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Livros Acadêmicos

5. Em defesa da teatroterapia

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Ezequiel Martins Ferreira [1]

DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/livros/1877

INTRODUÇÃO

Meus estudos sempre se enfocaram sobre os aspectos de construção e desenvolvimento do homem e as produções simbólicas dos mesmos, nas quais encontramos os modos subjetivos de se lançar ao mundo.

Em meu percurso, mergulhei inicialmente nos caminhos da psicologia, onde encontrei vários arcabouços teóricos que me permitiram interagir com ideias sobre a construção e desconstrução subjetiva e as produções simbólicas do homem, como os sonhos, os mitos, a linguagem e a arte.

Em contrapartida, surgiu o teatro como uma incógnita a ser estudada. Se, por um lado, o teatro, em sua execução, apresenta elementos claramente terapêuticos, do outro, a criação e produção de personagens tanto no jogo teatral, como na montagem de espetáculos, sempre remete às ideias de construção subjetivas.

Nesse meio, entre a Psicologia e o Teatro, me incumbi da tarefa de encontrar uma possibilidade de articulação harmoniosa entre os dois saberes e tenho me dedicado a essa pesquisa.

A seguir apresento alguns passos desse trajeto e provocações sobre suas articulações no âmbito de proposições contemporâneas para uma prática menos hierárquica dos saberes. Trago como exemplo, a possibilidade criada por Walter Orioli, de uma prática teatroterapêutica.

DESENVOLVIMENTO

Tendo me colocado na busca por elementos metodológicos que permitam o entrecruzamento das duas áreas de conhecimento, muitas propostas práticas foram encontradas, mas, parafraseando Schechner, não se pode aventurar por um estudo desconsiderando as questões fundamentais do próprio pesquisador. Desse modo, precisei acrescentar como crivo de minhas buscas, os meus próprios sintomas.

Nessa busca passei rapidamente pelo Psicodrama de Moreno, (1974), pelas Constelações Familiares de Hellinger (2003) e por algumas práticas do uso de teatro como ferramenta terapêutica até então sem nomenclaturas. Em várias dessas metodologias senti que a abordagem e exposição diante dos traumas era colocada de maneira um tanto abrupta que, apesar do efeito catártico, poderiam provocar situações traumáticas no lugar de harmonizar os complexos com o próprio eu.

Uma primeira identificação nesses termos se deu diante da dissertação de Camps (2003) onde a autora trabalha o teatro da espontaneidade numa perspectiva winnicottiana com adolescentes. No entanto, uma certa ausência das noções de estrutura cênica me angustiava. Encontrei então na dissertação de Azevedo (2015) a nomeação de uma metodologia onde a estrutura cênica se manifestava e a ideia de construção pessoal ou resolução de conflitos internos se mantinha: era a teatro-terapia. Apesar de nomeada a metodologia, a autora apresenta como algo autoral e não menciona antecessores para uma pesquisa histórica.

Em busca da teatroterapia encontrei diversas publicações trazendo-a como o uso de técnicas teatrais para fins terapêuticos, mas nenhuma se propondo a apresentá-la formalmente como uma metodologia terapêutica assim como a arteterapia, a dançaterapia e a musicoterapia já haviam realizado.

Prosseguindo na pesquisa, encontrei alguns autores que propõem ideias novas sobre a relação entre teatro e práticas terapêuticas. Duas tendências fortes se delineiam nessas novas práticas. Na primeira delas se destacam Jennings (1995), Jones (1996) e Landy (1994) que se formalizam em torno da dramaterapia, no entanto cada um dispõe de elementos distintos na elaboração de suas metodologias. A segunda tendência passa por Hansen (2008) que traz a ideia de arte teatroterapia e, por fim, Orioli (2007) com a ideia de teatroterapia.

Orioli (2007) apresenta a teatroterapia como um processo duplo em que atuam o desenvolvimento de formação artística pelas vias do trabalho do ator e a ressignificação das emoções a partir de suas manifestações pelos gestos do corpo. De acordo com o autor, não se trata apenas do uso do teatro como instrumento para mediar uma ação terapêutica, mas implica na educação e na percepção do movimento corporal e vocal, como também num trabalho pré-expressivo que é essencial à criação cênica, e que por essas vias (da própria percepção e da criação cênica) torna a terapia possível e consciente como um processo de transformação.

Pesquisando por trabalhos publicados, percebi que o termo teatroterapia aparece em diversos trabalhos produzidos no Brasil, Portugal e Itália nos últimos 20 anos. No Brasil temos algumas dissertações e teses como Teatro, mirante da aventura humana – processo de definição da teatroterapia (1996), e Teatroterapia e apropriação da vida (2002), de Marzano, O sentido da vida no envelhecer: o teatro espontâneo do cotidiano como um recurso em terapia ocupacional (2003), de Mendonça, Um estudo sobre o papel do jogo teatral como elemento auxiliar para o tratamento de toxicômanos (2007), de Marinho, A poética da Promoção da saúde e o Teatro do oprimido: percepções sobre a relevância do uso da linguagem teatral na Estratégia Saúde da Família do Complexo de Manguinhos (RJ), através da estruturação da Ação–Interdisciplinar Teatro Dentro da Vida (2008) de Silva, no qual apenas o trabalho de Marinho é realizado fora de programas da Saúde ou Psicologia. De Portugal, encontrei Psicologia dos (nos) Bastidores: Condições inerentes aos Processos Terapêuticos e aos Processos de Pesquisa em contexto Teatral (2013), de Mano, Teatro Etnoclínico: apresentação de um novo método psicoterapêutico (2014), de Vaz, Teatro-terapia: reflexões sobre a prática teatral com jovens com Asperger (2015), de Azevedo, e Teatro da Encarnação: Educação em tempos de Barbárie (2016), de Saldanha. Da Itália, tem-se as obras de Walter Orioli, e algumas teses como Esperienze di teatro e terapia in Italia dal 1990 al 2002 (2002), de Mattei, Metodologia della teatroterapia. Aspetti educativi e relazionali (2006), de Motta, Danza e teatro come mezzo terapeutico: l’esperienza di un progetto teatrale nel carcere di San Vittore (2007), de Sozzi, Teatroterapia: una prospettiva diversa per il teatro secondo Walter Orioli (2009), de Brumat, Teatro terapia e Gestalt Counseling (2014), de Laila.

Destas obras, a maioria trata do uso do teatro como ferramentas em função da terapêutica, e são inspiradas pelas obras de Moreno e Boal. A proposta mais divergente é a de Orioli na qual tem em sua concepção a mescla das ideias psicológicas de Freud, Jung, Moreno e Winnicott, e as ideias teatrais de Stanislavsky, Meyerhold, Artaud, Grotowski e Barba e preza pela educação para a sensibilidade e para a imersão em si mesmo através do corpo e da voz, sendo esta a sua definição científica, quando na verdade, segundo o próprio autor, se trata apenas da possibilidade de tornar a relação entre corpo, voz, mente e espírito harmoniosa na relação com os outros, consigo mesmos, e em contato com sua criatividade (ORIOLI, 2007).

Orioli (2007) também traz que o teatro em sua essência é ritual. Desde sua concepção de origem, como do aspecto em que ritual, ao se dissociar do cotidiano, torna-se um espaço de transformação e encerra em si elementos constituintes que resultam numa performatividade, um ato criativo de retrospecção.

O autor retoma também as ideias de Victor Turner sobre o processo ritual, principalmente na definição de ritos de passagem como o espaço intermediário entre as situações atribuídas ou definidas por lei, costumes e convenções, onde o sujeito se permite a expressão das forças que provocam mudanças.

Esses ritos, cerimônias, ritualizações, processos de fazer artístico, jogos performances da vida cotidiana são considerados por Schechner (2012) como performances em seu livro Performance Theory, organizado em sua versão brasileira por Ligiéro, ao afirmar sobre a performance e seus métodos:

Os estudos da performance utilizam um método de “amplo espectro”. O objeto dessa disciplina inclui os gêneros estéticos do teatro, da dança e da música, porém não se limita a eles; compreende também ritos cerimoniais humanos e animais, seculares e sagrados; representações e jogos; performance da vida cotidiana, papéis da vida familiar, social e profissional; ação política, demonstrações, campanhas eleitorais e modos de governo, esportes e outros entretenimentos populares; psicoterapias dialógicas e orientadas até o corpo, junto com outras formas de cura (como o xamanismo); os meios de comunicação. O campo não tem limite fixo (SCHECHNER, 2012, p. 12).

As ideias de Orioli parecem seguir a uma vertente mais inovadora por parecer colocar os dois campos de conhecimento tendo um valor significantemente equiparável, e não apenas mero uso de um pela causa do outro. Nesse ponto, vem de encontro uma provocação de Rotelli (1994) num trabalho organizado por Amarante (1994), quanto ao uso da arte como ferramenta:

fazer um espetáculo teatral é terapêutico, mas falar de Teatroterapia me parece uma perversão. Em outras palavras, eu penso que é terapêutico tudo aquilo que nos permite revisitar com qualidade a vida. Mas, ao invés, os psiquiatras, na maioria das vezes, fazem o procedimento oposto, usam o teatro, que é uma grande expressão do homem, para transformá-lo em terapia; usam a pintura para transformá-la em diagnóstico e em terapia, e isto é verdadeiramente imperdoável (ROTELLI, 1994, p. 159).

E continua,

eu não quero ser esquemático, eu sei que existem boas práticas, qualquer que seja o nome que elas tenham, existem práticas ruins, seja qual for o nome delas, mas de uma forma geral, enquanto discurso geral, eu acho que nós devemos lutar contra aquilo que é um patrimônio da humanidade se transformar num patrimônio da psiquiatria (…) eu creio que aquilo que vale para o teatro, que vale para a pintura, que vale para todas as expressões artísticas da humanidade, não deve ser reduzida a qualquer coisa (ROTELLI, 1994, p. 160).

Apesar do posicionamento parecer incisivo, podemos aproveitar a ideia de não reduzir um nas práticas do outro, mas insistir em encontrar uma harmonização de ambos, havendo para isso a satisfação interna e estética.

Orioli define a teatroterapia como uma prática que preza pela educação para a sensibilidade e para a imersão em si mesmo através do corpo e da voz, sendo esta a sua definição científica para sua metodologia. Apesar de fazer uma definição científica, o autor diz que na verdade se trata apenas da possibilidade de tornar a relação entre corpo, voz, mente e espírito harmoniosa na relação com os outros, consigo mesmos, e em contato com sua criatividade (ORIOLI, 2007).

Orioli (2007) também traz que o teatro em sua essência é ritual. Desde sua concepção de origem, como do aspecto em que um ritual, ao se dissociar do cotidiano, torna-se um espaço de transformação e encerra em si elementos constituintes que resultam numa performatividade, um ato criativo de retrospecção.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando deste modo, a provocação de Rotelli quanto a não reduzir o fazer teatral a outra coisa que não ele mesmo, a teatroterapia de Orioli parece propor uma mescla harmoniosa entre o teatro e as terapêuticas, sendo terapêutico o próprio processo ritual instaurado nas sessões teatrais, sem deixar de lado a construção e formação do sujeito como ator.

Embora me utilize aqui de Orioli como exemplo de uma possibilidade de articulação dos campos do teatro e da psicologia em um nível não hierárquico, ainda faltam estudos, assim como a aplicação prática da metodologia da teatroterapia para uma efetiva comprovação da possibilidade de se aprender sobre o funcionamento humano a partir do fazer teatral, e do diálogo desses dois campos atrelados ao imaginário cultural brasileiro.

REFERÊNCIAS

AMARANTE, P. (org.) Psiquiatria Social e Reforma Psiquiátrica. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1994. p. 149-170.

AZEVEDO, M. T. M. Teatro-terapia: reflexões sobre a prática teatral com jovens com Asperger (Estudo de caso). Dissertação (Mestrado em Estudos de Teatro) – Faculdade de letras, Universidade do Porto. Porto, 2015.

BRUMAT, E. C. Teatroterapia: una prospettiva diversa per il teatro secondo Walter Orioli. Tese (Doutorado) Università Ca’ Foscari. Venezia, 2009.

CAMPS, C. I. C. de M. A Hora do Beijo: Teatro Espontâneo com Adolescentes numa Perspectiva Winnicottiana. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2003.

HANSEN, M. R. L’arte dell’attore e art theatre counseling, Editore: EDUP, 2008.

HELLINGER, B. Ordens do amor: um guia para trabalho com constelações familiares. São Paulo: Cultrix, 2003.

JENNINGS, S. Dramatherapy: theory and practice 1. Londres: Routledge, 1995.

JONES, P. Drama as Therapy: Theatre as Living. New York: Ed. Routledge, 1996.

LAILA, L. Teatro terapia e Gestalt Counseling. Tese. Università degli Studi di Genova, 2014.

LANDY, R. Dramatherapy: Concepts and practices. New York: Springfield, 1994.

LIGIÉRO, Z. (Org). Performance e Antropologia de Richard Schechner. Rio de Janeiro: Mauad, 2012.

MANO, A. S. M. L. Psicologia dos (nos) Bastidores: Condições inerentes aos Processos Terapêuticos e aos Processos de Pesquisa em contexto Teatral. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – ISPA Instituto Universitário. Lisboa, 2013.

MARINHO, F. D. Um estudo sobre o papel do jogo teatral como elemento auxiliar para o tratamento de toxicômanos. Dissertação (Mestrado em Teatro) – Universidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2007.

MARZANO, S. Teatro, mirante da aventura humana – processo de definição da teatroterapia. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 1996.

MARZANO, S. Teatroterapia e apropriação da vida. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 2002.

MATTEI, M. Esperienze di teatro e terapia in Italia dal 1990 al 2002. Tese. Università di Pisa, 2002.

MENDONÇA, M. P. O sentido da vida no envelhecer: o teatro espontâneo do cotidiano como um recurso em terapia ocupacional. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 2003.

MORENO, J. L. Psicoterapia de grupo e psicodrama. São Paulo: Mestre Jou, 1974.

MOTTA, R. Metodologia della teatroterapia: Aspetti educativi e relazionali. Tese. Università degli Studi di Milano. Bicocca, 2006.

ORIOLI, W. Teatroterapia: prevenzione, educazione e riabilitazione. Trento: Erickson, 2007.

ROTELLI, F. Superando o manicômio: o circuito psiquiátrico de Trieste. In: AMARANTE, P. (org.) Psiquiatria Social e Reforma Psiquiátrica. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1994. pp. 149-170.

SALDANHA, M. R. Teatro da Encarnação: Educação em tempos de Barbárie. Tese (Doutorado em Filosofia) – Universidade da Beira Interior. Covilhã, 2016.

SCHECHNER, R. Introdução. O Leque e a Rede. In.: LIGIÉRO, Zeca (Org). Performance e Antropologia de Richard Schechner. Rio de Janeiro: Mauad, 2012.

SILVA, P. J. P. A poética da Promoção da saúde e o Teatro do oprimido: percepções sobre a relevância do uso da linguagem teatral na Estratégia Saúde da Família do Complexo de Manguinhos (RJ), através da estruturação da Ação–Interdisciplinar Teatro Dentro da Vida. Dissertação (Mestrado em Saúde da Família) – Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro, 2008.

SILVA, J. E. L. F. Entre o Teatro e a Psicologia: Processos e vivências da mudança psicológica em contexto teatral. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade do Porto. Porto, 2013.

SOZZI, B. Danza e teatro come mezzo terapeutico: l’esperienza di un progetto teatrale nel carcere di San Vittore. Tese. Università degli Studi di Padova, 2007.

VAZ, H. Teatro Etnoclínico: apresentação de um novo método psicoterapêutico. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade do Porto. Porto, 2014.

[1] Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2011), graduação em Pedagogia pela Faculdade de Ciências de Wenceslau Braz (2016) e graduação em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Goiás (2019). Especializou-se em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Brasileira de Educação e Cultura (2012), História e narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (2016), Psicopedagogia e Educação Especial, Arteterapia, Psicanálise pela Faculdade de Tecnologia e Ciências de Alto Paranaíba (2020). Possui mestrado em Educação pela Universidade Federal de Goiás (2015). É doutorando em Performances Culturais pela Universidade Federal de Goiás. Atualmente é pesquisador da Universidade Federal de Goiás e psicólogo clínico – ênfase na Clínica Psicanalítica. ORCID: 0000-0001-5468-6579. Currículo Lattes: 4682398500800654.

Ezequiel Martins Ferreira

Ezequiel Martins Ferreira

Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2011), graduação em Pedagogia pela Faculdade de Ciências de Wenceslau Braz (2016) e graduação em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Goiás (2019). Especializou-se em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Brasileira de Educação e Cultura (2012), História e narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (2016), Psicopedagogia e Educação Especial, Arteterapia, Psicanálise pela Faculdade de Tecnologia e Ciências de Alto Paranaíba (2020). Possui mestrado em Educação pela Universidade Federal de Goiás (2015). É doutorando em Performances Culturais pela Universidade Federal de Goiás. Atualmente é pesquisador da Universidade Federal de Goiás e psicólogo clínico - ênfase na Clínica Psicanalítica. ORCID: 0000-0001-5468-6579. Currículo Lattes: 4682398500800654.

Uma resposta

  1. Parabéns Ezequiel pela ótimo leitura muito obrigada pela experiência maravilhosa.

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Linguística Letras e Artes Atualização de Área janeiro e fevereiro de 2023

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1877

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