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Migrânea: Nutrientes específicos para a profilaxia

RC: 71091
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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

OLIVEIRA, Micaella de Cássia Meira [1], OLIVEIRA, Karen Lelis [2], MIRANDA, Adriana da Silva [3]

OLIVEIRA, Micaella de Cássia Meira. OLIVEIRA, Karen Lelis. MIRANDA, Adriana da Silva. Migrânea: Nutrientes específicos para a profilaxia. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 12, Vol. 03, pp. 141-155. Dezembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/nutricao/migranea

RESUMO

A enxaqueca também conhecida como migrânea, é um tipo de doença que tem afetado pelo menos 15% da população brasileira e sua fisiopatologia ainda não é bem esclarecida, porém acredita-se que a mesma parece resultar de acontecimentos vasculares anormais ainda não bem explicados. Alguns fatores internos e externos parecem influenciar no aparecimento da enxaqueca, entre elas podemos destacar a alimentação como desencadeador das crises, bem como vitaminas e minerais que podem colaborar na profilaxia das migrâneas. Desta forma objetivou-se, por meio de uma revisão bibliográfica, investigar como estes nutrientes e as suas dosagens podem beneficiar na profilaxia desta patologia e assim colaborar para uma melhor qualidade de vida de pacientes com a doença. O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, contendo trabalhos divulgados entre os anos de 2000 e 2020, sobre a influência de nutrientes específicos na profilaxia da enxaqueca. Os estudos demonstraram a grande participação que os alimentos e seus componentes têm no desencadeamento de crises enxaquecosas minimizando a intensidade e frequência das mesmas. Nutrientes como riboflavina, coenzima Q10 e magnésio mostraram-se eficazes para sua profilaxia. Diante dos achados desta revisão, os principais nutrientes sugeridos para suplementação terapêutica e preventiva da enxaqueca são riboflavina, coenzima Q10 e magnésio, porém ainda não existem dosagens específicas e novos estudos são sugeridos.

Palavras-Chave: Enxaqueca, riboflavina, coenzima Q, magnésio, nutrientes.

1. INTRODUÇÃO

As dores de cabeça são queixas muito comuns na medicina contemporânea. Há uma estimativa de que pelo menos 90% da população do mundo já tenha sentido algum tipo de dor (CARVALHO; GAGLIANE, 2014). Entretanto, a cefaleia da enxaqueca é um tipo de dor diferenciada que parece resultar de sintomas provenientes de acontecimentos vasculares anormais ainda não bem explicados (IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009).

Podendo-se também referir a enxaqueca com o termo “migrânea” e ao paciente com o termo “migranoso”, esta patologia tem sua importância aumentada devido a elevada prevalência de suas consequências para a produtividade e bem-estar do indivíduos que a possui (IGLESIAS, BOTTURA, NAVES, 2009; SILVA;  MURA, 2010).

As migrâneas possuem alta prevalência chegando a estar presente mais em mulheres do que em homens devido a alterações hormonais, acometendo indivíduos com idade entre 35 e 45 anos. Apesar de ainda existirem controvérsias, o sexo, a idade, a cor da pele e o nível socioeconômico parecem ser fatores determinantes na prevalência desta patologia (FELIPE et al., 2010; IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009; NEVES, 2013).

De acordo a Sociedade Brasileira de Cefaléia (BRASIL, 2016), as crises de enxaqueca podem vir acompanhadas de sintomas dos quais incluem na maioria das vezes dores latejantes, de um lado da cabeça, podendo ser dos dois lados, de baixa a alta intensidade, fotofobia e fonofobia, náuseas, bem como alterações na vista como pontos luminosos, escuros, linhas em zigue-zague que precedem ou acompanham as crises de dor.

Apesar de não estar totalmente esclarecidos existem diversos fatores que podem influenciar na enxaqueca e estes podem ser provenientes de fatores extrínsecos e intrínsecos, em que o uso de anticoncepcionais, a menstruação, hormônios, estresse, tensão e o consumo alimentar são alguns dos principais agentes capazes de desencadear o início de uma crise (FELIPE et al., 2010).

Estudos clínicos apontam a alimentação como um dos fatores que podem desencadear uma crise enxaquecosa, certos alimentos podem conter algum composto químico que vai interferir na fisiopatologia da doença (FELIPE et al., 2010; OLIVEIRA, 2008). Porém, outros alimentos parecem exercer papel preventivo no tratamento da enxaqueca e assim auxiliar na melhora de seus sintomas, principalmente alimentos ricos em Riboflavina (vitamina B2), Coenzima Q10 e Magnésio (FELIPE et al., 2010).

O indivíduo com enxaqueca, em comparação a pessoas saudáveis com outras doenças crônicas, apresenta uma redução de suas funções e do seu bem-estar, o que afeta sua qualidade de vida, uma vez que na ausência ou não de crises, por incerteza, medo e ansiedade, há um afastamento do meio social por parte deles. Desta forma, considerando a relação entre a suplementação de Riboflavina, Coenzima Q10 e Magnésio e a melhora dos sintomas relacionados à enxaqueca, o presente estudo tem por objetivo, por meio de uma revisão bibliográfica, investigar como estes nutrientes e as suas dosagens podem beneficiar na profilaxia desta patologia e assim colaborar para uma melhor qualidade de vida de pacientes com migrânea.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa, contendo trabalhos divulgados entre os anos de 2000 e 2020, sobre a influência de nutrientes específicos na profilaxia da enxaqueca.

As seguintes estratégias foram utilizadas para identificar possíveis estudos para esta revisão: 1) busca de descritores foram conduzidas nas bases de dados e 2) referências relevantes citadas nos artigos obtidos na primeira estratégia de busca foram incluídas.

As bases científicas de dados consultadas foram Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Google Acadêmico.

A definição das palavras-chave foi realizada mediante consulta aos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Utilizou-se o cruzamento das palavras-chave transtorno de enxaqueca e o sinônimo enxaqueca; magnésio; riboflavina e o sinônimo vitamina B2; ubiquinona e o sinônimo coenzima q, em português.

Para cruzamento de descritores foi utilizado o operador booleano “AND” associado aos termos citados como estratégia para aprimorar a busca, já que as bases de dados possuem particularidades e atributos distintos na plataforma de busca.

A análise dos materiais científicos encontrados ocorreu a partir dos títulos, com a seleção dos que tinham relação com a pesquisa. Posteriormente, realizou-se a verificação dos resumos escolhidos e efetuada nova seleção após leitura dos trabalhos na íntegra, selecionando os que participaram da revisão.

Os critérios de inclusão e exclusão dos artigos foram previamente estabelecidos. Critérios de elegibilidade englobaram: artigos de revisão, relato de casos, artigo experimental, monografia e tese, que abordavam a relação da enxaqueca com alimentos e nutrientes, publicados no idioma português.  Os critérios de exclusão foram: trabalhos que falavam sobre algum tipo específico de enxaqueca; que referiam exclusivamente a tratamentos medicamentosos; que tratavam de sintomas específicos; que referiam a outras doenças; que estudavam apenas uma faixa etária ou grupo (crianças, idosos, etc). Além desses, foram excluídos também os estudos não disponíveis para acesso pela internet.

2.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 33 trabalhos, sendo excluídos 20 artigos que se encontravam repetidos. Com isso, dos 13 restantes, 9 trabalhos foram selecionados para a revisão e 4 referências, que não se enquadraram nos critérios de inclusão, foram reservadas para complementar a descrição de conceitos, etiologia e fisiopatologia. Após a leitura dos trabalhos, foram incluídas mais 8 referências para a revisão e 1 referência para a parte de conceitos. Assim, totalizou 22 trabalhos selecionados, sendo 17 para compor a presente revisão.

2.2.1 ENXAQUECA: ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA

A enxaqueca é uma palavra de derivação hemicrania, que tem por significado dor em alguma das partes da cabeça, que pode ser generalizada. É uma doença de fator neurológico crônico que acomete 15% da população brasileira (BRASIL, 2016; NEVES, 2013). Entendida com uma patologia primária do cérebro que se apresenta como uma forma de dor do tipo neurovascular em que ocorrem eventos que ocasionam dilatação dos vasos sanguíneos e consequentemente a dor e ativação neural (CHAVES; MELLO; GOMES, 2009). É também um estado de elevação na excitabilidade do cérebro podendo estar relacionado ao fator genético com propensão hereditária de diversos fatores poligenéticos (OLIVEIRA, 2008), que de acordo Silva e Mura (2010) está diretamente relacionada a um tipo raro de enxaqueca, a familiar hemiplégica.

Caracterizada por dores unilaterais, pulsáteis e muitas das vezes de intensidades moderadas a severas, pode vir acompanhada ou não por sintomas neurológicos focais (IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009; NEVES, 2013). É classificada de duas formas: 1) as sem aura em que a fase da dor ocorre em um dos lados da cabeça ou de forma generalizada, acompanhada por fotofobia náuseas, latejo e vômitos); 2) com aura que são eventos sensoriais e visuais, que vão ocasionar pontos de luzes, manchas, linhas, visão desfocada e distorcida que duram de 15 a 20 minutos e deixam o indivíduo sem noção de tempo e espaço (NEVES, 2013; OLIVEIRA, 2008).

Algumas teorias foram propostas para tentar elucidar a etiologia da enxaqueca, porém a mais consistente foi a teoria Vascular que data de 1938, proposto por Graham e Wolff (1938 apud IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009). Outra teoria citada por Chaves, Mello e Gomes (2009) é a teoria neurogênica. Ambas no início eram tidas como opostas e hoje são conhecidas de formas complementares.

Alguns estudos têm sugerido a associação na diminuição dos níveis de serotonina 5-HT com o surgimento das crises de enxaquecas. De acordo Felipe et al. (2010), Neves (2013) e Silva e Mura (2010) tal explicação estaria no fato deste neurotransmissor perder a sua função de controlar a dilatação e constrição dos vasos sanguíneos, ocasionando desta forma os sintomas relacionados às crises migrâneas. Outra explicação/ teoria para o surgimento das crises seria a relação da glândula pineal, em que estudos demonstraram baixas concentrações de melatonina, hormônio desta glândula em pacientes com enxaqueca (FELIPE et al., 2010; NEVES, 2013). De acordo Silva e Mura (2010), os pacientes que apresentam enxaqueca demonstram também uma diminuição no potencial de fosforilação das mitocôndrias no momento das crises. Essa alteração no metabolismo energético parece ter um papel fundamental na patogênese da enxaqueca.

Além do processo fisiológico, estudos sugerem que outros fatores externos podem estar associados no surgimento desta doença, tais como aspectos psicológicos ou comportamentais (NEVES, 2013).

Segundo Bettarello (1963) os sintomas apresentados durante as crises enxaquecosas são desencadeados por uma maior liberação de centros diencefálicos que ocasiona no cérebro uma vasoconstrição, desta forma há uma vasodilatação da área carótida externa da cabeça que pode apresentar danos tanto neurológicos quanto oculares. De acordo Iglesias, Bottura e Naves (2009), essa vasodilatação poderia ser ocasionada pela acetilcolina em conjunto com o  óxido nítrico, que ocasiona uma série de eventos fisiológicos para tentar regular o tônus vascular dos quais os indivíduos com vulnerabilidade à enxaqueca são super sensíveis.

Alguns dos sinais e sintomas também evidenciados nos momentos de crise são náuseas, vômitos, diminuição da libido, intolerância à claridade, cheiros e barulhos (NEVES, 2013). Estes eventos podem ser observados 12 a 24 horas antes do aparecimento da dor, em que sua fase inicial acontece uma disfunção do hipotálamo denominada de pródromo (sintoma precoce), caracterizada por fadiga, sonolência, euforia, compulsão alimentar, irritabilidade, alteração de humor, tontura, bocejos (SILVA; MURA, 2010), dependendo da duração, intensidade e frequência do processo de dor (IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009).

Diante do exposto acima, de acordo Chaves, Mello e Gomes (2009) e Neves (2013), apesar de diversos processos sobre a etiopatologia da enxaqueca serem difundido na literatura para possíveis esclarecimentos, ainda não existe uma explicação bem desenvolvida para explicar as manifestações fisiopatológicas desta doença.

2.2.2 ENXAQUECA VERSUS ALIMENTAÇÃO

O ato de se alimentar está condicionado primeiramente à escolha do alimento. Após ingerir certos alimentos os indivíduos mais suscetíveis podem desencadear uma crise de enxaqueca, uma vez que o diagnóstico deve tomar como base a relação do alimento consumido e a ocorrência de sinais e sintomas (FELIPE et al., 2010; IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009; OLIVEIRA, 2008). Os componentes alimentares, portanto, podem influenciar no processo de enxaqueca das seguintes formas: 1) aumentando a liberação de serotonina e de norepinefrina; 2) causando a vasodilatação ou vasoconstrição; 3) por estimulação direta do gânglio do nervo trigêmeo, do tronco cerebral ou do córtex (FELIPE et al., 2010).

O consumo de determinados alimentos, bem como os hábitos alimentares do indivíduo são fatores relevantes no desencadeamento ou na prevenção e tratamento da enxaqueca (FELIPE et al., 2010).

Estudos abordaram os fatores desencadeadores da enxaqueca e muitos deles destacaram pontos relacionados à alimentação. Um exemplo de estudo foi o de Kelman (2007, apud OLIVEIRA, 2008) que apresentou uma estimativa de que 57,3% das crises eram causadas por omissão das refeições; 37,8% por ingestão de bebidas alcoólicas e 26,9% por sensibilidade a algum(ns) alimento(s). Outro estudo, realizado com pacientes diagnosticados com enxaqueca, relatou que os fatores dietéticos totalizaram 83,5% dos itens investigados e que este foi um dos principais desencadeantes dos ataques de enxaqueca. Assim, dentre os fatores dietéticos destacaram-se o jejum, o consumo de bebidas alcoólicas, o chocolate e o café (FUKUI et al., 2008 apud FELIPE, 2010).

Além dos desencadeadores dietéticos já citados, também foram relatados por demais autores os produtos alimentícios e seus componentes que frequentemente se encontravam relacionados ao desencadeamento das crises de enxaqueca. Nesse contexto, destacaram-se: laticínios, especialmente queijos e sorvete, frutas cítricas, conservas de coloração avermelhada, chá e refrigerante a base de cola, alimentos fritos ou ricos em gorduras, aspartame e glutamato monossódico, além de baixo consumo de água (FUKUI et al., 2008; MILLICHAP; YEE, 2003 apud FELIPE et al., 2010; ROCKETT, 2010).

Autores também relataram que a exclusão de alimentos poderia contribuir para diminuição dos sintomas relacionados à enxaqueca. Porém, deste modo torna-se mais difícil determinar as recomendações dietéticas, uma vez que é preciso analisar quais os alimentos evitar e/ou a quantidade a ser consumida, isto porque uma mesma quantidade pode ter tolerância variada entre os indivíduos. Ou seja, alimentos que geralmente são citados como desencadeantes das crises, podem não desenvolver sintomas em alguns indivíduos (IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009). Além disso, a crise pode não ser relacionada a um fator específico, mas à combinação deles (WOBER et al., 2007 apud ROCKETT, 2010).

Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cefaléia, restrição dietética somente é indicada para pacientes que apresentem histórico de associação das crises com os alimentos comprovadamente desencadeantes, devendo neste caso ser uma restrição específica e individualizada (BRASIL, 2003). Desse modo, é importante salientar que o tratamento deve ser individualizado como um todo, tendo em vista que cada pessoa responde de diferentes maneiras a exposição de determinado alimento ou composto (TEIXEIRA, 2009).

Por outro lado, a inclusão de certos alimentos ou suplementação de alguns nutrientes pode ser também favorável, pois determinados alimentos ou componentes aparentam ter efeitos terapêuticos, reduzindo a frequência e intensidade das crises de enxaqueca, fazendo seu uso interessantes para a profilaxia. São sugeridos produtos alimentares que contém nutrientes como, vitamina B2, coenzima Q10 e magnésio, pois mostraram-se eficazes para prevenir as crises (FELIPE et al., 2010; ROCKETT 2010).

2.2.3 ENXAQUECA E RIBOFLAVINA

As vitaminas do complexo B, de forma isolada ou associadas a algum nutriente com capacidade anti-inflamatória, são comumente apresentadas para o tratamento de enxaqueca por atuarem nos processos bioquímicos das mitocôndrias (FRANÇA et al., 2012; IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009).

Dentre elas, destaca-se a riboflavina ou vitamina B2, que tem um papel importante na profilaxia e tratamento da enxaqueca. De acordo com Moura (2009), a enxaqueca pode ser decorrente da produção reduzida de energia dentro das mitocôndrias. Assim, a riboflavina pode atuar de modo a aumentar a produção e eficiência de energia mitocondrial por ser precursora das coenzimas flavina adenina dinucleotídeo e flavina mononucleotídeo, fundamentais para a cadeia de transporte de elétrons (IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009).

Diante disso, a riboflavina age no tratamento da enxaqueca pois reduz a frequência e o tempo de duração das crises (FELIPE et al., 2010). Bertollo (2006) também confirmou a ação da riboflavina na profilaxia da enxaqueca a partir da redução a dor, o que favorece a diminuição do uso de analgésicos convencionais.

Em estudo de Schoenen, Jacquy e Lannerets (1998 apud SILVA; FREITAS, 2016), um ensaio clínico controlado com placebo em pacientes com enxaqueca durante três meses, foi verificado que a dosagem de 400 mg/dia de riboflavina teve resultado significativamente superior ao placebo. A riboflavina atuou na redução na frequência das crises, bem como nos dias de dores e na frequência da enxaqueca. Os resultados apresentaram que as respostas com o placebo ocorreram em 15% da amostra, enquanto que a suplementação com riboflavina respondeu em 59% dos pacientes.

Krymchantowski (2001) também apontou a dose de 400 mg/dia como preconizada para profilaxia da enxaqueca, mas é ressaltada, ainda, a importância de que não foram observados efeitos adversos graves em outros estudos semelhantes (BIGAL et al., 2003; WANNMANCHER; FERREIRA, 2004), especialmente se  comparado a outros tratamentos que apresentaram resultados semelhantes, como antagonistas de receptores beta-adrenégicos (FELIPE et al., 2010).

2.2.4 ENXAQUECA E COENZIMA Q10

Conhecida como Ubiquinona, a Coenzima Q10 é uma vitamina lipossolúvel com a função de produzir ATP na cadeia mitocondrial, considerada assim um importante nutriente ligado ao metabolismo energético (FELIPE et al., 2010). Esta vitamina apresenta duas funções que podem beneficiar pacientes com enxaqueca: nível de função mitocondrial e poder antioxidante (OLIVEIRA, 2012). Por apresentar uma diminuição na produção de energia no interior das mitocôndrias, suplementações com coenzima podem atuar como um efeito preventivo na profilaxia da enxaqueca (MOURA, 2009; OLIVEIRA, 2012).

Estudo realizado por Rozen et al. (2002 apud SILVA; FREITAS, 2016), observou que após a terapêutica preventiva da migrânea com suplementação de coenzima Q10 houve uma redução superior a 50 % na frequência das crises em 61,3% dos pacientes. FELIPE et al. (2010) em um estudo realizado do tipo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, evidenciaram que a administração de doses com 100mg de Coenzima Q10 três vezes ao dia, com duração de 3 meses trouxeram benefícios a pacientes com crises enxaquecosas. Estimativas demonstraram uma redução de  50% contra 14% em relação àqueles que ingeriram o placebo, como redução de dias com dores de cabeça e o surgimento de náuseas. Também utilizaram uma dose diária de 150 mg/dia, e após três meses de terapia notaram uma redução na quantidade de dias de pacientes que sofreram com enxaqueca (FELIPE et al., 2010).

Entretanto, Sandor  et al. (2005 apud NEVES, 2013), destacaram que estes efeitos parecem surgir apenas após 30 dias de uso. De acordo Oliveira (2012), a administração de doses entre 30 a 3000 mg/dia podem causar inibição na evolução desta patologia sem apresentar efeitos adversos.

2.2.5 ENXAQUECA E MAGNÉSIO

O magnésio atua de diversas formas no organismo, dentre elas: neutraliza os vasoespasmo, inibe a agregação plaquetária, estabiliza as membranas celulares, processos estes relacionados à fisiopatologia da enxaqueca (NEVES, 2009; SILVA; FREITAS, 2016; SILVA; MURA, 2010). Sugere-se que a deficiência de magnésio, bem como a relação cálcio ionizado/ magnésio ionizado pode ter relação com o desenvolvimento da enxaqueca, fatores de grande importância nesse processo (IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009; SILVA; MURA, 2010). Assim, a presença do magnésio apresenta efeito protetor das crises de enxaqueca (NEVES, 2009; SILVA; FREITAS, 2016; SILVA; MURA, 2010).

Evidências demonstraram que em torno de 50% dos pacientes portadores de enxaqueca apresentaram níveis plasmáticos de magnésio ionizado reduzidos durante uma crise enxaquecosa, em comparação a indivíduos não portadores (IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009; NEVES, 2009; SILVA; MURA, 2010).

Além disso, este nutriente tem mostrado efeito sobre os receptores de serotonina, ação na inibição da síntese e liberação de óxido nítrico e de mediadores inflamatórios, fatores também importantes para o aparecimento da enxaqueca (IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009; FELIPE et al., 2010; NEVES, 2009; SILVA; MURA, 2010).

Outra forte relação do magnésio é com as crises de enxaqueca no período menstrual. Um estudo com portadoras de enxaqueca no período pré-menstrual com a utilização de suplementação de 360 mg/dia de magnésio demonstrou reduzir significativamente o número de dias com enxaqueca se comparado ao grupo placebo (IOM, 1997). Mauskop (2002 apud SILVA; MURA, 2010) encontrou uma incidência de deficiência de magnésio em 45% dos investigados durante as crises no período menstrual; 15% durante crises no período sem menstruação; 14% durante a menstruação sem enxaqueca; e 15% entre menstruações e entre crises. Deste modo, sugere-se que o estresse ocasionado durante o período menstrual pode agir no estímulo da secreção de mineralocorticoides e glicocorticoides que, de forma conjunta, aumenta a excreção renal de magnésio, e por fim diminui a sua absorção intestinal (IGLESIAS; BOTTURA; NAVES, 2009; SILVA; MURA, 2010).

Em vista ao papel multifacetado do magnésio na enxaqueca, o seu uso de forma preventiva e/ou terapêutica tem sido pesquisado como uma opção potencial e ao mesmo tempo simples, barata, segura e bem tolerada (FELIPE et al., 2010; SILVA; FREITAS, 2016). Krymchantowski (2001) sugeriu a suplementação de magnésio nas doses de 180 a 200 mg duas vezes ao dia, mas com resultados inconclusivos.

Um estudo de Piekert, Wilimzig e Kohne-Volland (1996 apud BIGAL et al., 2003; SILVA; MURA, 2010) controlado por placebo e com mascaramento duplo, avaliou o efeito da suplementação de 600 mg de magnésio na forma trimagnésio citrato na enxaqueca. Verificou-se que nos 81 pacientes (com idades entre 18 e 65 anos) a frequência de ataques reduziu em 41,6% no grupo que recebeu o magnésio, enquanto no grupo que recebeu placebo 15,8%. O grupo tratado também relatou diminuição do número de dias com crise, da intensidade da dor e do consumo de medicamentos no período estudado. Os efeitos adversos citados foram diarreia (18,6%) e irritação gástrica (4,7%).

Outro estudo desenvolvido por Pfaffenrath, Ostreich e Haase (1996 apud BIGAL et al., 2003; SILVA; MURA, 2010) também controlado por placebo e com mascaramento duplo, randomizou 69 pacientes em que o grupo estudado recebeu aspartato de magnésio. Entretanto, este estudo foi descontinuado por não apresentar benefícios ao grupo estudado. Ainda, os pacientes relataram diarreia severa, possivelmente pela não absorção do componente pelo trato gastrointestinal.

Nota-se que os dois estudos anteriormente apresentados obtiveram conclusões contraditórias, que podem ser justificadas pela forma de apresentação do magnésio. Ainda a respeito desses resultados controversos, muitos neurologistas defendem o benefício do magnésio nos pacientes, desde que a sua dose seja gradualmente aumentada (BIGAL et al., 2003).

Silva e Mura (2010) relataram o estudo de Kóseoglu et al. (2008), duplo cego, randomizado, placebo controlado em que se obteve resultados positivos. Trinta pacientes portadores de enxaqueca sem aura receberam durante três meses 600 mg/dia de citrato de magnésio e foram comparados com 10 pacientes recebendo placebo. Observaram que os indivíduos que receberam a suplementação demonstraram uma redução na frequência e gravidade das crises, além de melhora no exame de amplitude visual, em comparação ao período anterior ao estudo.

Bigal et al. (2003) reportaram que nos Estados Unidos o usual é iniciar com doses de 64 mg duas vezes ao dia, aumentando progressivamente para 128 mg em duas tomadas, até 200 mg em duas doses ou apenas uma de 400 mg, porém ressaltando que sempre na forma de sal absorvível (quelado de magnésio ou outros).

Vale ressaltar que as atuais recomendações nutricionais de magnésio indicam um limite superior tolerável de ingestão (UL, tolerable upper intake level) de 350 mg/dia na forma de suplemento (IOM, 2005).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É de fundamental importância compreender os muitos fatores relacionados à ocorrência da enxaqueca, bem como os fatores que podem atuar na sua prevenção e tratamento, de modo a favorecer a melhoria na qualidade de vida dos portadores dessa doença. Os aspectos dietéticos, em especial a suplementação com nutrientes, devem ser melhor compreendidos pelo profissional de saúde pois completam os conhecimentos acerca do tema e colaboram para profilaxia.

Os estudos demonstraram a grande participação que os alimentos e seus componentes têm no desencadeamento de crises enxaquecosas, porém também apresentaram resultados relevantes a respeito da eficácia da utilização de suplementação nutricional para minimizar a intensidade e frequência das mesmas.

Diante dos achados desta revisão, os nutrientes investigados são opções sugeridas para suplementação terapêutica e preventiva da enxaqueca, pois uma vez que a terapêutica medicamentosa é adotada, geralmente como primeira opção, sugere-se a nutrição como tratamento coadjuvante.

Salienta-se também que a utilização de nutrientes na melhora da enxaqueca pode vir a minimizar ou eliminar a utilização de medicamentos, trazendo mais benefícios para o organismo e reduzindo os efeitos colaterais que os fármacos podem ocasionar (geralmente mais significativos que quando apresentados na suplementação nutricional), permitindo um tratamento mais eficaz e barato. Entretanto, ressalta-se que análises prospectivas de modo a contribuir com novos estudos e perspectivas sobre este assunto, se fazem necessárias para estabelecer dosagens mais específicas sobre a atuação de riboflavina, coenzima Q 10 e magnésio na enxaqueca.

REFERÊNCIAS

BERTOLLO, Caryne Margotto. Avaliação da atividade da riboflavina em diferentes modelos de nocicepção e inflamação. 2006. 83f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, 2006. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/KMCG-72BHZA/dissertacao_bertollo_cm.pdf?sequence=1>. Acesso em: 08 fev. 2016.

BETTARELLO, Agostinho. Enxaquecas. Simpósio sobre Cefaléias. Revista de Medicina, São Paulo, v. 47, n. 4, p.195-203, 1963. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/57853/60900>. Acesso em: 10 nov. 2015.

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[1] Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterápicos; Pós-Graduanda em Terapia Nutricional no Ambiente Hospitalar, Domiciliar e Ambulatorial.

[2] Nutricionista Especialista em Nutrição em Saúde Pública e Especialista em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterápicos.

[3] Nutricionista Especialista em Nutrição Materno-infantil; Nutrição Clínica com Ênfase Terapia Nutricional; MBA em Gestão Executiva de Negócios. Mestrado Profissional em Meio Ambiente e Sustentabilidade. Pós-graduanda no Mestrado Profissional em Psicologia da Saúde.

Enviado: Julho, 2020.

Aprovado: Dezembro, 2020.

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Micaella de Cássia Meira Oliveira

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