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Análise preliminar de perigo no gerenciamento de riscos: um estudo de caso da estação repetidora de telecomunicações do Morro do Moreno/Espírito Santo

RC: 104663
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

MOYSES, André Maioli [1], SILVA JUNIOR, Edson Barbosa da [2], RODRIGUES, Jorge Luiz Freitas [3]

MOYSES, André Maioli. SILVA JUNIOR, Edson Barbosa da. RODRIGUES, Jorge Luiz Freitas. Análise preliminar de perigo no gerenciamento de riscos: um estudo de caso da estação repetidora de telecomunicações do Morro do Moreno/Espírito Santo. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 01, Vol. 01, pp. 78-103. Janeiro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-eletrica/analise-preliminar

RESUMO

Objetivo: Testar a ferramenta de Análise Preliminar de Perigo (APP) na análise do projeto típico de uma repetidora de telecomunicações, bem como descrever um modelo para realizar tal estudo e verificar a viabilidade da ferramenta no gerenciamento de riscos pelas equipes técnicas de projeto e manutenção de repetidoras. Problema de pesquisa: Dentre as várias ferramentas de análise de risco, a APP apresenta-se em diversas bibliografias como um método promissor de pesquisa pelo seu caráter estruturado que objetiva identificar os perigos presentes em uma instalação, além de possibilitar essa avaliação tanto em novos projetos quanto em instalações em fase de operação. Dessa forma, o questionamento deste artigo é compreender se a avaliação da aplicabilidade da APP para gestão de riscos em um projeto e/ou instalação de uma Estação Repetidora de Telecomunicação (ERT) atende ao que a ferramenta possibilita para a ERT Morro do Moreno, localizada no município de Vila Velha, no estado do Espírito Santo (ES). Metodologia: Trata-se de um relato de caso de um estudo realizado na unidade supracitada. Resultados: A APP foi capaz de identificar, caracterizar o risco e determinar a priorização de ações a serem implementadas pelos profissionais responsáveis pela operação da ERT Morro do Moreno. O que evidenciou ser uma ferramenta eficaz para promover uma reavaliação contínua de seus processos de operação, bem como, da análise crítica do projeto da instalação, permitindo uma pesquisa e constante atualização dos profissionais envolvidos.

Palavras-chave: Análise Preliminar de Perigo, Segurança, Gerenciamento de Riscos, Repetidora de Telecomunicações.

1. INTRODUÇÃO

No último século, puderam-se observar profundas mudanças no ambiente econômico e empresarial, sendo este último marcado por uma crescente competitividade e busca por redução de custos. Essas mudanças globais, além de afetarem a organização produtiva, relações de trabalho, educação e relações internacionais, promoveram impactos nas vidas das pessoas e na própria sociedade (FRANÇA, 2003). Apesar de todo o desenvolvimento tecnológico e cultural experimentado no último milênio, a segurança e a saúde no trabalho mantiveram-se longe de resultados que evidenciassem a eficácia das atividades prevencionistas para as empresas, para a sociedade e para os próprios trabalhadores (ZOCHIO, 2001).

O setor elétrico e de telefonia destacam-se nesse contexto não só pelo acelerado crescimento ao qual foram acometidos nos últimos anos, mas também por um número alarmante de acidentes e mortes, que levaram os órgãos competentes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a constituir um grupo especial de apoio à fiscalização nas atividades desses dois setores, objetivando orientar a metodologia de auditoria fiscal do trabalho (BRASIL, 2002).

Diversos fatores que puderam contribuir para o diagnóstico que tenta a explicar os elevados índices de mortes e acidentes no setor de telecomunicações vêm sendo discutidos frequentemente e encontram-se praticamente consolidados, fazendo parte do manual do setor elétrico e telefonia do MTE (BRASIL, 2002). Dentre os quais se ressalta:

  • A diversidade de atividades executadas ao longo do trabalho;
  • Os riscos de ataque de insetos (abelhas, marimbondos, vespas) e animais peçonhentos quando há a execução de serviços em postes, torres e estações repetidoras de telecomunicações;
  • O risco associado às condições climáticas (ventos, chuvas, descargas atmosféricas etc.) visto que grade parcela das atividades em geral é realizada a céu aberto;
  • Os riscos ergonômicos, relacionados aos fatores biomecânicos e ambientais;
  • Os riscos físicos associados à radiação solar, calor, ruído etc. (BRASIL, 2002).

Nas últimas décadas, a área de telecomunicações passou por um grande avanço, com um expressivo crescimento do setor de telefonia móvel. Diante da necessidade pungente de ampliação da transmissão de sinal, observou-se o crescimento da implantação das Estações Rádio Base (ERB) e com elas as chamadas torres de telecomunicações passaram a se ser extremamente demandadas. Essas torres têm como função primordial dar sustentação às antenas, de forma segura, econômica e durável (RODRIGUES, 2016).

De modo análogo à telefonia móvel, com a implantação nos últimos anos no setor elétrico das redes inteligentes (smartgrids), e implantação dos medidores inteligentes (smart meters); as distribuidoras de energia elétrica, visando atender à demanda por ampliações dos sistemas próprios de telecomunicações (LOPES, 2012), que venham a suportar novas tecnologias (smartgrids, smart meters) e novos serviços (internet das coisas – IoT), têm promovido a ampliação de sua cobertura mediante ampliação das Estações Repetidoras de Telecomunicações (ERT), e com elas as torres de telecomunicações.

Diante desse cenário, a necessidade crescente de estruturar os projetos de telecomunicações em consonância com os requisitos legais e normativos têm movido as empresas a busca contínua de ferramentas para mapeamento e contenção de riscos a níveis mais aceitáveis. Nesse intuito, várias ferramentas de simulação, identificação e análise assumem um caráter prevencionista, com a identificação de riscos potenciais em todo o projeto ou planta de telecomunicações.

A utilização da Análise de Riscos, em processos industriais ou de outra natureza, objetiva mitigar a ocorrência de acidentes, utilizando técnicas de prevenção e/ou de proteção.

As ferramentas mais utilizadas para análise de risco em sistemas industriais são: Análise Preliminar de Riscos (APR), Análise de Árvore de Falhas (AAF), What/if (o que aconteceria se…), Hazard and Operability Studies (HAZOP) e a APP.

A escolha da APP como ferramenta, se deve a sua metodologia indutiva estruturada para identificar os potenciais perigos decorrentes da instalação de novas unidades e sistemas ou da própria operação da planta. A metodologia conduz as análises a examinar as formas pelas quais a energia ou o material de processo pode ser liberado de forma descontrolada, levantando-se, para cada um dos perigos identificados, as suas causas, os métodos de detecção disponíveis e os efeitos sobre os trabalhadores, a população circunvizinha e o meio ambiente.

Dessa forma, o questionamento deste artigo é compreender se a avaliação da aplicabilidade da APP para gestão de riscos em um projeto e/ou instalação de uma Estação Repetidora de Telecomunicação (ERT) atende ao que a ferramenta possibilita para a ERT Morro do Moreno, localizada no município de Vila Velha, no estado do Espírito Santo (ES). Tem como objetivo geral: testar a ferramenta de Análise Preliminar de Perigo (APP) na análise do projeto típico de uma repetidora de telecomunicações situada no Morro do Moreno, no município de Vila Velha, no estado do Espírito Santo. E como objetivos específicos:  apresentar um modelo para realizar a análise preliminar de perigos para repetidoras de telecomunicações; desenvolver uma metodologia de APP para uma estação repetidora de telecomunicações; verificar a viabilidade da ferramenta no gerenciamento de riscos pelas equipes técnicas (engenheiros e técnicos) de projeto e manutenção de repetidoras.

2. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo qualitativo, do tipo relato de caso.

Para Yoshida (2007), estudos do tipo relato de caso trata-se de uma importante fonte de informação que, por muitas vezes, ao considerar o panorama científico, eles permanecem de forma esquecida ou excluída. Tais estudos podem ainda corroborar no que tange aos aspectos científicos de maneira exitosa, haja visto que podem fornecer informações fundamentais de experiências do campo prático. Dessa forma, o estudo ocorreu no período de dezembro de 2017 a abril de 2018, no município de Vila Velha, no estado do Espírito Santo.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), o município de Vila Velha, no último censo realizado no ano de 2010, apresentava uma população de 414.586 habitantes, possuindo dessa forma uma densidade demográfica de 1.973 habitantes por km² e uma população estimada para o ano de 2021 de 508.655 habitantes. Ainda segundo o mesmo instituto, no ano de 2019 o município possuía um salário médio mensal de 2.1 salários-mínimos tendo um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 0,800 acima da média nacional de 0,765, comparado ao mesmo ano de verificação do IBGE (2021).

Dados da prefeitura municipal trazem que a cidade foi fundada no ano de 1535, está situada há três quilômetros da capital do Espírito Santo e possui um rico patrimônio histórico, cultural, além de ter como ponto forte o turismo local. De acesso livre, com cerca de 184 m de altitude, o Morro do Moreno se destaca devido a sua bela paisagem, formado pela Mata Atlântica, no qual do alto os turistas podem vislumbrar a extensa faixa de praias, uma vista de toda a cidade e ainda a baía de Vitória, o Mestre Álvaro no município de Serra, o Convento da Penha e a 3ª Ponte, que liga a cidade de Vila Velha a Capital Vitória (PREFEITURA MUNICIPAL DE VILA VELHA, 2021).

O estudo não envolve diretamente seres humanos, tratando-se apenas de um relato descritivo de fatos sem evidenciar ou expor indivíduos envolvidos no processo, sendo dessa forma, dispensado das normas constantes na resolução 466/2012 que trata da ética em pesquisas relacionadas a seres humanos.

3. APRESENTAÇÃO DO CASO

A justificativa para o estudo de caso é a de elencar uma ferramenta que identifique, em cenário complexo e desafiador como vivenciado atualmente pelos sistemas de telecomunicações, os conflitos, anormalidades, falhas, ainda durante a etapa de concepção de um projeto, e potencializar a concepção de sistemas de estações repetidoras de telecomunicações funcionalmente mais seguras, evitando gastos futuros com adequações ou, até mesmo, a desativação.

Suplementar a isto, ganhos adicionais podem ser obtidos com a sistematização do emprego, de forma continuada, de uma ferramenta de análise de risco que apoie ações prevencionistas no processo de projeto desse tipo de instalação, contribuindo, desse modo, para a pesquisa constante e consequente atualização dos profissionais envolvidos (BARRETO, 2008).

3.1 RECORTE DOS OBJETIVOS EMPREGADOS PARA TESTAR A APP

Para testar a ferramenta de APP foi necessário selecionar uma instalação da ERT com configuração típica, pois um dos condicionantes implícitos do estudo era avaliar a aderência da ferramenta a toda e qualquer ERT, independente de localização e complexidade.

A instalação selecionada para análise, em decorrência do atendimento à premissa supracitada e de sua proximidade geográfica, é de propriedade da EDP Espírito Santo Distribuidora de Energia Elétrica S.A. (EDP ES), localiza-se no município de Vila Velha – ES, sendo operacionalmente denominada como “Estação Repetidora do Morro do Moreno”.

Para esse fim, os seguintes norteadores foram estabelecidos:

  • Parceria com a EDP-ES, para assegurar apoio no levantamento de dados e vistoria em campo da instalação empregada como paradigma;
  • Verificar conformidade da Estação Repetidora do Morro do Moreno, a normas ABNT NBR 5419 e ABNT NBR 8800;
  • Analisar atendimento às Normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego aplicáveis à instalação e atividade ali realizadas (NR 10, NR 16 e NR 35);
  • O estabelecimento do grau de importância atribuído aos requisitos, a partir das entrevistas com especialistas.

3.2 PARCERIA COM A EDP ES RESPONSÁVEL PELA MANUTENÇÃO DA ERT MORRO DO MORENO

A EDP-ES, através de sua área de Sistemas de Controle, foi responsável pelo projeto de implantação, sendo a fiel depositária de toda a documentação dos projetos civil, elétrico e de telecomunicações que compõem a instalação.

A área apoiou o estudo disponibilizando acesso às documentações, permitindo acesso à área, realização de entrevistas, fotos e divulgação dos resultados.

3.3 ANÁLISE DE RISCO

É comum observar-se de forma equivocada, quer nas tratativas cotidianas pessoais, quer nas relacionadas ao meio de trabalho, o uso indistinto dos conceitos de risco e perigo. No entanto, o claro entendimento da diferenciação de tais conceitos é de suma importância para o desenvolvimento de planejamento de gerenciamento de riscos. Segundo definições de Guimarães (2003):

[…] 1. O conceito de perigo está baseado somente nas consequências potenciais de um evento indesejável ou temido ‘E’, sem considerar as possibilidades reais de que o mesmo venha a acontecer. Estas consequências podem, por sua vez, ser classificadas numa escala hierárquica de gravidade ‘g’.

[…] 2. Risco é a percepção ou avaliação da possibilidade da efetiva ocorrência de um evento indesejável ‘E’ que conduza a concretização de um perigo, que por definição, é algo potencial, ou seja, que ainda não ocorreu. O conceito de risco está baseado não somente nas consequências (gravidade), mas, também, nas possibilidades de ocorrência das consequências (GUIMARÃES, 2003, p. 187).

De maneira a permitir uma modelagem adequada de riscos, aperfeiçoando ações, sistemas e planos de gerenciamento, são largamente empregadas no contexto de segurança do trabalho ferramentas de análise de risco. Essas ferramentas visam apoiar o processo de reflexão preventiva, norteando possíveis ações preventivas e/ou corretivas em projetos, processos, sistemas, padrões e atuação dos trabalhadores.

A Figura 1 apresenta de forma sintética o relacionamento existente entre os conceitos de segurança de funcionamento de sistemas.

Figura 1 – Comportamento de segurança de sistemas.

Fonte: Guimarães (2003).

Cabe neste momento diferenciar os conceitos de confiabilidade e seguridade, aos quais são definidos por Guimarães (2003):

[…] Confiabilidade – é a capacidade de um sistema cumprir uma função requerida, dentro de condições preestabelecidas, durante um período determinado.

[…] Seguridade – é a capacidade de uma entidade evitar a ocorrência, dentro de condições preestabelecidas, de eventos críticos para o seu funcionamento ou catastróficos para os seus operadores e o meio ambiente (GUIMARÃES, 2003, p. 185).

Ainda segundo o autor, a metodologia de análise de risco deve ser estruturada a partir dos seguintes princípios:

  • Barreiras de segurança (materiais, lógicas e humanas);
  • Operações dentro de faixas de hipótese com relação às barreiras de segurança;
  • Estimativas de eficácia das barreiras (baseada em análise de falhas);
  • Resultados quantitativos que retratem a experiência e conhecimentos dos especialistas.

3.3.1 ANÁLISE COMPARATIVA DAS PRINCIPAIS FERRAMENTAS UTILIZADAS NA ANÁLISE DE RISCO

Em função das ferramentas APR e HARZOP não atenderem às necessidades do estudo – não permitem vinculação a sistemas externos ao processo e operam com a subdivisão em nós (HARZOP) –, elas foram excluídas da análise.

As principais ferramentas utilizadas na literatura para a análise de risco projetos, sistemas e processos podem ser resumidas por Barreto (2008) conforme Quadro 1 a seguir:

Quadro 1- Comparativo das ferramentas de análise de risco pesquisadas.

APP WHAT/IF ÁRVORE DE FALHAS
Objetivo Identificar perigos nas primeiras fases do projeto Identificar possíveis desvios ou acidentes (sequências de riscos e perigos) suas consequências e forma de minimizá-los. Identificar combinações de falhas de equipamentos e erros humanos, que podem acarretar acidente. Possui caráter sistêmico.
Quando aplicar Após definição de anteprojetos, de projetos e em sistemas. Pode ser usado em qualquer fase do projeto, mesmo para testar as alterações. Em qualquer fase do projeto.
Apresentação dos resultados Lista de riscos e Perigos potenciais. Prioriza a gravidade do dano por intermédio das classes de risco. Lista de cenários de acidentes potenciais e formas de redução das consequências. Relação de combinação de falhas/erros que possam dar origem a acidentes.
Natureza dos resultados Resultado no formato qualitativo. Resultado no formato qualitativo. Resultado no formato qualitativo, podendo ser empregada avaliação quantitativa.
Informações necessárias É necessário informar os critérios a serem adotados, documentação do sistema em estudo (instalações, procedimentos operacionais, materiais e opinião de operários envolvidos no sistema). Documentação detalhada do sistema (instalações, processos, procedimentos operacionais e de operários envolvidos no sistema). Descrição do sistema e conhecimento de falhas e seus efeitos.
Pessoal envolvido Em geral, uma equipe de dois ou três técnicos, mas pode ser realizado por apenas um técnico. Em geral, uma equipe de dois ou três técnicos. Em geral, um técnico por árvore de falha e em sistemas complexos.
Tempo de realização Horas ou semanas. De semanas a meses depende da dimensão do sistema. Horas ou semanas.
Custos Baixo custo. Depende da dimensão e complexidade do sistema, especialidades e habilidades dos técnicos. Depende da dimensão e complexidade do sistema, especialidades e habilidades dos técnicos.

Fonte: Barreto (2008).

3.3.2 GERENCIAMENTO DE RISCOS

Na década de 40, no período pós-guerra, surgem na indústria bélica aos primeiros conceitos e ideias a respeito de gestão de segurança e gerenciamento de riscos, objetivando mitigar falhas que pudessem ocasionar ainda mais lesões, perdas de vidas humanas e prejuízos financeiros a uma sociedade já castigada pelos efeitos da guerra.

Com a corrida espacial, na década de 60, foram introduzidas pelo Departamento de Defesa Americano as primeiras instruções normativas de um programa de segurança, o que instigaria ações que dariam origem a gestão de segurança.

Nos anos subsequentes muitas contribuições para o aprimoramento do gerenciamento de riscos foram sendo desenvolvidas, como a Pirâmide de Bird (Frank Bird Jr. em 1966), o Total Loss Control (Fletcher em 1970).

Conforme orienta a Fundacentro (2005), a identificação e avaliação de perigos e riscos à segurança e saúde dos trabalhadores devem ser efetuadas de maneira contínua, com a implementação de medidas de prevenção e proteção que devem obedecer a seguinte ordem de prioridade:

  • Eliminação de perigos e riscos;
  • Adoção de medidas de controle e engenharia ou medidas organizacionais, que permitam controlar o perigo e o risco em sua fonte;
  • Concepção de sistemas seguros que reduzam perigos e riscos;
  • Fornecimento gratuito de equipamentos de proteção individual (EPI), assegurando seu uso correto e manutenção, sempre que perigos e riscos residuais não puderem ser controlados;

Para Taralli (2002):

[…] os sistemas de gerenciamento de risco vêm sendo desenvolvidos como alternativa porque levam justamente em consideração uma expectativa de segurança ou de confiabilidade de operação (especialmente quando um dado sistema é reconhecido como perigoso por sua natureza).

3.3.3 A FERRAMENTA DA ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS (APP)

Originada nos programas de segurança criados pelo Departamento de defesa dos Estados Unidos, a Análise Preliminar de Perigos apresenta-se como uma técnica estruturada que objetiva identificar os perigos presentes numa instalação que, se não forem devidamente tratados, pode ocasionar eventos indesejados (TARALLI, 2002).

Em função de suas características, a APP é aplicável tanto a novos projetos e ampliações quanto às plantas industriais que já estejam em fase de operação o que lhe confere um grande range de aplicações.

Apesar de sua fácil aplicação não requer necessariamente a presença de especialistas, é recomendável a constituição de uma equipe multidisciplinar e a constituição de um líder para condução das reuniões de trabalho.

A ferramenta apresenta como característica interessante a priorização da gravidade do Dan, a partir das classes de risco, e como principal desvantagem a produção de análises meramente qualitativas.

Conforme De Cicco e Fantazzini (1993) apud Barreto (2008), o desenvolvimento de uma APP passa pelas seguintes etapas:

[…] a) Revisão de problemas conhecidos. Consiste na busca de analogia ou similaridade com outros sistemas para determinação de riscos que poderão estar presentes no sistema que está sendo desenvolvido, tomando como base a experiência passada.

b) Revisão da missão a que se destina: Atentar para os objetivos, exigências de desempenho, principais funções e procedimentos, ambientes onde se darão as operações, etc. Enfim, consiste em estabelecer os limites de atuação e delimitar o sistema que a missão irá abranger: a que se destina o que e quem envolve e como será desenvolvida.

c) Determinação dos riscos principais: Identificar os riscos potenciais que podem causar lesões diretas e imediatas, perda de função (valor), danos a equipamentos e perda de matérias.

d) Determinação dos riscos iniciais e contribuintes: Elaborar séries de riscos, determinando, para cada risco principal detectado, os riscos iniciais e contribuintes associados.

e) Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos: Elaborar um brainstorming dos meios passíveis de eliminação e controle de riscos, a fim de estabelecer as melhores opções, desde que compatíveis com as exigências do sistema.

f) Analisar os métodos de restrição de danos: Pesquisar os métodos possíveis que sejam mais eficientes para restrição geral, ou seja, para a limitação dos danos gerados, caso ocorra perda de controle sobre os riscos.

g) Indicação de quem levará a cabo as ações corretivas e/ou preventivas: Indicar claramente os responsáveis pela execução de ações preventivas e/ou corretivas, designando, também, para cada unidade, as atividades a desenvolver.

Conforme Barreto (2008) a APP proporciona uma estrutura simples em termos de aplicação e apresentação de resultados. A análise dos conflitos, discrepâncias ou falhas dependerá inicialmente dos critérios de referência, da avaliação do profissional e dos detalhes usados nesta pesquisa. A aplicabilidade é desenvolvida em um ambiente qualitativo em que os analistas comprometidos usam os requisitos regulamentares vigentes (regulamentos, normas e leis) para ajudá-los a interagir entre a preposição (o projeto) e os requisitos legais.

Os indicadores utilizados em uma planilha de APP são constituídos pelos seguintes requisitos:

  1. Potencial de Danos;
  2. Causas;
  3. Fatores Atenuantes;
  4. Fatores Agravantes;
  5. Efeitos;
  6. Categoria de Frequência do Cenário;
  7. Categoria de Severidade;
  8. Categoria de Risco;
  9. Recomendações/Observações;
  10. Indicador de Cenário de Acidente.

Os dados levantados na APP são inseridos em uma planilha, vide Quadro 2 abaixo:

Quadro 2 – Planilha de Análise Preliminar de Perigo.

Fonte: Própria, 2018

Potencial de Danos: Incluem-se os perigos latentes distinguidos para o ambiente em estudo. Estas perdas são referentes a casos acidentais em que há possibilidade de causar danos à vida humana e/ou ao meio ambiente.

Causas: Os efeitos de cada ocorrência são estabelecidos neste campo. Estes efeitos podem atingir tanto falhas específicas de equipamentos (vazamentos, rupturas, falhas de instrumentação etc.) como falhas humanas de operação/manutenção.

Fatores Atenuantes: Neste momento é apresentada a existência de metodologia, procedimentos ou estudos, assim como de sistemas de proteção (alarmes, intertravamentos e bloqueios), que reduzam a frequência ou a severidade dos cenários de perigo.

Fatores Agravantes: São situações que aumentam as possibilidades de ocorrer acontecimentos que elevem ou intensificam os resultados de contingências tais como: falta de padrões de inspeção ou manutenção preventiva; ausência de proteção para o executor da atividade e elevado número de pessoas em área restrita etc.

Efeitos: As possibilidades dos danos que possam vir a acontecer nos casos levantados devem constar aqui (ex.: corte, queimaduras, mortes etc.).

Categoria de Frequência de Cenário: É a frequência que o grupo de trabalho entende que o cenário de acidente possa ocorrer, conforme ilustra o Quadro 3.

Quadro 3 – Categorias de Frequência de cenário.

Fonte: Extraído de Rodrigues, 2017 – Material Acadêmico “05 – Gerência de Riscos – APP.pdf”.

Categoria de Severidade: Concede uma distinção qualitativa do grau de severidade em decorrência das situações de perigo identificadas, conforme apresentado no Quadro 4.

Quadro 4 –Categorias de Severidade.

Fonte: Extraído de Rodrigues, 2017 – Material Acadêmico “05 – Gerência de Riscos – APP.pdf”.

Categoria de Risco: É o resultado da combinação das categorias de Frequência de Cenário e de Severidade, resultado numa Matriz de Riscos, a qual proporciona de forma qualitativa, o grau de risco das hipóteses de acidente estudado;

De acordo com a Matriz, apresentada no Quadro 5, existem três cenários possíveis:

Panorama Verde: Estão as situações consideradas de risco baixo (necessárias soluções em longo prazo);

Panorama Amarelo: Estão as situações consideradas de risco moderado (necessárias soluções em médio prazo);

Panorama Laranja: Estão as situações consideradas de risco alto (necessárias soluções imediatas).

Quadro 5 –Matriz de Aceitabilidade do Risco.

Fonte: Extraído de Rodrigues, 2017 – Material Acadêmico “05 – Gerência de Riscos – APP.pdf”

Recomendações/Observações: Inserem-se as recomendações que tendem aumentar a segurança do processo, reduzir ou extinguir o resultado de ocorrências danosas que possam vir a acontecer, assim como observações que auxiliem no estudo.

Indicador de Cenário de Acidente: É preenchido com o número do Cenário de Acidente, para auxiliar na análise, é incrementado linearmente.

Esse tipo de ferramenta é utilizado no momento da implantação de um novo processo ou na alteração de uma atividade, com intuito de identificar a existência de riscos ocupacional, ambiental e nos equipamentos (patrimônio) da planta industrial.

3.3.4 ESTAÇÕES REPETIDORAS DE TELECOMUNICAÇÕES (ERT)

A ampliação do alcance do sinal de cobertura do sistema de telecomunicações pelas empresas que provêm esse tipo de serviço se dá pela expansão de suas estações repetidoras e estações bases.

Essas instalações possuem equipamentos que são muito eficientes para transmitir as informações de rádios a uma longa distância. Normalmente tais instalações são implantadas em regiões elevada altitude, como platôs ou picos de morros, vide Figura 2, por facilitar a captura e transmissão de rádios praticamente em tempo real.

Figura 2 – Sites de estações repetidoras de Telecomunicações (ERT).

Fonte: Google Imagens, 2018.

Em função de sua localização, o acesso (ausência, precariedade e/ou traçado sinuoso de estradas vicinais), conforme ilustra a Figura 3, bem como as condições climáticas adversas (chuvas, descargas atmosféricas e fortes ventos), agrava a complexidade/risco de intervenções nas ERTs.

Figura 3 –Condições de acesso e riscos associados ao trabalho em ERTs.

Fonte: Própria, 2018.

Além de fatores logísticos e condições climáticas, a necessidade de realização de trabalhos em altura (ex: escala de torres e/ou postes), conforme apresentado na Figura 4, intervenções no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e exposição à radiação eletromagnética contribuem para a necessidade de gerenciamento adequado de riscos, a fim de assegurar aos trabalhadores envolvidos em atividades, nesse tipo de instalação, condições seguras de trabalho, mitigando eventuais riscos de acidente.

Figura 4 – Trabalho altura em Estações Repetidoras (ERTs).

Fonte: Google Imagens, 2018.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Análise Preliminar de Perigo procurou identificar os pontos de risco acentuado e priorizar aqueles de maior potencial de dano a pessoas e ao meio ambiente, da ERT Morro do Moreno, que em função de sua localização, características construtivas e modus operandi, vide Figura 5, consiste num importante paradigma para as demais ERTs da EDP ES.

Figura 5 – Plantas da ERT Morro do Moreno.

Fonte: EDP/ES, 2018.

4.1 ANÁLISE PRELIMINAR

A seguir estão as páginas da APP elaborada para o estudo de caso da ERT do Morro do Moreno.

Tabela 1 – Análise Preliminar de Perigo realizada na estrada de acesso a ERT.

Fonte: Própria, 2018

Tabela 2 – Análise Preliminar de Perigo realizada na torre da ERT.

Fonte: Própria, 2018

Tabela 3 – Análise Preliminar de Perigo realizada na torre da ERT.

Fonte: Própria, 2018

Tabela 4 – Análise Preliminar de Perigo realizada no local onde a ERT está instalada.

Fonte: Própria, 2018

A APP foi capaz de determinar os riscos envolvidos, no que tange à operação/manutenção da ERT Morro do Moreno, desde o deslocamento para atingir o topo do morro, quanto para realizar atividades necessárias que acabam expondo os funcionários ao risco controlado.

Mediante a isso, é possível traçar planos de ação a fim de que os efeitos possam ser reduzidos ou até mitigados.

A ferramenta se mostrou eficaz, pois a mesma pôde ser usada numa ERT já existente, podendo, assim, ser aplicada tanto para as outras instalações existentes quanto para as novas.

É possível verificar a eficiência desta técnica de análise quando o estudo de caso realizado é usado como paradigma. A aplicação para um novo caso, seja uma instalação futura ou já existente, já tem uma base, onde alguns potenciais de dano são inerentes a todas ERTs, como o caso de Descarga Elétrica.

Isso permite o controle e atualização de procedimentos, investimentos e atualizações de forma ampla, não sendo necessário avaliar caso a caso.

5. CONCLUSÃO

A ERT Morro do Moreno é uma importante instalação da EDP ES pois permite a ampliação do alcance do sinal de cobertura do sistema de telecomunicações (VHF e UHF) em importantes municípios da Grande Vitória (Vila Velha, Vitória, Cariacica e Serra), assegurando às equipes de atendimento ininterrupto de emergências no sistema elétrico de Alta e/ou Baixa tensão segurança na comunicação de voz e dados.

Em função de sua localização (altitude, precariedade e/ou traçado sinuoso de estradas vicinais), características construtivas (emprego de torre autoportante e casa de controle), e modus operandi, constitui-se num paradigma importante para avaliação do gerenciamento de riscos das ERTs da EDP ES.

Dentre as principais dimensões analisadas nesse estudo observa-se que a localização deste tipo de estação torna-se crítica na medida em que os pontos geográficos de maior altitude são mais susceptíveis a condições atmosféricas adversas, dotados de condições de acesso viário precário e/ou com baixa manutenção, na qual se observa uma crescente ocupação por outros tipos de estações (rádio AM/FM, televisões, retransmissores dos órgãos de comunicação oficiais e particulares, etc.), sem a devida ampliação de segurança pública para preservação de patrimônio, bem como da segurança de pessoas e trabalhadores.

Nesse contexto ERT do Moreno, após análise das documentações disponibilizadas pela EDP ES e aplicação da APP, pode-se concluir por uma aderência da instalação aos principais requisitos das normas (NR 10, NBR 5419 e NBR 8800) e legislações vigentes.

A APP foi capaz de identificar, caracterizar o risco e determinar a priorização de ações a serem implementadas pelos profissionais responsáveis pelo projeto e operação da ERT Morro do Moreno, introduzindo um importante balizador para tomada de decisão na gestão da instalação e refinamento de projeto de instalações similares no futuro.

No estudo observou-se que a ferramenta APP opera com análises pontuais, utiliza várias planilhas associadas, sempre com focos predefinidos. Essa característica permite uma visão do todo, ainda que à primeira vista pareça fragmentada, o que demanda a realização de diversos níveis de interação e conhecimento entre o analista e os referenciais indicados.

A APP, se aplicada na fase de projeto, pode permitir um controle das ações a serem implementadas, de modo a mitigar riscos ocasionados pelas interações funcionais entre os subsistemas. Permite uma análise prévia de matérias, acessos a instalação, ajuste no processo construtivo, implantação de sistemas de manutenção e uso da instalação quer em condição normal quer em emergência.

Um ponto crítico observado durante este estudo, para emprego da APP, é que o analista deve ter um conhecimento prévio (normas, legislações, conceitos de Segurança – risco, perigo, desvios, falhas), bem como realizar, baseado em sua experiência profissional uma comparação sistêmica entre o projeto e o processo de operação, visto que as referências empregadas nas planilhas em análise são apenas prescritivas.

Em última análise, pode-se afirmar, à luz dos resultados, que a APP é uma ótima ferramenta de análise de risco para Estações Repetidoras de Telecomunicações, por promover uma reavaliação contínua de seus processos de operação, análise crítica do projeto da instalação e estabelecer uma pesquisa e constante atualização dos profissionais envolvidos.

REFERÊNCIAS

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[1] Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Multivix; Engenheiro Eletricista pela Faculdade Multivix; Técnico em Eletrotécnica pelo Instituto Federal do Espírito Santo. ORCID: 0000-0002-9677-7601.

[2] Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Espírito Santo, Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Multivix; MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas; Engenheiro Eletricista pela Universidade Federal do Espírito Santo.

[3] Orientador.

Enviado: Novembro, 2021.

Aprovado: Janeiro, 2022.

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André Maioli Moyses

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