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Pedagogia do oprimido: a educação na visão de Paulo Freire

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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SILVA, Elenice Maria de Oliveira e [1]

SILVA, Elenice Maria de Oliveira e. Pedagogia do oprimido: a educação na visão de Paulo Freire. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 05, Vol. 04, pp. 61-77. Maio de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso:  https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/visao-de-paulo-freire

RESUMO

O educador Paulo Freire contribuiu para a área de estudo da Educação Brasileira, trazendo estudos que abordam a educação como um caminho para a liberdade do oprimido. Assim, a obra selecionada para análise neste estudo intitula-se “Pedagogia do Oprimido”, publicada em 1987, com uma abordagem e perspectiva educativa e social, não apenas para educadores e pedagogos, mas para aqueles que pesquisam o comportamento humano, contribuindo para uma melhor evolução em ambos os aspectos. Ressalta-se que a questão problema constitui-se na seguinte pergunta: como o oprimido pode assumir o papel de opressor e vice-versa dentro da relação educador e educando? Assim, este artigo tem como objetivo analisar a obra Pedagogia do Oprimido, realizando uma discussão, acerca do que é um ser oprimido e como ele também pode se comportar como um opressor, trazendo uma nova visão de mundo em todas as relações, e principalmente na relação pedagógica entre educador e educando. Com relação à metodologia, este artigo está pautado em uma revisão bibliográfica de fontes que possam dialogar com a obra de Paulo Freire, propondo uma discussão acerca do conteúdo da obra. Ao analisar as fontes selecionadas, bem como a discussão elaborada, os principais resultados destacados abordam o tradicionalismo que ainda é muito frequente na relação educador e educando, visto que, o primeiro é colocado como detentor de todo saber, sem que haja espaço para interação, prejudicando o processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, foi possível concluir que, o oprimido pode, facilmente, assumir o papel de opressor e vice-versa, devido às complexidades das relações interpessoais e fatores externos, sendo necessária a quebra de paradigmas por parte dos educadores, dando maiores oportunidades para a construção de uma relação de confiança e não apenas pautada no tradicionalismo opressor do personagem educador como superior ao seu aluno.

Palavras-chave: Educadores, opressores, educação bancária, Paulo Freire.

1. INTRODUÇÃO

Ao abordar “Pedagogia do Oprimido”, publicada, primeiramente, em 1987, observa-se que o autor destaca em sua obra seu método de alfabetização de jovens e adultos quando ainda era diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife, em Angicos, no Rio Grande do Norte.

Considerando tal método de alfabetização de jovens e adultos proposto por Freire, esse artigo visa abordar a obra “Pedagogia do Oprimido”, responsável por trazer grandes contribuições, principalmente na área educacional e social. Assim, este artigo também visa responder à pergunta problema que deu origem ao tema selecionado: como o oprimido pode assumir o papel de opressor e vice-versa dentro da relação educador e educando?

Dessa forma, o livro Pedagogia do Oprimido (1987) de Paulo Freire, aborda a questão da educação bancária e apresenta a visão do autor acerca da Pedagogia com características humanistas e que prezam a liberdade. Vale a pena ressaltar que, indivíduos que sofram violências ideológicas ou físicas por parte de outros grupos sociais são impedidos de exercerem livremente suas ações humanas e direitos à cidadania, ou seja, a opressão acaba por inibir a existência do ser humano, colocando-o em posição de subjugado.

Assim, o conceito opressão abordado na obra analisada pode ser compreendido como um ato proibitivo do ser humano, ou seja, um ato de violência que parte dos indivíduos que se colocam em posições hierárquicas, detendo o poder e utilizando-o contra os oprimidos para que suas vontades sejam realizadas.

Diante desse contexto, ressalta-se um importante episódio que ocorreu na década de 1963, na cidade de Angicos, interior do Rio Grande do Norte (RN), onde, sobre as orientações de Paulo Freire, foi possível alfabetizar cerca de 300 adultos em apenas 45 dias, o que enfatiza a importância do educador para a história e construção da Educação brasileira. Ainda, destaca-se que tal episódio contou com uma jornada de 40 horas no projeto de alfabetização para adultos, recebendo o nome de “As 40 horas de Angico” (CARVALHO e BARBOSA, 2012, p, 8).

Sendo assim, Freire (1987) criticava o sistema tradicional de alfabetização, bem como apresentou maneiras de realizar estudos e experiências, provando que as cartilhas elaboradas após o episódio de Angico, eram ferramentas centrais em sua didática, onde era ensinada a leitura e a escrita por repetições e apenas de palavras soltas.

Frente a tais questões, faz-se necessário compreender melhor e divulgar a obra Pedagogia do Oprimido, visto que pode contribuir para o desenvolvimento do ser humano como cidadão pensante, abordando, também, uma prática pedagógica de cunho político, pautada em uma pedagogia que envolve diversas bases filosóficas (ZITKOSKI, 2007, p. 21).

Ressalta-se que, este estudo justifica-se por abordar um tema recorrente dentro da área da Educação e da Pedagogia, visto que, com as informações e discussões aqui expostas, espera-se contribuir para que novas práticas educacionais sejam desenvolvidas, baseando-se nos princípios de liberdade.

Diante do contexto apresentado, com relação aos processos metodológicos, este artigo está pautado em uma revisão bibliográfica de fontes selecionadas que dialoguem com a obra Pedagogia do Oprimido.

Com relação ao objetivo geral, este artigo visa analisar a obra Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, realizando uma discussão, bem como uma reflexão acerca do que é um ser oprimido e como ele também pode se comportar como um opressor, refletindo em suas ações e relações interpessoais, principalmente entre educadores e educandos.

Assim, os tópicos a serem apresentados nesse artigo são: 1. o oprimido e o opressor; 2. A concepção “bancária” da educação como instrumento da opressão: seus pressupostos e suas críticas; 3. A dialogicidade: essência da educação como prática da liberdade e 4. A teoria da ação antidialógica, onde será abordada a relação educação e liberdade, bem como os reflexos da oralidade na formação de identidade do indivíduo.

2. O OPRIMIDO E O OPRESSOR

Na obra “Pedagogia do Oprimido” (1987) o autor visa evidenciar, de forma clara, a importância de uma pedagogia que tenha como princípio a libertação dos oprimidos diante aos opressores, ou seja, que possa transformar os indivíduos em posição de oprimidos e já acostumados a serem passivos em indivíduos com poder de refletir e mudar essa realidade. Assim, compreende-se que a área de estudo da Pedagogia é abordada na obra “Pedagogia do Oprimido” (1987) como um conceito relacionado ao entendimento do ser humano para que ele possa compreender valor de sua existência e exercer seu papel de cidadão

No primeiro capítulo, o autor aborda questões relacionadas aos opressores e oprimidos, tendo como principal tema a liberdade, onde enfatiza-se a necessidade em acreditar que todas as pessoas, sem exceção, possuem o direito garantido por lei a serem livres. Porém, quando Freire (1987) destaca essa liberdade, ele também acaba por afirmar que, os indivíduos, muitas vezes, não sabem lidar com essa liberdade, o que acaba refletindo em sentimentos de medo.

O “medo da liberdade”, de que se fazem objeto os oprimidos, medo da liberdade que tanto pode conduzi-los a pretender ser opressores também, quanto pode mantê-los atados ao status de oprimidos, é outro aspecto que merece igualmente nossa reflexão. (FREIRE, 1987, p. 18).

Ainda, o autor afirma que a liberdade consiste em um princípio a ser conquistado, onde é preciso que o oprimido compreenda qual é o seu papel na sociedade, para que ele possa conquistar o princípio da liberdade. Vale a pena ressaltar que, ao compreender que a liberdade não pode ser doada, o oprimido passa a valorizar tal princípio e passa a buscar por ela, enxergando-a como uma valiosa conquista.

A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação exige uma busca, busca permanente que só existe no ato responsável de quem a faz.  Ninguém se liberta para ser livre: pelo contrário, luta por ela precisamente porque não a tem. (FREIRE, 1987, p. 18).

Assim, com a busca pela liberdade os oprimidos ao se depararem com ela, tendem a sofrer uma dualidade instalada em seu ser, temendo serem eles e também em ser o outro, ou seja, “querem ser, mas temem ser”, conforme Freire (1987, p. 18).  Dessa forma, entende-se que são eles e ao mesmo tempo há um outro introjetado neles, atuando como consciência opressora. Nesse caso o oprimido vive uma guerra interna, estando em um dilema sem saber realmente qual caminho deve seguir: atuar como oprimido ou agir como opressor.

Dentro de cada indivíduo oprimido pode haver um lado opressor, sendo necessário que o oprimido, ao se libertar dessa posição de opressão que lhe foi imposta, tenha consciência que há um opressor dentro dele. Tomando tal consciência, é preciso, também, que o indivíduo não permita que o lado opressor tome conta do seu ser, vivendo constantemente essa dualidade (FREIRE, 1987, p. 18).

Abaixo, apresenta-se um trecho da obra Pedagogia do Oprimido, onde o autor destaca com maior evidência a relação dos papéis de opressores e oprimidos e como essa dualidade comporta-se dentro do indivíduo:

O grande problema está em como poderão os oprimidos, que “hospedam” ao opressor em si, participar da elaboração, como seres duplos, inautênticos, da pedagogia de sua libertação. Somente na medida em que se descubram “hospedeiros” do opressor poderão contribuir para o partejamento de sua pedagogia libertadora. Enquanto vivam a dualidade na qual ser é parecer e parecer é parecer com o opressor, é impossível fazê-lo. A pedagogia do oprimido, que não pode ser elaborada pelos opressores, é um dos instrumentos para esta descoberta crítica – a dos oprimidos por si mesmos e a dos opressores pelos oprimidos, como manifestações da desumanização. (FREIRE, 1987, p. 17)

Enfatiza-se que, são complexas situações vivenciadas pelos indivíduos, visto que, os oprimidos, em sua grande maioria, ao perceberem a realidade no caso de opressão, tendem a se transformar em opressores ou sub-opressores. Tal reação acaba por ocorrer ao invés de buscarem alcançar a liberdade, o que Freire denomina como “aderência ao opressor”. Dessa forma, o oprimido se vê, hora como oprimido, hora como opressor, tendendo a ocupar como principal papel: ser opressor (OLIVEIRA, 2015, p. 34).

Dessa forma, quando o oprimido passa a ter a consciência crítica, descobre-se também a realidade, antes ignorada pelo papel que assumia, de que o mundo está dividido em oprimidos e opressores. Assim, ao abordar a relação oprimido-opressor, Freire (1987), esclarece em sua obra que, a busca pela liberdade dos oprimidos é um processo contínuo, sendo capaz de refletir em sua personalidade e ações na sociedade.

Ressalta-se que, a busca pela liberdade reflete em sentimentos de medo tanto para o oprimido como o opressor, uma vez que, o oprimido teme por assumir sua liberdade, até então inalcançável, mas sabe que, ao assumi-la, recebe junto a ela a conscientização que se trata de um ser oprimido. Assim, encontra-se em um paradoxo: modificar sua realidade e se tornar livre, bem como, dono de seus pensamentos e ações, ou continuar assumindo a posição de oprimido. O opressor, por sua vez, também teme o princípio da liberdade, pois se assim acontecer, ele perderá o poder de oprimir o outro, o que, muitas vezes, causa medo e angústia (BARBOSA, 2017, p. 15).

Assim, quando o oprimido passa a conquistar a liberdade e deter o poder sobre suas ações e pensamentos, o opressor tende a se solidarizar com a situação do outro, demonstrando outras atitudes não ofensivas em relação ao indivíduo que antes estava sob o seu controle.

Contudo, mesmo demonstrando falsas atitudes, Freire (1987) destaca que:

O opressor só se solidariza com os oprimidos quando o seu gesto deixa de ser um gesto piegas e sentimental, de caráter individual, e passa a ser um ato de amor àqueles. Quando, para ele, os oprimidos deixam de ser uma designação abstrata e passam a ser os homens concretos, injustiçados e roubados. Roubados na sua palavra, por isto no seu trabalho comprado, que significa a sua pessoa vendida. Só na plenitude deste ato de amar, na sua existenciação, na sua práxis, se constitui a solidariedade verdadeira. Dizer que es homens são pessoas e, como pessoas, são livres, e nada concretamente fazer para que esta afirmação se objetive, é uma farsa. (FREIRE, 1987, p. 20).

Dessa forma, conforme Pereira e Sartori (2020, p. 13) ao trazer a concepção de educação com forma de liberdade, Paulo Freire enfatiza a necessidade de compreender a situação de oprimido(a), para que o indivíduo possa se libertar do poder do outro, bem como da situação de inferioridade a qual pertencia, passando a comportar-se de forma crítica e reflexiva.

Sendo assim, este primeiro tópico abordou a complexa relação entre o opressor e o oprimido e como o princípio da liberdade pode resultar na mudança de posição de oprimido para opressor. Ao passo que, tal fenômeno de mudança de papéis pode causar medo em ambos os lados, já que liberdade é capaz de modificar totalmente a realidade do indivíduo, levando-o a mudar sua forma de pensar e agir em sociedade.

3. A CONCEPÇÃO “BANCÁRIA” DA EDUCAÇÃO COMO INSTRUMENTO DA OPRESSÃO: SEUS PRESSUPOSTOS E CRÍTICAS

Com relação à obra Pedagogia do Oprimido (1987), Paulo Freire aborda outro conceito: a educação da opressão, trazendo para os leitores todo o funcionamento do referido método, sendo nomeado pelo educador como método tradicional. Trata-se de um instrumento de opressão e que ocorre frequentemente no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, o método tradicional de ensino, apresenta-se com o professor como personagem central do processo de ensino-aprendizagem e aquele que detém todo conhecimento, ao passo que, e o aluno ocupa a posição de oprimido, sendo aquele que recebe o conhecimento de forma pronta, não havendo espaços para a reflexões ou debates.

Diante desse contexto, Freire (1987) aborda como esse processo ocorre no ensino, e também enfatiza sua principal característica, que é a oralidade, destacando que, apenas o professor detém todo o conhecimento e assim conduz os educandos a uma memorização mecânica do conteúdo narrado pelo educador. Dessa forma, não há espaço para diálogo ou uma aprendizagem significativa, visto que não dá oportunidade para a criatividade e flexibilidade.

Conforme Torres (2008, p. 10), na obra Pedagogia do Oprimido, o autor ainda ressalta que, ao praticar o método tradicional e não considerar a bagagem trazida pelos educandos, o professor acaba impondo uma forma de aprendizagem, bem como ações mecânicas de apenas escutar, decorar e reproduzir na sequência. Assim, com tal imposição que o método tradicional traz, os educandos acabam por reproduzir ações sem refletir, sem questionar ou associar significado para aquilo que está sendo dito pelo educador, passando a simplesmente aceitar aquilo que é imposto pelo professor e repetido por eles.

Freire (1987) destaca que impor a metodologia tradicional, bem como seus processos de narração, transformam os alunos em indivíduos, moldados para receber aquilo que o professor deposita, elevando a posição do educador, dando continuidade na relação opressor e oprimido. Abaixo, Freire aborda mais a fundo o método tradicional e seus efeitos no processo ensino-aprendizagem:

A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em “vasilhas”, em recipientes a serem “enchidos” pelo educador. Quanto mais vá “enchendo” os recipientes com seus “depósitos”, tanto melhor educador será. Quanto mais se deixem docilmente “encher”, tanto melhores educandos serão. (FREIRE, 1987, p. 33).

Diante desse contexto, o autor passa a utilizar o termo “educação bancária”, cujo representa os educandos como objetos que precisam ser preenchidos com os conhecimentos dos sábios, enfatizando a ideia de que o educando não passa de um indivíduo vazio, visto que não há comunicação ou oportunidade de reflexão. Sendo assim, tal educação bancária apenas se baseia no saber absoluto, bem como no saber pronto para ser depositado na mente do educando:

Em lugar de comunicar-se, o educador faz “comunicados” e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção “bancária” da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los. (FREIRE, 1987, p. 33).

Enfatiza-se que, a educação bancária abordada por Freire destaca aqueles que se julgam sábios e que “doam” seus conhecimentos, o que acaba por enaltecer ainda mais o papel do educador, para àqueles que julgam não saberem, considerando-os como meros receptores.

Dessa forma, praticar o método tradicional, ou a educação bancária, acaba-se por manter o educador na posição de opressor e os educandos na posição de oprimidos, ou seja, o educador é aquele que oprime, já que eles detêm todo o conhecimento que será passado para os educandos. Vale a pena ressaltar que nessa passagem de conhecimento não existe interação ou qualquer espaço para diálogos e debates, apenas imposições (OLIVEIRA, 2015, p. 45).

Conforme Freire (1987), quanto mais à educação bancária se faz presente na vida do educando, mais ele tende a sentir-se desestimulado e passivo, obedecendo apenas o que é imposto pelos professores. Dessa forma, destaca-se a falta de ânimo e até mesmo de pensar, de refletir e criticar, deixando que seus direitos não sejam exercidos. Ainda, falta de liberdade para interação e reflexão nesse tipo de educação abre espaços para que o opressor queira manter sempre os educandos alienados, de forma a garantir seu poder absoluto.

Ainda, de acordo com Pereira e Sartori (2020, p. 7) é preciso ressaltar que o homem exerce seu papel de cidadão, sendo um ser pensante e dono de seus pensamentos e decisões, ou seja, sempre existirá uma oportunidade de perceber que está vivendo como oprimido, o que pode levá-lo a compreender sua realidade e a cometer a um ato de rebeldia para lutar pelo princípio de liberdade. Assim, tal liberdade deverá ser conquistada, o que exigirá ações elaboradas de mudança do oprimido e em conjunto com outros que almejem o mesmo objetivo.

Vale a pena ressaltar que, pela lógica da relação opressor-oprimido, os primeiros não desejam que os oprimidos tenham essa conscientização, visto que, ao compreenderem sua força, podem colocar em risco a posição de dominador do opressor. Assim, quando se começar a pensar e colocar em prática pensamentos críticos os oprimidos passam a assumir o controle sobre sua vida, partindo a um confronto direto com os seus opressores, resultando em sérios problemas para a classe dominante, como seu enfraquecimento (BARBOSA, 2017, p. 5).

Diante do que foi exposto até aqui, esse tópico procurou abordar com maior profundidade o conceito de educação bancária e como ela é frequentemente aplicada em sala de aula através do método tradicional. Assim, quando o educador faz uso de tal método ele acaba por reproduzir uma opressão aos seus educandos, mesmo que indiretamente, visto que não oferece espaços para diálogo, reflexões ou críticas ao conteúdo que é exposto. Dessa forma, uma das principais críticas de Freire (1987) é como a educação bancária acaba por alienar os alunos, levando-os apenas a reproduzir ações mecânicas e pensamentos cristalizados, deixando de lado a oportunidade de estimular o pensamento crítico.

4. A DIALOGICIDADE: ESSÊNCIA DA EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DA LIBERDADE

Paulo Freire aborda a educação bancária em “Pedagogia do Oprimido” (1987) de maneira que destaca as características de uma educação que liberta e que conta com a prática da liberdade. Assim, na educação defendida por ele, o homem tem a oportunidade de buscar na ação a reflexão sobre o mundo em que está inserido. Nesse caso, o autor destaca que não restaria espaço para a educação bancária, ou seja, ela não poderia mais existir, de forma que abriria espaço para uma educação mais problematizadora, onde o homem passaria a existir de fato, fazendo com que sua existência fosse verdadeira e transformadora, capaz de mudar a realidade e levar à transformação do mundo.

A existência, porque humana, não pode ser muda, silenciosa, nem tampouco pode nutrir-se de falsas palavras, mas de palavras verdadeiras, com que os homens transformam o mundo. Existir, humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles novo pronunciar. (FREIRE, 1987, p. 44).

Segundo Freire (1987), a educação deve ser realizada baseada no diálogo, pois assim todos assumirão a mesma posição, bem como poderão compartilhar do mesmo direito de se pronunciarem, garantindo significado como homens pensantes. Dessa forma, o que antes era negado ao ser humano passa a ser ofertado quando se pratica a educação pautada no diálogo. Assim, sabendo que o diálogo era um fator inexistente, o autor Freire (1987) destaca em sua obra a respeito de uma educação capaz de resultar na liberdade, bem como uma educação que traz características pautadas no diálogo, não tornando o educador um personagem acima do educado, mas que troca experiências e saberes com o outro.

Ressalta-se que, o diálogo verdadeiro é a peça fundamental na pedagogia defendida por Paulo Freire, visto que emprega uma pedagogia que liberta o oprimido da opressão exercida pelo outro que detém o saber.

“Não há o diálogo verdadeiro se não há nos seus sujeitos um pensar verdadeiro. Pensar critico. Pensar que, não aceitando na dicotomia mundo-homens, reconhece entre eles uma inquebrantável solidariedade”. (FREIRE, 1987, p. 47).

Destaca-se que, o diálogo e suas finalidades de mudanças, enfatiza-se que ele só acontecerá verdadeiramente com o indivíduo que acreditar em tal princípio, visto que, que tal mudança realmente acontecerá apenas no ato de fazer e refazer de suas realidades. Assim, Freire destaca em sua obra a necessidade de fé e confiança em seus pares para que o diálogo não seja utilizado como farsa para manipular o outro. Dessa forma, parafraseando com o autor Paulo Freire, é possível compreender que, para os indivíduos que não acreditam nos seus pares ou que duvidam da possibilidade de reagir e pensar de forma diferente das que lhes são impostas, não conseguirão possuir esse diálogo, estando inaptos para a proposta de Freire (TORRES, 2008, p. 12).

Conforme Oliveira (2015, p. 34) enfatiza-se que, no campo da educação, o diálogo é inaugurado, conforme Paulo Freire, no momento em que ocorre a escolha do tema gerador, que nesse caso deverá ser realizado por educadores em conjunto com seus alunos e comunidade, na busca pelo conteúdo programático, ao passo que não será apenas os educadores que terão voz em tal discussão, mas também os alunos poderão ser ouvidos.

Ao abordar a prática dialógica, onde os sujeitos deixam de ser apenas depósitos de informações, o que acontecia na prática “bancária”, passa-se a ter a visão de mundo, que antes era proibida à classe dominada. Então, com essa nova prática, surge a possibilidade de escolha de seus “temas geradores” por parte dos indivíduos.

Enquanto na prática “bancária“ da educação, anti-dialógica por essência, por isto, não comunicativa, o educador deposita no educando o conteúdo programático da educação, que ele mesmo elabora ou elaboram para ele, na prática problematizadora, dialógica por excelência, este conteúdo, que jamais é “depositado”, se organiza e se constitui na visão do mundo dos educandos, em que se encontram seus “temas geradores”. (FREIRE, 1987, p. 58).

Diante do conteúdo exposto, nesse tópico, abordou-se mais a fundo a respeito da dialogicidade defendida por Freire (1987), bem como, apresentou-se a diferença de suas práticas para com a prática tradicional imposta pela educação realizada pelos opressores. Assim, a partir do momento em que o diálogo tem início e o tema gerador é selecionado, surgem os questionamentos que provocarão debates, tendo o educador como personagem central na mediação da discussão, ao passo que estimula os educandos a refletirem sobre tais questionamentos e se posicionarem sobre o que foi abordado. Dessa forma, neste tópico, abordou-se acerca da educação bancária e seus reflexos nas relações dos indivíduos, ao passo que, apresentou-se a educação libertadora, onde as relações entre educador e educando deixam de assumirem papéis de opressores e oprimidos, abrindo portas para a possibilidade de experiências enriquecedoras entre ambos.

5. A TEORIA DA AÇÃO ANTIDIALÓGICA

Neste último tópico, será abordado acerca da teoria antidialógica, bem como opressora, pautada em estratégias para que o poder opressor não deixe de existir, pelo contrário, que se perpetue. Dessa forma, conforme Oliveira (2015, p. 25) na obra Pedagogia do Oprimido, procura-se destacar as diferenças entre a educação pensada no princípio da liberdade, em contraste com a educação pautada no método tradicional, onde os indivíduos em posições de oprimidos encontram-se subjugados em uma relação sem diálogo ou espaços para reflexões.

Tomando como base toda a discussão realizada até este tópico, abaixo, encontra-se um trecho da obra de Paulo Freire, onde o autor evidencia a busca contínua do oprimido pela liberdade, em contraste, encontra-se o opressor que tem como objetivo não perder sua posição de detentor do poder, o que acaba por gerar a relação antidialógica:

O antidialógico, dominador, nas suas relações com o seu contrário, o que pretende é conquista-lo, cada vez mais, através de mil formas. Das mais duras às mais sutis. Das mais repressivas As mais adocicadas, como o paternalismo. (FREIRE, 1987, p. 78),

Ressalta-se que, todo o esforço exercido pelos opressores seria para garantir a permanência do antidialógico, ou seja, a permanência do opressor no comando das ações e pensamentos do oprimido. Dessa forma, Freire enfatiza a difícil realidade em que os oprimidos estão inseridos, afirmando a necessidade que os opressores têm em permanecer na busca para que os oprimidos não saiam dos seus domínios, impedindo-os de pensarem. Conforme Antunes et al. (2018, p. 4) na obra Pedagogia do Oprimido, o autor destaca a maneira de pensar dos oprimidos que não se dão conta da opressão, não manifestando reações de luta pela liberdade, mantendo os opressores em suas posições de domínio.

“Em verdade, finalmente, não há realidade opressora que não seja necessariamente antidialógica, como não há antidialogicidade em que o pólo dos opressores não se empenhe, incansavelmente, na permanente conquista dos oprimidos”. (FREIRE, 1987, p. 79).

Conforme Torres (2008, p. 13) a busca incansável da elite dominadora e opressora, pelo poder, é percebida que tal busca pode variar com o passar dos tempos, mas a ânsia em oprimir sempre se manterá a mesma. Assim, ao notarem o risco que correm, os opressores optam por tomar atitudes para que seja garantido esse domínio, onde, a primeira atitude é a divisão da classe subjugada. Ao realizar tal divisão, torna-se mais fácil para os opressores controlarem os oprimidos, uma vez que, estando separados, dificultaria a comunicação entre indivíduos com a mesma linha de pensamento.

Dessa forma, Zitkoski (2007, p. 23) destaca-se que, diante da teoria antidialógica abordada por Freire, entende-se que, conforme os oprimidos passam mais tempo mantidos sob controle e distantes uns dos outros, mais fáceis será de aliená-los e controlá-los. Assim, diante de uma ameaça à classe dos opressores, mesmo com interesses diferentes e com divergências entre si, observa-se a oportunidade de união para garantir a qualquer preço que os oprimidos não se posicionem contra eles.

A harmonia viável e constatada só pode ser a dos opressores entre si. Estes, mesmo divergentes e, até em certas ocasiões, em luta por interesses de grupos, se unificam, imediatamente, ante uma ameaça à classe.

Da mesma maneira, harmonia do outro pólo só é possível entre seus membros na busca de sua libertação. Só em casos excepcionais, não só é possível, mas até necessária, a harmonia de ambos para, passada a emergência que os uniu, voltarem a contradição que os delimita e que jamais desapareceu na emergência desta união. (FREIRE, 1987, p. 81).

Dessa forma, na ação de dividir os oprimidos, os opressores comportam-se com atitudes superficiais, como se realmente se preocupassem com a classe dominada, agindo como salvadores dos homens, o que, na verdade, é uma realidade contrária. Assim, Freire (1987, p. 81) destaca que: “o que eles querem é salvar-se a si mesmos. É salvar sua riqueza, seu poder, seu estilo de vida, com que esmagam aos demais.”

Diante desse contexto, Freire destaca, também, uma característica bem forte da ação antidialógica que é a manipulação, visto que a utilizam como instrumentos de conquista, sabendo que os opressores não medem esforços para que sua dominação se perpetue. Assim, conforme Oliveira (2015, p. 35), os opressores se articulam de forma astuta, às vezes, utilizando a violência física, para impedir que os oprimidos, bem como as massas populares não pensem, fazendo com que sejam alienados por completo. Dessa forma, quanto mais alienados, os opressores conseguem manter os oprimidos sob controle e menos trabalho terão. Por esse motivo é possível notar a voracidade dos opressores em se manter no poder.

Vale a pena ressaltar que, os oprimidos só conseguirão colocar fim a manipulação da classe dominante, a partir do momento que adquirirem a “consciência revolucionária” ou a “consciência de classe”, deixando de acreditar no que os opressores lhes impõem como verdade absoluta. De acordo com Antunes et al. (2018, p. 13), outra característica da ação antidialógica abordada na obra Pedagogia do Oprimido é a invasão cultural, que acaba por desrespeitar o potencial existente nas classes dominadas, não permitindo que vivam sua verdadeira realidade cultural, para viverem aquilo que os opressores impõem e desejam. Assim, exercendo esse controle, os opressores não permitem que a criatividade dos oprimidos continue.

Freire (1987), ainda, destaca que, os oprimidos precisam acreditar em si mesmos, para que seja possível buscar a sua liberdade, visto que, sem luta não haverá conquista, já que existe uma classe que impede a sua transformação, mantendo-os sob seu poder. Na contramão da ação antidialógica, onde a existência dos oprimidos é uma ameaça constante, Freire traz a teoria da ação dialógica, na qual as massas precisam se reunir com o mesmo intuito, para que a transformação, a qual lhes foi negada, possa ser alcançada. Dessa forma, os autores Pereira e Sartori (2020, p. 21) destacam que, na relação de dialogicidade, os principais componentes desta teoria são a colaboração, união, organização e cultura, sendo totalmente o oposto da ação antidialógica.

Na teoria dialógica não existe um dominador e um dominado, conforme Freire (1987), o que existe é o eu que depende do outro, e vice-versa, sendo uma relação em que a massa de pessoas, antes reprimida, agora se interagem com o propósito de refletirem sobre algo, visando agir com propósitos baseados em suas reflexões.

O eu dialógico, pelo contrário, sabe que é exatamente o tu que o constitui. Sabe também que, constituído por um tu – um não-eu -, esse tu que o constitui se constitui, por sua vez, como eu, ao ter no seu eu um tu. Desta forma, o eu e o tu passam a ser, na dialética destas relações constitutivas, dois tu que se fazem dois eu. (FREIRE, 1987, p. 96)

Dessa forma, destaca-se que, na relação dialógica não significa que não existam formas de lideranças, mas que esses líderes não pensem de maneira autoritária, visando dominar as classes das massas, mas sim, liderar para que seus objetivos sejam alcançados.

Contudo, destaca-se que, para que os opressores continuem no poder é preciso que haja a divisão dos oprimidos. Mas, para os oprimidos saírem dessa posição de inferioridade e serem realmente livres, é preciso de união, sendo fator fundamental na ação dialógica. Para que a massa de oprimidos tenha seu objetivo alcançado é preciso que tal união seja realizada em todos os sentidos, desde ideias até as ações.

Segundo Freire (1987), entende-se que a verdade também é uma conquista dos oprimidos para que deixem de viver uma falsa liberdade. Assim, mesmo que os opressores de forma astuta queiram fazer-lhes acreditar, os oprimidos, quando unidos, dão vida a sua consciência crítica, bem como a força de sua união, sendo de suma importância para que essa situação seja modificada.

Ao falar de união, encontra-se o processo de organização, onde ambas andam juntas, pois não deve existir uma união sem organização.

Desta forma, ao buscar a unidade, a liderança já, busca, igualmente, a organização das massas populares, o que implica no testemunho que deve dar a elas de que o esforço de libertação é uma tarefa comum a, ambas. (FREIRE, 1987, p. 102).

Contudo, é preciso destacar que, para que haja organização, os indivíduos precisam definir um único objetivo para que seja possível, então, definir quais os verdadeiros objetivos da classe e como vão se organizar diante de um problema. Destaca-se, ainda, a necessidade de disciplina na tomada de decisões, sendo um dos princípios responsáveis pela vitória dos oprimidos.

É verdade que, sem liderança, sem disciplina, sem ordem, sem decisão, sem objetivos, sem tarefas a cumprir e contas a prestar, não há, organização e, sem esta, se dilui a ação revolucionária. (FREIRE, 1987, p. 103)

Destaca-se que, todas essas ações devem ser realizadas de forma democrática, concedendo o direito a cada indivíduo de falar o que pensa, dando voz para aqueles que antes nunca a tiveram. Em sequência, Freire (1987) aborda, em sua obra, a questão da cultura, onde a mesma é colocada democraticamente, seguindo juntas com respeito mútuo, e para que os oprimidos cheguem a tão sonhada liberdade devem procurar entender a síntese cultural um do outro.

Por fim, Freire (1987) termina sua obra com severas críticas à pedagogia antidialógica, deixando claro que ela tem como meta dominar os oprimidos, com manipulações e aprisionamento deles, não existindo espaço para reflexões e críticas. Para o autor, não deve ocorrer ações em que alguns dominam, nem tampouco manipulam a outros, assim, Freire finaliza sua discussão enfatizando que para alcançar a liberdade do domínio de outras classes é preciso organização e união das classes inferiorizadas, onde a Educação pode ser uma importante ferramenta nessa busca por libertação.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer da explanação sobre o livro Pedagogia do Oprimido (1987), percebe-se que, seu conteúdo é muito atual, visto que, mesmo escrito na década de 1960, ainda assim se faz presente na sociedade de forma enriquecedora, pois sua contribuição foi e será de suma importância, no sentido geral. Para Freire (1987), a pedagogia pode ser a libertação como pode ser a responsável pela opressão, o que irá depender do quê, de como, e de quem a prática. O autor destaca ainda a importância em saber educar, com ações pautadas em respeito e diálogo.

Dessa forma, ao abordar a obra de Paulo Freire foi possível responder à questão problema apresentada inicialmente: como o oprimido pode assumir o papel de opressor e vice-versa dentro da relação educador e educando? Assim, discutindo sobre o conteúdo da obra, bem como explicando conceitos trazidos pelo autor, foi possível identificar a facilidade com que um indivíduo que assume o papel de opressor pode se tornar um oprimido e vice-versa, estando tal situação relacionada à maneira que utilizam os princípios da Educação.

Ainda, Freire (1987), defende a mudança das velhas práticas, das práticas tradicionais, onde o educador é o detentor de todo saber e, acreditando em tal realidade, não permite que haja espaço para interação, não existindo qualquer troca de saberes entre educadores e educandos. Outra questão muito importante trazida pelo autor refere-se à educação bancária, sendo muito relevante pois acaba por alertar para uma perspectiva melhor em educação, onde é possível retirar os educandos da posição de meros recebedores ou depositários, elevando-os à liberdade.

Diante da discussão apresentada, foi possível compreender como Paulo Freire consegue abordar um problema recorrente no sistema educacional com sua teoria, onde ainda prega acerca da possível transformação na forma de educação em que acredita. Então ao pensar na educação freiriana é possível abordar ações pautadas em transformações e lutas, onde existem grandes chances de se conquistar uma educação humana, baseada na ética, na generosidade, no respeito e no amor.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Angela Biz; GADOTTI, Moacir; PADILHA, Paulo Roberto. Três categorias que  marcaram a Pedagogia do Oprimido. In: Educação em Perspectiva, Viçosa, v. 9, n. 2, p. 514-526, set./dez. 2018. Disponível        em: https://periodicos.ufv.br/educacaoemperspectiva/article/view/7152#:~:text=Pedagogia%20do%20oprimido%3A%20escolha%2C%20compromisso%20e%20luta. Acesso em: 24 de abr. 2022.

BARBOSA, Ana Mae. Sobre a Pedagogia do Oprimido. In: FREIRE, Ana Maria Araújo (org.). Pedagogia da libertação em Paulo Freire. 2. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2017. p. 25-26.

CARVALHO, Maria Elizete Guimarães; BARBOSA, Maria das Graças da Cruz. Memórias da educação: a alfabetização de jovens e adultos em 40 horas (Angicos/RN, 1963). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 11, n. 43, p. 66–77, 2012. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639928. Acesso em: 24 abr. 2022.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno. Paulo Freire: gênese da educação intercultural no Brasil. Curitiba: CRV, 2015. 120 p, vol 1.

PEREIRA, Thiago Ingrassia; SARTORI, Jerônimo. Educação, diálogo e prática da liberdade em Paulo Freire: revisitando a pedagogia do oprimido. In: Espaço Pedagógico, v. 27, n. 3, Passo Fundo, p. 643-664, set./dez. 2020. Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep. Acesso em: 24 de abr. 2022.

TORRES, Carlos Alberto. Reinventando Paulo Freire 40 anos depois. In: GADOTTI, Moacir (org.). 40 olhares sobre os 40 anos da pedagogia do oprimido. São Paulo: Editora Instituto Paulo Freire, 2008. p. 12-13, vol 1.

ZITKOSKI, Jaime José. A pedagogia freireana e suas bases filosóficas. In: SILVEIRA, Fabiane Tejada da; GHIGGI, Gomercindo; PITANO, Sandro de Castro (org.). Leituras de Paulo Freire: contribuições para o debate pedagógico contemporâneo. Pelotas: Seiva Publicações, 2007. p. 229-248.

[1] Pós-graduada em orientação educacional, graduada em pedagogia. ORCID: 0000/0002-5734-3907.

Enviado: Março, 2022.

Aprovado: Maio, 2022.

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Elenice Maria de Oliveira e Silva

Uma resposta

  1. Parabéns! Sensacional. Um artigo diferenciado. Compartilhei com meus pares.

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