável Mundo Novo, criada por Aldous Huxley (2014) em 1932, as pessoas não envelheciam, não ficavam tristes, não ficavam doentes. Havia uma pílula que tomavam que evitava que tal coisa acontecesse. Era um mundo “perfeito”, o “admirável mundo novo”. As pessoas eram criadas em laboratórios através da engenharia genética, e seus comportamentos eram manipulados e treinados cognitivamente desde a tenra idade. Contudo, essa é uma história distópica, da ficção, que envolve um mistério que os cientistas ainda não conseguiram descobrir: a fórmula da eterna juventude, e o findar da vida sem experimentar as debilidades e déficits que a velhice impõe em graus diferentes, durante o percurso da história, a todos os seres humanos que alcançam esse estágio da vida.

Lima e Menezes (2011), citando o Ministério da Saúde, explicam que o termo senescência é compreendido como a etapa natural de alterações de âmbito orgânico, morfológico e funcionais característicos do passar do tempo, do avançar da idade e que estão relacionadas ao envelhecimento saudável e que fatores relacionados a condições de estresse, sobrecarga, afecções, que caracteriza uma condição patológica, a velhice vai ser denominada senilidade. De acordo com os autores, há uma diferença entre senescência que se relaciona com o envelhecer saudável e senilidade que se relaciona com o envelhecer com patologias. Ou seja, o senescente seria o idoso saudável e o senil seria o idoso com alguma patologia. São termos pouco utilizados no cotidiano em sua forma adequada. Sempre que se usa o termo senil ele tem um tom pejorativo como muitas questões que perpassam essa fase da vida.

O ser humano começa naturalmente o seu processo de envelhecimento após a maturação sexual e com ela uma diminuição gradativa da plasticidade comportamental, aumento da vulnerabilidade e maior chance de morte (NERI, 2001 apud NASCIMENTO e BANHATO, 2016). Ou seja, após atingir um estágio de amadurecimento sexual, a pessoa começa a envelhecer e isso ainda jovem, e englobando vários aspectos de sua vida. Não há apenas um aspecto relacionado, de acordo com o autor citado, ao envelhecimento, como se acreditava antigamente, mas vários são os fatores ligados à realidade de envelhecer.

De acordo com Eizirik; Knijnik e Vasconcelos (2008), a saúde física, a diminuição das capacidades, o sentimento de solidão, a perda do companheiro, a perda do trabalho, o declínio do padrão de vida e a diminuição das responsabilidades são algumas das mais frequentes perdas nessa faixa etária. Ou seja, nesse estágio da vida, perdas e mudanças significativas começam a ter um peso diferenciado na vida do indivíduo. E predomina um sentimento forte e latente de abandono, solidão e incapacidade que podem levar a inércia, a depressão entre outros.

Um fator a destacar é a realidade do aumento das doenças crônicas nessa fase da vida. Flores et al. (2018) alerta para o fato de que os profissionais de saúde precisam estar preparados para lidar com a demanda das DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis), pois, de acordo com os autores a PNS de 2013 mostrou que mais de 50% de idosos são acometidos dessas doenças, como exemplo ele cita a hipertensão arterial. Doenças essas que poderiam ser evitadas se a vida fosse levada de uma forma mais saudável.  O fato é que se a população aprendesse a envelhecer antes de envelhecer muitas doenças crônicas poderiam ser evitadas como a diabetes e a hipertensão arterial. Uma boa alimentação durante a vida, exercícios físicos e mente sã é um bom caminho para todo indivíduo, idoso ou não.

Há outras doenças crônicas não transmissíveis como a síndrome demencial, que faz com que a pessoa perca progressiva e globalmente as funções cognitivas (CARAMELLI; BARBOSA, 2002 apud REIS; NOVELLI; GUERRA, 2018). O idoso passa a ser uma pessoa dependente funcional e precisa que um cuidador assuma as funções mais simples da vida diária, os cuidados básicos. E os cuidadores desses idosos podem ou não ser membro da família, profissional ou não (FUHRMANN et al., 2015 apud REIS; NOVELLI; GUERRA, 2018). Comparado às pessoas que cuidam de idosos com doenças crônicas esses cuidadores carregam um fardo muito maior (SPIJKER et al., 2009; GRATÃO et al., 2012 apud REIS; NOVELLI; GUERRA; 2018). Nesse caso, um alerta: tanto idoso quanto o cuidador precisa de cuidado. É uma situação muito delicada, principalmente em famílias onde os vínculos afetivos são mais fragilizados.

Ainda assim, tem sido positivo o prolongar a existência do homem. E, devido ao aumento da expectativa de vida, avanços tecnológicos, acessos a mais serviços de saúdes aliados a avanços na medicina dentre outros, a população idosa nas últimas décadas vem tendo um crescimento significativo (BATISTA; ALMEIDA; LANCMAN, 2011 apud DATILO e CORDEIRO, 2015). A tecnologia tem dado suporte e aberto novas portas para o prolongar da vida, pois muito do que a medicina tem a possibilidade de trabalhar, de pesquisar com maior precisão e velocidade vem por conta de avanços tecnológicos.

Pesquisas apontam um fenômeno conhecido como “paradoxo do bem-estar na velhice”. De acordo com Batistoni (2016, p. 353, 354) Citando Cheide e Carstensen (2010), esse paradoxo pode ser interpretado observando que entre os idosos, apesar dos desafios de adaptação que enfrentam em relação ao envelhecimento, “relatam altos níveis de satisfação com a vida, experimentam afetos positivos e mantém o potencial para derivar sentido e significado mesmo em idades avançadas”.

Portela e Ormezzano (2010), citando dados do IBGE (2002), apontam que é bem acelerado o crescimento da população idosa no Brasil. E estima-se de acordo com a estatística levantada que em 2025 o Brasil será a sexta população em número de pessoas idosas.

Dados mais recentes da Projeção da População, do IBGE, que foi atualizada em 2018, a tendência é que a população brasileira cresça nas próximas décadas e que em 2043, um quarto da população terá mais de 60 anos. E a partir de 2047, segundo Izabel Marri, demógrafa do IBGE, a população estagnará o crescimento, o que irá contribuir para o processo de envelhecimento populacional. Esse envelhecimento populacional é como se denomina quando comparativamente na proporção grupos mais velhos ficam maiores que grupos mais jovens da população (IBGE, 2020).

De acordo com Minayo (2006), citado por Teixeira et al. (2016), quando se trata do envelhecimento, este não deve ser tratado no plural e não no singular, assim não se deve tratar de “o” processo, mas “os” processos de envelhecimento. Pois o envelhecer é subjetivo a cada indivíduo, e esse processo é influenciado pelo contexto em que a pessoa está inserida, bem como a cultura e história de vida. Tudo dependerá das variáveis que cercam o indivíduo.

De acordo com Willig; Lenardt e Caldas (2015), os estudos cujo envolvimento é a longevidade é que o processo de envelhecer precisa ser compreendido como a fase última do desenvolvimento humano. E esta precisa ser vivida de forma produtiva e relevante. Ou seja, desafiar-se a conservar a vida de forma que ela se torne não apenas significativa, mas também produtiva. Os autores levam em conta o fato que a passagem do tempo acumula ônus, mas estes devem servir de desafio de novos aprendizados para equilibrar o que foi possivelmente perdido. Assim será possível dar valor e reforço ao que se manteve ou se desenvolveu. Esse ônus acumulado deve servir de incentivo para novos projetos, novos olhares e, sim, novos sonhos.

Contudo, a imagem social do idoso que é desvalorizado e improdutivo permanece na atualidade, mas não com tanta intensidade como nos últimos anos. E isso se deve a algumas mudanças que trouxeram um olhar mais positivo para essa realidade (GOLDFARB, 2004 apud TEIXEIRA et al., 2016). Como por exemplo, o acesso de idosos à tecnologia, aos esportes, às academias, aos meios que há algum tempo eram frequentados apenas por jovens. Apesar dessas conquistas, muito ainda precisa ser realizado. Os idosos têm se demonstrado cada vez mais ativos.

Há alguns fatores que podem estagnar a vida de qualquer pessoa. Em se tratando do senescente a vida precisa ser observada com mais cautela haja vista que suas próprias fragilidades já o impõem alguns aspectos físicos limitantes aos quais ele precisará ajustar-se. Um fator externo que tem estagnado a vida de muitos idosos é o fato de que algum idosos passam muitos momentos, ou seja, dias inteiros diante de uma tela de TV, deitados, sem nenhuma ocupação. E essa falta de atividades vai tornando a vida deste idoso pobre. Já o idoso ativo é ativo sobre o mundo em que está vivendo (PORTELA e ORMEZZANO, 2010). Ou seja, esse idoso terá mais probabilidades de desenvolver depressão devido ao sedentarismo e a solidão de estar muito tempo em frente a uma tela de TV e sem contatos sociais. Além de tornar-se cada vez mais vulnerável e dependente, fixando crenças que o levaram mais distantes a cada dia da conquista de uma autonomia e de uma velhice feliz. O idoso que tem uma vida movimentada e ativa é o seu próprio agente. Não é o mundo que age sobre ele, pois esse está ativo e autônomo no mundo. Isso eleva sua autoestima rumo a longevidade.

Camargo; Telles e Souza (2018, p. 368), afirmam que para envelhecer com qualidade de vida e saúde é importante que a pessoa tenha autonomia de forma que possa se envolver ativamente na vida social. Poder ir e vir sem depender tanto de outras pessoas. O indivíduo na fase do envelhecimento sofre grande impacto com a perda da autonomia o que irá influenciar de forma negativa diretamente sua autoestima, e isso pode gerar problemas que afetam a sua saúde como ansiedade e depressão. Contudo, “não se pode pensar que envelhecer signifique somente adquirir perdas, comorbidades e depressão”.

Ainda citando Goldenberg (2015), Camargo; Telles e Souza (2018) afirmam que cada indivíduo tem um significado para sua existência único e que cada um vai caminhar buscando esse significado na vida, ou seja, as pessoas estão sempre se movimentando, portanto, o envelhecimento não deve ser definido por uma fase da existência relacionada a finitude e ônus significativos deixando pessoas margem, excluídas, de lado.

Cada ser humano trilhará o seu próprio envelhecer. Os processos de envelhecimento são variados, diversificados, e os desafios são muitos.

O foco em várias dimensões da saúde parece ser a melhor forma de se referir ao envelhecimento ativo, que tem uma proposta feita pela ONU dividida em três pontos: “a) prevenção da deterioração física e psíquica e promoção da saúde; b) incremento da oferta educativa e cultural; e c) integração social das pessoas idosas” (WICHMANN et al., 2013, p. 822).

Wichmann et al. (2013, p. 822), apontam que os temas centrais na Europa na investigação do envelhecimento são a satisfação e o bem-estar. “Satisfação com a vida é um construto no estudo psicossocial do envelhecimento e pode ser avaliada por meio de questões simples ou de itens escalares.” Ou seja, se relaciona com a forma e com a motivação com que as pessoas vivem de maneira positiva suas experiências de vida e refletem assim o bem-estar subjetivo. E o bem-estar subjetivo pode ser autoavaliado e percebido por meio das experiências individuais.  Além de, apontar que a velhice bem-sucedida tem uma característica que é a capacidade de aceitar as mudanças fisiológicas que ocorrerão na vida de todas as pessoas que chegarem a fase da terceira idade e que as doenças e limitações não são fatores que impossibilitam a experiência subjetiva da velhice bem-sucedida.

TRABALHOS MANUAIS NA PSICOTERAPIA

Segundo Guedes; Guedes e Almeida (2011, p. 732) “a utilização da arte no processo terapêutico permite identificar nas imagens, música e escrita, representações de suas expressões, seus sentimentos, e sensações naquele momento da vida.” Ou seja, a arte, seja ela de que área for, com a sua abrangência e processo criativo é um recurso terapêutico. Contudo, os autores alertam que, no caso da arte terapia, o que importa não é a técnica, não é o belo, mas o significado do que se fez. O que importa é a subjetividade. É o querer estar. O querer fazer parte do processo e não ser um perito ou um profissional da área.

Muitos idosos sentem-se desolados e fragilizados ao se defrontarem com seu próprio Trabalhos manuais e autoimagem envelhecimento, com os preconceitos da idade, a aposentadoria e o declínio gradual das aptidões físicas. As doenças muitas vezes podem ocasionar uma redução no desempenho físico, na habilidade motora, na capacidade de concentração, reação e coordenação, gerando o processo de desvalorização da autoimagem, apatia, insegurança, perda da motivação, isolamento social, solidão e baixa autoestima. Este quadro tende a ser alterado se forem desenvolvidas, com os idosos, atividades de expressões artísticas, que visam à melhoria das capacidades motoras que apoiam a realização de sua vida cotidiana, enfatizando o bem-estar e a autoimagem (GUEDES; GUEDES; ALMEIDA, 2011, p. 733).

A arteterapia está voltada para todas as pessoas que estão em busca de saúde e bem-estar. O ser humano idoso que se encontra em uma situação de sofrimento e fragilidade pode encontrar conforto por meio da arte como terapia. A expressão de alguns processos internos do idoso são facilitados através da arte. Isso se dá através do material utilizado entre o terapeuta e o idoso (PORTELA e ORMEZZANO, 2010). Arte e terapeuta tornam-se aliados enquanto facilitadores junto ao idoso em seu processo.

Citado por Portela e Ormezzano (2010), Costa (2003), relata que entre idosos institucionalizados, o uso da arte como terapia tem mostrado transformações significativas, pois a pessoa que antes do processo se encontrava em uma posição inerte e que a incomodava, pois se via como alguém inútil passa a ter um outro olhar sobre si mesma como alguém que cria, ou seja, que produz. A inércia dá lugar a criatividade e a produtividade fazendo com que o envelhecimento não seja sinônimo de invalidez.

Independentemente do nível de desenvolvimento da cultura de cada sociedade, desde os tempos pré-históricos até a atualidade o ser humano vem expressando o que vive através da arte. As possibilidades manuais de terapias são infinitas desde a utilização de papéis, fios, tintas, barbantes, desenhos etc. abrem caminhos para que o idoso descubra novas possibilidades e trilhe um percurso seguro, porém, individual, único, que o possibilite trabalhar rumo a pensamentos assertivos, onde sua realidade é vivida, sem se tornar um impeditivo para novas vivências, tirando-o, assim da estagnação e possibilitando um prolongamento saudável, dentro de suas possibilidades reais, de vida com qualidade.

Cada atividade, cada material, cada cor, forma, movimento e som, tem uma possibilidade de atuação no sujeito. Assim, um rolo de barbante pode permitir a percepção e integração de especialidade. As cores, quando bem utilizadas, podem permitir a expressão afetiva e emocional. A modelagem permite estimulação tátil, o trabalho muscular, a estrutura postural, assim como a capacidade de expressão e de planejar. A técnica do desenho tem, na terapia pela arte, o papel de desenvolver a esfera cognitiva, além da capacidade de abstração. Os fios (lãs, barbantes e linhas) utilizados no bordado, tricô, crochê e tecelagem permitem o fortalecimento e a reeducação do pensamento. A imagem sonora faz entrar em contato com seu “eu” mais profundo, que, seguindo as melodias e ritmos, equilibram e harmonizam o sujeito. A dança, além de sua excelência na projeção das imagens internas, permite a exploração e o uso do corpo no espaço (FORTUNA apud GUEDES; GUEDES; ALMEIDA, 2011, p. 732).

Portanto, da Terapia Cognitivo Comportamental ao aprender a avaliar seus pensamentos de forma mais funcional e avaliativa através das atividades de descobertas propostas pelos exercícios (BECK, 2013), que no caso dos idosos aqui relacionados, é a arte, esta pode ajudá-los a reestruturar-se e adaptar-se à realidade apresentada.  Pois, de acordo com Souza (2002) citado por Portela e Ormezzano (2010), a pessoa idosa pode aproveitar todo seu potencial e desenvolver autoconhecimento e autoconfiança através da arte terapia. Lembrando que, por arte entende-se não apenas a dança e a música, mas os trabalhos manuais que os idosos podem desenvolver, independentemente de suas habilidades ou não. Pois em se tratando de expressões subjetivas na terapia não está em jogo, como já foi dito o saber fazer bem, mas o apenas expressar-se, que trará consigo outros benefícios que contribuirão para o desenvolvimento da pessoa proporcionando bem-estar, saúde mental, física o que proporcionar uma longevidade ativa.

GRUPOS DE TRABALHOS MANUAIS COMO REDE SOCIAL E DE APOIO

O Sociólogo Zygmunt Bauman (2001), vai falar sobre como a sociedade contemporânea se transformou em uma sociedade líquida, e a individualidade é cada dia mais reforçada. Nada mais gera contentamento e satisfação. A sociedade de consumo gerou uma modernidade que tem vícios e compulsões, e isso se reflete nas relações e na liquidez delas. Tudo é rápido e se dissolve com muita rapidez. As relações sociais deixaram de ser profundas, e hoje se colhem os frutos não de poucos, mas de raros amigos.

Teixeira et al. (2016) citando Lipovetsky, também falam sobre a questão da contemporaneidade e do fluxo rápido de consumo e de como essa questão tem afetado as relações. Tudo que é antiquado e velho é facilmente descartado e substituído pelo que é novo, moderno e atualizado. E tudo isso não engloba apenas aspectos materiais, mas também pessoas e relacionamentos. Sendo assim, afirma Teixeira et al. (2016) que se entende que o idoso deva ser descartado, pois já foi superado e não desfrutam da mesma autonomia da juventude. Devido a isso, “estabelecer redes de relacionamentos e, ao mesmo tempo, impor-lhes limites, caracteriza a dinâmica das relações contemporâneas” (TEIXEIRA et al., 2016, p. 471).

Em todo o Brasil, os grupos de convivência tem sido uma opção estimulada. Quando os idosos se inserem nesse grupo eles estão buscando por algumas melhorias, tais como melhoria nos aspectos físicos, mentais e depois essa busca vai aumentando progressivamente para outras áreas, desde viagens até atividades lúdicas. Os grupos de convivências são uma excelente forma de interação e inclusão social, pois sendo uma rede de relacionamentos estimulam o indivíduo e resgatam sua dignidade, bem-estar, autonomia, autoestima, qualidade de vida entre outros. Esses fatores estimulam os idosos a permanecerem nesses grupos devido às mudanças benéficas que ocorreram em suas vidas (WICHMANN et al., 2013).

A rede social tem um papel representativo no que diz respeito para com relação aos cuidados da pessoa idosa e a presença de amizades que é associada ao bem-estar subjetivo, fazendo assim uma contribuição onde a autoestima do idoso é reafirmada e oportunidades de comunicação são abertas, possibilitando a pessoa idosa um relacionamento confidencial (ERBOLATO, 2006 apud BRITO; CAMARGO e CASTRO, 2017). Contudo, os autores apontam para o fato de que estas relações estabelecidas podem ser tanto de natureza negativa quanto de natureza positiva. O que poderá influenciar essa representatividade é o que é ser e viver a velhice. Ou seja, o olhar do idoso sobre o seu contexto do que seja viver bem a velhice, se relacionar na velhice entre outros, poderá influenciar sobre a qualidade de sua existência.

Existem diversos tipos de redes sociais e cada uma delas tem uma constituição específica que as caracteriza como um conjunto significativo de todas as relações percebidas pelo ser humano. Além disso, Lemos e Medeiros (2006) citados por Brito; Camargo e Castro (2017), vão afirmar que as redes sociais podem ser definidas como um grupo de suporte social, hierarquizados, compostos de pessoas que se relacionam reciprocamente.

Portella e Ormezzano (2010), afirmam que a atitude do ser humano de cuidar vai surgir de uma série de fatores. Esses fatores englobam a criatividade humana, sua sensibilidade diante da possibilidade de poder trocar com outras pessoas. Além disso, das condições que são naturais de cada indivíduo de poder conceber situações novas; executar ações ao seu modo em todos os aspectos.

Dentro dos grupos de apoio é preciso ter os profissionais que irão monitorar e dar assistência a esses idosos. E os profissionais da saúde e da educação têm a possibilidade de prestar esse suporte através da arte. Pois, por meio da arte é possível desenvolver valores essenciais do ser humano, é possível conhecê-la profundamente e isso possibilitará cuidar melhor e com mais qualidade. Sendo assim, é ressaltado aqui o elo existente entre arte, educação e saúde (PORTELA e ORMEZZANO, 2010). Ou seja, conhecendo cada idoso, individualmente e em grupo e permitindo que ele se expresse dentro desse grupo, ele estará se reeducando, reestruturando rumo a uma boa velhice. Uma velhice prazerosa, mesmo que, em determinados momentos, ela seja debilitante.

Camargo; Telles e Souza (2018), citam Tuan (1983) que explica que mesmo que os espaços de convivência e entretenimento tenham sido criados para trazer novas perspectivas ao processo de envelhecer é preciso mais do que isso para garantir a participação e a sensação de pertencer àquele lugar. Há que se compreender o discurso dialético existente entre o espaço e o lugar. Lugar é humanizado com valores estabelecidos e significados organizados, e no espaço, nem sempre essas sensações poderão ser estabelecidas.

As autoras Meira et al. (2004), citadas por Pereira; Alvarez e Traebert (2011), explicam que os grupos de convivência para terceira idade, funcionam como facilitadores que irão capacitar o idoso que se depara com o processo de senescência e longevidade. As autoras afirmam que os idosos que participam de grupos de convivência são reinseridos na sociedade, e que essa atividade de prática social envolvendo o bem-estar coletivo e individual irá favorecer no processo de mudança. Esse tipo de envelhecimento ativo, dentro de um grupo social, tem um papel de reconstruir o papel tanto cultural quanto social da pessoa idosa. Assim sua autonomia é solidificada, e essa sendo solidificada modifica seus valores e suas percepções, promovendo oportunidades de dar novas qualidades à sua vida.

Leite; Cappelari e Sonego (2002), em pesquisa realizada com um grupo de idosos no município de Ijuí/RS sobre experiências de idosos em grupos de convivência constatou que algumas pessoas da terceira idade que frequentam o grupo e realizam trabalhos artesanais, ou seja, manuais, tais como tricô, crochê, pintura etc., costumam se envolver integralmente em suas tarefas. O fato de se envolverem integralmente afastam esses idosos não apenas do isolamento, mas faz com que esses idosos de alguma forma estejam mais tempo de exercitação física e mentalmente. Assim, idosos, por exemplo, como já foi citado anteriormente, que passam muito tempo em frente à TV, podem deixar de ser sedentários e tornarem-se mais ativos. Os benefícios, na prática, desses grupos existentes em diversos lugares do Brasil são inúmeros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo da longevidade ativa consiste no envelhecimento prolongado de forma saudável, apesar das limitações próprias do avançar da idade. Ou seja, limitações, não necessariamente, são sinônimo de inatividade.

Durante a pesquisa, respondendo à questão norteadora, foi possível verificar que os trabalhos manuais podem contribuir para o desenvolvimento de uma longevidade ativa, visto que, idosos que entram em contato com atividades manuais têm a possibilidade de trabalhar a coordenação motora, as habilidades cognitivas e outras áreas que o envelhecer traz consigo. E quando os trabalhos manuais caminham para o âmbito dos grupos, os relacionamentos são desenvolvidos e redes de apoio se tornam um ponto relevante a destacar. Visto que, as relações que surgem deste grupo distanciam as pessoas idosas do isolamento, do sedentarismo, trazendo vida, movimento, alegria e, certamente, saúde rumo ao processo de longevidade ativa

Os estudos também demonstraram que uma das grandes aliadas para que os programas e projetos que abarcam os trabalhos manuais sejam implantados com eficácia, são as técnicas da terapia cognitivo comportamental, pois estas trabalham de forma a psicoeducar a pessoa e mudar suas crenças que produzem pensamentos automáticos, pensamentos disfuncionais, que em muitos casos, deixam os indivíduos estagnados e impossibilitados de exercerem algumas atividades.

Quando se fala de longevidade ativa e bem-estar psicossocial do idoso foi visto através da pesquisa que é preciso que se entenda os processos de envelhecimento para que, ajustando-se a essa nova realidade a pessoa possa adequar-se de forma a buscar uma vida mais saudável. À medida que as fases da vida de cada ser humano vão passando, os desafios de cada etapa vão surgindo e é preciso a cada novo estágio aprender e redescobrir formas de lidar com estes desafios que vão surgindo. Em se tratando do envelhecimento estes desafios podem parecer ainda maiores.

Apesar da senescência, quando envolvidos em grupos que trabalham com os diversos tipos de artes manuais, sejam elas, pintura ou artesanatos em geral, estão em movimento e em contato social direto. Este movimento e o fato de relacionarem-se em torno de uma atividade manual, seja ela qual for, traz a possibilidade de contribuir para a longevidade ativa. Os ajudando a vencer a depressão, a monotonia, o sedentarismo e o isolamento que tanto afetam esse estágio da vida os ajudando a tornarem-se, inclusive, mais independentes mesmo com as limitações que lhes são apresentadas pelo envelhecimento.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Arnaldo; JENECI, Marcelo; Ortinho. Envelhecer. Disponível em:  https://www.letras.mus.br/arnaldo-antunes/1547283/ Acesso em 18 de nov.2021.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BATISTONI, Samila Sathler Tavares; Saúde emocional na velhice in FREITAS, Eduarda Rezende; BARBOSA, Altemir José Gonçalves; NEUFELD, Carmem Beatriz. Terapias Cognitivos-comportamentais com Idosos. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2016.

BECK, Judith S. Terapia Cognitivo-comportamental: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 2013.

BRITO, Annie Mehes Maldonado; CAMARGO, Brigido Vizeu; CASTRO, Amanda. Representações Sociais de Velhice e Boa Velhice entre Idosos e Sua Rede Social. Revista de Psicologia da IMED, Passo Fundo, v. 9, n. 1, p. 5-21, nov. 2017. ISSN 2175-5027. Disponível em: https://seer.imed.edu.br/index.php/revistapsico/article/view/1416. Acesso em: 14 nov. 2020.

CAMARGO, Tereza Claudia de Andrade; TELLES, Silvio de Cassio Costa; SOUZA, Claudia Teresa Vieira de. A (re) invenção do cotidiano no envelhecimento pelas práticas corporais e integrativas: escolhas possíveis, responsabilização e autocuidado. Cad. Bras. Ter. Ocup., São Carlos, v. 26, n. 2, p. 367-380, Abril.  2018.  Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2526-89102018000200367&lng=en&nrm=iso> Acesso: 18  Nov.  2020.

DÁTILO, Gilsenir Maria Prevelato de Almeida; CORDEIRO, Ana Paula. Envelhecimento Humano: diferentes olhares. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015.

EIZIRIK, Cláudio Laks; Knijnik, Jair; Vasconcellos, Maria Cristina G. Psicoterapia na Velhice. In Psicoterapias: abordagens atuais. Cordioli e colaboradores. Porto Alegre: Artmed, 2008.

FLORES, Thaynã Ramos et al. Aconselhamento por profissionais de saúde e comportamentos saudáveis entre idosos: estudo de base populacional em Pelotas, Sul 2014. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 27, n. 1, 2018. Disponível em:  http://www.scielo.br/scielo. Acesso 18 Nov. 2020. 2020

FREITAS, Eduarda Rezende; BARBOSA, Altemir José Gonçalves e NEUFELD, Carmem Beatriz (Organizadores). Terapia cognitivo-comportamentais com idosos. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2016.

GRINBERG, Abrahão e GRINBERG, Bertha. A arte de envelhecer com sabedoria. São Paulo: Nobel, 1999.

GUEDES, Maria Heliana Mota; GUEDES, Helisamara Mota; ALMEIDA, Martha Elisa Ferreira de. Efeito da prática de trabalhos manuais sobre a autoimagem de idosos. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro, v. 14, n. 4, p. 731-742,2011 Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232011000400012&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 09 de nov. 2020. 

HUXLEY, Aldous. Admirável Mundo Novo. São Paulo: Globo, 2014.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Disponível em:  https://www.ibge.gov.br/busca.html – Acesso em 14 e 15 de nov. 2020.

LEITE, M.  T.; CAPPELLARI, V.  T.; SONEGO, J.  Mudou, mudou tudo na minha vida:  experiências de idosos em grupos de convivência no município de Ijuí/RS. Revista Eletrônica de Enfermagem (on-line), v. 4, n. 1, p. 18 – 25, 2002. Disponível em: http://www.fen.ufg.br. Acesso em 19 nov. 2020.

LIMA, Talita Aquira dos Santos; MENEZES, Tânia Maria de Oliva. Investigando a produção do conhecimento sobre a pessoa idosa longeva. Rev. bras. enferm. Brasília,  v. 64, n. 4, p. 751-758,  Aug.  2011. Disponível em: http:scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S003471672011000400019&lng=en&nrm=iso Acesso em 18  Nov  2020.

NASCIMENTO, Elizabeth do; BANHATO, Eliane Ferreira Carvalho; Avaliação da Inteligência em Idosos e sua Contribuição para a Terapia Cognitivo-comportamental in Freitas, Eduarda Rezende; Barbosa, Altemir José Gonçalves e Neufeld, Carmem Beatriz (Organizadores). Terapia cognitivo-comportamentais com idosos. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2016.

ONU (Organização das Nações Unidas)  – Brasil, 2020. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/105264-assembleia-geral-da-onu-declara-2021-2030-como-decada-do-envelhecimento-saudavel. Acesso em 12 de ago. 2022.

PORTELLA, Marilene Rodrigues; ORMEZZANO, Graciela. Arte-terapia no cuidado gerontológico: reflexões sobre vivências criativas na velhice e na educação. Revista Transdisciplinar de Gerontologia, v. 3, n. 2, p. 61-80, 2010.

TEIXEIRA, Selena Mesquita de Oliveira et al. Da velhice estigmatizada à dignidade na existência madura: novas perspectivas do envelhecer na contemporaneidade. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, p. 469-487, maio 2016 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812016000200010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 14 nov. 2020.

PEREIRA, Keila Cristina Rausch; ALVAREZ, Angela Maria; TRAEBERT, Jefferson Luiz. Contribuição das condições sociodemográficas para a percepção da qualidade de vida em idosos. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 85-95, Mar.  2011.Disponível em;  http://www.scielo.br/scielo.php? Acesso em 18 Nov.  2020.

REIS, Edison dos; NOVELLI, Marcia Maria Pires Camargo; GUERRA, Ricardo Luís Fernandes. Intervenções realizadas com grupos de cuidadores de idosos com síndrome demencial: revisão sistemática. Cad. Bras. Ter. Ocup., São Carlos, v. 26, n. 3, p. 646-657, July 2018 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php. Acesso em 18 Nov.  2020.

WICHMANN, Francisca Maria Assmann et al. Grupos de convivência como suporte ao idoso na melhoria da saúde. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro, v. 16, n. 4, p. 821-832, Dez. 2013. Disponível em:   http://dx.doi.org/10.1590/S1809-98232013000400016. Acesso em 9  Nov.2020. 

WILLIG, Mariluci Hautsch; LENARDT, Maria Helena; CALDAS, Célia Pereira. A longevidade segundo histórias de vida de idosos longevos. Rev. Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 68, n. 4, p. 697-704, ago.  2015 Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2015680418i. Acesso em 17  nov.  2020.

[1] Graduada em Psicologia. ORCID: 0000-0003-2176-1442.

[2] Orientadora.  ORCID: 0000-0002-1246-5863.

Enviado: Julho, 2022.

Aprovado: Agosto, 2022.

5/5 - (4 votes)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POXA QUE TRISTE!😥

Este Artigo ainda não possui registro DOI, sem ele não podemos calcular as Citações!

SOLICITAR REGISTRO
Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita